terça-feira, 31 de agosto de 2010

General Thomas Jonathan "Stonewall" Jackson

Thomas Jonathan "Stonewall" Jackson (21 de Janeiro, 1824 – 10 de Maio, 1863), militar dos Estados Unidos da América, foi um dos principais oficiais das Forças Armadas confederadas durante a Guerra da Secessão e um dos colaboradores mais próximos de Robert E. Lee. Sua carreira militar inclui a Campanha do Vale de 1862 e seu serviço como comandante de corpo do Exército da Virgínia do Norte sob comando de Robert E. Lee. Soldados confederados o atingiram acidentalmente na Batalha de Chancellorsville em 2 de maio de 1863. Três balas atingiram Jackson: duas nas mãos e uma no braço esquerdo, entre o ombro e o cotovelo. Os ferimentos lhe causaram o amputamento do braço esquerdo. Dias depois, as 3:15 da tarde do dia 10 de maio de 1863, ele veio a falecer vítima de complicações de uma pneumonia. Sua morte foi um golpe duro para a Confederação afetando o moral do exército e o povo sulista.

Foi considerado um dos mais brilhantes generais táticos da história dos Estados Unidos. Seu brilhante comando na Primeira Batalha De Manassas onde se manteve firme como uma parede de pedras lhe rendeu o famoso apelido stonewall. Se destacou igualmente em outras batalhas como Batalha De Cedar Mountain, a Segunda Batalha De Manassas, Batalha De Sharpsburg, e Batalha De Fredericksburg.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Cancioneiro Das Coxilhas

O Cancioneiro Das Coxilhas

Irmãos Bertussi

Composição: Honeyde Bertussi

Quando eu saio a cavalo,
montado no meu baio,
cortando as coxilhas,
eu não acho atrapalho,
com a gaita na garupa,
pois eu a sempre tenho,
vou dizendo que saio,
só não sei é quando venho.

Atravesso as canhadas,
só na marcha troteada,
e numa boa sombra,
eu faço a sesteada,
eu abro a minha gaita,
e dou uma tocada,
de coxilha em coxilha,
só se ouve a toada.

E quando é de tardinha,
que o sol já vai entrando,
na casa de um fazendeiro,
eu vou me aproximando,
com licença moçada,
de longe eu vou gritando,
É o cancioneiro das coxilhas,
que aqui ai vais chegando.

E quando os galos cantam,
no romper da madrugada,
lidando na mangueira,
junto com a peonada,
tomando um bom amargo,
no baio eu jogo a encilha,
e alegre se despede,
o cancioneiro das coxilhas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Robert Anderson

Robert Anderson (Kentucky, 1805 — 1871), general estado-unidense que se notabilizou na Guerra De Secessão do lado da União.

sábado, 28 de agosto de 2010

El choclo (Marambio Catán)

El choclo (Marambio Catán)

Tango

Música: Ángel Villoldo

Letra: Juan Carlos Marambio Catán / Enrique Santos Discepolo

Vieja milonga que en mis horas de tristeza
traes a mi mente tu recuerdo cariñosa,
encadenándome a tus notas dulcemente
siento que el alma se me encoje poco a poco.
Recuerdo triste de un pasado que en mi vida,
dejó una página de sangre escrita a mano,
y que he llevado como cruz en mi martirio
aunque su carga infame me llene de dolor.

Fue aquella noche
que todavía me aterra.
Cuando ella era mía
jugó con mi pasión.
Y en duelo a muerte
con quien robó mi vida,
mi daga gaucha
partió su corazón.
Y me llamaban
el choclo compañero;
tallé en los entreveros
seguro y fajador.
Pero una china
envenenó mi vida
y hoy lloro a solas
con mi trágico dolor.

Si alguna vuelta le toca por la vida,
en una mina poner su corazón;
recuerde siempre
que una ilusión perdida
no vuelve nunca
a dar su flor.

Besos mentidos, engaños y amarguras
rodando siempre la pena y el dolor,
y cuando un hombre entrega su ternura
cerca del lecho
lo acecha la traición.

Hoy que los años han blanqueado ya mis sienes
y que en mi pecho sólo anida la tristeza,
como una luz que me ilumina en el sendero
llegan tus notas de melódica belleza.
Tango querido, viejo choclo que me embarga
con las caricias de tus notas tan sentidas;
quiero morir abajo del arrullo de tus quejas
cantando mis querellas, llorando mi dolor.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Deuses e Generais

Deuses e Generais

Título Original: Gods and Generals

Gênero: Ação

Origem/Ano: EUA/2002

Duração: 219 min

Direção: Ronald F. Maxwell

Elenco:

Jeff Daniels...
Mark Aldrich...
Stephen Lang...
George Allen...
Robert Duvall...
Keith Allison...
Mira Sorvino...
Royce D. Applegate...
Kevin Conway...
C. Thomas Howell...
Matt Letscher...
Mac Butler...
Frankie Faison...
Robert C. Byrd...
Jeremy London...

Sinopse: Os homens: Joshua Chamberlain (Jeff Daniels), "Stonewall" Jackson (Stephen Lang), Robert E. Lee (Robert Duvall). As Batalhas: Manassas, Fredericksburg, Chancellorsville. Pelos olhos desse combantentes, e dos conflitos que enfrentam testemunharemos a bravura de uma nação que, como uma mãe, assiste aos seus filhos guerrearem bem abaixo de seus seios. Baseados no betseller de Jerry M. Shaara´s, Deuses e Generais retrata as alianças e os grandiosos combates do começo da Guerra De Secessão, conflito que redefiniu a geografia da mais poderosa nação do planeta.

Uma inesquecível história sobre a Guerra De Secessão.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Sul É Meu País

O Sul É Meu País

Os Monarcas

Já montei em potro xucro num pelado de rodeio
De quebrar duas esporas e atorar as pernas do freio
É coisa que eu acho lindo um crinudo vindo aos berros
Se batendo no meu mango e se cortando nos meus ferros

Não escolho pelo ou marca nem o lado de montar
Ventana que corcoveia aprende a me carregar
Crinudo que se rebolca eu faço ajoelhar na grama
Se o diabo vem de a cavalo sou eu quem vou levar fama

Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque assim eu vou feliz
Enquanto existir maleva que arraste os beiços no chão
Também vai se ver gaúcho de rédeas firmes na mão

Eu nasci pra ser ginete por favor não leve a mal
Pois o meu rancho é um arreio sobre o lombo de um bagual
E quando eu não puder mais sujeitar potro no laço
Eu quero encarar a morte e sair com ela de braço
Não tenho jeito pra santo mas se eu for pro beleléu
A potrada de São Pedro eu vou ginetear lá no céu

Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque assim eu vou feliz
Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque o sul é meu país

Kiowas

Um ávido traficante, um agente indígena sem escrúpulos e um amor fraterno cultivado no desprezo da justiça e da paz: seguindo a pista de um homem culpado por ter violentado e assassinado três mulheres indígenas, Tex e Carson vão até Wichita, onde sua caça se envolve num outro dramático incidente, ameaçando a paz da região e a sobrevivência dos Cheyennes de Lobo Solitário. No desenrolar da história enquanto Carson organiza os cheyennes para evitar o massacre dos bisontes, Tex busca a ajuda dos casaca-azuis para deter os sanguinários caçadores.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

24 de Agosto

24 de Agosto

Teixeirinha

Composição: Teixeirinha

Vinte e quatro de agosto a terra estremeceu
Os rádios anunciava o fato que aconteceu
As nuvens cobria o ceu, o povo em geral sofreu
O brasil cobriu de luto, Getúlio Vargas morreu.

Vocês ainda se recorda daquela grande eleição
Ele não queria mais ser o chefe da nação
Mas o brasil lhe chamava vem cumprir sua missão
Foi por vontade do povo que a morte fez a traição.

O brasil foi abalado foi triste no mundo inteiro
Todo mundo lamentando o destino traiçueiro
Por ter vindo nos roubar o maio dos brasileiros
Getulio deixou saudades foi bom e hospitaleiro.

Seu nome ficou na história pra nossa recordação
Seu sorriso era vitória da nossa imensa nação
Com saude ele venceu guerra e revolução
Depois foi morrer a bala pela sua propria mão.

O doutor Getúlio Vargas nos deixou grande saudade
Deus la no ceu é tão bom dele tenha piedade
Os corações brasileiros pede a deus por caridade
Ampare ele nos seus braços lhe de paz na eternidade.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Monument Valley


Monument Valley é uma região dos Estados Unidos da América situada na reserva dos índios Navajos. Foi muito usada para gravação de filmes western, particularmente os de John Ford.

domingo, 22 de agosto de 2010

Arroz Carreteiro

Arroz Carreteiro

Ingredientes:

5 kg de charque;
1 kg de linguiça pura e maturada;
1,6 kg de arroz amarelão;
5 Cebolas grandes;
10 dentes de alho;
200 gr de toucinho ou bacon;
Sal e pimenta.

Modo De Fazer:

Dessalgue o charque já cortado em pequenos cubos, sem fervê-lo, colocando-o numa vazilha com agua, que deverá ser trocada a cada duas horas; (mais ou menos 12 horas).

Coloque o arroz de molho, sem lavá-lo.

Corte a linguiça em rodelas, frite-as e reserve sem o excesso de gordura;

De preferência numa panela de ferro ou outra de parede grossa, derreta o toucinho (bacon), e doure o alho e a cebola. Após, coloque o charque, a linguiça já frita e a pimenta a gosto, acrescentando mais ou menos 1 litro de água. Deixe cozinhar no mínimo por 30 minutos, colocando em seguida o arroz. Verifique o sal e a água, completando-os se necessário. Sirva em seguida.

Dicas:

O charque mais maturado acentua o paladar e torna o arroz de carreteiro mais original;
Coloque o tempero verde num recipiente para que cada um se sirva a gosto;
Não ferva o charque para tirar o sal, mantendo desta forma o gosto mais autentico;
Regule o sal somente ao final, pois com a fervura do charque o sal pode se acentuar;
Sirva o arroz carreteiro assim que ficar pronto, ainda quente, e bom apetite;
O arroz deve corresponder a 1/3 do peso do charque;
Para cada quilo de charque, coloque uma cebola grande e dois dentes de alho;
O arroz leva de 10 a 20 minutos para cozinhar, dependendo do fogo;
Quanto mais tempo cozinhar o charque, mais macio fica;
Verifique a quantidade de fogo, pois dependendo da panela poderá queimar o arroz.

sábado, 21 de agosto de 2010

Desaparecidas

Desaparecidas (no original em inglês: The Missing) é um filme estadunidense de 2003, dirigido por Ron Howard, com Tommy Lee Jones no papel de pai/avô Samuel Jones, Cate Blanchett no papel de mãe/filha Maggie, e Evan Rachel Wood no papel de filha/neta Lilly.

Esse suspense western se passa em 1885 no Novo México e é conhecido pelo uso autêntico da Língua apache por vários atores. O longa foi produzido pela Revolution Studios e Imagine Entertainment e distribuído pela Columbia Pictures.

No século XIX, no Novo México, um pai chega a casa, na esperança de se reconciliar com a sua filha adulta Maggie. A filha de Maggie, Lilly é raptada, forçando o avô e a mãe a reconciliarem-se para o trabalho em conjunto no sentido de voltar a ver Lilly.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Granfina

Granfina

Teixeirinha

Composição: Teixeirinha

Granfina
O que pensas que tu és
Esnobe
Esnobe da cabeça aos pés
Granfina
Que injusta pretensão
És igual a outra qualquer
Tu não és melhor mulher
Da outra que lava o chão

Tu não pensas que o teu sangue
Só por ser de gente nobre
É diferente da pobre
Que lava o chão e a vidraça
Granfina a tua arrogância
Provocou os versos meus
Neste mundo de um só deus
Preconceito é uma desgraça

Granfina olhe este poeta
Também tem notas de mil
Nem por isso sou hostil
Com o pobre meu irmão
Granfina este teu orgulho
Que te faz tão imponente
Não te acho diferente
Da mulher que lava o chão

Granfina já foste minha
Sem roupa sem maquiagem
Vi em ti a mesma imagem
Da mulher que lava o chão
Só o orgulho e o esnobismo
E a diferença social
Este é teu grande mal
Granfina sem coração

A mulher que lava o chão
A vidraça e lava a louça
Assim eu quero uma moça
Para dar minha riqueza
Como tudo acontece
Se pobre um dia ficar
Ela não vai estranhar
Pois já viveu na pobreza.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Pistoleiro sem Nome

O Pistoleiro sem Nome, também chamado de Estranho ou Homem sem Nome, é uma personagem de filmes Western, mais comumente associado ao papel ou papéis de cowboy do ator Clint Eastwood em filmes clássicos e de grande popularidade do gênero, principalmente a chamada "Trilogia dos Dólares", de Sergio Leone.

O "Pistoleiro sem Nome" de Eastwood pode ser definido como o arquétipo do cowboy dos filmes estadunidenses: bom de briga, independente e rápido no gatilho — mas com uma diferença em relação aos tradicionais "mocinhos" vividos por John Wayne, Alan Ladd e Randolph Scott, por exemplo. O personagem de Eastwood é cínico, luta "sujo" e possui uma moral ambígua, quase um anti-herói. Não se importa de sacar primeiro e atirar, buscando sempre vantagens (financeiras) para si próprio. Algumas vezes demonstra se importar com outras pessoas.

Na trilogia citada, Eastwood aparece à margem da lei, mercenário, caçador de recompensas e até mesmo fora-da-lei. Ele fala manso e de forma lacônica, dizendo apenas o necessário.

Quanto ao desconhecido nome do personagem, há controvérsias pois nos filmes da trilogia o pistoleiro aparece nos créditos como Joe, Monco e Blondie ('loirinho", em português). Também há dúvidas de se tratar do mesmo personagem. Muitos fãs defendem tratar-se do mesmo nos três filmes da trilogia de Leone e que o terceiro, The Good, the Bad and the Ugly (Três homens em conflito) é, em ordem cronológica, o primeiro do personagem, pois na cena final o pistoleiro veste pela primeira vez seu "poncho" mexicano característico. No segundo filme, Eastwood finge ter dificuldades com uma das mãos, escondendo-a sobre o poncho, dai o apelido de "Monco". Na verdade, ele apenas reserva sua mão direita para o uso da arma, estando sempre pronto para atirar em caso de necessidade.

Os filmes da trilogia dos dólares são os seguintes:

A Fistful of Dollars - 1964 (Por um punhado de dólares)
For a Few Dollars More - 1965 (Por uns dólares a mais)
The Good, the Bad and the Ugly - 1966 (Três homens em conflito ou O bom, o mau e o feio).

Céu, Sol, Sul, Terra E Cor

Céu, Sol, Sul, Terra E Cor
Leonardo


Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flexilhas das ervas do chão,
Ter os pés roseteados de campo,
Ficar mais trigueiro com o sol de verão.
Fazer versos cantando as belezas
Desta natureza sem par.
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar

É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor

Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar

Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Simon Bolivar Buckner

Simon Bolivar Buckner, Sr. (1 de abril de 1823 - 8 de janeiro de 1914) foi um general do exército confederado, e posteriormente, governador do Kentucky (1887-1891). Durante a Guerra De Secessão, Buckner rendeu-se ao general da União Ulysses S. Grant após a fuga de seus superiores. Seu filho, Simon Bolivar Buckner, Jr., foi um general americano durante a Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

João Simões Lopes Neto

João Simões Lopes Neto, descendente da nobre linhagem patrícia chefiada por seu avô, o Visconde da Graça, nasceu na estância situada nos arredores de Pelotas, em 1865. Entretanto, ninguém poderá chamá-lo um "homem do campo". Já aos onze anos vamos encontrá-lo no núcleo urbano de Pelotas, cidade aliás avançada em sua época, graças à prosperidade econômica assegurada pela exploração do charque e por uma indústria nascente. A formação escolar de Simões Lopes completou-se no Rio de Janeiro, onde esteve matriculado, a partir de 1878, no famoso Colégio Abílio, dirigido pelo Barão de Macaúbas, mais tarde retratado por Raul Pompéia como o Aristarco de O Ateneu. Excetuado o breve período que passou na capital do país, parece que raríssimas vezes afastou-se da cidade natal.

Aí sua carreira foi em parte comercial e em parte na imprensa jornalística. Tudo está documentado por Carlos Reverbel na pesquisa definitiva, publicada em 1985, Um Capitão da Guarda Nacional (Vida e obra de J. Simões Lopes Neto), onde reconstituiu a trajetória existencial do escritor. Sabemos então que a passagem pelo mundo dos negócios pode ser traduzida numa invariável seqüência de desastres que o fez morrer literalmente pobre. Já herdeiro de propriedades reduzidas, ele tudo comprometeu em empresas temerárias. Vale a declaração de próprio punho: "Eu tive campos, vendi-os; freqüentei uma academia, não me formei; mas sem terras e sem diploma, continuo a ser... Capitão da Guarda Nacional".

A luta pela subsistência seria travada nas redações dos jornais provincianos. Entre 1895-1913 mantém a coluna Balas d'Estalo no Diário Popular; em 1913-1914, sob o pseudônimo João do Sul, assina as crônicas de Inquéritos em Contraste nas páginas de A Opinião Pública; de 1914 a 1915 ocupa a direção do Correio Mercantil; finalmente, em 1916, ano de sua morte, volta para A Opinião Pública com a coluna Temas Gastos. Também não foi um grande jornalista e o conjunto da matéria que produziu não se desprende, hoje, da marca efêmera de uma "literatura de circunstância".

Estão aí as características a serem guardadas numa aproximaçâo à personalidade de Simões Lopes Neto. Ele foi um homem da cidade, urbano e polido; nada tinha a ver com o protótipo do campeiro rústico que alguns imaginaram mais tarde. A estância e seus habitantes pertenciam tão-só à memória de sua infância e talvez por isso mesmo transformaram-se logo adiante na matéria prima da criação imaginária. Coube-lhe em vida apenas a mediocridade da cidadania municipal. Não conheceu a glória literária que, no seu caso, é inteiramente póstuma. Afinal, a publicação de Contos gauchescos ocorreu em 1912 e as Lendas do Sul foram impressas no ano seguinte, mas então lhe restavam quatro anos de vida. Até nisto a biografia de Simões Lopes Neto é uma biografia frustrada: sua pequena/grande obra escapou ao presente do autor. Era um legado para o futuro.

Pouco espaço é necessário para mensurá-la quantitativamente. Além do conjunto formado por contos e lendas (que depois passou a ser editado num só volume), ele reuniu, em 1910, o acervo sul-rio-grandense na compilação do Cancioneiro guasca. São publicações póstumas os Casos do Romualdo, desentranhados em 1952 do arquivo do Correio Mercantil, e o ensaio Terra gaúcha, aparecido em 1955. Sua literatura teatral, quase toda dedicada ao gênero comico, teve pouquíssimos textos editados à época e era, também, produção circunstancial, embora haja indicações de que foi bem acolhida no gosto do público. Alguns livros anunciados por Simões Lopes Neto não foram publicados e os originais permanecem ainda hoje desconhecidos: Peona e dona (romance regional), Jango Jorge (romance regional), Prata do Taió (notas de uma comitiva exploradora) e Palavras viajantes (conferências).

A fortuna do escritor é, portanto, tardia. deve-se sobretudo à avaliação qualitativa de um punhado de contos que deixou no pequeno volume de 1912 e sua repercussão nas gerações ulteriores. Apesar de tudo isso, sua presença não fez senão crescer daí até nossos dias. Estamos diante de umd esses casos, aliás freqüentes na história literária, em que a força irradiadora da obra ultrapassa o destino absolutamente opaco do autor que a produziu.

domingo, 15 de agosto de 2010

Stand Watie

Stand Watie (12 de dezembro, 1806 – 9 de setembro, 1871) foi um lider da nação Cherokee e um general-de-brigada confederado durante a Guerra De Secessão. Ele comandou a parte da cavalaria confederada que era formada por índios, principalmente Cherokees, Creeks e Seminoles.

Watie nasceu em Oothcaloga (atual Calhoun, Geórgia), filho de Uwatie (nome Cherokee) ou David Uwatie (nome cristão) com Susanna Reese. Ele foi irmão de Gallegina "Buck" Watie (Elias Boudinot). Os irmãos tinham parentesco com o Major Ridge e John Ridge. Stand Watie, que também se tornou cristão recebeu o nome de Isaac Oowatie; entretanto, ele preferia a tradução para o inglês do seu nome Cherokee - Takertawker ("Stand Firm"). Mais tarde, o "U" foi retirado e o nome da família ficou Watie.

Stand Watie aprendeu a ler e escrever inglês na Igreja da missão moraviana em Springplace, Georgia e ocasionalmente cooperava com textos para o jornal Cherokee Phoenix, engajado na disputa contra a repressão do Estado da Geórgia e os atos legais anti-indígenas. Mais tarde, quando ouro foi descoberto nas terras dos Cherokee no noroeste da Georgia, milhares de brancos invadiram as terras dos índios. Mesmo havendo um tratado federal que protegia os índios das ações dos estados, em 1832 a Geórgia confiscou muitas das terras dos Cherokee e a milícia destruiu o Cherokee Phoenix.

Os irmãos Watie concordaram com a remoção dos Cherokee para Oklahoma e foram membros do Partido Ridge que assinou o Tratado de Nova Echota. O anti-remoção Partido Ross (eleito democraticamente pela maioria) recusou a ratificar o tratado. Watie, sua família e outros Cherokees se mudaram para o Oeste. Muitos Cherokees (e seus escravos negros) contudo permaneceram nas terras do Leste e foram forçados à remoção pelo governo em 1838, enfrentado a jornada que ficou conhecida como "Trilha das Lágrimas" em que milhares de nativos morreram. O Partido Ross marcou Stand e Buck Watie e a família Ridge para serem assassinados. Dos quatro homens mencionados, apenas Stand Watie conseguiu fugir e sobreviver.

Watie possuia escravos e começou uma plantação bem sucedida no Riacho Spavinaw no Território Indígena. Ele serviu como conselheiro Cherokee de 1845 a 1861, na maior parte do tempo como porta-voz.

Watie foi um dos dois nativos americanos que lutaram na Guerra De Secessão e chegaram ao posto de general. O outro foi Ely S. Parker, um índio Seneca que lutou do lado da União.

Após o chefe John Ross e o Conselho Cherokee decidirem apoiar os Confederados, Watie organizou um regimento da cavalaria. Em outubro de 1861 ele foi graduado como Coronel. Seus homens lutaram contra as tropas da União e também contra as facções dos Cherokee, bem como os Creek e Seminole que haviam ficado do lado dos legalistas. Watie se destacou na Batalha de Pea Ridge, Arkansas, uma vitória da União em 8 de março de 1862. As tropas de Watie capturaram posições da artilharia da União e cobriram a retirada das forças confederadas do campo de batalha.

Após o apoio Cherokee aos confederados ter sido abalado, Watie continuou a comandar seus cavalarianos remanescentes. Ele foi promovido à general-de-brigada pelo general Samuel Bell Maxey e recebeu o comando da Primeira Brigada Índia, composta da cavalaria Cherokee e três batalhões de infantaria Cherokee, Seminole e Osage. As tropas se posicionaram ao sul do Rio Canadian e periodicamente o cruzavam para dentro do território da União. Eles lutaram em numerosas batalhas e escaramuças nos estados confederados do Oeste, incluindo o Território Indígena, Arkansas, Missouri, Kansas e Texas. As forças de Watie lutaram na maior parte das batalhas ocorridas ao oeste do Rio Mississippi. Watie também participou daquela que é considerada a maior vitória confederada da guerra no Território Indígena, que ocorreu em Cabin Creek em setembro de 1864. O general Richard Montgomery Gano liderou uma ofensiva para capturar um trem federal que trazia mulas, suprimentos e outros itens necessários para as tropas.

Durante a Guerra a família de Watie permanecera com outros confederados e formou o Partido Ridge Cherokees no Texas.

Em 23 de junho de 1865, após a Batalha de Doaksville, na área do Forte Towson pertencente à nação Choctaw no Território Indígena, Watie assinou o acordo de cessar-fogo com representantes da União, se tornando o último general confederado a se render.

sábado, 14 de agosto de 2010

Separar é preciso!

Os pressupostos que propiciaram o surgimento dos movimentos separatistas na região Sul do país é os mesmos que no passado originaram grandes revoluções de cunho separatista como foi a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul (1835-45), que proclamou duas Repúblicas Autônomas, Piratini (RS) em 1836 e a República Juliana (SC) em 1839, lutando durante dez anos contra o Governo Imperial brasileiro. O centralismo e a corrupção.

Hoje, novamente, é o Sul que se levanta contra a corrupção e a deformação na representação parlamentar no Congresso Nacional que atinge a estrutura federativa e a essência da democracia, colocando em risco a integridade do território nacional.

Os movimentos separatistas são amostragens do descontentamento e o empobrecimento de grande parte da população brasileira que não suporta mais o gigantismo da estrutura federativa que vem solapando as aspirações de um desenvolvimento auto-sustentado e meritório.

O custo social das elites e os gastos governamentais estão levando a grande maioria dos trabalhadores brasileiros ao mercado informal e a marginalidade social, cujos salários recebidos não atendem as necessidades básicas do custo de vida.

A incompetência do governo federal na administração pública vem sucatando as instituições que servem como escamentos da ordem jurídico-constitucional deixando o cidadão desprotegido da lei e da ordem cuja essência perdeu-se no tempo.

A corrupção institucionalizou-se entre os poderes constituídos. A sociedade busca nos movimentos separatistas o elo perdido entre o Direito e a Justiça. A busca incessante de um novo ordenamento jurídico-constitucional haverá de encontrar na sua forma mais pura, a relação entre o Cidadão, o Estado e o Direito, harmonizando conflitos e interesses sociais.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cowboy

Cowboy é a pessoa, que montada a cavalo, é encarregada de conduzir a boiada de um local a outro.

No Brasil o termo utilizado para o encarregado de conduzir a boiada é boiadeiro, e também se consolidou a utilização do termo devido a estrutura da indústria cinematográfica dos Estados Unidos da América, que sem dúvida é a maior no mundo. Em Portugal o termo oficial para designar cowboy é vaqueiro (homem encarregado de tratar de vacas), embora também se use o termo "cowboy", mas com o sentido de se referir a um homem que galopa a cavalo combatendo os índios. A expressão ganhou um sentido mais geral devido ao género cinematográfico e literário sobre o faroeste (Western) passando a referir-se aos personagens desse tipo de obra artística.

Apareceram os primeiros cowboys no fim do século XVIII, quando os estado-unidenses venceram os ingleses e passaram a ser independentes. Muitos puritanos foram viver para os Estados Unidos da América, situando-se muito no Velho Oeste, o que gerou os atuais e famosos "homens do gado".

Adaptaram-se ao clima do Texas e adotaram um traje típico em meados do século XIX:

Botas altas de couro
Calças largas em baixo, por vezes enfeitadas
Camisa
Colete
e o famoso chapéu "borsalino" que na altura se chamava "cowhat"

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pára Pedro

Pára Pedro

José Mendes

Era um baile lá na serra
Na fazenda da Ramada
Foi por lá que um tal de Pedro se chegou de madrugada
Só escutei um zum zum mas não sabia de nada
Só ouvia mulher gritando: "Este Pedro é uma parada"

Pára Pedro, Pedro pára
Era o Pedro lá num canto
Beliscando a namorada
Pára Pedro, Pedro pára
Quando foi lá pelas tantas que a farra estava animada
Apagaram o lampião e a bagunça formada
As velhas se revoltaram Pedroca não é de nada
E o Pedro brigou com as velhas e deu uma peleia danada

Pára Pedro, Pedro pára
Fazia cócegas nas velhas e as velhas davam risadas
Pára Pedro, Pedro pára
Pedro foi dançar um xote com uma velha apaixonada
E surgiu o velho da velha e a coisa foi complicada
Pedro correu pelos fundos e entrou numa porta errada
As moças levaram um susto e gritavam desesperadas

Pára Pedro, Pedro pára
Velha grudada no Pedro agarrado
E o velho no Pedro agarrado
Pára Pedro, Pedro pára
E assim foi a noite inteira até o fim da madrugada
Pára Pedro, Pedro pára

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Stephen Fuller Austin

Stephen Fuller Austin (3 de novembro de 1793 - 27 de dezembro de 1836), conhecido como o "Pai do Texas", levou a cabo a segunda e última bem sucedida colonização da região pelos colonizadores dos Estados Unidos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mal Parido

Mal Parido

Mano Lima

Me chamam de mal parido
Porque eu nasci muito feio
Mas eu danço e toco gaita
E sou bem bom nos arreio
Ninguem me pisa no pala
Porque eu me arrasto e peleio

Mais feio que eu não há
E acho que nasci virado
Mas aprendi com o meu pai
A ser um gaúcho honrado
Trabalhando e respeitando
Costiando algum mal costiado

Eu sei que so um indio feio
Mas sou louco de aragano
Se me botar nos arreio
Esparramo veiaqueando
Mesmo com feiura e tudo
Não perco as muié de vista
Porque acho triste um cuiudo
Que ve égua e não relincha

Tropicar não é cair
É um jeito que o corpo dá
Quem me da tambem apanha
E outro remedio não há
Pode me chamar de feio
Porque eu não vo me importa
Eu sou pau pra toda obra
E remédio pra qualquer chá

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tombstone

Tombstone (Tombstone - A Justiça Está Chegando) é um filme estadunidense de 1993 do gênero western, escrito por Kevin Jarre e dirigido por George P. Cosmatos. O filme conta a história dos irmãos Earp, famosos homens da lei do Velho Oeste americano, a partir da chegada deles a Tombstone, cidade mineradora de prata localizada no Arizona. O filme superou em bilheteria o concorrente de 1994 Wyatt Earp, que trazia Kevin Costner como estrela do elenco e com um roteiro parecido. Além das referências históricas, o filme se baseia principalmente em Gunfight at the O.K. Corral, clássico do cinema de 1957.

No século XIX, na violenta fronteira sudoeste dos Estados Unidos e México, uma quadrilha de bandoleiros que usam lenços vermelhos e é conhecida por "Os Cowboys", lideradas pelos famigerados "Curly Bill" Brocius e o psicopata Johnny Ringo, agem sem controle e aterrorizam toda a região, cometendo toda sorte de crimes e abusos. Mas a históra começa a mudar quando os irmãos Earp chegam a Tombstone em busca de aproveitar a prosperidade da região baseada no garimpo da prata e enriquecer. Chega com eles, quase ao mesmo tempo, Doc Hollyday, amigo de Wyatt Earp desde os tempos de Dodge City. Earp ganhou reputação como grande xerife e logo é convidado pelas autoridades locais para assumir um cargo policial na cidade, que se encontra à mercê dos Cowboys. Mas Wyatt não quer saber mais de armas. Ele logo se torna sócio de um Bar que explora jogos e com a ajuda dos irmãos começa a ganhar bastante dinheiro.

Os irmãos trouxeram as esposas com eles para Tombstone, mas Mattie Balylock, a companheira de Wyatt, é dependente de um remédio à base da droga ópio, piorando seu estado cada vez mais e ao mesmo tempo que o marido se interessa por outra mulher, uma atriz de teatro também recém-chegada à cidade, a bela Josephine.

Com o assassinato do idoso xerife local Fred White (num tiro acidental (?) de Curly Bill) e cansados dos abusos dos Cowboys, dois dos irmãos Earp, Virgil e Morgan, resolvem aceitar o cargo de xerifes da cidade, contrariando Wyatt. Os novos policiais proíbem armas na cidade, e com isso logo entram em confronto com os irmãos Clanton, membros da quadrilha dos Cowboys. Liderados por Ike, os irmãos Clanton e alguns companheiros quadrilheiros resolvem desafiar a proibição e entram armados na cidade. Quando estavam deixando os cavalos no Curral OK, chegam os Earp (acompanhados de Wyatt, que resolvera ajudar os irmãos) e Doc Hollyday. Recebem ordens de deixar as armas, não as obedecem e o tiroteio que se segue é violento, terminando com a vitória dos homens da lei. Mas Ike Clanton escapa e contará com a ajuda de toda a quadrilha dos Cowboys para se vingar dos Earp.

• Kurt Russell…Wyatt Earp
• Sam Elliott…Virgil Earp
• Val Kilmer…Doc Holliday
• Powers Boothe…"Curly Bill" Brocious
• Michael Biehn…Johnny Ringo
• Bill Paxton…Morgan Earp
• Dana Delany…Josephine
• Billy Zane…Mr. Fabian
• Charlton Heston
• Robert Mitchum…Narrador

• Em 1989, Kurt Russel recebeu o roteiro de Kevin Jarre anteriormente destinado a Kevin Costner, depois que este discordou do enfoque dado e de ter saido do projeto. Costner não desistiu da sua idéia e acabou lançando no ano seguinte (1994) outro filme sobre Wyatt Earp, que acabou por não ser bem-sucedido, ao contrário do filme de Russel que alcançou êxito.

• Russel e Jarre queriam Willem Dafoe para o papel de Doc Holliday, mas seu nome foi recusado pelos produtores. Além de já ter trabalhado com Jarre, o diretor Cosmatos foi recomendado a Russel por Sylvester Stallone, que atuou com o diretor no segundo filme da série Rambo.

• Robert Mitchum iria interpretar o Velho Clanton, pai de Ike Clanton, mas sofreu um acidente com o cavalo e teve que deixar o papel. Muitas das falas dele passaram para Curly Bill, alçado a lider dos bandoleiros.

• Os pistoleiros cultos Doc Holliday e o rival Ringo, quando se conhecem, disputam um duelo verbal com cada um citando várias frases em latim:

Doc

"-In vino veritas" = No vinho, está a verdade;

Ringo

"-Age quod agis" = Frase vaga, com o sentido de "O que você faz (profissionalmente)";

Doc

"-Credat Judaeus Apella, / non ego" Da sátira de Horácio, "Deixe o judeu Apella crer nisto, não eu";

Ringo

"-Eventus stultorum magister" = "Experiência é a mestra dos ineptos";

Doc

"-Pace requiescat" = "Descanse em paz", tradicional inscrição em lápides.

Val Kilmer foi nominado para dois prêmios MTV Cinema em 1994.

domingo, 8 de agosto de 2010

Tertúlia

Tertúlia

Composição: Leonardo

Uma chamarra, uma fogueira,
uma chinoca, uma chaleira
uma saudade, um mate amargo,
e a peonada repassando o trago.
Noite cheirando a querência
das tertúlias do meu pago.

Tertúlia,
o eco das vozes perdidas no campo afora
cantigas brotando livres
dando prenúncio da aurora.

É rima sem compromisso,
julgamento, castração
onde se marca o compasso
no bater do coração.

Uma chamarra, uma fogueira,
uma chinoca, uma chaleira
uma saudade, um mate amargo,
e a peonada repassando o trago.
Noite cheirando a querência
das tertúlias do meu pago.

Tertúlia,
o eco das vozes perdidas no campo afora
cantigas brotando livres
dando prenúncio da aurora.

É rima sem compromisso,
julgamento, castração
onde se marca o compasso
no bater do coração.

sábado, 7 de agosto de 2010

Ídolo De Cristal

Um corvo preto com um símbolo no bico se aproxima da aldeia navajo em altos gritos e acaba caindo morto bem aos pés de Tex, que conversava com o feiticeiro Ta-hu-nah. Logo identificado como sendo o corvo de Hatuan, o guardião da "Kacinah" sagrada - um ídolo de cristal considerado pelos índios como um símbolo sagrado repleto de poderes mágicos, Tex verifica que o corvo havia sido ferido e ainda tinha uma flecha com penas vermelhas cravada no corpo, flecha feita pelos índios hualpais.

Apressado em saber o que acontecera a Hatuan, Tex parte imediatamente na companhia de Kit Carson, Kit Willer e Jack Tigre. Chegando na colina dos Esqueletos, encontram Hatuan ferido, mas ainda vivo e este relata aos quatro pards como aconteceu o ataque dos hualpais. Verificando que somente a "kacinah" sagrada havia desaparecido, Águia da Noite trata os ferimentos do velho feiticeiro e na manhã do dia seguinte parte em busca dos ladrões do ídolo de cristal, embrenhando-se nos canyons da região próxima ao "rio que ruge" (rio Colorado), local onde os hualpais mantêm suas aldeias.

Mas a aventura começa a ficar dramática quando os quatro pards precisam abandonar os cavalos e seguir a pé no território dos inimigos, a tal ponto de em certo momento terem nas costas todos os guerreiros da tribo numa perseguição cruel e implacável, onde além de querer de volta o ídolo que os pards resgataram, os selvagens estão sedentos de seus escalpos...

Colinas ao norte do Vale dos Esqueletos, aldeia central dos navajos e aldeia dos hualpais localizada nos montes Aubrey Cliffs. Nesta aventura Águia da Noite e Pequeno Falcão estão vestidos à maneira índia. Cabelos de Prata e Jack Tigre estão com os trajes habituais.

Não Podemos Se Entregá Pros Home

Não Podemos Se Entregá Pros Home

Leopoldo Rassier

O gaúcho desde piá vai aprendendo
A ser valente não ter medo ter coragem
Em manotaços dos tempos e em bochinchos
Retempera e moldura a sua imagem

Não podemos se entregar pros home
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
Não tá morto quem luta e quem peleia
Pois lutar é a marca do campeiro


Com lança cavalo e no peitaço
Foi implantada a fronteira deste chão
Toscas cruzes solitárias nas coxilhas
A relembrar a valentia de tanto irmão


E apesar dos bons cavalos e dos arreios
De façanhas garruchas carreiradas
E a lo largo o tempo foi passando
Plantando novo rumo em suas pousadas

E eram cercas porteiras aramados
Veio o trator com seu ronco matraqueiro
E no tranco sem fim da evolução
Transformou a paisagem dos potreiros


E ao contemplar o agora dos seus campos
O lugar onde seu porte ainda fulgura
O velho taura da de rédeas no seu eu
E esporeia o futuro com bravura

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Houston

Houston é a quarta maior cidade dos Estados Unidos da América e a maior cidade do estado do Texas. De acordo com as estimativas do censo de 2006, a cidade tem uma população de 2,2 milhões de habitantes, dentro de uma área de 1.600 km². Houston é a sede do condado de Harris e o centro econômico da área metropolitana da Grande Houston — a sexta maior do país, com uma população de cerca de 5 milhões de pessoas.

Houston foi fundada em 30 de agosto de 1836 pelos irmãos Augustus Chapman Allen e John Kirby Allen junto à baía de Búfalo. A cidade foi incorporada em 5 de junho de 1837, tendo recebido o nome do então presidente da República do Texas, General Sam Houston, que comandou a Batalha de São Jacinto, que ocorreu a 40 quilômetros a leste de onde a cidade foi estabelecida. A crescente atividade portuária e a indústria ferroviária, combinadas à descoberta do petróleo em 1901, induziram ao rápido aumento da população da cidade. Na metade do século XX, Houston passou a comportar o Texas Medical Center — o maior aglomerado de instituições médicas e de pesquisa do mundo — e o Lyndon B. Johnson Space Center da NASA, onde está o Centro de Controle de Missões.

A economia de Houston se baseia em um amplo parque industrial nos setores de energia, manufatura, aeronáutica, transportes e saúde. Somente a cidade de Nova Iorque ganha de Houston no número de sedes das corporações listadas no Fortune 500. Commercialmente, Houston é classificada como uma cidade global e sua área é um importante centro na construção de equipamentos petroleiros. O Porto de Houston é o líder nos Estados Unidos em transporte pelas águas e o segundo em carga total transportada. A cidade tem uma população multicultural com uma grande e crescente comunidade internacional. Abriga muitas instituições culturais e exibições - atrai mais de 7 milhões de visitantes a cada ano para o Houston Museum District. Houston possui um visual ativo e inúmeras execuções nas artes cênicas no Theater District e é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que oferecem companhias residentes o ano inteiro em todos as maiores artes performáticas.

Houston é uma cidade quente no verão e fria no inverno. O tempo em Houston é instável, por causa de sua localização geográfica, em uma planície com poucos obstáculos naturais contra ventos e massas de ar. No verão as temperaturas podem superar os 35 °C, especialmente em julho, já no inverno as temperaturas caem em média para 12 °C sendo que a mínima atinge os 7 °C em janeiro. A temperatura mais baixa já registrada em Houston foi em dezembro de 1989, -13 °C. A maior foi em 1962, em agosto, atingindo os 41 °C. A temperatura média de Houston é amenizada pela proximidade da cidade com o Golfo do México. Em comparação à Dallas, Houston possui menores temperaturas médias no verão, e maiores no inverno.

Precipitação ocorre o ano inteiro, com mais frequência no verão do que no inverno. O mês mais chuvoso da cidade é junho (174 milímetros), e o mais seco é fevereiro (76 milímetros).

Segundo o censo americano de 2000, Houston possui 1 953 631 habitantes, 717 945 residências ocupadas e 457 330 famílias. A densidade populacional da cidade é de 3 371,7 hab/km². A cidade possui um total de 782 009 residências, que resultam em uma densidade de 521,1 residências/km². 49,27% da população da cidade são brancos, 25,31% são afro-americanos, 5,31% são asiáticos, 0,44% são nativos americanos, 0,06% são nativos polinésios, 16,46% são de outras raças e 3,15% são descendentes de duas ou mais raças. 37,47% da população da cidade são hispânicos de qualquer raça.

Existem na cidade 717 945 residências ocupadas, dos quais 33,1% abrigam pessoas com menos de 18 anos de idade, 43,2% abrigam um casal, 15,3% são famílias com uma mulher sem marido presente como chefe de família, e 36,3% não são famílias. 29,6% de todas as residências ocupadas são habitadas por apenas uma pessoa, e 6,2% das residências ocupadas na cidade são habitadas por uma única pessoa com 65 anos ou mais de idade. Em média, cada residência ocupada possui 2,67 pessoas e cada família é composta por 3,39 membros.

27,5% da população da cidade possui menos de 18 anos de idade, 11,2% possuem entre 18 e 24 anos de idade, 33,8% possuem entre 25 e 44 anos de idade, 19,1% possuem entre 45 e 64 anos de idade, e 8,4% possuem 65 anos de idade ou mais. A idade média da população da cidade é de 31 anos. Para cada 100 pessoas do sexo feminino existem 99,7 pessoas do sexo masculino. Para cada 100 pessoas do sexo feminino com 18 anos ou mais de idade existem 97,8 pessoas do sexo masculino.

A renda média anual de uma residência ocupada é de 36 616 dólares, e a renda média anual de uma família é de 40 443 dólares. Pessoas do sexo masculino possuem uma renda média anual de 32 084 dólares, e pessoas do sexo feminino, 27 371 dólares. A renda per capita da cidade é de 20 101 dólares. 19,2% da população da cidade e 16% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 26,1% das pessoas com 17 anos ou menos de idade e 14,3% das pessoas com 65 anos ou mais de idade estão vivendo abaixo da linha de pobreza.

A cidade de Houston possui um prefeito com maiores poderes, como forma de governante municipal. Houston é uma cidade autônoma e todas as eleições municipais do estado do Texas são não-partidárias. Os representantes eleitos são o prefeito, o controlador da cidade e 14 membros do conselho da cidade. Desde 2007, o prefeito de Houston é William "Bill" White, um Democrata eleito em uma votação não-partidária, que está em seu terceiro e último mandato. O prefeito de Houston serve como o administrador-chefe da cidade, o diretor-executivo e o representante oficial. Ele é responsável pelo gerenciamento geral da cidade e averiguar se todas as leis estão sendo executadas. De acordo com o resultado do referendo de 1991, em Houston, o prefeito é eleito para um mandado de dois anos e pode ser reeleito por três vezes consecutivas.

A cidade de Houston foi criticada por possuir o pior programa de reciclagem dentre o das 30 maiores cidades dos Estados Unidos. Em outubro de 2008, a cidade iniciou um programa, o qual pretende reciclar o material orgânico desperdiçado. Espera-se salvar 82.000 toneladas anualmente, o suficiente para preencher o Chase Tower, o maior edifício da cidade.

Houston é reconhecida mundialmente por sua indústria energética, especialmente de petróleo e gás natural, bem como para a investigação biomédica e aeronáutica. As fontes de energia renováveis, eólica e solar, também estão se tornando populares bases económicas em Houston. Houston Ship Channel também é uma importante base econômica da cidade. Devido a estas forças, Houston é designada como uma cidade global beta, pela Globalization and World Cities Study Group e. É a quarta maior cidade dos Estados Unidos da América, sendo também um de seus principais centros financeiros.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

De Boca Em Boca

De Boca Em Boca

Luiz Marenco

Composição: José Atanásio Borges Pinto - Cenair Maicá - Chaloy Jara

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa raça esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

Nosso cobre da guaiaca anda minguado
Pelas coxilhas nuvem negra campereia
A pátria grande olha pra além do horizonte
E aqui nos pagos a incerteza nos maneia

A nossa garra vem dos tempos das patreadas
A nossa fibra é a semente do passado
E o destemor é porque nunca aqui nos pagos
Por estrangeiros nosso pala foi pisado

Meus irmãos, abram gaitas e gargantas
Numa canção que leve a fé por onde ande
E um canto livre há de elevar-se nas coxilhas
Mostrando a raça deste povo do Rio Grande

Deixem que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu

O sangue guapo dos heróis e dos valentes
que ainda corre adormecido em nossas veias
Há de aquecer-se em novas rondas e vigilhas
nos dando força pra arrebentar as maneias

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Austin

Austin é a capital do estado norte-americano do Texas. É a sede do Condado de Travis e também da Universidade do Texas em Austin.

Situada na 'Terra das Colinas' (Hill Country) na região central do Texas, Austin é a quarta maior cidade do estado (depois de Houston, San Antonio e Dallas), e a 16ª maior dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos (U.S. Census Bureau), Austin tem uma população de 709.893 desde o 1º de julho de 2006. A cidade é o centro cultural e econômico da Área Metropolitana Austin-Round Rock, com uma população de mais de 1,5 milhão de pessoas, e encontra-se entre as cidades americanas de crescimento mais rápido.

Austin foi selecionada a segunda melhor cidade grande na lista de "Melhores Lugares Para Morar" da revista estadunidense Money em 2006, e a "Cidade Mais Verde dos Estados Unidos" pela MSN ("Verde" referindo-se ao compromisso à vida sustentável).

Residentes de Austin são conhecidos como "Austinites" e incluem uma mescla de professores universitários, estudantes, políticos, lobistas, músicos, funcionários públicos, e trabalhadores de colarinho azul e branco. Austin é sede de muitas companhias de alta tecnologia, o que dá à cidade o cognome das "Colinas do Silício" (nome referente ao Vale do Silício [Silicon Valley] na Califórnia, onde se situam muitas companhias de alta tecnologia). O cognome oficial da cidade é "A Capital Mundial da Música ao Vivo," que refere ao grande número de músicos e clubes de música ao vivo. Em anos recentes, muitos residentes têm adotado o lema "Mantenha Austin Esquisita" (Keep Austin Weird); isto refere-se parcialmente ao estilo de vida eclético e progressista de muitos residentes, mas também é o slogan de uma campanha para conservar negócios locais e resistir à comercialização.

Antes da chegada de colonizadores dos Estados Unidos, a área que tornaria-se Austin era habitada por uma variedade de tribos nômades norte-americanas, entre eles os tonkawas, comanches, e apaches lipan.

Em 1835 foi fundada uma pequena colônia chamada Waterloo às margens do Rio Colorado que em 1839 foi designada pelo então-presidente da República do Texas, Mirabeau Lamar, a capital da ainda jovem nação. Lamar designou o nome da nova capital Austin para comemorar Stephen F. Austin, conhecido como o Pai do Texas, líder da colonização anglo-americana e figura importante na independência do Texas.

A construção do Capitólio (sede legislativa) foi completada em 1888 que, na época, era o 7º maior edifício do mundo. Financiado pela famosa XIT Ranch, o Capitólio ainda faz parte do horizonte da cidade. Muitos texanos têm orgulho do capitólio texano ser maior do que o capitólio nacional em Washington, DC.

Em setembro de 1881, as escolas públicas de Austin deram suas primeiras aulas. Naquele mesmo ano, o Colégio (agora Universidade) Huston-Tillotson abriu as suas portas.

Nos anos 50, os primeiros laboratórios de pesquisa e think tanks ("catalisadores de idéias") foram construídos. Enquanto a economia de Austin prosperava, cinemas, piscinas públicas e bibliotecas foram abertas.

A subcultura musical de Austin nasceu nos anos 70, quando artistas como David Rodriguez e Willie Nelson trouxeram atenção nacional à cidade.

Atualmente, Austin é conhecida tanto por sua vida cultural quanto suas inovações high tech. Também é conhecida pelos senadores e professores que deram forma ao começo da cidade. O mesmo sucesso que deu a Austin uma boa reputação nacional hoje traz a necessidade de tomar muitas decisões difíceis.

Austin encontra-se aos 165 metros acima do nível do mar. Segundo o Censo de 2000, a cidade possui uma área total de 669,3 km², do qual 651,4 km² é terra e 18 km² (2,67%) é água.

Austin situa-se no Rio Colorado (distinto do outro Rio Colorado em Arizona), com três lagos (artificiais) concentradas dentro dos limítes da cidade: Town Lake (oficialmente Lady Bird Lake, homenagem à ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Lady Bird Johnson, residente da cidade), Lake Austin, e Lake Walter E. Long. O começo do Lake Travis (incluindo a Represa Mansfield) também se situa dentro das fronteiras municipais. A cidade também se situa na Falha Balcones, que, numa grande parte da cidade, corresponde à rota da Rodovia Estatal 1 (Loop 1 ou, mais comum, Mopac Expressway). A parte leste da cidade é relativamente plana, enquanto a parte oeste da cidade e os subúrbios ocidentais constam de colinas do Hill Country. Devido ao fato das colinas no oeste serem na maior parte pedra calcária coberta por uma camada fina de solo, seções da cidade são sujeitas a inundação súbita por parte das vazões causadas por trovoadas. Para controlar as vazões e gerar eletricidade hidrelétrica, a Autoridade do Rio Colorado Inferior (Lower Colorado River Authority) opera uma série de represas que formam parte dos Lagos Altimontanos do Texas (Texas Highland Lakes). Os lagos também providenciam lugares para passear de barco, nadar, e praticar outros tipos de lazer dentro dos vários parques encontrados ao beira-lago.

Um lugar de proeminência local é a Mount Bonnell. Aos 237,7 m acima do nível do mar, é uma formação de pedra calcária que dá belas vistas do Lake Austin e das muitas casas elegantes situadas ao redor do lago.

Austin tem um clima úmido subtropical, caracterizado por verões quentes e invernos suaves. Em média, Austin recebe 853 mm de precipitação por ano, a maioria na primavera com um máximo secundário no outono. Durante a primavera, trovoadas às vezes ocorrem, mas furacões são raros na cidade.

O verão em Austin é uma estação quente e úmida, com temperaturas médias que atingem mais de 32 graus de junho até setembro. Temperaturas acima de 38 graus são comuns. A temperatura mais quente já observada foi de 44,4 graus no dia 5 de setembro de 2000. Em um ano completo são em média 111 dias acima de 32 graus e 198 dias acima de 27 graus.

O inverno em Austin é uma estação suave e seca comparada ao resto do ano. Em um ano completo, são em média 88 dias abaixo dos 7 graus e só 24 dias quando a temperatura mínima cai abaixo de 0 graus. A temperatura mais fria já observada foi de -18,9 graus no dia 31 de janeiro de 1949. É raro nevar em Austin, mas cada um ou dois anos Austin recebe uma tempestade de gelo que congela as estradas e causa que a cidade pare completamente por um dia.

Austin é administrado por uma câmara municipal composta de 7 vereadores, todos eleitos pela cidade inteira, e por um prefeito eleito. Eleições para prefeitos e vereadores são não-partidárias, com uma eleição de segundo turno caso nenhum candidato tenha uma maioria absoluta. Austin permanece uma anomalia entre as grandes cidades do Texas pelo fato de todos os vereadores serem eleitos pela cidade inteira, em vez de por distritos eleitorais.

O prefeito atual de Austin é Will Wynn. Seu segundo turno acaba em 2009.

Wynn é membro da Coalição dos Prefeitos Contra as Armas Ilegais, um grupo de prefeitos (tanto Republicanos quanto Democratas) que é liderado pelos prefeitos de Boston (Thomas Menino) e Nova Iorque (Michael Bloomberg).

Os maiores atores políticos municipais de Austin são os chamados grupos de interesse, como o pró-ambiental Save Our Springs Alliance, a Associação de Policiais de Austin, o Partido de Pedágio de Austin, e o Conselho Comercial de Austin. O Partido Democrata do Condado de Travis também é uma organização ativa e bem-estabelecida, as operações eleitorais do qual geralmente podem levar um candidato à vitória nas eleições contestadas.

Uma controvérsia que dominou nos anos 90 era o conflito entre ambientalistas, com apoio forte no centro da cidade, e apoiantes do desenvolvimento urbano, que moravam em grande parte nos subúrbios. A câmara tem tentado mitigar a controvérsia, apoiando a idéia de "desenvolvimento esperto", mas o desenvolvimento e a proteção ambiental ainda são as questões mais divisórias na política municipal. Atualmente, os mais conservadores em Austin queixam-se que os problemas de congestionamento são produtos da política ambiental da cidade, que fazia com que a câmara negasse permisão para a expansão rodoviária e a construção de novas ruas para o tráfego. Progressistas dizem que os esforços dos ambientalistas ajudaram a estabelecer os grandes espaços verdes da cidade, dos quais muitos residentes gozam. Progressistas também mantêm que, ao contrário de muitas outras cidades do Texas, os planos de "desenvolvimento esperto" contribuíram a uma densidade de população no centro da cidade que cresce a um nível muito rápido.

Austin é conhecida como um centro para a política progressista em um estado geralmente muito conservador, o que leva alguns conservadores texanos a chamar a cidade da "República Popular de Austin.” A exceção são os bairros suburbanos da cidade, especialmente as do norte e oeste, e as cidades-satélite, que costumam ter uma política mais conservadora.

Uma conseqüência destas divisões foi que no mais recente plano de redistribuição de distritos eleitorais (formulado pelo ex-deputado federal Tom DeLay e implementado pelo congresso republicano), que por lei é mandada depois de cada censo, o centro da cidade ficou dividido entre vários distritos enormes para que a força eleitoral democrata fosse diminuída. A oposição reclamou que a divisão dos distritos era muito parcial, e um processo contra o estado foi lançado por ativistas de minorias raciais e democratas. Em 28 de junho de 2006, numa decisão de 7 a 2, a Suprema Corte dos Estados Unidos sustentou todos os distritos, com a exceção de um distrito hispânico-majoritário na parte sudoeste do estado. Isto pode afetar os distritos de Austin, como o distrito do deputado local Lloyd Doggett não foi encontrado a ser suficientemente compacto para compensar pela reduzida influência de minorias no distrito do sudoeste.

Em média, a cidade é uma mistura de progressismo central e conservatismo suburbano, mas a cidade resta firmemente na esquerda social. Em 2004, o senador federal John Kerry ganhou uma grande maioria dos votos no Condado de Travis. Dos seis distritos eleitorais estatais, três são extremamente democratas, e três são distritos que trocam de partido entre republicanos e democratas (atualmente, todos são controlados pelo Partido Democrata). Para eleições federais, dois dos três distritos eleitorais federais são controlados pelo Partido Republicano; isto é resultado da divisão do centro da cidade entre distritos com grandes maiorias republicanas. O Condado de Travis também foi o único condado no Texas a rejeitar uma emenda à Constituição Estatal que proibiria o casamento homossexual e qualquer status que daria direitos para cônjuges homossexuais – e rejeitou-a com uma grande maioria (60% contra, 40% a favor)

Austin também é uma área ativa para o Partido Libertário. Enquanto os libertários permanecem um partído pequeno, ocasionalmente ganham muitos votos quando contestam eleições em quais só há um outro candidato que seja republicano. Ex-candidato libertário à presidência Michael Badnarik é originário de Austin, e um outro, Ron Paul, representou um distrito eleitoral federal que inclue parte da área da Grande Austin.

Segundo o censo de 2000, havia 656.562 habitantes, 265.649 lares, e 141.590 famílias residentes na cidade (que compara a São Francisco na Califórnia ou Memphis no Tennessee). A densidade da população era de 1.007,9 por km². Havia 276.842 residências com uma densidade média de 425,0 por km². A composição racial da cidade era de 65,36% de brancos, 10,05% de negros ou afro-americanos, 4,72% de asiáticos, 0,59% de nativos americanos, 0,07% das ilhas do Oceano Pacífico, e 16,23% de outras raças. 30,55% da população era hispânica ou latina, que pode ser de qualquer raça.

Dos 265.649 lares, 26,8% deles havia uma criança menor de 18 anos no mesmo lar, 38,1% eram casais morando juntos, 10,8% havia um chefe-de-lar feminino sem marido presente, e 46,7% eram não-famílias. 32,8% dos lares eram compostos de indivíduos e 4,6% eram de pessoas maiores de 65 anos morando só. O número médio de habitantes por lar era de 2,4 e o tamanho da família média era de 3,14.

A composição da população era de 22,5% menores de 18 anos, 16,6% entre 18 e 24, 37,1% entre 25 e 44, 17,1% entre 45 e 64, e de 6,7% com 65 anos ou mais. A idade média era de 30 anos. Por cada 100 mulheres havia 105,8 homens.

O rendimento médio para um lar na cidade era de $42.689 anuais e o rendimento médio para uma família era de $54.091 anuais. Os homens tinham um rendimento de $35.545 enquanto mulheres tinham um rendimento de $30.046. O rendimento anual per capita era de $24.163. Aproximadamente 9,1% de famílias e 14,4% da população viveram abaixo do nível de pobreza, inclusive 16,5% dos menores de 18 anos e 8,7% dos com 65 anos ou mais. De 2000 a 2005, o preço médio de uma casa subiu 34%.

A Área Metropolitana Austin-Round Rock continha 1.452.529 habitantes em 2000. Combinada com a população da Área Metropolitana de San Antonio (quase 129 km ao sul), a população em 2000 era de mais de 3,3 milhões de habitantes, que compara à cidade americana de Minneapolis-St. Paul.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Onofre Pires

Onofre Pires da Silveira Canto (Porto Alegre, 25 de setembro de 1799 — Santana do Livramento, 3 de março de 1844) foi um militar farroupilha, um dos líderes da Guerra De 35.

Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas, em 1816 e 1821.

Na Guerra De 35 foi dos mais ativos e atuantes coronéis.

Coube a ele comandar as forças que deram inicio à Guerra De 35 na noite de 19 de setembro de 1835, no vitorioso encontro da Ponte da Azenha, que criou condições para a conquista de Porto Alegre em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do líder politico-militar da guerra, e seu primo, o coronel Bento Gonçalves.

Em 22 de abril de 1836, num dos episódios mais lembrados de sua biografia, Onofre Pires derrota em Mostardas os legalistas comandados pelo capitão Francisco Pinto Bandeira, porém ordena o fuzilamento de todos prisioneiros.

Em outubro de 1836, Onofre Pires foi preso na Batalha do Fanfa, junto com Bento Gonçalves. Foi levado como prisioneiro ao Rio de Janeiro, preso no forte de Santa Cruz, fugiu um ano depois em companhia do capitão José de Almeida Corte Real.

Em 1844, desgastados por tanto tempo de guerra, Bento e Onofre entraram em linha de colisão. A partir daí, Onofre Pires falava abertamente no seio da tropa tudo o que sentia em relação ao primo.

Bento, em carta, pediu que Onofre confirmasse ou não, por escrito, as acusações ofensivas à sua honra feitas em presença de terceiros. Onofre logo respondeu confirmando, abrindo mão de suas imunidades parlamentares e colocando-se à disposição de Bento para um duelo, hipótese desejada por Onofre Pires, que levava grande vantagem por seu porte atlético e por ter dez anos de idade a menos do que Bento (44 contra 54 anos). Bento Gonçalves procurou Onofre Pires e o desafiou para o duelo, que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 1844, nas margens do rio Sarandi, em Santana do Livramento. Onofre foi atingido no antebraço direito, fato que interrompeu o duelo.

Onofre Pires morreu quatro dias depois, em conseqüência de gangrena, e um ano antes do término da Guerra.

domingo, 1 de agosto de 2010

Victor de la Fuente

O conceituado desenhador espanhol Victor de la Fuente (considerado por muitos como um dos melhores de todos os tempos a nível mundial) morreu sexta-feira, dia 2 de Julho, aos 83 anos na localidade francesa de Le Mesnil Saint Denis, onde residia há quase 4 décadas, depois de largos anos de doença, conforme relatado pela Federación de Instituciones Profesionales del Cómic (Ficomic), organizadora do Salón del Cómic de Barcelona.

Da sua carreira profissional destacam-se trabalhos como “Los Gringos“, “La siberiana” e “Los Ángeles de acero“, além de ter realizado adaptações em quadradinhos da história da França e de conhecidas obras literárias.

Em 2006 recebeu o Gran Premio del Salón Internacional del Cómic de Barcelona, como reconhecimento de uma longa carreira artística. Também recebeu uma última e inesperada homenagem com a edição “Diario de guerra: Víctor de la Fuente“, um livro que recupera quatro histórias inéditas do mestre de traços profundos que também foi um dos grandes mestres que trabalharam em Tex, sendo inclusive o primeiro não-italiano a ter essa honra.

“Um grande de Espanha“. Foram estas as palavras com que Sergio Bonelli saudava a chegada do primeiro desenhador não nascido na Itália, que ilustrava um dos seus álbuns especiais de Tex, e que não era outro senão Víctor de la Fuente. E o certo é que vista a sua trajectória profissional, a eleição de Víctor era seguramente a mais lógica que se podia esperar.

Pedro Víctor de la Fuente Sánchez nasceu em 1927 na localidade asturiana de Ardisana de Llanes; irmão mais velho dos também desenhadores Ramón e José Luís – conhecido por Chiqui – começa muito jovem o seu trabalho no mundo da banda desenhada entrando nos anos 40 no estúdio de Adolfo López Rubio. Em vez de se estabelecer na profissão, começa um périplo por países como Cuba, Chile e Argentina, onde alterna o seu trabalho no campo da banda desenhada com o da publicidade. Nos anos 60 regressa a Espanha e começa a trabalhar realizando histórias para mercados estrangeiros e através de agências. É então quando conhece Víctor Mora e com ele cria Sunday, a sua primeira obra de autoria reconhecida e com a qual começa a adquirir a notoriedade que a qualidade do seu trabalho merecia. Sunday, western com certo tom crepuscular que mais tarde continuaria o seu irmão Ramón, é o arranque da relação de De la Fuente com um género que domina na perfeição. A publicação em 1970 da revista Trinca por parte de uma editora dependente do Ministério da Informação permite a Víctor a criação da sua primeira obra como autor completo, Haxtur, história com aspecto de fantasia heróica, mas com um argumento críptico e uma simbologia no seu interior, que surpreendentemente consegue, no seu início, enganar a censura da época.

Haxtur, trouxe para o seu autor o início de uma série de problemas com as autoridades espanholas que fizeram com que ele mudasse o seu domicílio para França. Afortunadamente nem tudo foram problemas e Haxtur conseguiu também que Víctor de la Fuente se convertesse num dos autores mundiais que maior atenção recebia por parte dos seus companheiros de profissão, graças sobretudo ao seu domínio do desenho, sua capacidade para dar forma ao movimento, sua habilidade narrativa – onde dava uma lição sobre como utilizar os distintos tipos de planos – e a sua espectacular montagem – com a qual conseguia explorar a dimensão vertical da página, algo que praticamente só era explorado por Joe Kubert e por ele.

Uma vez, estabelecido em França, De La Fuente começa a criar uma série de obras que o mantêm em plano de evidência nas décadas seguintes; ao princípio com séries de guião próprio como Mathai-Dor – que havia ficado incompleta em Trinca – Amargo – nova aproximação ao género western – e Haggarth – continuação da linha de fantasia heróica com conteúdo que havia iniciado com Haxtur.

Víctor Mora volta a cruzar-se no seu caminho e assim as suas colaborações prosseguem. Los Angeles de Acero e Le Sibereiane, centram boa parte do trabalho de Víctor de la Fuente durante os anos oitenta. Pouco antes, em 1979, havia começado a série Los Gringos com a qual volta ao género western e na qual colabora com o argumentista francês Jean-Michel Charlier até ao falecimento deste, dez anos mais tarde.

Fiamme sull’Arizona, é o título que leva o quinto Texone, editado em Junho de 1992. Como todos os trabalhos de Víctor de la Fuente em Tex, apresenta um argumento de Claudio Nizzi, em que Tex e Carson devem tentar por todos os meios ao seu alcance, evitar uma guerra com os Apaches. Sergio Bonelli explica-nos na introdução do álbum que para a ocasião, Nizzi construiu um argumento com apaches, mexicanos e deserto tentando adaptar-se às qualidades do desenhador espanhol. Parâmetros muito similares são os que parecem ter guiado o argumentista na segunda história escrita para De la Fuente, La caravana della paura editada no Almanacco del West de 1995. Neste caso, Tex e Carson incorporam-se numa caravana que se vê assediada por um guerreiro apache que se dedica a caçar alguns dos seus membros numa missão de vingança onde nem tudo é como parece ao princípio. Trata-se de uma das melhores histórias escritas por Nizzi para Tex, sobretudo porque o seu trabalho melhora com o diminuir de páginas que dispõe, evitando a proliferação de tempos mortos. Ademais apresenta-nos um argumento em que as personagens possuem uma profundidade sobre o ponto de vista moral, afastado das típicas histórias de bons e maus.

Víctor acaba incorporando-se no staff de desenhadores da série regular. O seu primeiro trabalho na série mensal Springfield Calibro 58, uma história em duas partes que começa na edição 441. Carson e Tex devem investigar o tráfico de armas que está a ocorrer com grupos Comanches, a quem estão a chegar armas procedentes de arsenais perdidos do exército confederado. A seguinte saga ilustrada por De la Fuente, é uma excepção, ao desenrolar-se em cenários urbanos, aos quais o desenhador adapta-se sem nenhum problema. Os números 456 e 457 trazem Al di Sopra della Legge, história desenrolada em San Francisco, local onde Tex e Carson deslocaram-se em auxílio da polícia local para desarticular uma sinistra organização que se dedica a impor a sua própria lei.

A relação entre Tex e Víctor de la Fuente, conclui-se com a história que traz por título La Colina della Morte, com os números 471 e 472, editados nos primeiros meses do ano 2000. O argumento gira em torno das acções do duo protagonista para desmascarar uma trama de agentes para assuntos índios corruptos. Tex e Carson deverão inclusive deslocar-se a Washington acompanhando Joselito e outros chefes apaches.

Tanto esta história como as anteriores mantém os parâmetros habituais dos argumentos de Nizzi. Víctor desenha sem problemas as largas sequências dialogadas que povoam os tempos intermédios da narração que o argumentista tanto aprecia. Como Nizzi escreveu para o asturiano histórias desenroladas em exteriores, De la Fuente resolveu todas essas sequências povoadas de diálogos mediante o seu incrível talento para desenhar personagens a cavalo: Víctor era capaz de desenhar centenas de vinhetas com Tex e Carson falando enquanto cavalgam sem repetir uma só vez o ângulo em que se visualiza a vinheta.

A esse nível haveria de deixar a principal contribuição do trabalho de Víctor de la Fuente em Tex; o estilo. Cada uma das suas páginas serve-nos para constatar o talento inato que possuía para o desenho de séries do oeste. Víctor em Tex continuou sendo um Mestre, conseguindo que nos deixássemos envolver por umas paisagens que, pese a economia de recursos que utilizava para desenhá-las, reconhecemos como se tivéssemos vivido sempre ali. O que ele desenhava, nós podemos tocar com as mãos, é real. Por tudo isso há, sem dúvida, muito do seu trabalho em Tex.