Gritos de Liberdade
Minuano tironeando a venta dos tauras
Relichos de baguais faiscas ao vento
O brado terrunho do punho farrapo
Num bote cascos medonho ao relento
Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tiras
Marcando fronteiras provou lealdade
Livrando os trastes da campa na ventania rusguenta
Pranchando adagua á gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão
Marcas de cascos no chão
Marcas de cascos no chão
Fronteiras em marcação
Nosso ideal meu rincão
Em noites que o minuano assusta os cavalos
Escuto o tropel dos centauros posteiros
Almas charruas cavalgam coxilhas
Guardando as fronteiras do sul-brasileiro.
O QUE A MÚSICA QUER DIZER:
Interpretação: Inicialmente é uma narrativa de um dia de guerra de um farrapo... O vento forte bate no rosto de todos os cavaleiros da tropa... Os cavalos relincham frente ao confronto Corpo á corpo de homens e animais... Adagas e facões soltando para todos os lados faíscas e línguas de fogo, frente a bravura e o amor á terra imposto no punho que firma e bate em defesa da própria terra...numa peleia sem trégua, roupas esfarrapadas provam lealdade fazendo respeitar demarcações territoriais e políticas... E nesta luta estafante, peleiam para não tombar, aos gritos de liberdade á seu povo...
Num quadro de guerra pintado em nossas mentes {vento, cavalo, peão, marcas de cascos no chão} vê-se homens lutando pelo nosso ideal... Nosso Rio Grande... No segundo verso a imaginação e interpretação vai mais longe... Imagino que em noites de vento e frio quando em nossas fazendas os cavalos ficam assustados... Imagino que os animais escutam o barulho das patas dos cavalos em plena guerra com as almas montadas. Almas sempre prontas para voltar do além para pelear e proteger nossas fronteiras...
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