segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mensagem Aos Leitores

As postagens estão suspensas por tempo indeterminado. Quando voltarem pode ser com a alternância de assuntos que já é normal, assim como esta pode não acontecer. Não tenho mais postado por falta de tempo e este é o motivo da suspensão.

Agradeço a compreenção de todos.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sauna Indígena

Quando o adolescente se tornava guerreiro, purificava-se com lavagens do corpo na “Sweat Lodge” = “Casa do Suor”. Tratava-se de uma tenda rústica, feita com cobertores e peles apoiadas nas hastes dela. O tecto era hermeticamente lacrado e o ar interno não era nunca renovado. O jovem ficava ao lado de um recipiente com água. Ao externo, entretanto, uma fogueira aquecia a água, sendo levada para dentro emitindo assim o seu vapor. Brevemente o ar interior da tenda, tornava-se sufocante e o jovem começava a tomar muita água fresca, que provocava então uma transpiração abundante. Terminada essa sessão, o jovem levantava-se, corria para o rio próximo, mergulhando. Quando saia, seus companheiros agrupados na margem esfregavam com peles a gordura de urso ou com o óleo dos “Senecas”, ou seja: petróleo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Francisco É Terra Boa

São Francisco É Terra Boa

Os Bertussi

Com licença meus amigos vou falar da minha terra
Vou contar de São Francisco dos campos de cima da serra
Eu sou filho daqueles pagos terra boa e sem luxo
É o coração serrano no Rio Grande o mais gaúcho

São Francisco é terra boa gente forte e hospitaleira
Todo serrano é pachola e a serrana é faceira
Muito gado na coxilha no bolso muito dinheiro
Prá cantar de improviso serrano não tem parceiro

São Francisco é um município entre os maiores do estado
A sua maior riqueza é a criação do gado
Fazendas de campo aberto coxilhas a campo fora
Onde canta o quero-quero e onde o minuano chora

Eu saí de São Francisco, o interior fui visitar
Por Tainhas e Contendas, Aratinga e Cambará
Almocei na Jaquirana, resolvi continuar
Só em Cazuza Ferreira é que eu fui pernoitar

Vila Seca e Criúva, Apanhador e Juá
Passei no Passo do Inferno e o Salto fui visitar
Nunca vi tanta beleza, no mundo igual não há
O que eu quero nestes versos é minha terra cantar

Quando chega fim de setembro, na saída do verão
O serrano então demonstra de gaúcho a tradição
Montando no seu cavalo ou nas lidas de galpão
Da ilhapa até a presilha o serrano é campeão

Quando estou longe dos pagos a saudade é de matar
Eu me sinto acabrunhado com vontade de voltar
O serrano é um homem triste vivendo em outra terra
O serrano só morre feliz, morrendo em cima da serra

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sinais

Para comunicar em grandes distâncias, os Índios usavam o mesmo sinal. Eles podiam ser feitos com cavalos, cobertores, espelhos recebidos dos brancos aos caciques, fogueiras, flechas incendiárias e outras variações. Para fazer sinal com o seu “Poney”, o Índio descria arcos, ou então avançava ou retrocedia, percorrendo certa distância, subindo uma colina ou descendo para a planície. Dessa maneira ele conseguia se comunicar com outro grupo. Se depois desaparecia e surgia repentinamente, com o seu animal, queria dizer que existia algum perigo rondando por ali. Os sinais feitos com cobertores podiam ser vistos de muito longe. O Índio que os fazia, pegava o cobertor por um dos cantos com a sua mão direita ou com a esquerda e agitava-o para a frente e para trás, formando uma curva vertical. Quando o cobertor chegava a tocar o chão, também a mão pousava ao solo, tanto a direita, quanto a esquerda. Com o cobertor podia-se fazer todos os sinais; agitá-lo duas ou três vezes para frente, significava que se esperava uma pergunta e dessa maneira se começava um diálogo, com sinais. Se o cobertor aproximava-se do chão e depois era colocada nele, queria dizer que aguardava um armistício ou era a suspensão de uma hostilidade. Com os espelhos, os Índios possuíam um código muito completo. O espelho reflectindo os raios solares chamava a atenção do outro, ou seja, servia de advertimento, depois, com um número mais ou menos prolongado de reflexos, confirmava-se de ter descoberto o seu interlocutor e se repetia a operação, para dizer que tinha entendido. Geralmente os jovens serviam-se do espelho para cortejar uma moça, para chamá-la ou para sinalizar a própria presença de cima de uma colina em proximidade da tribo; desse modo ela era convidada a vir. Os sinais de fumaça assemelhavam-se muito a aqueles dos espelhos e usava-se o mesmo código. Uma fogueira era acesa em cima de uma pequena altura bem visível aos olhares, ou sobre um pico rochoso. Para começar era usada lenha muito seca, depois, quando o fogo estava bem aceso, colocavam-se ramos de mato ainda verde ou grama. Estendia-se então um cobertor sobre o fogo e o retirava em intervalos regulares, deixando subir ao céu a fumaça. Tais sinais tinham certa analogia com o nosso Alfabeto Morse, formava a mensagem. Quando as distâncias eram imensas, usava-se então um mensageiro. À noite os Índios usavam as suas flechas incendiárias. Os Índios também desenhavam as suas mensagens; um cachimbo significava que o grupo passou por ali, queria a paz e se ao contrário representava um “Tomahawk”, significava então uma provocação de guerra. E finalmente existiam também os Sinais Pintados, com os quais os Índios conservavam o testemunho de certos acontecimentos, desenhando ou pintando sinais simbólicos em peles de cervo ou bisonte e também em cortiças. Essa espécie de “Escritura” era para o homem, um modo de manifestar o próprio pensamento.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Primeira Vez

A Primeira Vez

Os Serranos

A primeira vez que eu vi você meu grande amor,
Não quiz acreditar e mesmo assim aconteceu...
A primeira vez que eu vi você...
O vento pela rua assobiava um chamamé...
A primeira vez que eu vi você,
Senti no seu olhar a luz do entardecer,
Aprendi sonhar antes de adormecer,
E a vida foi chegando de uma vez...
E, o amor se fez, quem me dera ter você mais uma vez...
E, o amor se fez, essas coisas só acontecem uma vez...
Pois quando o amor se vai,
A gente não esquece mais
Nasci nos olhos, dei um suspiro
O bem-me-quer se desfolhou
Vai batendo coração porque encontrei meu grande amor
Marquei o dia marquei a hora
No calendário que o amor fez
A estação da paixão, a minha primeira vez

domingo, 22 de janeiro de 2012

Satanta

Por muitos anos o cacique dos “Apaches-Kiowa”, foi “Satanta”, o mais jovem cacique. Em Maio de 1869, o general Mackenzie iniciou a chamada “Pacificação” desta tribo dos “Kiowa” e “Satanta”, “Big Tree” e “Satank” foram aprisionados. Antes do processo, diante ao Tribunal Militar, “Satank” tentou fugir e foi morto. Os demais dois caciques foram condenados antes à morte, depois transformada em prisão perpétua em 1873. Certa vez em Cow Creek em pleno território “Kiowa”, vivia o “Rancher” Peacock. Vendia uísque aos Índios e eles o deixavam em Paz. Um dia “Satanta” chegou ao seu “Ranch” para pedir-lhe uma “carta de recomendação”, para fazer uma “visita” a uma caravana de carroções. Claro, queria presas fáceis, pois a sua tribo não podia perder os seus valorosos guerreiros. “Diga a eles que eu sou um grande e potente cacique guerreiro, e, portanto devem me dar muito “Wohan” e alimentos, somente os melhores” disse o Apache. Invés disso Peacock escreveu: “Esse é “Satanta”, o maior mentiroso e espertalhão das pradarias. O que não conseguirá mendigar de vocês, ele roubará com certeza. Dê-lhes pontapés em seu traseiro sujo, até escorraçá-lo”. Os colonos levaram a sério aquela carta e “Satanta”, enfurecido, sabendo do teor escrito, reuniu os seus guerreiros, guiando-os até o ataque ao “Ranch” de Peacock. Matou-o juntamente a todos os empregados do local, excepto um velho que dormia num banco. Depois incendiou o local e levaram todo o uísque que encontraram.
“Satanta” suicidou-se em Outubro de 1878, saltando de uma das janelas do Hospital onde estava sendo tratado.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Quando A Saudade Partir

Quando A Saudade Partir

Os Monarcas

No rancho que eu fiz pra dois
tenho noites mal dormidas
inverno as penas depois
de tantas horas perdidas
o tal de amor tem manias
jamais vai ser transparente
chega-se a campo alguns dias
depois se aparta da gente.

Quando a saudade partir
vou ter cancha pra viver
quero cantar e sorrir
no meu próprio renascer.

Não há bem para ficar
nem mal que não tenha fim
na estrada vais encontrar
coisas que lembram de mim
sou sempre o mesmo campeiro
que o pago inteiro conhece
pois o dia, meu parceiro
não é o mesmo que amanhece.

Quando a saudade partir
vou ter cancha pra viver
quero cantar e sorrir
no meu próprio renascer.

No rancho que eu fiz pra dois
tenho noites mal dormidas
inverno as penas depois
de tantas horas perdidas
dela restou a lembrança
já querendo se apagar
pra mim, certeza e confiança
que a vida vai continuar.

Quando a saudade partir
vou ter cancha pra viver
Quero cantar e sorrir
no meu próprio renascer.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Saloon

Nas primeiras cidades dos pioneiros o “Saloon”, havia um papel dominante naquela época. Era o ponto de referência de toda uma comunidade e algumas vezes da própria província. Servia para as funções religiosas, como aula de tribunal, sede de comícios eleitorais e públicos, até como sala operatória e era também: hotel, restaurante, estação ferroviária e lugar de troca para cavalos das diligências. Mas era também o lugar de diversão mais variado; bailes, jogos de azar e por último local de refeições para os cowboys. Vendia-se cerveja, uísque, mescal... Há registros de que em uma cidade de 33000 haviam 3000 saloons, tamanha a popularidade destes estabelecimentos.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Rio Grande Me Criou

O Rio Grande Me Criou

Os Monarcas

Templada a cinza e a fumaça nos fogões de acampamento
Quebrava queixo de potro e um chapéu de contra o vento
Enraizado no basto dali eu tiro o sustento
O canto me deu a alma razão vida e sentimento

O Rio Grande me criou é o meu mundo é meu destino
Por isso razões me sobram pra me o viver campesino
Sobre o lombo de um cavalo de menino me criei
Coração sempre campeiro desse jeito morrerei

No meu rancho eu tenho tudo pra sempre ter boa morada
No terreiro a criação boa sombra e boa aguada
Uma tropilha de baio pronta pra qualquer quarteada
Pingos de lei e respeito de deixar boi na invernada

Tenho orgulho do que faço por estes rincões afora
Muito touro de a aporreado já cortei meu nó na espora
Mas se uso da destreza quando o bochincho se estoura
E sempre a china mais linda comigo eu levo embora

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Flecha Negra


Após receberem uma carta de Gros-Jean, Tex Willer e Kit Carson se encaminham ao local que servirá de ponto de encontro para o grande inicio desta aventura. Ao chegar no local combinado, os rangers percebem algo errado, pois Gros-Jean não havia chegado e, além disso, rastos de cavalo em frente ao casebre que vinha a ser o ponto de encontro denunciava tudo.

Ao entrar na pequena casa, Tex e Carson encontram um índio de nome Stika Charley com uma flecha preta. Logo após, chega Gros-Jean e este explica a situação a Tex e Carson, que surpresos, vêem sair do meio da floresta um grupo de índios ameaçadores.

Sem pensar duas vezes, os amigos se protegem no casebre e acabam ficando encurralados. Porém Tex sempre tem seus métodos peculiares e tratou logo de bolar um plano para escapar da enrascada.

Assim que escapam, os três amigos seguem em direção norte e logo encontram o Forte Yuron. Lá conseguem cavalos e víveres com o capitão do forte e seguem rumo a missão. Só que nossos amigos não sabiam o que os esperavam: os índios se comunicaram através de sinais de fumaça e passaram o alerta para quase todas as tribos da região caçarem os três amigos.

Tão logo chegam a uma floresta ao norte, os três amigos são recebidos por uma matilha de lobos enfurecida. Então eles fazem uma corrida mortal para se esconder dos lobos e conseguem chegar até o Fortim (um velho forte em ruínas), onde teriam mais chances de enfrentar os lobos.

Do outro lado Tex, Carson e Gros-Jean percebem um índio sendo perseguido por outros de uma tribo diferente e este índio parecia correr em direção onde estava Tex e seus amigos!! Ao se aproximar, o índio Theiuk ajuda os heróis a se safarem do perigo levando os mesmos para uma aldeia bem próximo do Fortim.

Na chegada a aldeia, são recebidos por Kenoh e o sábio Ynglik. Tex e seus companheiros conseguem descansar um pouco e depois continuam o trajeto rumo as terras do norte. Os rangers e seus dois amigos não contavam que na viagem ainda teriam que enfrentar as adversidades da mãe natureza: uma tempestade de neve os surpreende e então são abrigados a parar e fazem um abrigo provisório.

A uns noventa quilômetros de onde estavam Tex e seus amigos, num lugar chamado Vale dos grandes Fogos, um príncipe chamado Sergio Orloff passava por maus momentos em suas terras e resolve armar um plano. E este plano teve uma pitada de ação com a presença de Tex Willer e seus companheiros.

Texto de G.L. Bonelli, desenhos e capa de Aurelio Galeppini.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Testamento De Um Gaúcho

Testamento De Um Gaúcho

Teixeirinha

Eu não sei mesmo quando é que vou morrer
Pois não se sabe a hora, nem o momento
E por saber que a morte não tem dia
Já vou deixando prontinho meu testamento

Meu testamento de morte é este xote
E o ‘meus' parente que preste bem atenção:
Põe este pinho, meu amigo e companheiro
Junto de mim, dentro do mesmo caixão.

[Falado]
"Quero levar o violão comigo. Depois de morto ainda vou fazer serenata! Ê, barbaridade!"

Por ser gaúcho, muito homem e mulherengo
A ‘minhas' mão não amarre com uma fita
Eu quero elas ‘amarrada' com a trança
Da cabecinha duma chinoca bonita

Esta chinoca bonita é uma serrana
Diga a esta china, não quero choro, nem vela
: E a maneira da mortalha que escolhi
Eu quero ir enrolado na saia dela.

[Falado]
"É coisa boa a gente morrer, ir pra baixo do chão, mas ir bem enrolado na saia duma chinoca bonita!"

Pois gostar tanto de mulher não é defeito
Isto herança que meu velho pai deixou
O ‘meus' parente, cumprindo meu testamento
Muito feliz, quando a morte vir, eu vou

Não pode haver coisa melhor pr'um finado
Ser atendido com as coisas que provoca
: E viajar para a última morada
Bem enrolado na saia duma chinoca

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tô No Rodeio

Tô No Rodeio Os Monarcas
Vou levantar bem cedo chinoca
Pra cevar o meu chimarrão
Vou encilhar o pingo, é domingo
Tem rodeio e marcação

Meu tordilho é mestre na lida
Nenhum toruna me escapa do laço
Meu "doze-braça" só fecha nas guampa
Tenho certeza no braço

Refrão:
No meu rincão, tem marcação
Laço na mão
Quando pealeio, não faço feio
Tô no rodeio

Vou chegar faceiro em primeiro
Rever os bons amigos que tenho
Berro de touro e relincho de potro
É só ouvir que me venho

Uma festança linda esse rodeio
Toda peonada se chega contente
Contando causos e proezas da lida
Vibrando a alma da gente

Ser o primeiro é sonho patrão
Um bom cavalo ajuda também
Doce de rédea e solto de pata
Ginete sabe o que tem

Senta no freio e encosta num upa
Nenhum laçado se deixa escapar
Finda o rodeio é mais um troféu
Pra esse ginete ganhar.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O Despertar Da Múmia


Os Justiceiros, uma associação que comete crimes em nome de uma justiça que não funciona, deixa Tom Devlin impotente perante uma série de homicídios que vem afligindo São Francisco. Esta terrível associação justifica os seus actos em nome de uma ética perdida, porque, segundo ela, os culpados acabam sempre por ficar impunes e fugir da justiça.

Tom Devlin chama Tex e Carson para o ajudarem e, em breve, os dois rangers vão defrontar-se com um véu de mistério. Em ambiente urbano, Tex e Carson defrontam-se contra um misterioso grupo de assassinos, o que parece ser corrente nas aventuras texianas.

O que parece fugir dos habituais cânones são as reais motivações que levam esse grupo a cometer uma série de homicídios e aqui, forçosamente, encontramos uma certa originalidade, mas sobretudo uma acentuada crítica de Nizzi às sociedades atuais. Ora, estas hoje movem-se por teias de corrupção, chantagem e crime, factos que por si só caem, ou pelo menos deveriam, na alçada da justiça.

O que se assiste, bem pelo contrário, é uma ausência generalizada da justiça das leis, uma justiça que não funciona e que até acaba por se demitir em casos onde altos interesses estão em jogo. Por isso, Nizzi apresenta uma aventura protagonizada por uma associação de homens que pretendem fazer justiça pelos seus próprios meios, fazer a sua própria justiça, pelo simples motivo de que os tribunais pouco funcionam.

Esta associação age contra a lei instituída, mas fá-lo sob pressupostos próprios de ética e moral. A bem ver e, até certo ponto, a conduta texiana move-se também ela por certos pressupostos éticos e morais que muitas vezes vão para além da justiça das leis e dos homens.

Mas o que separa esta conduta da prática dos justiceiros são menos os fundamentos e mais os meios e o resultado que se pretende, porque a partir do momento em que estamos perante crimes e obtenção de dinheiro, deixa de existir, para além da justiça, a tal ética e a tal moral.

Toda esta dinâmica está patente ao longo de toda a aventura, o que se revela sempre muito interessante, uma vez que ela conduz fatalmente ao aprofundamento da ideia inicial, a tese de que as leis não funcionam.

Se Tex e Carson acabam por desmantelar o grupo, será que funcionou a verdadeira justiça ou esta, bem pelo contrário, não continuará a demitir-se de atacar rente todos os que não agem de acordo com a lei? Nizzi não responde a esta questão, porque bem no fundo ele próprio sente-se impotente em assumir uma atitude, uma vez que, enquanto a justiça não for cega ela nunca será verdadeira e, com isso, estará a semear o terreno onde outras associações poderão florescer.

Roteiro de Nizzi, arte de Victor de la Fuente e capa de Villa

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

De Bota Nova

De Bota Nova

Composição: Rico Baschera E Gildinho

De bota nova tô chegando pro baile companheiro
que o tranco fandangueiro me chamou pra bailar
na sala bem lisinha quero faze um estrago
depois de toma uns trago me vou pra la e pra ca
não quero nem noticia da lida de mangueira
quando escuto vaneira tristeza não não me agarra
eu venho descontado judiado do seviço findei os
compromissos agora eu quero farra

capricha seu gaiteiro que eu danço e me garanto
já vi que lá no canto tem uma que me quer
preciso de um cambicho e a minha bota nova precisa de
uma sova pra não me aperta o pé(2x)

De bota nova tô chegando vou firme num embalo,nem
lembro do calo que essa bota me fez.
Pior é não ter tempo so pra alegrar a vida e eu não
largava a lida fazia mais de um mês,por isso seu gaiteiro
capricha uma bem boa que um beliscão à toa não tá me encomodando um
calo não é nada tudo que é ruim tem fim que um baile bom
assim so lá de vez em quando.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Retorno Do Tigre Negro


Para atender um pedido de ajuda do amigo Nat Mac Kenneth, Tex dirige-se a Nova Orleans, onde crimes e desaparecimentos de pessoas passaram a ocorrer numa freqüência assustadora. Já no barco que desce o rio Mississipi a caminho de Nova Orleans, acontece um assassinato e Tex consegue matar dois dos assassinos, mas o terceiro tem tempo de atirar-se no rio e fugir na escuridão da noite, perdendo na fuga um boné de marinheiro onde estava escrito o nome Savannah. Em conversa com o xerife depois de terem chegado à cidade, Tex e seus pards descobrem que toda a cadeia de crimes está ligada a um antigo e temível inimigo: o Tigre Negro, que reestabeleceu sua organização com propósito de dominar toda a navegação comercial da região, contando para realizar esse intento com os elementos da pior espécie e ainda conta com os aliados mais perigosos da cidade, os seguidores do vodu.

Roteiro de Claudio Nizzi, arte de Civitelli e capa de Villa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sonhando Na Vaneira

Sonhando Na Vaneira

Composição: João Pantaleão Gonçalves/pedro Neves

Hoje é dia de surungo
Lá no rancho da Tia Nena
Já passei água-de-cheiro
E glostora nas melenas
Chego a trote bem garboso
Arrastando minhas esporas
No corcovear da vaneira
Vou bailar a noite inteira
Até o romper da aurora.

Quando eu entro num surungo
Minh'alma fica serena
Me sinto dono do mundo
Bailando com essa morena

Morena, minha morena
Dos lábios cor de pitanga
Ai não tem mamãe não deixa
Ai não tem papai se zanga
Sou vivente da campanha
Meu mundo não tem assombro
Embora teu pai não queira
No embalo da vaneira
Tu vai sonhar no meu ombro

Quando eu entro num surungo
Minh'alma fica serena
Me sinto dono do mundo
Bailando com essa morena

Gaiteiro, velho gaiteiro
Não deixe a gaita parar
Que a morena no meu ombro
Já começou a sonhar
Quando a coisa fica boa
A noite morre pequena
Juro por toda minha gente
Nunca vi poncho mais quente
Que os braços dessa morena

Quando eu entro num surungo
Minh'alma fica serena
Me sinto dono do mundo
Bailando com essa morena

O galo cantou mais cedo
Calou-se a gaita manheira
Calou-se o mundo bonito
Sonhado nessa vaneira
Tá na hora, "bamo" embora
Grita Tia Nena na sala
Saio arrastando as chilenas
E o perfume da morena
Levo nas franjas do pala

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Série Tex em cores foi cancelada pela Mythos Editora

Na edição especial comemorativa Tex Coleção 300, o editor de Tex, Dorival Vitor Lopes, comunica que a série Tex em cores foi cancelada.

Diante desta notícia inesperada, sobram naturalmente diversos questionamentos. O que será que deu errado? Esta era a melhor publicação, a melhor série do ranger de todos os tempos. Indiscutível. Seria a revista muito cara? O padrão gráfico era elevado para o mercado brasileiro? Os leitores não quiseram comprar as mesmas histórias antigas - repetecos - que já leram em outras séries? Os leitores só querem ler Tex em preto e branco?

Muitas perguntas... E o que escrevo a seguir talvez vá doer para alguns; ser indiferente para outros; e ainda fazer coro em voz a outros tantos colecionadores. Seja como for, preciso ser autêntico e comentar este cancelamento.

Uma das respostas que justificam este cancelamento considero que tenha sido a estratégia editorial equivocada de revender os encalhes a terceiros que redistribuem os mesmos gibis vendidos a R$ 24,90 e R$ 29,90 a módicos R$ 8,90, como vi ainda sábado à noite (14/01) em shoppings da praia de Capão da Canoa/RS (como também soube que estão também à venda em Porto Alegre e grande Porto Alegre, Tramandaí, Torres, Caxias do Sul e em todas as demais cidades onde tal distribuidora tem braços comerciais).

Ora, produtos que novos valiam R$ 24,90 ou R$ 29,90 de uma hora para outra chegam de volta nas bancas, ainda em estado de novos, praticamente perfeitos, ainda embalados no plástico, redistribuídos gentilmente pela Distribuidora Monteiro e pela Saka (aqui no RS) com precinho de R$ 8,90? Para vender tais revistas a R$ 8,90, quanto será que tal(is) distribuidora(s) deve(m) ter pago nos depósitos em São Paulo, embora comprando em quantidade?

Assim como o contribuinte de IPTU que paga seu imposto em dia não quer ser otário para ver, no ano seguinte, quem não pagou o imposto do ano anterior receber desconto (incentivo?) para colocar o imposto atrasado em dia – como muitas prefeituras aqui no Rio Grande do Sul fazem, da mesma forma o leitor de Tex (e de outros títulos) não quer ser palhaço de pagar R$ 24,90 ou R$ 29,90 na altura do lançamento sendo que, algum (pouco) tempo depois, sabidamente, aqueles títulos vão retornar em redistribuição de terceiros a valores muito, muito mais baratos...

Muitos colecionadores, muitos mesmo, ao saber dos encalhes (que já circulam há algum tempo) me confidenciaram que não comprariam na altura do lançamento porque tinham a certeza de que logo os números perdidos na altura do lançamento em banca estariam à venda a preços mais acessíveis no encalhe... E acertaram... Pelo visto os leitores estão ficando espertos... Já não são bobinhos...

Há outros motivos? Certamente que sim, mas este da redistribuição é o que mais me salta aos olhos nesta segunda-feira.

A internet é ótima ferramenta de divulgação de lançamentos, excelente ferramenta de promoção de produtos, mas também funciona como uma bomba relógio de efeito retardado quando este tipo de ação mercadológica de vender muito mais barato meses depois ocorre, visto que, em tempos de globalização, os leitores também se comunicam entre si – e bastante... E, economizar, pagar menos, quem não deseja?

Perdemos a série Tex em cores. Lamentavelmente.

Créditos:
Texto de de Gervásio Santana de Freitas (coordenador Geral do Portal TexBR). Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/portaltexbr e no Facebook: http://www.facebook.com/portaltexbr

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Os Bugios Da Minha Gaita

Os Bugios Da Minha Gaita

Composição: Edson Dutra E Frutuoso Araújo

Os bugios da minha gaita, que vão pros bailes campeiros
Botam fogo nos fandangos, com seu embalo faceiro
Quando esse fole velho, no meu braço de patrão
A gauchada de solta, nos bailes do meu rincão

Dê-lhe gaita seu gaiteiro, ronca essa baixaria
No compasso do bugio, pra trazer mais alegria

O bugio engrossa o baile, e a noite fica pequena
Me dá gosto ver o balanço do corpaço da morena
A melhor coisa do mundo, te garanto meu patrício
Se o bugio fosse cachaça, eu morreria do vício

Os bugios da minha gaita, que vão pros bailes campeiros
Botam fogo nos fandangos, com seu embalo faceiro
Quando esse fole velho, no meu braço de patrão
A gauchada de solta, nos bailes do meu rincão

Dê-lhe gaita seu gaiteiro, ronca essa baixaria
No compasso do bugio, pra trazer mais alegria

O bugio engrossa o baile, e a noite fica pequena
Me dá gosto ver o balanço do corpaço da morena
A melhor coisa do mundo, te garanto meu patrício
Se o bugio fosse cachaça, eu morreria do vício

domingo, 8 de janeiro de 2012

Um Erro Fatal/Os Exterminadores


Com quatro carroças e vinte bem armados caçadores de peles o Sr. Barrow de Monticello (povoado de Utah) percorre as pradarias da reserva indígena ute por várias semanas perseguindo uma grande manada de búfalos e dizimando-a pouco a pouco. Após abaterem e arrancarem suas peles deixam para trás centenas de carcaças de animais apodrecendo no pasto. A sangrenta cruzada já se aproxima de território navajo.

Um mês depois dos primeiros incidentes Tex, Kit e J. Tigre se encontram em Utah com Escudero, chefe dos Utes, que lhe expõe o problema e suas preocupações. Temendo um conflito entre índios e militares Tex consegue com o chefe indígena o apoio de 20 guerreiros para que lhe ajudarem a por um fim naquela chacina.

Agindo imediatamente o chefe dos navajos e os guerreiros utes enviam sinais de fumaça a outros indígenas, inclusive navajos, e formam um círculo em torno dos caçadores que se encontram espalhados por uns 15 kms. Os caçadores ao perceberem a ameaça em forma de fumaça logo tratam de se reunirem em um grande acampamento.

Sentindo-se mais seguros, os caçadores entram em verdadeiro pânico quando no meio da noite se vêem atacados por dezenas de flechas incendiárias. Em meio ao alvoroço os cavalos fogem e as carroças queimam em uma grande fogueira no centro do acampamento. Os caçadores escondidos de armas em punho, tensos e aterrorizados esperam pelo ataque mortal... que não acontece.

Uma hora depois já sem a maioria dos cavalos, as caroças transformadas num monte de cinzas e temendo pelo pior, o Sr. Barrow ordena que seus homens escavem uma trincheira em volta do acampamento enquanto ele, protegido pela escuridão foge para Monticello buscar ajuda; e salvar-se daquela horrível situação.

Amanhece e ainda sem dormir os sitiados caçadores vêem surgir três cavaleiros. Estes se aproximam e logo deixam bem claro a todos a situação em que eles alí se encontram. Ou deixam imediatamente o local esquecendo as caçadas em território indígena ou serão escalpelados e jogados apodrecendo na pradaria como fizeram aos búfalos. Naquele momento às suas voltas elevam-se numerosos sinais de fumaças como a confirmar as palavras de Tex.

Um dos caçadores se aborrece por estar diante de amigos dos índios e antes que pudesse ofende-los é jogado ao solo por potente soco no queixo, desferido pelo recém chegado. Através de Morty, um dos caçadores, Tex descobre que o agente indígena Christian Mayer "autorizara" Barrow e seus caçadores agirem na região através de um documento Ute em troca de cobertores e rifles. O guia ute Towoka ainda quer discutir mas também recebe dura lição do já impaciente Tex.

Deixando os convencidos exterminadores com seu destino em suas próprias mãos, os três parceiros partem para Monticello em busca dos mentores daquela safadeza. Apressados os caçadores estavam se preparando para partir mas mal tem tempo de escalarem uns montes próximos, quando alguns metros abaixo de seus pés, passa uma perigosa manada de búfalos conduzida por índios navajos.

Os três pards chegam no povoado de Monticello ao entardecer daquele dia. Quase ao centro do povoado deparam-se com Barrow e Mayer que os observam com ar de desdém e superioridade. Os forasteiros não perdem tempo para aborda-los. É então, neste encontro de Tex com estes "influentes cavalheiros da cidade" e deste "amistoso diálogo" que veremos o ato final desta aventura.

Roteiro de G.L. Bonelli, arte e capa de A. Galleppini

sábado, 7 de janeiro de 2012

Morena Rosa

Morena Rosa

Composição: Telmo De Lima Freitas

Olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão
machucando a vaneira
à sua maneira
bombeando pro chão.

Na penumbra do rancho costeiro
do rancho costeiro
polvadeira à meia costela
à meia costela.

O gaiteiro entonado
floreava o teclado
e bombeava pra ela.

O gaiteiro entonado
floreava o teclado
e bombeava pra ela.

Olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão.

A doçura da morena rosa
da morena rosa
dá vontade da gente provar
da gente provar.

Apesar de gaviona
escuta a cordeona
e começa a espiar.

Apesar de gaviona
escuta a cordeona
e começa a espiar.

Olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão.

O semblante da morena rosa
da morena rosa
lua cheia de felicidade
de felicidade.

Quanto mais sarandeia
o corpo incendeia
de tanta vontade.

Quanto mais sarandeia
o corpo incendeia
de tanta vontade.

Olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
olha o tranco da morena rosa
rebocada de ruge e batom
machucando a vanera
à sua maneira
bombeando pro chão
machucando a vaneira
à sua maneira
bombeando pro chão.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Xote Laranjeira

Xote Laranjeira

Mas deixa estar que eu vou-me embora
Eu vou voltar pro meu rincão
Pra beber água dos teus olhos
Sangue do teu coração

Mas deixa estar que eu vou-me embora
Eu vou voltar pro meu rincão
Que é pra comer churrasco gordo
E tomar mate chimarrão

Mas deixa estar que eu vou-me embora
Eu vou-me embora pra fronteira
Que é pra comer churrasco gordo
E tomar café de chaleira

Mas deixa estar que eu vou-me embora
Eu vou-me embora pra fronteira
Mas eu hei de levar comigo
Este xote laranjeira

Pula daqui pula de lá
Pula do canto
Que eu daqui não me levanto
Tô danado pra brigar

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pôster Tex Nuova Ristampa 172


Nesta nova ilustração de Claudio Villa, vemos Tex Willer lutando um combate de vida ou morte com tomahawks no círculo da morte (o combate era disputado no interior de um círculo em chamas e terminava com a morte de um dos dois oponentes se bem que quem ultrapassasse o círculo de fogo durante as fases da luta era abatido no acto por um dos guerreiros Sioux armados de arco e flecha que rodeavam o círculo) com Mahonga, o chefe dos índios Teton.

Desenho usado pela Mythos Editora como capa de Grandes Clássicos do Tex #15 e inspirado na história “La freccia spezzata” de Guido Nolitta e Erio Nicolò (Tex italiano #261 e #262).

(Para aproveitar a extensão completa do pôster, clique no mesmo)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tô Chegando

Tô Chegando

Os Monarcas

Composição: Juca Morais,jorge Freitas,edson Macuglia,luiz Lanfredi

Vou ajeitar minhas tralhas que a saudade me domina
vou voando igual as gralhas vou pra Santa Catarina,
na bagagem levo o pinho pra cantar de toda a goela no
coração meu carinho e um forte quebra-costela
sou mais um mané da ilha de bombacha e chimarrão
esta gente é minha família tropeiros por tradição

eu vou,eu vou,eu vou,vou pra Santa Catarina
eu vou,eu vou,eu vou,rever minha menina
eu vou,eu vou,eu vou,vo no balanço do trem eu vou eu
vou de pressa e a saudade vai também(2x)

Vou cantar em Rio Do Sul, São José e Blumenau
Vou rever o céu azul do mais lindo litoral
em lages estou chegando da pinha quero o pinhão
São Miguel tá me esperando lá deixei meu coração
Sou mais um mané da ilha de bombacha e chimarrão
esta gente é minha família tropeiros por tradição

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

Milonga Campeira

Milonga Campeira

Os Mirins

Enquanto a prata luzia entre os ramos da figueira
Lentamente fui bordando essa milonga campeira
Intercalando silêncio com acordes naturais
Dei cancha guela na noite as vozes dos mananciais

Milonga da noite milonga da lua
Cantar de fronteira compasso charrua
Por mais que te apontem lugares comuns
Jamais tem jeito de jeito nenhum

Temendo assustar os grilos evitei as dissonancias
Pois em derreadeira estãncia queria ser contra-canto
E a noite já bem madura se fez regente de lua
No pampa em clave de lua escreveu a partitura

Pressentindo que a noite de paixão se consumia
Um galo madrugador chamou a barra do dia
Que dê-lhe então em silêncio tal como fez a guitarra
Fui cevar um mate novo ouvindo os sons das cigarras

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bugio Da Serra

Bugio Da Serra

Os Mirins

Eu vou embora pra minha terra
Eu vou agora subir a serra
Fazer as coisas que sempre fiz
Voltar pra lá e ser feliz

Vou ajeitar a minha velha bombacha
Que está guardada desde que saí de lá
As minhas botas, o meu lenço e o chapéu de barbicacho
E bem faceiro me pilchar

Quero sair bem cedinho a cavalo
Voltear as vacas, tirar leite e fazer queijo
Encher a alma de sereno e de ar puro
E rever os campos que à muito tempo eu não vejo

Vou encerrar uns terneiros na mangueira
Devagarito treinar uns tiros de laço
Porque a vida na cidade me tirou este prazer
Preciso treinar o meu braço

Vou lá pro mato traçar fogo numas grimpas
Para comer uma sapecada de pinhão
E beber toda a saudade que eu sentia
E tomar um porre de alegria e emoção

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Na Trilha Da Vingança


Ray Talberg pernoita numa velha, abandonada e sinistra missão no norte do Arizona, após perder o cavalo, onde é surpreendido pelo caçador de recompensas Mounty, que o acusa de matar uma mulher no Posto Comercial de Tascosa, e não adianta alegar inocência. Durante a conversa, são surpreendidos por três índios Apaches. Mounty abate os três índios; Ray foge e afugenta os cavalos.

O Xerife de Catalina pede ajuda ao Comando dos Rangers, Tex e Carson são enviados para resolver o caso. São colocados a par dos acontecimentos, que desencadeou o ódio dos Apaches e podem atacar colonos e cidades, o que também já levou o Exército a patrulhar a região.

Hondo chega na missão e encontra um guerreiro sobrevivente, que lhe conta quem é o culpado pela sua morte. Parte na pista dos fugitivos. Os Rangers também chegam na missão e reconstituem os fatos, restando um monte de perguntas sem respostas. Seguem as pistas deixadas no chão. Ray encontra um rancho para descansar e recebe hospitalidade.

Os Apaches atacam Mounty quando mata a sede num poço, mas ele consegue se refugiar numa garganta. O cerco se fecha, mas chega uma patrulha de soldados. Os índios entram em combate, até perceberem mais caras-pálidas chegando, levantando uma alta nuvem de poeira, e fogem. Chegam Tex e Carson, arrastando cactos e causando a poeira. Mounty, velho conhecido do Ranger, conta sua história. Tex desconfia, pois os índios deixaram a pista de Ray para seguir a sua e solta o braço contra o caçador. Mounty confessa que matou os índios, diante dos surpresos soldados.

Tex e Carson vão na pista de Ray, acampam no caminho e são surpreendidos pelos apaches ao amanhecer. Hondo diz que Ray é inocente e Mounty o assassino de Nahomi, sua irmã (ocorre aí um flash-back). Hondo liberta os dois heróis, mas afirma que caçará o assassino e executará a vingança Apache.

Os Rangers chegam ao rancho onde Ray dormiu, mas já partiu. Ficam sabendo do provável esconderijo, pois um dos irmãos esteve na cidade e ouviu o xerife falar do caso. E também Mounty já passou lá e está caçando Ray. Então partem apressadamente para salvar o inocente.

Em Pima, Mounty recruta três bandidos e vão ao rancho de uma garota, Bessie, por quem Ray é apaixonado. Após se certificarem de que está lá, atacam de surpresa, mas o rapaz consegue escapar ao primeiro ataque. Tex e Carson chegam e entram na fiesta. Espetacularmente, mostrando coragem e perícia, Tex manda dois bandidos para o inferno, montando um cavalo sem sela e arreios, diante de um preocupado Carson, cuja ótima pontaria se comprova num tiro certeiro em plena noite, a boa distância.

A dona do rancho, viúva Desmond, é feita refém por Mounty, que parte e promete abandoná-la na estrada. Na manhã seguinte, Tex e Carson iniciam a perseguição. Encontram a viúva deitada, completamente chocada com os acontecimentos.

Carson fica com a mulher e Tex vai em frente. Ali se depara com a terrível realidade da vingança apache, uma cena que vale a pena ser vista e revista por todos os texianos. E ainda falta estabelecer a verdade diante das autoridades, o que leva o famoso justiceiro a distorcer os fatos, evitando males maiores para os apaches e para todos os habitantes da região.

Textos de Nizzi, desenhos de Monti e capa de Villa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Primeira Vez

A Primeira Vez

Os Serranos

A primeira vez que eu vi você meu grande amor,
Não quiz acreditar e mesmo assim aconteceu...
A primeira vez que eu vi você...
O vento pela rua assobiava um chamamé...
A primeira vez que eu vi você,
Senti no seu olhar a luz do entardecer,
Aprendi sonhar antes de adormecer,
E a vida foi chegando de uma vez...

E, o amor se fez, quem me dera ter você mais uma vez...
E, o amor se fez, essas coisas só acontecem uma vez...
Pois quando o amor se vai,
A gente não esquece mais

Nasci nos olhos, dei um suspiro
O bem-me-quer se desfolhou
Vai batendo coração porque encontrei meu grande amor
Marquei o dia marquei a hora
No calendário que o amor fez
A estação da paixão, a minha primeira vez

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

MENSAGEM DA DIREÇÃO NACIONAL MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS

25 de dezembro de 2011
BOAS FESTAS E NOSSO CONVITE PARA A LUTA EM 2012

Ao finalizar este ano de 2011 nos colocamos diante de nossos simpatizantes, militantes e lideranças para agradecer pelo empenho, a garra e a perseverança com que se lutaram no ano que finda. Não tenhamos dúvidas que passos importantes foram dados nestes doze meses e temos certeza que só não fomos além por que efetivamente nos impediram força maior.

Ao mesmo tempo que avaliamos como muito profícuo este ano, já nos preparamos para vindouro. Temos metas ambiciosas para 2012, e mais do que nunca precisamos de toda força e energia daqueles que sonham e vivem a causa do Povo Sul Brasileiro. Uma das nossas mais importantes metas é a “Consulta Popular” que vamos realizar em 4 de agosto de 2012, onde pretendemos ouvir mais de 11 MILHÕES de cidadãos Sulistas sobre o status nacional e internacional que reivindicam frente ao estado brasileiro.

Para que esta ação se concretize temos que começar 2012 a todo vapor, pois precisamos estar presentes e com força total nas 48 maiores cidades do Sul. Parece uma tarefa fácil, mas não o é, pois há ainda muito a fazer, visto que em algumas destas cidades com mais de 100 mil habitantes sequer temos uma Comissão Municipal formada e atuante.

No ano vindouro serão consultadas através de pesquisa as populações dos seguintes municípios do Sul:
Paraná:
Município ........................nº
Hab.
1–Curitiba....................1 746 896
2- Londrina ....................506 645
3-Maringá ......................357 117
4-Ponta Grossa ...............311 697
5-Cascavel ......................286 172
6-São J. dos Pinhais ........263 488
7-Foz do Iguaçu ...............256 081
8-Colombo .......................213 027
9-Guarapuava .................167 463
10-Paranaguá .................140 450
11-Apucarana .................120 884
12-Toledo ........................119 353
13-Araucária ...................119 207
14-Pinhais .......................117 166
15-Campo Largo .............112 486
16-Arapongas .................104 161
17-Almir. Tamandaré ......103 245
18-Umuarama .................100 716

Rio Grande do Sul:
1-Porto Alegre ...............1 409 939
2-Caxias do Sul .................435 482
3-Pelotas ..........................327 778
4-Canoas ...........................324 025
5-Santa Maria ...................261 027
6-Gravataí ..........................255 762
7-Viamão ...........................239 234
8-Novo Hamburgo ...............239 051
9-São Leopoldo ..................214 210
10-Rio Grande ...................197 253
11-Alvorada .......................195 718
12-Passo Fundo ................184 869
13-Sapucaia do Sul ...........130 988
14-Uruguaiana ..................125 507
15-Cachoeirinha ...............118 294
16-Santa Cruz do Sul ........118 287
17-Bagé ...........................116 792
18-Bento Gonçalves ...........107 341

Santa Catarina:
1-Joinville ...........................515 250
2-Florianópolis ..................421 203
3-Blumenau ......................309 214
4-São José .........................203 384
5-Criciúma .........................192 236
6-Chapecó .........................183 561
7-Itajaí ...............................183 388
8-Lages .............................156 737
9-Jaraguá do Sul ...............143 206
10-Palhoça ........................137 199
11–Balneário Camboriú ......108 107
12-Brusque .......................105 495

Para que este trabalho resulte num sucesso e tenhamos condições de realizá-lo em conjunto em todas estas cidades, temos que trabalhar muito na organização local. Nossa maior intenção com estas ações é de uma vez por todas deixar comprovado a vontade soberana de autodeterminação da região Sul. Além disso, trata-se de dar prosseguimento a uma grande mobilização iniciada em setembro de 2011 e que culminará com um Plebiscito Consultivo em 2015, gerenciado por nossa instituição e auditado por observadores internacionais idôneos, bem como pela imprensa do interior de nosso Sul.

Assim, ao agradecer o esforço de todos em 2011, já estamos fazendo um chamamento para a luta em 2012, em especial a nossos simpatizantes, militantes e lideranças das cidades acima citadas.

BOAS FESTAS!
VENTUROSO 2012!

VIVA O SUL LIVRE!!!

Celso Deucher
Presidente Nacional Movimento O Sul é o Meu País

sábado, 24 de dezembro de 2011

Mateando E Pitando

Mateando E Pitando

Composição: João Argenir Dos Santos E Mario Nenê

De vez enquanto bate na idéia da gente uma vontade de
reviver o passado o pé na estrada visitar outro
vivente matar saudade que muito tem me judiado
Sorver um mate num rancho de um velho amigo,botar em
dia os assuntos do rincão falar de festa,baile xucro e
cantoria
são essas coisas que me alegram o coração

Refrão
Mateando e pitando,na beira do fogo,roncando uma
gaita,ponteando um violão o vento que sopra na quincha
do rancho provoca arrepios trazendo inspiração

penso la norte pelos caminhos que passo sou abençoado
quando vou e quando venho ajójo apreço quando recebo
um abraço chegando ao rancho desses amigos que tenho
essa cultura que irmana esses campeiros eternizando a
convivência do gaúcho Ser recebido no estilo
galponeiro num velho rancho onde o chique é não ter
luxo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Sangue Frio


A aventura começa com o major Owen Wingate e seus ajudantes, Te-nente Peters e seu parceiro índio Nantay numa inspeção de rotina em volta do Forte Grant. De repente Nantay os alarma avisando que viu um acampamen-to perto deles e que poderia ser bandidos. Ao chegar perto do acampamento o major pede para que os homens se identifiquem, com outra pergunta os homens respondem, mas o major já os reconheceu são Tex e Carson que vie-ram ao encontro deles, pois era o dia da aposentadoria do major Owen e de Nantay.

Chegando ao forte, o major é recebido por “vivas” de toda a cavalaria do forte, que o vieram saudar pelo seu último dia no forte.

Aprontados para a viagem Tex, Carson, Owen e Nantay saem do forte. Owen diz a Tex e Carson que eles vão para a Califórnia, onde comprara um rancho lá, perto de uma cidade chamada Federation. Após algum tempo de viagem os amigos de despedem e tomam destinos diferentes.

Já em seu rancho Wingate pede para Natay ir ao armazém. Chegando lá Nantay recebe as “boas-vindas” dos clientes do armazém-sallon. Terminado a briga Leroy chama Nantay para jogar cartas. Com o passar do tempo Nan-tay perde todo o dinheiro no jogo e não aceita. Os clientes começam outra briga na qual desfecha com a morte de Nantay crivado de balas.

Owen então pede ajuda a Tex e Carson para fazer justiça pela morte de Nantay. Com a chegada de Tex e Carson na cidade os bandidos armam uma armadilha para matar os dois rangers. Com o fracasso da armadilha, Tex vai ao encontro do xerife, vendo a irresponsabilidade do dele, Tex se intitula o novo xerife da cidade e informa aos cidadãos que veio para fazer justiça da morte de Nantay.

Vendo que Tex pode mudar a cidade os cidadãos lhe dão os nomes de quem estava presente no sallon no dia da morte de Natay. Então Tex e Carson partem na busca de justiça pela morte de seu amigo Nantay.

Roteiro de Mauro Boselli e desenhos de G. Lettèri. Capa de Claudio Villa.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

João Tatu

João Tatu

Gaúcho Da Fronteira E Tio Nanato

Cheguei num baile de rancho, tava frio, meio garoando
Rapariguedo gritaram: - Olha ai quem vem chegando
Me atirei nos braços duma e já saímos cavocando.

Cavoca aqui, cavoca ali cavoca lá
E eu nasci pra ser tatu meu negócio é cavocar.

Saí que nem burro torto desconfiado me cuidando
E as velhas que nem coruja pelos cantos me bombeando
E eu fazia que não via e continuava cavocando.

Dono do rancho gritou: - Gaiteiro pode ir parando
Que eu vou contar a mulherada se não tem uma faltando
Porque lá fora eu vi um vulto esquisito cavocando.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Máscara Do Terror


Perto da aldeia de Urso Silencioso, os dois heróis são atacados por índios sob as ordens do Agente Indígena, que age como capanga de luxo do Caveira. Escapam e chegam a aldeia, onde são colocados a par dos acontecimentos. E conhecem o Agente Charlie Ford.

No dia seguinte, a caminho do Forte Clark, os dois são novamente vítimas de uma emboscada e só se salvam devido a aparição miraculosa da Cavalaria. No Forte, se deparam com um comandante linha dura e um sargento simpático que lhes dá algumas pistas sobre um tráfico de armas na região. Tex e Carson partem para averiguar essa nova pista.

O Caveira é um sujeito misterioso, que usa uma máscara macabra para impressionar os índios e espalhar o terror nos homens brancos. Habita um fortim edificado numa pequena ilhota no centro de um lago, ligado a terra por uma ponte de madeira, pág. 42 de TEX-409.

O Caveira tem como plano principal destruir o Forte Clark e para isso precisa armar bem os seus guerreiros junto a um comerciante de Big Folk. Depois de conseguir informações sobre os traficantes e seu local de ação, Tex decide pela destruição das armas. A seqüência onde destrói o barco com as armas é muito bem feita, com toda a magia que antevemos na capa. E os Rangers pegam o responsável, Gil Baron, pela partida, para obrigá-lo a guiá-los ao covil. Baron entrega o jogo, na tentativa de acalmar os adversários e depois tentar uma escapatória, mas morre atingido por companheiros.

Eles armam novo plano para cima de Charlie Ford, sempre objetivando chegarem ao Caveira, mas a astúcia de um sujeito chamado Rufus surgiu para por tudo a perder e colocar novamente a vida dos nossos heróis em perigo.

A nova emboscada do cruel Charlie Ford resulta em Tex dado como morto ao cair num rio de fortes corredeiras e cheio de pedras, de onde ninguém conseguiu escapar antes; e Carson é preso. Mas o Ranger está vivo e pronto pra morder. Ao libertar Carson, deixa Ford estendido na neve.

Na fuga, deparam-se com lobos e são ajudados por um velho caçador conhecido como Francês, que habita uma caverna camuflada. Este demonstra-se conhecedor da região e do covil do Caveira, aceitando guiá-los e conduzí-los a ilhota por uma passagem secreta.

Sem esperar um ataque e pensando que Tex está morto, o Caveira não se previne e é tomado de assalto em seu próprio covil. Capturado, é levado para fora. Uma pena que na fuga, o enigmático personagem é atingido pelos próprios comandados.

Quando tira a máscara, Tex e os amigos se deparam com um ser macabro, totalmente queimado e carbonizado, (lembrei de El Muerto). Antes que morra, ouvem da sua boca a terrível história que culminou com todos os acontecimentos e indica o culpado de toda sua desgraça e dos seus planos de vingança.

Roteiro de Claudio Nizzi e desenhos de José Ortiz. Capa de Claudio Villa.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pedaços De Mim

Pedaços De Mim

Teixeirinha

Adeus morena querida
Adeus olhar matador
Adeus perfume de rosa
A mais delicada flor
Quem dá adeus vai embora
É isto que estou fazendo
Não fui feliz mas te amo
É triste partir querendo

Parto nesta madrugada
Por este mundo sem fim
Comigo vai a saudade
Tirando pedaços de mim

Sonhei o sonho mais lindo
De ser feliz nos teus braços
Mas o destino não quis
Que tu seguisse os meus passos
Dizer adeus é o que resta
O nosso amor não deu certo
Para não ver-te com outro
Não posso ficar por perto

Parto nesta madrugada
Não sei qual a direção
Caindo dentro de mim
Pedaços do meu coração

Adeus morena bonita
Aqui eu não fico mais
O nosso amor foi desfeito
Me vou chorando os meus aís
Os teus olhos também choram
Adeus morena geniosa
O espinho da roseira
É o defeito de uma rosa

Parto nesta madrugada
Despedaçado de dor
Depois de tanto maltrato
Só resta adeus meu amor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Collezione Storica a Colori de Tex vendeu a astronômica cifra de 27 MILHÕES de exemplares

A “Collezione Storica a Colori” (Colecção Histórica a Cores) agregada ao quotidiano “La Repubblica” e ao semanário “L’espresso” na Itália, terminou a longa maratona com o ducentésimo trigésimo nono volume publicado a 25 de Agosto de 2010. Tratava-se de uma proposta semanal iniciada no longínquo mês de Fevereiro de 2007 e foi uma iniciativa que obteve um sucesso entusiasmante e que permitiu aos leitores italianos desfrutar, no espaço de apenas quatro anos e meio, de toda a carreira do Ranger mais famoso e mais duradouro do mundo da banda desenhada, pela primeira vez a cores.

Era suposto ser apenas um “experiência” limitada a 50 números e que, em vez disso, motivada por um sucesso tão extraordinário quanto imprevisível, tornou-se um “encontro semanal” mais ou menos obrigatório para dezenas de milhares de leitores.

A colecção que reeditou todas as histórias da série principal de Tex marcou a introdução triunfal da cor no universo do nosso Ranger, uma “entrada” que, em doses assim maciças, nunca se tinha visto antes. Não foi fácil, para muitos leitores conseguirem completar com sucesso a série inteira, fosse pelo compromisso financeiro que a empreitada requereu, fosse para a obrigação de encontrar na própria habitação, um espaço suficiente para acolher uma espécie de “montanha de papel”. Mas, a oportunidade era realmente imperdível – mesmo única – e, profissionalmente, a Sergio Bonelli Editore não podia deixá-la fugir tal como os números finais (e oficiais) o provam.

Sabe-se hoje que a “Collezione Storica a Colori” (Colecção Histórica a Cores) ao longo dos seus 239 volumes vendeu um total astronómico de 27 MILHÕES de exemplares, o que dá uma média incrível de pouco menos de 113 MIL cópias vendidas a cada semana (a um custo unitário de 6,90€) e um facturamento incrível de 186 MILHÕES e 300 MIL EUROS.

Com estes números IMPRESSIONANTES os autores (ou os seus herdeiros em caso de morte) que realizaram as histórias de Tex ao longo destes 63 anos de vida editorial também tiveram fabulosos benefícios financeiros, isto porque a Sergio Bonelli Editore nos contratos com os seus autores prevê compensações financeiras aos seus argumentistas e aos seus desenhadores por cada vez que qualquer história seja republicada não somente pela Sergio Bonelli Editore nas outras reedições de Tex (Tex Tre Stelle, Tutto Tex, Tex Nuova Ristampa ou Tex Stella d’Oro) mas também nas reedições ocorridas em países estrangeiros ou para novas edições publicadas na Itália por outras editoras, como por exemplo a Mondadori ou esta doo grupo editorial Espresso-Repubblica.

Para os coloristas tal não se aplica. O “problema” não é “não querer pagar”, mas antes porque Sergio Bonelli não reconhecia esse trabalho dos coloristas como um contributo artístico-criativo, pois para o editor milanês recentemente falecido o céu era azul, a erva verde e o colorista devia pintar o azul no céu, o verde na erva e o amarelo na camisa de Tex…

Perante estes números elevados compreende-se hoje porque logo após o fim da “Collezione Storica a Colori” a Sergio Bonelli Editore e o grupo editorial Espresso-Repubblica lançaram a reedição, em “technicolor”, dos Tex Gigantes, colecção que traz prestigiosas assinaturas da banda desenhada italiana e até mesmo mundial e que actualmente continua a sair também com uma cadência semanal e ao que sabemos, continuando a superar todas as melhores expectativas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Nas Madrugadas

Nas Madrugadas

Os Monarcas

Quanta saudade do rincão
Onde nasci e me criei
Aprendi a tomar chimarrão
E a ser um gaúcho de lei

Por lá deixei uma paixão
Morena qual me apaixonei
Ou quando eu peço a sua mão
Se ainda me quer ainda não sei

E nas madrugadas eu pulava do colchão
Num dia de lida no ofício de peão
Saia campo a fora solvejando uma canção
E alegria tinha no meu coração

Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

E hoje então longe de lá
Lembro nela pego a cantar
Se eu chorei quando partir
Vou sorrir quando voltar

Gostar de gaita e violão
Faz parte desse meu viver
Dançar fandango de galpão
Na terra que me viu nascer

A galopito no alazão
Eu chego la no entardecer
E quero o gosto do batom
Dos lábios do meu bem querer

sábado, 17 de dezembro de 2011

Rebelde

Depois que os Estados do Sul tinham perdido a Guerra Civil, esse apelido era dado ao Norte e pelos Nortistas que chegavam ao Sul, por negócios, a todos aqueles cowboys do Texas que cantavam canções sarcásticas, zombando os burgueses da cidade, por sua concessão hipócrita da moral. O rancher Wilson S. Marshal sustentava a esse propósito em 1868: “Esses não têm o direito de chamar de Rebelde, qualquer cidadão dos Estados do Sul, porque os Estados do Sul não se rebelaram à União, mas valeram-se do direito reconhecido a cada Estado, ao acto de sua entrada na União, de poder retroceder a qualquer momento dela. Foi exactamente isso que fizeram os Estados do Sul, mas os Estados do Norte ignoraram por completo tal direito há seu tempo reconhecido. Diante do mundo, ficaram entrincheirados atrás da questão moral da Escravidão e obrigaram-nos com a força e com as armas a tornarmos membros da União. A guerra era então ilegal e contra o direito. Se nós somos Rebeldes, o somos contra a violação de tratamento, interferidos entre os Estados, segundo o direito das pessoas. Isso os Nortistas não deveriam esquecer, jamais”.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amizade De Gaiteiro

Amizade De Gaiteiro

Os Serranos

Boleia a perna amigo velho e te aprochegue
Amarre o pingo que o churrasco tá na brasa
Passe pra diante, puxe o cepo e vá sentando
Pois no meu rancho não precisa oh de casa
Golpeie um trago e tire a poeira da garganta
Enquanto encilho o meu verde chimarrão
Tua presença neste rancho companheiro

Faz corcovear de alegria o coração
Nossa amizade é crioula dos galpões
E campereadas no potreiro desta vida
Tua presença neste rancho hoje é festa
E minha família te agradece comovida
E essa visita de gaúcho que me fazes
Leva pra longe uma tropa de saudade
Tem o calor do guarda fogo galponeiro

E no teclado desta gaita te saúdo
E canto a ti esse verso bem campeiro
E essa emoção que toma conta do meu peito
Já faz vibrar a minha alma de gaiteiro
E este chote que te canto alegremente
E que o faço em tua homenagem
E um presente que te passo, amigo velho
Pra registrar por aqui tua passagem

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Uma Tarde Quente

















Textos de Nolitta e desenhos de Ticci

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Última Lembrança

Última Lembrança

Os Fagundes

Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida
Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus
Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida
De que meus lábios possam ter os lábios teus

Quando eu morrer permita Deus que nesta hora
Ouças ao longe o cantar da cotovia
Será minh'alma que num canto triste chora
E nessa mágoa o teu nome pronuncia

Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que dos versos fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos

Eu viverei no violão que a noite tomba
Ante a janela da silente madrugada
Eu viverei como uma sombra em tua sombra
Como poesia em teu caminho derramada

Nem mesmo o tempo apagará nossos amores
Que floresceram de uma ilusão febril e mansa
Quando eu morrer eu viverei nas tuas cores
Mas te levando em minha última lembrança

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O STF GOLPISTA

13 de dezembro de 2011

Sérgio Alves de Oliveira*

PIOR QUE UM GOLPE ARMADO, é o perpetrado em nome da lei. E mais grave ainda é quando essa norma legal é a própria Constituição e o golpista, segundo ela, deveria ser o seu guardião.

O mundo jurídico do país assistiu estarrecido o julgamento do Supremo Tribunal Federal determinado que no plebiscito tendente a dividir o Estado do Pará tivessem direito de votar os eleitores da área eventualmente remanescente. E “coincidentemente” nessa área remanescente encontrava-se a grande maioria dos eleitores do Estado. Não deu outra. Realizado o plebiscito em 11 de dezembro saiu vencedora a alternativa que negava a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. Assim manteve-se intacto o Estado, apesar de amplamente aprovada a divisão nas áreas emancipandas.

Ocorre que a emancipação de Estados novos está prevista no artigo 18 da CF, o qual preceitua que na consulta respectiva deverão ser ouvidos exclusivamente os eleitores DIRETAMENTE INTERESSADOS. E não é preciso nenhuma inteligência privilegiada para interpretar o dispositivo e concluir que os “diretamente interessados” são os eleitores das regiões emancipandas. Os da área remanescente do Estado-mãe não são diretamente interessados. Quando muito serão INTERESSADOS INDIRETOS.

A interpretação nova dada pelo Supremo foi a mesma coisa que afirmar que o azul é vermelho, ou vice-versa.

Interessante é observar que os requisitos para emancipação de Estados e Municípios são muito semelhantes. E sob o império dessa norma constitucional foram criados milhares de Municípios. Nunca, nunca mesmo, exigiu-se ou permitiu-se que votassem os eleitores que não tinham os títulos vinculados às áreas emancipandas.

Essa grotesca agressão aos direitos políticos dos eleitores de Carajás e Tapajós, sem dúvida não pode ficar por isso mesmo. Mas como essa agressão foi cometida pelo órgão maior da Justiça Brasileira atuando como instância originária, a quem recorrer?

Ora, os organismos internacionais, apesar de nem sempre confiáveis, possuem estrutura para avaliar fatos dessa gravidade. E mesmo que não se consiga reverter a situação, valeria no mínimo como denúncia de uma afronta à Constituição e aos direitos dos povos prejudicados. Talvez não tão graves como os crimes de guerra que são submetidos aos tribunais internacionais, mas pelo menos em número de “vítimas” a situação brasileira seria mais grave. Feriu-se o DIREITO DAS GENTES, que é muito mais grave que uma infração penal.

Não sei até que ponto a sociedade não estaria pagando um preço alto pela política de seleção dos membros dos tribunais superiores que são nomeados pelo Presidente da República quase de forma idêntica à nomeação de ministros (até o nome é igual) de governo, ou qualquer assessor de confiança. Onde fica a harmonia e independência dos Poderes preconizada por Montesquieu e adotada pela Constituição?

Também merece comentário o erro grotesco de parte da mídia ao se referir ao episódio do Pará como sendo um projeto SEPARATISTA, vulgarizando um significado muito mais grandioso. Separatismo é o mesmo que independentismo e só pode ser empregado quando se trata do desligamento de uma região de um país, tornando-se esta independente, autodeterminada, soberana, ou seja, um Estado Independente, um País, em toda a sua plenitude. As outras “separações” de estados e municípios na maioria das vezes só servem para criar mais empregos públicos, impostos e aumentar o poder de Brasília .

Creio até que o Pará deveria primeiro pensar em “cair fora” do Brasil, talvez em conjunto com alguns vizinhos, para depois organizar-se conforme a própria cabeça. “Carajás” e “Tapajós” ficariam para mais tarde. E esse bravo povo pode ter certeza que contará com o apoio do Sul, que já está executando esse projeto e que tem resguardo nas recentes pesquisas realizadas, lamentavelmente “escondidas” pela mídia comprometida com o Sistema.

Mas voltando ao Supremo. Aqui e agora acuso esse tribunal de ter “inventado” essa fórmula relativa à divisão do Pará para servir como pretexto, ou precedente jurisprudencial, colocando mais um óbice, obstáculo, ou “segurança” para obstaculizar a INDEPENDÊNCIA DO SUL. É claro, como aconteceu no Pará, que se o Brasil inteiro votasse num eventual plebiscito a proposta já nasceria derrotada.

*O autor é Sociólogo, Advogado, Membro Fundador do Gesul - Grupo de Estudos Sul Livre.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Massacre De Kalabah


Durante uma inspeção de rotina nas terras da reserva navajo, Tex encontra diversos pastores mortos de forma brutal. As pistas indicam que os criminosos são batedores indígenas de Forte Whipple, vestidos de soldados. Ao aprofundarem as investigações, Águia da Noite e seus parceiros descobrem que o comandante do forte, Coronel Moresby, criou um corpo de soldados indígenas para ajudar o Exército a manter a ordem nas reservas. Porém, esses "soldados" estão deixando que antigas rixas tribais influenciem sua atuação e o chefe dos navajos terá muito trabalho para acalmar os ânimos nas planícies quentes do Arizona.

Textos de Claudio Nizzi, desenhos de Vicenzo Monti e capa de Aurelio Galeppini.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pôster Tex Nuova Ristampa 171


Em nova ilustração saída do gênio criativo de Claudio Villa, vemos o preciso momento em que Tex Willer assiste em pleno cemitério indígena dos sioux, nas Blue Hills, chamado pelos índios como “a sagrada colina da glória”, ao gesto triunfal da vitória ocorrida momentos antes pelo capitão Richard Larrimer (nas vestes do “espírito mau das colinas“) contra Mahonga, o orgulhoso chefe dos sioux, que antes de morrer também acabou por ferir mortalmente o próprio capitão Richard Larrimer.

Desenho INÉDITO nos países lusófonos e inspirado na história “La freccia spezzata” de Guido Nolitta e Erio Nicolò (Tex italiano #261 e #262).

(Para aproveitar a extensão completa do pôster, clique no mesmo)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Loira Casada

Loira Casada

Os Bertussi

Domingo levantei cedo
Fui festa em São Sebastião
Me encontrei com uma loirinha
Que doeu no coração
Fiquei todo entusiasmado
Desde a hora em que eu lhe vi
Linda loira flor da serra
Da beira do Rio Caí

Quando eu vi esta donzela
Toda de vestido branco
Cabelo loiro ondulado
Bela flor cheia de encanto
Eu falei pro meu irmão
Isto foi na mesma hora
Se ela não topar comigo
Eu pego a gaita e jogo fora

Quando eu olhava pra ela
Ela me olhava e sorria
Até que eu fiz um sinal
De que ela correspondia
Quando eu vi que dava jeito
Fui com ela conversar
Que loirinha tão bonita
Que gaúcha de abafar

Eu cheguei, disse pra ela:
Não me faço de rogado
Eu gostei do teu jeitinho
Porque estou apaixonado
Ela foi me respondeu:
Sei o quanto estou errada
É que sou comprometida
É que eu já sou casada

E ela ainda me falou
Moço não pense mal de mim
Eu fiquei apaixonada
Desde a hora em que eu lhe vi
Moço você vá-se embora
Nunca mais fale comigo
Mas se eu não fosse casada
Eu ia embora contigo

E eu fui disse pra ela:
Não te esqueça o que eu te digo
Se tu não fosses casada
Eu te levava comigo
Mas agora eu vou-me embora
De ti nunca esquecerei
Vou-me embora desta terra
Volto aqui
Quando não sei

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Do Outro Lado Da Lei


Por ordem do governo americano, Tex e seus parceiros recebem a missão de desbaratar uma quadrilha de caçadores de peles que ergueu, em solo canadense, o Forte Whoop-Up e criou um vasto comércio clandestino de uísque adulterado com os índios da região. Para isso Tex e Carson se arriscam a entrar na aldeia do chefe sioux Ska-Wom-Dee para pedir a ajuda dele.

Texto de Nolitta, desenhos de Giolitti e Ticci. Capa de Claudio Villa.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor Del Alma

Composição: Honeide Bertussi/alfredo Jimenez

Porque te cansas da vida
Porque não entendes me amor
Porque pensar em traição
Se somos um coração
Amor que brota da alma
Com este que em mim brotou
Terá que ter um carinho
Que só Deus abençoou
Tu sabes que mim'alma
Viveu entre teus braços
A história de amor
Que eu tanto sonhei
Tu sabes que a muito me faz em pedaços
E em pensares que nunca te amei
Se às vezes muito choraste
Esqueças a tua dor
Atrás deixe o passado
Que a frente tens meu amor
Porque amor que brota da alma
Como este que em mim brotou
Terá que ter um carinho
Que só Deus abençoou
Tu sabes que mim'alma
Viveu entre teus braços
A história de amor
Que eu tanto sonhei
Tu sabes que a muito me faz em pedaços
E em pensares que nunca te amei

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Flor Da Morte


Um meteoro se espatifa numa planície desértica do Arizona, dando origem a uma cratera. Algum tempo depois, na mesma região, as estranhas mortes de alguns pastores da tribo hope despertam preocupações em seus companheiros. Perto dos cadáveres estão sempre exóticas flores vermelhas. Então, Tex, Carson e El Morisco são chamados para investigar algo que se transformará em um amargo pesadelo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Radicci


Afinal quem é o Radicci? O que é o Radicci? Este personagem foi criado em 1983, e tem algumas características bem marcantes. É um descendende de italiano que conquistou o público com seu temperamento forte, sua paixão pelo ócio e pelo vinho. Com uma roupagem regional, é um personagem universal . Um colono que faz sucesso pelo mundo como Hagar, Asterix, W. Bush, por exemplo.

Radicci é uma espécie de alter-ego dos imigrantes italianos e sua família é composta pela sua mulher, Genoveva, obstáculo entre ele e um garrafão de vinho e também espécie de Mamma italiana, pós máquina de lavar roupa. Além dela, existe o Guilhermino, o filho, que um verdadeiro contra-ponto ao pai. Enquanto o pai é um caçador convicto, Guilhermino é ecologista de deixar o pessoal do Greenpeace no chinelo. Estilhaço de Woodstock, amante do Rock and roll, suas posições políticas vão do vermelho Che Guevara até o verde maconha. Portanto, todos os ingredientes explosivos concentrados para embates com um pai conservador que acha que o único político que prestou no mundo foi Mussolini. Para completar, ainda tem o Nôno. Patriarca de todos, elo de ligação entre o passado, meio caduco e completamente esperto. Veterano da Segunda Guerra Mundial, foi piloto de caça, só não lembra para que lado. Tem uma moto e uma namorada e diz que ainda pilota.
Publicado nos maiores jornais da região, agora tenta se globalizar, pois afinal não existe nenhum lugar no mundo onde não se conheça um imigrante italiano.

A família do Radicci
A Famiglia Radicci, depois da Famiglia Sclorari é um exemplo acabado e escrachado da típica família italiana pós-moderna. Com a estrutura patriarcal de fachada comandada pela mulher, Zenoveva, também conhecida como Pentágono. Na marginalidade, Guilhermino, uma espécie de estilhaço de Woodstock e Nôno, o véio caduco. Ninguém sabe se ele é o Nôno da Zenoveva ou do Radicci. Nem ele.

Genoveva, obstáculo entre Radicci e um garrafão de vinho, é o maior libelo contra o machismo estúpido do gringo italiano e também espécie de Mamma italiana, pós máquina de lavar roupa.

Guilhermino, o filho, ecologista de deixar o pessoal do Greenpeace no chinelo. Estilhaço de Woodstock, amante do Rock and roll, suas posições políticas vão do vermelho Che Guevara até o verde maconha.

Nôno, patriarca de todos, elo de ligação entre o passado, meio caduco e completamente esperto. Veterano da segunda guerra mundial, foi piloto de caça, só não lembra para que lado. Tem uma moto e uma namorada e diz que ainda pilota.

Colônia
A colônia é o habitat desta colonada. Típica granja depois que o governo importou colonos da Itália em 1875. Terra extremamente produtiva. Dá de tudo graças as mãos laborosas e ao toque de caixa da Zenoveva. Em se plantando, tudo dá. Até confusão.

Iotti encontrou a fórmula para traduzir, em traços, a imagem de milhares de imigrates italianos. A história do Radicci, contada com fino humor, é antes de tudo um retrato fiel de um pedaço da nossa história.

Radicci é um imigrante italiano que vem parar no Rio Grande ainda criança, junto com seus pais, Giuseppe e Francesca, e sua irmã, Giovana. Aos tenros seis anos de idade – época em que, dizem os psicólogos, a personalidade se forma – Radicci caiu num barril de vinho. Talvez esteja aí a explicação de seu maior vício, ou melhor, de sua paixão por um bom tinto.

Ele cresceu, casou-se com Genoveva e teve um filho, Guilhermino. Iotti retrata um Radicci muito apegado à Itália e com um filho não entusiasmado pelas tradições da “Bota”. Muito pelo contrário. Em Guilhermino reinam, na mais completa harmonia, tendências punks, hippies e naturalistas, aliadas ainda às idéias de um estudante de Jornalismo especialista em “anatomia” (ciência muito bem embasada nas revistas de mulheres nuas).

Fácil notar porque Iotti conquistou o Rio Grande com seus personagens: ele soube sintonizar seus traços com os mais (aparentemente) singelos problemas cotidianos de uma Colônia Italiana e projetá-los nação afora. Qualquer um de nós há de se identificar com essa história.

Origens do Radicci!
Taí pra gente não mentir… o avó do Iotti já era a cara do Radicci… e ainda por cima fazia vinho! Tá tudo explicado gurizada… a inspiração do gringo veio do Leon Iotti!

Fonte: http://www.radicci.com.br/site/radicci

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Winfield Scott

Winfield Scott (13 de junho, 1786 - 29 de maio de 1866) foi um general do Exército Estadunidense, e candidato derrotado à sucessão presidencial pelo Partido Whig em 1852.

Conhecido como "Old Fuss e Feathers" e do "Grand Old Man do Exército", ele serviu na ativa como general mais do que qualquer outro homem na história norte-americanae, segundo alguns historiadores, o mais hábil comandante americano do seu tempo. Ao longo de sua carreira de 53 anos, ele comandou forças na Guerra de 1812 contra a Inglaterra, na Guerra Mexicano-Americana, e nas guerras indígenas e, principalmente, na Guerra De Secessão. Pelo lado da união e concebeu a estratégia conhecida como Plano Anaconda que seria usado para derrotar a Confederação. Ele serviu como Comandante Geral da Exército dos Estados Unidos durante vinte anos, mais do que qualquer outro.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Carcando Um Vanerão

Carcando Um Vanerão

Os Monarcas

Tascaram um grito vai ter baile na fronteira
Já há vespeiras junto ao rio beirando o rancho
Num bate coxa sempre tá a frota acionada
E eu to na estrada nem que seja de garancho
Um bem pro dito corcoveando um alazão
Um coração que era só teia de aranha
Tava ao seu lado de bandear pro horizonte
Me fui pra fonte e a fim de apalpar a Picanha

Já de vereda fui carcando um vanerão
Só no garrão pra fazer e acontecer
Firmei o pique numa branca de alambique
E já fisguei quem tem garrafa pra vender

Dancei na lenta pra não espantar o mulherio
Conheço o rio que tem piranha e que da pé
Eu sou do tempo que pé de valsa manhoso
Por ser nervoso não dança de marcha ré
Pra que boi na chuva apertando o barbicacho
Dono do cacho nunca precisei de ajuda
Só no que eu tenho vou costurando o sereno
Pois meu veneno sempre age na madruga