Separatista - por obrigação moral
12 de novembro de 2008
Por Luciano Damaceno *
“Quando os homens aram, navegam, edificam, tudo obedece ao espírito. Muitos mortais,contudo, dados ao ventre e ao sono, passam a vida, ignorantes e incultos, como peregrinos. Para estes, sem dúvida, contrariamente à natureza, o corpo foi-lhes um prazer, e a alma, um peso. A vida destes, assim como sua morte, eu as entendo num mesmo plano, porque, sobre uma e sobre outra, o silêncio é o mesmo. Na realidade, parece-me que unicamente vive e usufrui a vida aquele que, entregue a qualquer tarefa, busca a glória de um feito ilustre ou de uma boa obra.” (Caio Salustio Crispo- A Conjuração de Catilina).
Essa passagem, de um insigne historiador latino, nos mostra aquilo que tem guiado o homem ao longo de toda a sua Epopéia: a glória das grandes realizações.
Nós, homens da Região Sul, sedentos por corrigir os erros do passado e ansiosos por construir a grandeza que nosso País certamente terá ― nós não devemos jamais perder de vista a aguda Consciência do Destino, a visão exata da nossa missão, e a imensa responsabilidade que temos para com as gerações futuras.
É chegado o tempo das afirmações inflexíveis. É a hora das atitudes imensas e vigorosas.
Depois de quinhentos anos de vicissitudes e incompetências; depois de transformar o seu povo num povo de fracassados, de humilhá-lo até às raias do impossível e de maneiras inimagináveis; depois de arrastar suas vergonhas através da história, e ofender a própria raça humana com sua incapacidade para desenvolver-se― o Brasil não é um país onde possa viver alguém que tenha um mínimo de honra e de respeito por si mesmo.
Um europeu observou que este não é um país sério. E quem padece a vida dentro destas fronteiras, sente, na carne e no orgulho, que não o será nunca.
Nós, homens do Sul, rejeitamos a mediocridade do estado brasileiro.
Não sabemos o que seja viver em um país que respeite o seu povo, trabalhe por ele ou que lhe dê plena liberdade para trabalhar. Estamos sufocados e agônicos. Não sabemos o que seja o bem-estar social, nem a Justiça, nem o Direito.
Mas saberemos. E então nosso próprio conceito de humanidade transformar-se-á.
Já a nossa alma está toda voltada para o grande sol do nosso futuro Estado. Os filhos desta terra erguem o seu braço revolucionário. Exigimos a nossa autodeterminação!
E que se abram todas as portas para a nossa História.
(*) LUCIANO DAMACENO é estudante de Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e integrante da Comissão Municipal do Movimento O Sul é o Meu País de Santa Maria-RS.
http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=116&Itemid=68
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