sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Acordeona


Acordeona

Gildo de Freitas

De madrugada quando dia vem raiando
Eu to tomando no meu rancho chimarrão
E pra tristeza não ser muita no ranchinho

"A acordeona faz carinho e alegra meu coração
Ah acordeona tu te recorda da tua dona
Ah acordeona tu te recorda da tua dona"

Quando enxergo teu retrato na parede
Eu fico doido perco a sede me deito não tenho sono
Minha acordeona reconhece a pobrezinha
Que a gaúcha que era minha ta na mão do outro dono

"Ah acordeona tu te recorda da tua dona
Ah acordeona tu te recorda da tua dona"

Minha acordeona quando toca sempre diz
Que ao infeliz também chegará seu dia
Se acordeona disser isso com certeza
Leve a tristeza e depois traga a alegria

"Ah acordeona tu te recorda da tua dona
Ah acordeona tu te recorda da tua dona"

Eu já te amei como os anjos amavam a lira
Eu já te adorei como anjos adoram a Deus
Mas não enxergo em teu olhar esperança
Até nem quero ser feliz nos braços teus

"Ah acordeona da um desprezo na tua dona
Ah acordeona da um desprezo na tua dona"

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Emboscada No Red River


O projeto da construção de uma ferrovia transcontinental no Canadá, que ligará as províncias do leste com o oceano Pacífico é lançado, mas inescrupulosos empresários se mobilizam para ganhar a qualquer custo a concorrência para os trabalhos. O rapto de Gros-Jean, que acompanhava um engenheiro que fazia os levantamentos topográficos, aciona o coronel Jim Brandon, da Polícia Montada canadense, e este convoca Tex e seus companheiros, que viverão uma perigosa aventura na tentativa de salvar o amigo e levar os patifes à Justiça!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Noite De Tristeza

Noite De Tristeza

Teixeirinha

A noite vem chegando
Sereno esta caindo
Um homem esta chorando
Seu grande amor partido

Um galo esta cantando
Mas é fora da hora
Esta adivinhando
Que eu estou ficando

E ela vai indo embora
Quanto silêncio
Esta noite é só tristeza
Parece qua a natureza

Entendeu meu sofrimento
A lua cheia
Dependurada no céu
As estrelas mais ao léo

Meu amor no pensamento
Um coração ingrato
Vai indo estrada a fora
Neste momento exato

Quando os meus olhos chora
No céu uma estrela corre
Na sua direção
Você não socorre

Um coração que morre
De tanta paixão
Amor querido
Ao encontrar a madrugada

Pare um pouco na estrada
Medite o que vai fazer
Senta descança
Bem na beira do caminho

E lembre que sem carinho
Quem ficou pode morrer
Chegou a madrugada
Meus olhos estão a foite

Olhando pra estrada
Vendo morrer a noite
Está rompendo a aurora
Cai a manhã tão fria

O sol raiu lá fora
O que direi agora
Pro meu novo dia
Espero a tarde

Antes da noite cair
Eu também irei partir
Meu amor não corresponde
Parto agora
Com os olhos rasos de água
Coração cheio de mágoa
Vou morrer não seu aonde

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pôster Tex Nuova Ristampa 150


Dramática ilustração de Claudio Villa, onde vemos Tex Willer sendo atingido gravemente e de forma traiçoeira por Danny Hawkins, um ex-sargento sulista e um infiltrado a soldo de um bando de ladrões que atacava as carroças que traziam lingotes de prata da mina de Black Hole ao depósito da Central Mining em Elk City e que na ocasião se fazia passar por um íntegro condutor da carroça que Tex escoltava.

Desenho INÉDITO no Brasil e inspirado na história “Uno straniero a Elk City” de Guido Nolitta e Erio Nicolò (Tex italiano #236 a #239).

Fonte: http://texwillerblog.com/wordpress/

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Inconfidência Sulina

Inconfidência Sulina

05 de agosto de 2008

Por Carlos Zatti *

Aqui na capital do Paraná, o governador não se mostrou menos enérgico do que o Ministro da Justiça em Brasília, Maurício Correia.
Mesmo antes do Poder Judiciário se pronunciar, estes dois brasileiros se sentiram no dever de condenar quem apenas usou o direito da manifestação do pensamento, como está consagrado nas Cartas Magnas de todos os países civilizados e democráticos do mundo.

Não satisfeitos com as diligências do Ministério Público e da Polícia Federal, quando Silvério dos Reis, aliás, jornalista Roberto Marinho da Globo — Maurício Correia — o mais acabado tipo tirano, que vem dirigir toda a ação da alta tropa do Executivo brasiliano, na formação da culpa, que mais tarde seria reconhecida como a mais patriótica ação, tanto pelos prós como pelos contra, para a libertação de Minas Gerais (ou do Brasil, segundo alguns), que — entreveramos o Sul ¬— como se uma Ordem Terceira da Penitência segredasse-nos.

Nomeou-se para defender culpados, em documento mui curioso, que seria resumir a culpa na devassa em curso. Mas tudo seria inútil, já que a justiça real estava bem orientada e foram presos os envolvidos na Inconfidência Mineira: o réu Tiradentes deveria ser decapitado e esquartejado, e os demais presos e degredados; para estes, dizia o acórdão da Carta Régia, que quem voltasse ao Brasil sofreria irremediavelmente a pena de morte.

Eram mineiros e cariocas que subiam e desciam as ruas de suas cidades, apressados de preocupações, pelo destino de homens que queriam apenas “Libertas quae sera tamen” ao seu torrão, como se diz hoje em dia: O Sul é o meu País.

Os executores eram sinistros como os executivos, sejam de Brasília, sejam de Curitiba, ou de POA. Cerrando a torva catadura, fez tremer a pobre alma da terra, vencida e apavorada.

Mas ali estavam a altivez e a perfídia postas em tormento; e via-se bem o fim que podiam ter os loucos desejos de uma sonhada liberdade.

E entre o povo, havia a sentença produzido o efeito desejado pela torpe elite governamental. Lá foi o sangue. Aqui foi o medo do justiceiro.

Lá foi a condenação. Aqui a absolvição.

Lá caiu a cabeça de Tiradentes. Aqui caiu a cara dos anti-sulistas.

Dizem que lá a Justiça fez seu papel. Aqui a Justiça fez seu papel.

A execução do réu, considerado o chefe do levante libertário, foi exemplar. A compaixão, de que só estão isentos os que não são humanos, fazia, por outra parte, os seus efeitos. Ainda que ela não confunda o inocente com o réu, nasce da semelhança, que tem entre si todos os homens, e faz padecer com os que padecem. Tudo como um terror universal...

Todo dia 21 de Abril o Exército brasileiro perfila diante da memorável data, assistido pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em justa reverência aos heróis da Liberdade, da Igualdade e da Humanidade.

Ordem e progresso, porque o Sul é o meu País!

A conjura separatista de Vila-Velha sofreu o peso da canalha, na prática infame dos poderes anti-democráticos, com sua sinistra tirania, com seu escarmento de comédia. E, qualquer que for o caso, seja mineiro ou sulista, se pode dizer que sempre vence a danação?

Ó! - Requião—Colares—Amin o vice-reino sulino... Seriam déspotas de uma Maria Louca da corte?! — Mas houveram outros, como Paulus Pimenteira, Cabeça Chata, Betinho do Mar, Canibal Kuri, Chico Beleza e Borguetinho, contrariando os princípios de Tiradentes, Francisco de Andrade, José Maciel, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, Tomaz A. Gonzaga, e outros condenados. — Antes de Felipe dos Santos ser enforcado, e depois de José Martins ser fuzilado. — Ó pátria livre — Sul-livre...

Não. O Poder Judiciário é justo e faz justiça. Os outros poderes, com suas derramas é que não querem perder o “status quo” que o erário lhes dá.

É a cavilação do posto: Brasília está para o Sul como Lisboa estava para o Brasil.

Alguém discorda?
(*) CARLOS ZATTI é escritor e historiador gaúcho, membro do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico do Paraná), autor de diversas obras como "Sul" e "O Paraná e o Paranismo", é também Secretário-Geral do Movimento O Sul é o Meu País.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Perseverano

Perseverano

Mano Lima

Tenho espora cantadera
Que é uma tampa de chalera
O tamanho da roseta
Numa toca de peludo
Eu me sampei com égua e tudo
Correndo a novilha preta
Me encontraram dalhe um mês
Pode conta pra vocês
O amigo Perseverano
Que me acho pela espora
Que arrodeava campo fora
Igual o moinho cantando
Não foi facil meus amigos
Pra desentocar o Mano
Meus cabelo tavam duro
Igual a cola de burro
Pois ja estavam enraizando

Tenho um matungo safado
Que da coice até no rabo
Cada vez que eu vou pegar
Pega estribo e veiaqueia
Me derruba e me tonteia
Só pra poder me patiar
Era no mês de setembro
Tenho certeza me alembro
Quando eu me fui galopear
Fiz um paiero bem grosso
Só pra sair fumegando
Quando o bicho veiaquear
Oigalete baita tombo
Tombo igual eu nunca vi
Até aquele meu paiero
Eu não achei mais companheiro
Desconfio que engoli

Tenho a mulata facera
Que é loca de cabortera
E arrojada no facão
Essa morena aragana
Me salta igual caninana
No meio do macegão
Ela dorme enrrudilhada
Tipo cobra mal matada
Prontinha pra me pular
É fraquissima da ideia
E os dente da Jubiléia
Não da pra facilitar
Vivo peliando com a sorte
Total não so muito vil
Se é o perigo que me chama
Vamo embora caninana
Assubinado o amor febril

sábado, 25 de dezembro de 2010

Cemitério Nacional De Arlington

O Cemitério Nacional De Arlington, em Arlington, Virgínia, é o mais conhecido e tradicional cemitério militar dos Estados Unidos, fundado no antigo terreno de Arlington House, o palácio da família da esposa do comandante das forças confederadas da Guerra De Secessão, General Robert Lee, Mary Anna Lee, descendente da mulher de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos.

O cemitério se localiza na área em frente a Washington D.C. , do outro lado do rio Potomac, que corta a capital americana, perto dos prédios do Pentágono. Em seus 624 acres, estão enterradas mais de 300 mil pessoas, veteranos de cada uma das guerras travadas pelo país, desde a Revolução Americana até a atual Guerra do Iraque. Os corpos dos mortos antes da Guerra De Secessão foram para lá levados após 1900.

Alguns dos personagens históricos mais famosos enterrados em Arlington são o explorador John Wesley Powell, os astronautas da nave Challenger, os generais Omar Bradley e Jonathan Wainwright da Segunda Guerra Mundial, o Senador Robert Kennedy e seu irmão, o Presidente John Kennedy, ao lado do qual uma pira eterna arde e é visitada por milhares de turistas anualmente.

Mas o local mais popular entre os visitantes de Arlington é o Túmulo ao Soldado Desconhecido, onde os restos de três soldados não-identificados da I Guerra Mundial, Guerra Da Coréia e II Guerra Mundial, são guardados perpetuamente por uma Guarda de Honra do exército, cuja cerimônia de troca de sentinelas é um evento bastante procurado pelos visitantes.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Doce Coração De Mãe

Doce Coração De Mãe

Teixeirinha

Quem tiver sua mãezinha
Cuide dela e trate bem
Mãe é só uma no mundo
Quem perde outra igual não tem
Tenho saudades da minha
Que partiu para o além
Só é feliz neste mundo
Quem sua mãezinha tem

// coro:“mãezinha querida do meu corção
Necessito tanto da sua benção”//

Doce coração de mãe que nos dá
Tanta alegria
Criatura abençoada jóia de amior
Valia
Quem tem sua mãe tem tudo
Ter a minha eu queria
Só me resta uma esperança
De no céu ver ela um dia
Coro
Sempre no dia das mães
Ouço e vejo festejar
Filhos para suas mães
Pelo rádio a dedicar
Ela sorri tão contente
Vem seu filho lhe beijar
Não posso fazer o mesmo
Meu consolo é só chorar
Coro
Eu era meninozinho quando a minha
Mãe morreu
Antes de fechar os olhos
Um beijinho ela me deu
Sinto no rosto a douçura
Ainda do beijo seu
Descansa em paz lá no céu!
Mãezinha que deus me deu
Coro
Se hoje tenho a luz do dia
Por este mundo onde eu trço
Agradeço a minha mãe
A quem dou mais um abraço
Foi ela que me ensinou a dar
O primeiro passo
O meu reconhecimento nas
Orações que eu lhe faço.
Coro

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Fera Humana


Arthur Rucker reina sobre uma ilha do Caribe, impondo aos moradores a sua lei feita de opressão e violência cega. Quem ousa se opor ao seu poder corre o risco de virar comida de tubarão ou de se transformar em presa numa sádica caçada humana, a diversão preferida do cruel tirano. Na ilha não existe piedade nem justiça, ao menos até o dia em que chega Tex Willer. O ranger é arrastado ao local depois de cair numa emboscada armada por um grupo de mexicanos que, durante o ataque, deixam para trás Kit Carson, ferido mortalmente. Tex, que matou o criminoso filho de Rucker, está destinado a ser a próxima vítima do confronto desigual e, para isso, é solto na floresta que cobre a ilha. O seu carrasco se prepara para a caçada, saboreando antecipadamente a vingança.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Guria Da Zona Sul

Guria Da Zona Sul

Os Monarcas

Composição: Salvador Lamberty / Nelinho

O vento traz o recado que vem lá da zona sul
E a luz de algum arco-íris no teu olhar tão azul
A tarde guarda segredos, quem sabe são todos teus
Eu queria teu sorriso pra enfeitar os olhos meus

Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço
Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço

A lua espera por ti com flores na passarelas
Minha esperança se enfeita de pétalas amarelas
As nuvens se vão embora na certa que tu virás
Trazendo teus lindos olhos pra iluminar minha paz

Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço
Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço

Até uma linda calhandra canta esperando por ti
Já escutei o teu nome no canto de um bem-te-vi
Até o relógio assinala o teu horário marcado
O mundo enfeita o cenário para dois apaixonados

Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço
Guria da zona sul vem me trazer teu abraço
Meu mundo sem teu carinho tá me faltando um pedaço

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Bando dos Mórmons


Terceiro encontro de Pat Mac Ryan com Tex, depois da sua estreia na aventura Pat, o Irlandês (Clássicos de Tex n° 6). Desta vez o gigante forçudo representa o papel do turco Mustafá no Great American Circus, sem saber que entre seus colegas artistas se ocultam perigosos ladrões de bancos, que deixam um rastro de destruição e morte por onde o circo passa. Aventura ambientada no circo (uma das paixões de Bonelli pai, devidamente transmitida ao filho Sergio), apresenta um dos raros momentos de relax dos nossos heróis, que se divertem com a habilidade do atirador, do mágico e do palhaço. Mas não há muito tempo para atividades lúdicas; afinal, a HQ é de faroeste, e dos mais movimentados, e Tex e Carson têm que descobrir quem são os integrantes do Bando dos Mórmons.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Saudade de Júlio De Castilhos

Saudade de Júlio De Castilhos

José Mendes

Júlio De Castilhos é uma linda cidade
Lá tem a gauchada boa de verdade
Encontrei gentileza e sinceridade
Passei muitas horas de felicidade.

Lá deixei uma morena que tenho saudade
Com muitas loirinha eu passei na cidade
As prendas são lindas, não é falsidade
Os versos que faço é tudo realidade.

Hoje vivo distante de lá muito além
Mais as lindas paisagens não esquecerei
Muitas serenatas pras moças cantei
Pra muitas donzelas saudade deixei.

Hoje vivo nos pampas de outros rincão
Sempre sentindo a falta no eu coração
A saudade que eu tenho deu inspiração
Pra fazer estes versos de recordação.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Marcha Ao Mar

No contexto da Guerra De Secessão, a Marcha ao Mar, ou a Campanha de Savannah, foi a incursão federal realizada no fim de 1864 através do território da Geórgia. As tropas incursoras eram constituídas pelos Exércitos do Cumberland (George Henry Thomas), do Tennessee (James B. McPherson) e do Ohio (John M. Schofield), sob comando geral do Maj. General William Tecumseh Sherman. A marcha começou com a força de Sherman deixando a cidade capturada de Atlanta em 15 de Novembro e terminou com a captura do porto de Savannah em 21 de Dezembro. A campanha, frequentemente designada como a primeira realizada de acordo com o conceito moderno de guerra total, causou extensos danos à infra-estrutura econômica e a moral combativa dos confederados.

Até Outubro, Sherman perseguia o Exército confederado de Tennessee de John Bell Hood pela Georgia, sem contudo conseguir provocar uma batalha decisiva. Notando a esterilidade da estratégia, resolveu seguir com 62.000 homens para o sul, no que se tornaria a Marcha ao Mar. Para lidar com Hood, que ameaçava retornar a Tennessee, deixou para trás Schofield e Thomas. Esses dois generais derrotaram Hood sucessivamante nas batalhas de Franklin e Nashville de forma tão contundente que o Exército de Tennessee dos confederados cessaria de existir como força de combate eficaz.

Na sua marcha pela Georgia, Sherman mudou a face da guerra: em vez de buscar engajamento com as forças inimigas, destruia sistematicamente toda a infra-estrutura econômica que sustentava as forças confederadas, antecipando os conceitos da Guerra Total. Ele rompeu o contato com suas bases de suprimento, vivendo do que tomava da população.

Naturalmente, essa estratégia impunha grande sofrimento aos civis. Para Sherman, a sua atitude era moralmente justificável sob dois aspectos. Primeiro, o apoio do povo da Georgia a rebelião desqualificava-no como parte inocente. Segundo, a crueldade seria inerente a guerra e abster-se de tomar medidas que pudessem abreviá-la, por mais duras que fossem, apenas aumentaria o sofrimento de todos os envolvidos.

Sherman acreditava acertadamente que muitos confederados abandonariam a luta para socorrer suas famílias que passavam privações, e que isso pouparia muitas vidas, dos dois lados.

Em 21 de Dezembro, tendo percorrido 480km e feito a "Georgia urrar" como havia prometido, Sherman encerra a campanha tomando a cidade de Savannah no litoral, ofertando-na como presente de Natal ao presidente Lincoln.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Separatista - por obrigação moral

Separatista - por obrigação moral

12 de novembro de 2008

Por Luciano Damaceno *

“Quando os homens aram, navegam, edificam, tudo obedece ao espírito. Muitos mortais,contudo, dados ao ventre e ao sono, passam a vida, ignorantes e incultos, como peregrinos. Para estes, sem dúvida, contrariamente à natureza, o corpo foi-lhes um prazer, e a alma, um peso. A vida destes, assim como sua morte, eu as entendo num mesmo plano, porque, sobre uma e sobre outra, o silêncio é o mesmo. Na realidade, parece-me que unicamente vive e usufrui a vida aquele que, entregue a qualquer tarefa, busca a glória de um feito ilustre ou de uma boa obra.” (Caio Salustio Crispo- A Conjuração de Catilina).

Essa passagem, de um insigne historiador latino, nos mostra aquilo que tem guiado o homem ao longo de toda a sua Epopéia: a glória das grandes realizações.

Nós, homens da Região Sul, sedentos por corrigir os erros do passado e ansiosos por construir a grandeza que nosso País certamente terá ― nós não devemos jamais perder de vista a aguda Consciência do Destino, a visão exata da nossa missão, e a imensa responsabilidade que temos para com as gerações futuras.

É chegado o tempo das afirmações inflexíveis. É a hora das atitudes imensas e vigorosas.

Depois de quinhentos anos de vicissitudes e incompetências; depois de transformar o seu povo num povo de fracassados, de humilhá-lo até às raias do impossível e de maneiras inimagináveis; depois de arrastar suas vergonhas através da história, e ofender a própria raça humana com sua incapacidade para desenvolver-se― o Brasil não é um país onde possa viver alguém que tenha um mínimo de honra e de respeito por si mesmo.

Um europeu observou que este não é um país sério. E quem padece a vida dentro destas fronteiras, sente, na carne e no orgulho, que não o será nunca.

Nós, homens do Sul, rejeitamos a mediocridade do estado brasileiro.

Não sabemos o que seja viver em um país que respeite o seu povo, trabalhe por ele ou que lhe dê plena liberdade para trabalhar. Estamos sufocados e agônicos. Não sabemos o que seja o bem-estar social, nem a Justiça, nem o Direito.

Mas saberemos. E então nosso próprio conceito de humanidade transformar-se-á.

Já a nossa alma está toda voltada para o grande sol do nosso futuro Estado. Os filhos desta terra erguem o seu braço revolucionário. Exigimos a nossa autodeterminação!

E que se abram todas as portas para a nossa História.

(*) LUCIANO DAMACENO é estudante de Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e integrante da Comissão Municipal do Movimento O Sul é o Meu País de Santa Maria-RS.

http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=116&Itemid=68

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Campanha Da Península

A Campanha Da Península (25 de Junho a 1 de Julho de 1862) foi uma das campanhas iniciais da Guerra De Secessão. O comandante nortista Maj. Gal. George McClellan conduziu o seu recém criado Exército do Potomac, uma poderosa, bem treinada e motivada força militar contra a capital confederada, mas acabou por retirar-se.
McClellan transportou as suas tropas até Fort Monroe, com intenção de atacar a capital confederada Richmond marchando pela Península da Virgínia. O intuito era contornar a área de “Wilderness”, muito propícia para defesa, e progredir sob cobertura dos canhões dos navios que costeariam a península. Inicialmente, Obteve sucesso contra os confederados de Joseph E. Johnston, chegando a poucas milhas de Richmond.

Robert Lee assumiu o comando das forças sulistas e partiu para ofensiva. Seguiu-se uma série de 8 batalhas, conhecidas coletivamente como as Batalhas dos Sete Dias.
Delas, apenas uma, a Batalha de Gaine’s Milll, foi uma clara vitória tática para os confederados. Em Malvern Hill, a batalha final da campanha, Lee sofreu uma acachapante derrota ao tentar assaltar defesas federais inexpugnáveis. O mesmo erro ele repetiria um ano mais tarde em Gettysburg. Mas McClellan, acreditando infundadamente estar em franca inferioridade numérica, tratou as vitórias como derrotas, retirando se paulatinamente até conseguir reembarcar suas tropas em navios, de volta para o norte.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Figueira Amiga

Figueira Amiga

Gildo de Freitas

Esta figueira, meus amigos fica na esquina do Forte com a Assis Brasil.

Figueira como é que pode
Estares modificada
E vejo assim tão cercada
De casas de moradia
Onde estão as ferrarias
Do Carlo e do Zeca Paiva
Francamente eu tenho raiva
De não ver mais quem eu via.

Figueira faz tanto tempo
Que eu estava retirado
Aqui deixei meu passado
E hoje venho a procura
Só não vejo as criatura
Que eu vi e sou testemunha
Pegando cavalo a unha
Para porem a ferradura.

Declamado

Passavam tropas e tropas pelo Passo da Mangueira
E na Estrada da Pedreira pouco adiante do boeirinho
O matador assassino e as facas carneadeiras
Parece até brincadeira que o tempo modificou
Que fim será que levou teus velhos dono figueira
Eu tenho até que teus donos à anos já faleceram
E os herdantes venderam para outros seus direito
Ficaste assim desse jeito cercada de vizinhança
Que fim levou as crianças e aquelas moça tão lindas
Recordo de tudo ainda e não me sai da lembrança.
Quem tu eras, quem tu és, oh figueira bonitona.
Zeca Paiva era o teu dono, a dona Alzira tua dona
Quantas vezes em tua sombra churrasquiei, toquei sanfona
E a evolução por vaidade transformou tudo em cidade, passou a ser cidadona.

Se eu pudesse eu te mudava
Pra um lugar de campo aberto
Para sentires de perto
As coisas de antigamente
Tu com toda essa beleza
E esse estranho ambiente
Não podes viver contente
Distante da natureza.

É isso mesmo figueira, tu és a recordação do meu velho passado.
Vamo encerrar gaiteiro.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Nascimento De Uma Nação


O filme é apresentado em duas partes divididas por um intervalo. A primeira parte apresenta duas familias pré-guerra: os abolicionistas do norte Stoneman, que consistem no congressista Austin Stoneman (baseado no real senador da reconstrução Thaddeus Stevens), seus dois filhos e sua filha Elsie; e os escravistas do sul Camerons, uma família que inclui duas filhas (Margaret e Dora) e três filhos, notavelmente Ben Cameron. Os garotos da família Stoneman fazem uma visita aos Cameron na propriedade deles do sul. O mais velho dos garotos da família Stoneman se apaixona por Margaret Cameron, e o garoto Ben Cameron idolatra uma fotografia de Elise Stoneman.

Quando a Guerra De Secessão começa, os garotos unem-se a seus respectivos exércitos. Uma milícia negra (com um líder branco) saqueia a casa dos Cameron, e quase desvirginam as garotas Cameron, que são salvas quando os soldados confederados derrotam a milícia. Enquanto isso, o mais novo dos garotos Stoneman e dois dos garotos Cameron são mortos na guerra. Ben Cameron é ferido e levado a um hospital do norte onde ele reencontra Elsie, que trabalha lá como enfermeira.

A guerra acaba e Abraham Lincoln é assassinado no Teatro Ford, permitindo que Austin Stoneman decida com outros congressistas radicais punir o sul pela secessão, deixando-os com a difícil tarefa de reconstrução.

A segunda parte começa descrevendo a reconstrução do sul. Stoneman e seu mulato guarda-costas Silas Lynch vão a Carolina do Sul para observarem pesoalmente os negros perderem seu poder por fraude nas eleições. Enquanto isso, Ben Cameron, inspirado observando crianças brincando de fantasmas, formula um plano para reverter a situação de perda de poder que os brancos sulistas estavam tendo devido a emancipação dos negros. Ele forma então a Ku Klux Klan, apesar de que seu ingresso no grupo deixa Elsie Stoneman enraivada.

Gus, um matador profissional, antigo escravo que sente atração por brancas, pede Flora Cameron em casamento de maneira rude. Ela foge para a floresta, sendo perseguida por ele. Encurralada num precipício, Flora prefere se suicidar a deixar um homem negro tocá-la.

Em resposta a esse incidente, a Ku Klux Klan caça Gus e lincha-o, deixando o corpo dele na calçada do tenente Silas Lynch. Em resposta, Lynch ordena um repressão ao Klan. Os Cameron, temendo a formação de uma nova milícia negra se escondem numa pequena cabana, lar de dois soldados da União, que concordam em ajudar os teoricamente inimigos sulistas a defender seu direito ariano, de acordo com a legenda.

Enquanto isso, com Austin Stoneman fora, Lynch tenta forçar Elsie a se casar com ele. Transtornados, homens do Klan descobrem a situação dela e vão em busca de reforços. Os homens da Ku Klux Klan, essa agora em plena força, vão salvar Elsie. Silmultaneamente, a milícia de Lynch cerca a casa de campo dos Cameron, mas são retaliados a tempo pelo Klan. Vitoriosos, os homens do Klan celebram nas ruas, e o filme mostra na próxima eleição o Klan saindo vitorioso sobre os votantes negros. O filme conclui com a dupla lua-de-mel de Phil Stoneman e Margaret Cameron e Ben Cameron e Elsie Stoneman.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bandeira Dos Fortes

Bandeira Dos Fortes

Os Serranos

Composição: Edson Dutra

Acorda Rio Grande desperta do sono
É descaso que fazem é grande o abandono
Pobreza nos trazem levando a riqueza
Não há pão na mesa perdeste o entono

Te espelha Rio Grande em passado de glória
São dados reais que a história ilustra
Os teus generais e farrapos briosos
Lutaram furiosos a causa era justa

Rio Grande Rio Grande o protesto está feito
Brasília devolva o que temos direito
Rio Grande Rio Grande batemos no peito
Devolvam devolvam o que temos direito

Levanta Rio Grande sacode tua gente
Que se humilha à toa e sofre calada
A causa é boa lutemos por ela
Entre a verde amarela a vermelha estampada
Meu canto Brasil
Está perene de fé
De conciliação e de democracia
Meu canto é a razão de quem vive sangrando
Mas não sei até quando eu suporto a sangria

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Devil's Hole / O Resgate de Montales


Na primeira aventura nosso herói recebe a incumbência do Comando dos Rangers de ir botar ordem na localidade mineira chamada Devil's Hole, onde, como o próprio nome diz, seus habitantes vivem um inferno criado por dois irmãos bandidos. Os xerifes são mortos sem piedade e até mesmo um dono de mina é alijado de sua propriedade. Na segunda aventura, intitulada O Resgate de Montales, Tex vai mais uma vez ao México, país naquele momento conturbado politicamente. O presidente Manoel Perez foi morto por usurpadores e o governador Montales foi destituído de seu cargo e preso na famigerada ilha Tiburon para ser torturado até que revele a localização do tesouro do Banco Federal do México, colocado sob sua guarda. Tex, o revolucionário Drigo e a belíssima Lupe Velasco enfrentam mil perigos e dezenas de inimigos na tentativa de resgate.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Alma Penosa

Alma Penosa

Teixeirinha

Composição: Teixeirinha

Naquela tarde de uma triste sexta-feira
Traumatizou o mundo tradicionalista
Quando ocorreu uma notícia verdadeira
Que na estrada tombava um grande artista.

Chorava os fãs, chorava o povo e a família
Chorou os colegas artista de profissão
Nos parecia uma mentira mas não era
Morria mesmo artista da tradição.

Para pedro, pedro para, para pedro
O José Mendes parou tragicamente
O rei dos pedros lá no céu abriu a porta
Pra vida morta do cantor de tanta gente.

Caiu a noite com o seu negro manto
Vestiu de luto a cidade e a coxilha
E aquela alma penosa como um pranto
Deixou o corpo como um herói farroupilha.

O José Mendes tombou com seus companheiros
A veraneio espatifou-se na estrada
Não teve tempo nos momentos derradeiros
De dar adeus a seu filhinho e sua amada.

Quanta tristeza, quanta dor, quanta saudade
Deixou o cantor que morreu ainda tão novo
Repousa o corpo lá no São Miguel e almas
Longe das palmas tão distante do seu povo.

Alma penosa quando para o céu rumou
Subiu penosa por deixar o seu filhinho
Os seus fãs e a mulher que ele amou
Nos braços dela o fruto de seu carinho.

Alma penosa lá no céu hoje descansa
Junto de Deus nosso pai que todos crê
A sanfoninha de oito baixos e o violão
Estão calados com saudades de você.

E os seus fãs que lhe amavam aqui na terra
Rezam por ti e compram suas gravações
Não voltas mais cantar no show e nem na festa
Só o que resta é ouvir sua canções.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Rio Selvagem

Um grupo de vaqueiros do rancho Big Sky está caçando cavalos selvagens na Sierra Madera, Texas, quando Tex chega bem a tempo de evitar um tiro que poderia significar a morte do garanhão líder do bando. Com manobras arriscadas, o grupo captura todos os cavalos e Tex acaba salvando a vida de Luke, o filho do dono daquelas terras, sendo imediatamente convidado a pernoitar no rancho.

Lá, o ranger conhece o Sr. Stoddard e sua nora Linda (casada com Luke) e toma conhecimento de uma história de família acontecida há anos e que estava por vir a tona: Clint Jackson, o assassino do irmão de Linda acabara de cumprir 10 anos de prisão em Yuma e, por motivo de bom comportamento, estava livre e chegaria a Rio Selvagem no dia seguinte. Tex nota o estranho comportamento daquelas pessoas (especialmente de Luke) e resolve manter as orelhas em pé.

Quando chega o trem, Clint Jackson já estava sendo esperado pelos vaqueiros do Big Sky, estes liderados por Valens. Começa então uma desleal seção de espancamento ao indefeso Clint, mas o que este não contava era com a providencial ajuda de Tex, que ajuda a derrubar a socos os sete vaqueiros mal intencionados.
Basta um olhar e uma conversa para Tex acreditar na inocência de Clint, que perdera 10 anos de vida pagando por um crime que não cometera e que agora estava decidido a limpar o seu nome e ir em busca de seu grande amor: Linda, a atual esposa de Luke!

Naquela mesma noite, enquanto Tex vai ao saloon da cidade molhar a garganta e sentir a temperatura do local, Linda recebe um bilhete de uma mulher dizendo que Clint a esperava no barracão para conversar. Então sela seu cavalo e vai encontrar-se às escondidas com o ex-presidiário, sem saber que tratava-se de uma armadilha.
Manobrado por Valens devido a fazer parte da folha de pagamento de Stoddard, o Xerife Walton cai numa emboscada e é friamente assassinado em frente à cabana de Clint para que este seja incriminado por assassinato.

Tex, que estava no saloon, suspeita da exagerada amigabilidade de Luke e resolve tirar a história a limpo, mas é aí que as encrencas realmente começam, coincidindo com uma "bomba" que chegava alardeante na cidade: o xerife Walton tinha sido assassinado por Clint, que fugira seqüestrando Linda.

A notícia corre de boca-em-boca na cidade e uma patrulha é rapidamente organizada para capturar e enforcar o suposto culpado. Tex rapidamente percebe a armação e corre à frente de todos para tentar encontrar Clint e Linda antes da massa enfurecida que, naquelas alturas, só queria fazer justiça com as próprias mãos. Mas Tex acaba chegando tarde demais, sendo ele próprio acuado pelos perseguidores implacáveis e, pior, sem chances de escapar sozinho da imensa enrascada que se metera.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cinzeiro Amigo

Cinzeiro Amigo

Teixeirinha

Cinzeiro amigo velho pedaço
De bronze
Tu guardas cinzas dos cigarreiros
Que fumei
Cinzeiro amigo não falas
Não és indiscreto
Me ouves ficas bem quieto
Não contas as vezes que chorei

Este cinzeiro meu amigo
Que te falo
É quem disfarça a minha
Triste solidão
Juntinho dele é que procuro
A esquecer
De quem magôou o meu pobre
Coração
Cinzeiro amigo em cada ponta
De cigarro
Reprisa a história tirada do
Peito meu
É um romance de tristeza e amargura
Que estou sofrendo por alguém
Que me esqueceu

Cinzeiro amigo na expressão
Mais comovida
Meu companheiro das noites
Que não tem fim
Quando a fumaça nos ares
Vai se perdendo
Estás sabendo que ela já
Esqueceu de mim

Talvez um dia ela lembre
Com saudades
Deste infeliz que lhe amou
E a bandonaste
E este crime tu vais ler
Na consciência que o meu amor
Era só teu e tu mataste
Cinzeiro amigo nas horas que
Estou mais triste os restos
De cigarros tu vais acomulando
Ela talvez um dia ela acomule a tristeza
E vai falar neste cinzeiro
Soluçando.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Marca Da Serpente


Depois de assaltar algumas minas, os bandoleiros de Valdez e Lotero se disfarçam de rurales para não deixar pistas. Em seguida, para desencorajar eventuais perseguidores, montam seu esconderijo num desfiladeiro em cuja saída rastejam centenas de víboras extremamente venenosas. Enquanto isso, no subterrâneo de um antigo mosteiro, o alquimista Sebastian usa os frutos dos assaltos para estudar uma fórmula que consiga transformar metais em ouro. Assim, mais uma vez Tex e Carson, que estão caçando os desperados, deverão pedir ajuda a El Morisco, o bruxo de Pilares.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Coronel Afonso Corte Real

Afonso Corte Real (Rio Pardo, 15 de novembro de 1805 — 11 de junho de 1840) foi um militar e revolucionário farroupilha. Nome completo Afonso José de Almeida Corte Real.

Filho do Capitão dos Dragões do Rio Pardo Francisco de Borja de Almeida Corte Real, morto em ação no Combate de Catalán, em 4 de janeiro de 1817, na primeira guerra contra Artigas.

Combateu na Guerra Del Brasil como cadete, participando da Batalha do Passo do Rosário, que resultou na independência do Uruguai.

Participou na Revolução Farroupilha, como um dos mais ativos combatentes e quando Bento Manuel Ribeiro aderiu pela primeira vez ao Império, foi feito coronel da Guarda Nacional e saiu em seu encalço com o cunhado major João Manuel de Lima e Silva. Era excelente soldado portando qualquer arma que fosse.

Participou de diversas ações como a Batalha do Seival. Foi preso da Batalha do Fanfa e levado ao Rio de Janeiro como prisioneiro. Recluso no forte de Santa Cruz fugiu um ano depois em companhia do Coronel Onofre Pires.

Foi morto aos 34 anos numa emboscada no arroio Velhaco, na casa da fazenda de Marcos Alves Pereira Salgado, por uma força imperial, comandada por João Patrício de Azambuja. Durante o tiroteio Corte Real reagiu e foi morto com um tiro na testa.
Está sepultado na catedral da cidade de Viamão.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Comandante Josiah Tattnall


Comandante Josiah Tattnall Jr. (14 de Junho de 1794 - 14 de Junho de 1871) foi um oficial da Marinha dos Estados Unidos durante a Guerra de 1812, a Guerra Mexicano-Americana, entre outras. Mais tarde serviu na Confederate Navy durante a Guerra De Secessão.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fim De Baile

Fim De Baile

Teixeirinha

Falado
Ela - “vamos aproveitar minha gente
Que o baile está chegando ao fim’
Ele - “aproveita que é a última marca
Que nós vamos tocar e depois
Nós vamos embora.
Tem uma moça, ali, bonita com os olhos acesos
Igual chifre de boi brazino
E, eu vou tirar ela prá dançar”
Ela: “aproveita’

O baile está terminando
Me castigando que triste hora
É doloroso deixar quem se adora
O baile está terminando
Chegando ao fim eu vou embora
Moreninha tão querida
Na despedida meus olhos choram

Ai, ai, ai, ai
Levo saudades da moreninha
Tão bonitinha foi o meu par
Eu vou chorar pela estrada afora

Passa as horas de repente
Quando a gente gosta de alguém
O baile está terminando a recém
Tomara que a luz apague
O circuito agora vem
Quero beijar a linda boquinha
Da moreninha que eu quero bem

Ai, ai, ai, ai
O baile é bom a noite é pequena
Adeus morena vou me despedir
Tenho que partir para muito além

Fim do baile é solidão
O meu coração já está chorando
Adeus minha moreninha até quando
Noutro baile voltarei
Meu amor fica me esperando
Sei que vou sentir saudade
Da felicidade com você dançando

Ai, ai, ai, ai
Quero trazer um par de aliança
Tenha esperança eu volto ainda
Morena linda eu estou amando.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A Cidade Sem Lei


Tex e Carson recebem, através do Comando dos Rangers, um desesperado pedido de ajuda do governador da Califórnia: "Pelo amor de Deus, libertem São Francisco dos bandidos que a dominam!" Depois da descoberta do ouro, a Califórnia se transformou na meca de todo aventureiro sem escrúpulos. Furtos e assaltos ocorrem à luz do dia, a Polícia está impotente diante dessa escalada da violência e ninguém sabe quem manda na cidade. Em sua primeira intervenção na cidade, nossos heróis terão que fazer o que nem uma centena de policiais conseguiu, colocar ordem em uma das maiores cidades americanas, onde bandos rivais se digladiam, todos querendo um pedaço maior da torta.

A Cidade Sem Lei, publicado em outubro de 2010 pela Mythos Editora. Texto de Giovani Luigi Bonelli, desenhos de Aurelio Galleppini, capa de Claudio Villa.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Morte Não Marca Hora


A Morte Não Marca Hora

Teixeirinha

Composição: Teixeirinha

Alô, alô amigos vamos ser realistas
Sabemos que a morte ela não marca hora
Aqueles que quiserem falar depois da vida
Terá que escrever fiz isto e canto agora
E como eu queria falar depois da morte
Então estou falando que eu já sou outrora
Dizendo adeus amigos meus fãs meus familiares
Meu coração parou já estou indo embora
Televisões e rádios vocês estão ouvindo
Também vêem minha foto em todos os jornais
Dizendo que eu morri e é pura verdade
O dono desta voz já não existe mais.

Aqueles que puderem venham em meu velório
Amigos e parentes meu fãs venham também
O último adeus eu quero de vocês
Será o maior presente que eu levo pro além
Será a última noite que eu passo com vocês
Deitado em minha caixa junto aos que eu quero bem
Não é preciso choro sorriam para mim
Responde meu silêncio, depois o padre vem
Encomendar meu corpo pra Deus lá no infinito
Depois peguem nas alças, carreguem o meu caixão
Me levem por favor pra última morada
Cantando a minha música de gaita e violão.

Quero que as duplas cantem, em dueto chore os aís
Quero um bom declamador, se não é pedir demais
Quero dois bons trovadores em dez minutos de rima
Enquanto o povo me atira todas as flores por cima
Não ponham-me na parede, quero o túmulo sobre o chão
Meu busto de bronze em cima, abraçado ao violão
O busto será mais tarde, fazer a família mande
Marque o lugar que descansa, o cantador do Rio Grande.

Aqui fica meu corpo minh’alma vai pro céu
Pagar os meus pecados se eu fui pecador
Se eu puder voltar espiritualmente
Quero fazer o bem ao povo sofredor
Aonde ouver crianças cuidando-as estarei
Curando as enfermas amenizando a dor
As que tiverem fome arranjarei o pão
Me ajude a fazer isso meu Cristo salvador
Cantores e cantoras também vou proteger
Cantar foi o que eu fiz quando na terra andei
Chame pelo meu nome quem precisar de mim
Se Deus me der licença consigo eu estarei.

http://www.youtube.com/watch?v=z5kT4wonZlc

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Francis Barretto Spinola


Francis Barretto Spinola (Stony Brook, Nova Iorque, 19 de março de 1821 – Washington DC, 14 de abril de 1891) foi o primeiro Luso-Americano a ser eleito para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, representando o Estado de Nova Iorque de 1887 a 1891. Serviu também como general no exército da União durante a Guerra De Secessão.

Francis Barretto Spinola era filho de João Leandro Spinola, um mercador português da Ilha da Madeira, e de Elizabeth Phelan (1790-1873), filha do Capitão John Phelan (1747, Waterford, Irlanda - 1827, Baltimore, Maryland), que serviu na Guerra da Independência, e da sua mulher Susanna Davis. A família Spinola, de nobres origens Genovesas, estabeleceu-se na Ilha da Madeira no fim do sec. XV, princípios do sec. XVI, como mercadores. Rapidamente misturou-se com a população residente, de modo que hoje em dia, provavelmente, a maioria dos Madeirenses deles descendem de uma maneira ou doutra. O apelido Barreto é de origem portuguesa. O facto do apelido Spínola ser de origem Italiana é certamente o foco dum mal-entendido generalizado, assumindo-se que o seu pai ou avô era Italiano, quando na realidade as raízes Italianas, embora genuínas, eram já então bastante remotas.

Spinola Nasceu em Stony Brook, Condado de Suffolk, Long Island, Nova Iorque. Frequentou a Quaker Hill Academy no Condado de Dutchess, Nova Iorque, sendo aprovado no exame de Direito antes de se estabelecer como advogado em Brooklyn, Nova Iorque. Foi depois eleito vereador no Second Ward em Brooklyn em 1846 e 1847, sendo reeleito em 1849, servindo durante quatro anos. Politicamente um Democrata, foi membro da assembleia estadual de Nova Iorque em 1855, servindo depois como membro do senado do Estado de Nova Iorque do 3º Distrito entre 1858–61. Foi também delegado na Convenção Nacional Democrata em 1860.

Estava como Comissário do Porto de Nova Iorque quando rebentou a Guerra De Secessão. Spinola juntou-se ao corpo voluntário do regimento de Nova Iorque, sendo designado oficial. Foi nomeado Brigadeiro-General de Voluntários em 2 de Outubro de 1862.
Spinola assumiu o comando da "Excelsior Brigade" de Nova Iorque (a Segunda Brigada, Segunda Divisão) a 11 de Julho de 1863, após a Batalha de Gettysburg, enquanto o Exército do Potomac lutava para preencher as vagas de oficiais criadas pelas baixas em combate. A brigada liderada por Spinola conduziu as tropas da União a 23 de Julho na Batalha de Wapping Heights perto de Warrenton, Virgínia, tendo sofrido 18 baixas, incluindo 2 oficiais. Spinola foi ferido na batalha, junto com dezenas dos seus homens. Foi honrosamente libertado do serviço militar em Agosto de 1865.

Após a guerra, Spinola tornou-se banqueiro e agente de seguros, tornando-se uma figura influente junto da rapidamente crescente comunidade imigrante Italiana de Nova Iorque. Representou o 10º Distrito de Nova Iorque na Câmara dos Representantes entre 1887–91, e morreu em funções em Washington, DC. Está enterrado no Cemitério de Green-Wood em Brooklyn, Nova Iorque. No seu tempo foi muito respeitado e apreciado, sendo considerado um dos aristocratas de Nova Iorque.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Guasqueiro E Domador

Guasqueiro E Domador

Mano Lima

Composição: Mano Lima

Toldei um bagual ruano que mal pisava o capim
Pingo de saltar esmagando se a volta viesse pra mim
Troteava olhando as chilenas, bufando e bem arregrado
Fui visitar uma morena, que conheci no povoado

Eu que vivo domando e lidando com corda forte
Sou guasqueiro e domador e pra o amor tenho sorte
Boleei a perna no rancho e ela estava na janela
Frouxei o bocal do ruano, atei e fui lá vê ela

Ela foi lá na cozinha e trouxe um mate bem cuiudo
Eu olhava aquelas mãozinhas e apertava com cuia a tudo
E ali tivemos mateando pensando em que conversar
Disse ele tá sentando o teu bagual vai escapar

Só que rebente o pescoço, a cabeça há de ficar
Vira o mate e aquenta a água que tá querendo esfriar
Corda que eu faço menina, não é com lonca de sapo
Potro que eu pego se amansa, senão a golpe lhe mato

Agora o ruano tá manso, já dei a segunda sova
Já trouxe a china pra o rancho, morar na querência nova
Nas madrugadas charruas levanto devagarinho
Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Segredo De Estado


Tex e Carson estão no México investigando o sequestro do engenheiro Lacroix, inventor de um novo modelo de submarino. Ao serem recebidos a bala por Macedo e seus bandoleiros, os dois rangers resistem bravamente e fazem Macedo prisioneiro. Este confessa que está a serviço de El Caribe, perigoso bandoleiro que se esconde na ilha de San Fernando, o cativeiro do engenheiro. Os dois amigos partem para a ilha, que só possui um ponto de acesso. Seu barco naufraga, Macedo morre e Carson é preso. A salvação para Tex é o encontro com o simpático Santiago, um velhote que vive numa gruta da ilha e que resolve ajudá-lo.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lendário Avô

Lendário Avô

Grupo Rodeio

Das vezes pressinto ao matear tua presença no galpão
Os teu arreios, todos aperos inté a cordeona de ti me faz recordar
Carne de ovelha, charque bem gordo
De trás da trempe um cepo pra ti descansar

Lembranças de quem tem origens pra lembrar
Avô campeiro meu galpão é teu altar
Estampa guapa velho lendário charrua
Tua história continua no meu Rio Grande a matear

La pucha o tempo é um domador do corcovear do coração
Barbaridade sinto saudade deste meu velho galponeiro e payador
Teu carreteiro, teus mandamentos
Fazendo falta pro teu neto mateador

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cartaz do 2º Encontro de Coleccionadores Bonelli da Fronteira Oeste em Uruguaiana, Rio Grande


Cartaz do 2º Encontro de Coleccionadores Bonelli da Fronteira Oeste em Uruguaiana, Rio Grande

Segundo Marcelo Tajes, responsável pela organização do primeiro encontro “Bonelliano” na cidade de Uruguaiana, Rio Grande realizado em Outubro de 2008, o Segundo Encontro “Bonelliano” da Fronteira Oeste, também se realizou este ano em Uruguaiana, nos dias 27 e 28 de Novembro, integrando a programação da 34ª Feira do Livro de Uruguaiana, realizada de 26 a 30 de Novembro na Praça Barão do Rio Branco.

Para publicitar este Segundo Encontro “Bonelliano” da Fronteira Oeste, foi realizado um belo cartaz, baseado num desenho da autoria do artista plástico Leopoldo Romero (também um grande fã e coleccionador de Tex), realizado especialmente para o evento e que retrata Tex chegando à “vila” de Uruguaiana, vendo-se ao fundo sobre o Rio Uruguai, a Ponte Internacional que liga a cidade de Uruguaiana à vizinha Paso de Los Libres, na Argentina.

O grande destaque deste segundo evento, será dado a Tex Willer, o nosso “Águia da Noite”, justiceiro implacável criado pelos italianos Gian Luigi Bonelli e Aurelio Galleppini e que iniciou a sua trajectória na fronteira entre os Estados Unidos da América e o México e 62 anos depois o Ranger e os seus companheiros rumaram para a fronteira com a Argentina, onde serão o centro das atenções e onde os aguardarão leitores de várias faixas de idade e classes sociais.

O evento contará com exposição de revistas, livros e desenhos para apreciação, troca e venda; encontro de coleccionadores de outras cidades (Allegrete, Santa Maria, São Pedro do Sul, São Borja); dossiê completo das personagens de banda desenhada da editora italiana Sergio Bonelli Editore; exposição de bonecos e estátuas das personagens do mundo de Tex; exibição do filme “Tex e o Senhor dos Abismos” e ainda vários outros itens chamados de “fora de série”.

O grande destaque deste segundo evento, será dado a Tex Willer, o nosso “Águia da Noite”, justiceiro implacável criado pelos italianos Gian Luigi Bonelli e Aurelio Galleppini e que iniciou a sua trajectória na fronteira entre os Estados Unidos da América e o México e 62 anos depois o Ranger e os seus companheiros rumaram para a fronteira com a Argentina, onde serão o centro das atenções e onde os aguardarão leitores de várias faixas de idade e classes sociais.

O evento contará com exposição de revistas, livros e desenhos para apreciação, troca e venda; encontro de coleccionadores de outras cidades (Allegrete, Santa Maria, São Pedro do Sul, São Borja); dossiê completo das personagens de banda desenhada da editora italiana Sergio Bonelli Editore; exposição de bonecos e estátuas das personagens do mundo de Tex; exibição do filme “Tex e o Senhor dos Abismos” e ainda vários outros itens chamados de “fora de série”.

Texto de José Carlos Francisco

domingo, 28 de novembro de 2010

Não Nego a Raça

Não Nego a Raça

Os Monarcas

Nasci gaúcho pras bandas lá do Uruguai
É macho disse o meu pai, não ha. de ser vagabundo.
Lá em soledade, velho chão hospitaleiro.
No dezoito de janeiro, boliei a perna no mundo.
Não sou famoso, mas não me vendo barato.
E seu ficar sem contrato pra mim a vida ta jóia
Por mixaria ninguém me tira dos forros
E afinal não sou cachorro que acoa a troco de bóia

Sempre agradeço ao velho pai numa prece
Aqueles que me conhecem tão sabendo que eu não minto
Da minha gente eu jamais neguei a raça
Não preciso de cachaça pra dizer tudo que eu sinto
Não tenho medo da língua de bagunceiro
Tenho deus por companheiro, conversa não me machuca.
Não me encarango com o sopro do minuano
Tenho sangue taquariano misturado com manduca

Mulher dengosa que quiser manear meus bastos
Pode até ganhar uns amasso, mas não ganha o coração.
Já levei tombo que me fez perder o rumo
Mesmo assim não me acostumo com o cabresto da paixão
Muitos me dizem: cuidado com o que tu falas
Mas por baixo deste pala tem um coração sincero
Se for bonita e andar procurando agrado
Se eu tiver desocupado não vou falar que não quero

sábado, 27 de novembro de 2010

Philip Henry Sheridan


Philip Henry Sheridan (* 6 de março de 1831 - † 5 de agosto de 1888); General do exército americano, participou da Guerra De Secessão e das Guerras Indígenas. Autor da frase "índio bom é índio morto", que tem como pano de fundo o genocídios de milhões de índios promovido por desbravadores norte-americanos durante a conquista do oeste.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Espírito Sulista arma-se na luta pela secessão

O Espírito Sulista arma-se na luta pela secessão

25 de março de 2008

Por Sérgio Alves de Oliveira *

Toma proporções de certo vulto o sentimento separatista no Sul do País. E o mesmo é
ocasionado, em grande parte, pela falácia federativa.
Esses sentimentos separatistas que buscam seccionar uma parte do território brasileiro para formar um novo Estado
Soberano manifestam-se, por enquanto, em círculos restritos, informais, principalmente nas longas trocas de idéias
realizadas durante a madrugada, ambiente onde normalmente o espírito solta-se com vigor dos grilhões que
normalmente o aprisionam na vida ativa. Mas o próprio leitor deste escrito poderia constatar a presença desse espírito
separatista. Bastaria, para tanto, fazer uma coleta de opiniões entre gente sulista que participa de suas próprias relações
privadas. Sem titubear, certamente a esmagadora maioria optaria pelo "sim". Tais fatos não podem ser desprezados.
Não se tratam de conversa oca de "desocupados" que vivem a magia que tem a madrugada. Eles merecem sólida
análise a fim de que possam surgir as suas razões mais profundas. A ausência de capacidade governamental para
bem gerir os destinos da nação reflete-se da maneira mais nítida nos Estados-membros e municípios, células da
organização política nacional. E não se trata aqui de mera injustiça no aquinhoar com recursos materiais e financeiros
essas entidades administrativas em desproporção à menor das riquezas produzidas, ou seja, de não retornar a própria
contribuído em índices correspondentes à origem. Trata-se, isto sim, das ''perdas" geradas pelos complicados caminhos
administrativos a que estão sujeitos tais recursos. Traia-se da "diluição", da "evaparação" rumo ao nada e, muitas vezes,
até de "embolsamento" ocorridos numa complexa máquina administrativa federal, onde são imensas as perdas da
riqueza gerada. Como explicar, a não ser por essa via, que normalmente o Estado-membro não recebe em retorno o que
efetivamente produziu? Porventura já vos teríeis se apercebido que se os recursos ficassem no local do fato gerador os
respectivos cofres públicos ficariam mais "cheios" para que pudessem atender as obras julgadas prioritárias pela
própria comunidade? Convém deixar o julgamento dessas prioridades a pessoas que talvez nunca tenham sequer pisado
no município? Porventura os Estados federados não estão muitas vezes abarrotados de obras que nunca pediram, de
vultosos custos e, ao mesmo tempo, ressentindo-se de obras que realmente necessitam e foram pedidas? Se
atentarmos para o problema finalístico do Estado e nos filiarmos à corrente que o Estado é meio e o homem o seu fim,
evidentemente se chegará à conclusão que o Estado deve ser moldado para servir o homem e não o contrário como
muitos pensam. Se o Estado não consegue atender a contento as necessidades e desejos humanos nos parece que o
próprio direito natural coloca nas mãos do homem a faculdade de refazer o Estado dentro desse objetivo. Portanto,
nenhum crime existe em buscar o bem-estar do povo de uma determinada região mediante o processo separatista, o
que é uma das formas admitidas em doutrina para refazer o Estado. E tanto isso é um direito que a própria história
registra inúmeras mutações havidas ao longo do tempo em outras nações. Se é tida como válida a emancipação de
municípios e de Estados-membros, qual o motivo de não se estender esse mesmo direito a regiões que desejam formar
um novo Estado soberano? Se é possível ao indivíduo, a qualquer momento, desligar-se das sociedades humanas, o
que é consagrado inclusive na Constituição, como deixar de reconhecer o direito de secessão? Certamente esses desejos
não dariam a sua presença marcante se as coisas estivessem trilhando bons caminhos, o que lamentavelmente não tem
acontecido. "Arrumar" a própria casa é bem mais fácil do que arrumar um todo onde são por demais limitadas as
ingerências. E é isso, em síntese, o pensamento que toma corpo no Sul, o qual quer arrumar-se a si mesmo
desesperançado de dias melhores e completamente descrente da classe política que tem infelicitado a nação. Esses
sentimentos são fortes no Sul, principalmente no Rio Grande, o qual, isolada ou conjuntamente com alguns outros
Estados que lhe são contíguos ao norte, forma uma região seccionanda por natureza. E parece mesmo que a própria
natureza encarregou-se de dar a essa região o direito de separar-se do restante do país, a qual limitaria, se fosse o caso,
com o restante do Brasil somente num lado, Nos demais limitaria com o oceano Atlântico e com outros países.
Circunstâncias geográficas aprisionam outros Estados como Minas Gerais ou Goiás, que ficam encravados no território
nacional, os quais, isoladamente, nunca poderiam sequer pensar em separar-se para formar novo país, o que não é o
caso de regiões que limitam com o oceano ou com outros países. Por sua vez o sul brasileiro tem a característica de
confrontar tanto com um quanto com outros. A separação porventura não seria obra que o destino lhe reservou? Se
investigar-se as causas mais fortes desses sentimentos que tomam conta do espírito sulista necessariamente se
chegará à conclusão que elas não residem em qualquer sentimento de incompatibilidade" com as populações de outras
regiões e que, ao mesmo tempo, a eventual secessão não se trata de um fim em si, senão de um meio através do qual a
gente sulista busca desenvolver as suas mais altas potencial idades. Outro fator causal; mais fácil é construir algo a
partir da estaca "zero" do que tentar reconstruir uma estrutura cheia de vícios e que tem imperado durante séculos de
história. Mas nessa mudança certamente estariam também presentes as mudanças necessárias na própria classe política,
pois de nada valeria independenciar o Sul e ao mesmo tempo manter os mesmos "representantes" do seu povo. Em
última análise isso não seria benéfico para as duas partes envolvidas no processo de secessão (seccionanda e
seccionada)? Para os respectivos povos? Com efeito, o fato de cultivar a idéia de que as ligações entre povos e regiões de
um determinado país devam ser perpetuas não passa de preconceito sem qualquer fundamento tanto de ordem jurídica
quanto de ordem moral, Tudo é válido em benefício do povo, mesmo que empregados os extremos recursos da
secessão. Outra regra que parece ser desígnio da natureza prende-se à circunstância que a afinidade (cultura, costumes,
tradições, hábitos, folclore, etc.) entre os povos de diferentes regiões dá-se mais em função da distância física que os
separa do que em função das fronteiras internacionais. Desse modo existe mais afinidade entre as populações de cidades
que fazem limite entre países do que entre cidades ou regiões do mesmo país que se distanciam por milhares de
quilômetros. o gaúcho, por exemplo, tem mais afinidade com o uruguaio ou o argentino do que com o brasileiro nortista
ou nordestino. Mas a afinidade que seu povo tem entre si é sólida. Por circunstâncias históricas e culturais talvez ela seja a
mais forte de todas. E essa comunhão de valores por si só já justificaria o desencadeamento do processo
seccionista. Mas à toda evidência não se trata aqui de "culpar" os outros e "absolver" o sulista pelos desgraçados rumos
que têm sido imprimidos ao País. Alguns sulistas já tiveram passagem pelo mais alto poder e estão entre os principais
responsáveis pelos descaminhos que empurraram o Brasil à beira do abismo. Nesse sentido não se pode falar em
"gaúchos" que passaram pelo poder, pois esses "gaúchos" nunca subiram ao poder com o apoio da sua própria gente,
ou seja, não foi o “sprit-de-corp” sulista que andou usurpando o verdadeiro poder e sim alguns traidores
que desonraram a sua própria gente. Não obstante o choque inicial que deve causar a idéia de independência de uma
parte do povo e território nacionais, essa faculdade tanto de ordem moral quanto política ou jurídica não pode ser levada a
título de absurdo. Portanto, ela seria perfeitamente sustentável, mesmo que não desejada como fim em si mesma e sim
como meio. No problema da formação, crescimento e fim do Estado, em primeiro lugar deve-se distinguir se trata do
surgimento do Estado como instituição política no seio da vida primitiva dos povos ou se trata do aparelhamento que deve
ter um Estado novo nas condições atuais de cultura e civilização, com todos os requisitos exigidos à sua existência. O
Estado representa um marco na evolução da sociedade humana. Ele nem sempre existiu. E numa sociedade já
constituída segundo os padrões normais de civilizado, o Estado pode aparecer de diversas maneiras. Pode ser pela
cisão, onde o Estado "reparte-se" para constituir dois ou mais Estados novos. Pode ainda ser, pela independência de
colônias que se separam do país mãe; pela fusão de dois ou mais Estados num só e, finalmente, pela secessão de uma
parte do território e população para formação de um novo Estado. Todos esses movimentos podem dar a sua presença por
várias razões. E dentre elas merecem destaque, a fim de ilustrar especificamente esta questão, a necessidade de
autonomia política e econômica e a união por fortes laços de interesses comuns. Para que um Estado se forme é
necessário a combinação dos seus três elementos componentes: território, população e governo. É preciso que haja uma
condição de afinidade entre esses três elementos e principalmente entre o povo. E a ordem jurídica, o direito, é o meio e
sustentação para surgimento do Estado novo. Dentre as teorias conhecidas que presidem o nascimento dos Estados
merecem destaque: o principio das nacionalidades, defendida por Mancini em 1851, para quem as populações ligadas
entre si por identidade de raça, de língua, de costumes, de tradições, formam naturalmente uma nação e devem ser reunidas
num mesmo Estado; a teoria das fronteiras naturais, segundo a qual o território é complemento indispensável da nação.
Atribui-se a Napoleão a afirmação de que a Europa de então só encontraria paz a partir do momento em que cada uma das
nações estivesse integrada nos seus limites naturais; teoria que os povos podem dispor livremente sobre o próprio destino,
pela qual a nacionalidade deve ser precedida do livre consentimento dos povos, tendo encontrado agasalho no Contrato
Social, de J.J. Rousseau, princípio consagrado inclusive pela Revolução Francesa e incluído na doutrina de Wilson, em
1919. Não resta qualquer dúvida que a secessão sulista encontraria amparo não somente em uma determinada teoria
das mencionadas porém em todas elas, principalmente na doutrina das fronteiras naturais e na teoria do livre arbítrio do
seu povo. As fronteiras do eventual novo Estado soberano foram-lhe dadas pela natureza: o oceano e outros países. O
desejo do povo, embora em estado embrionário, também dá a sua presença. E como foi dito esse desejo não se trata
de produto de qualquer incompatibilidade com os povos de outras regiões e sim a incompatibilidade com o sistema
político que tem gerido a nação, escolhidos pelo todo e para o todo, o qual a cada dia que passa mais desesperança e mais
finca suas desgraçadas raízes no poder. E não se pense nunca que esteja havendo questionamento sobre os governos de
"a" ou "b" e sim sobre o espírito que os têm norteado de maneira geral, usando "marcas" diferentes cuja única
finalidade é iludir e lançar a um futuro "próximo" que nunca chega soluções frustradas que vêm sendo experimentadas há
séculos. A esperança que nasceu nos anos 30 morreu em 64 e não foi "ressuscitada" com a pseudo "Nova República"
gerida pela contra-revolução.

(*) SÉRGIO ALVES DE OLIVEIRA é advogado Constitucionalista, autor de A
Independência do Sul (Martins Livreiro Editor – 1986).

http://www.patria-sulista.org

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Robert Gould Shaw

Robert Gould Shaw (Boston, 10 de Outubro de 1837 — Charleston , 18 de Julho de 1863) foi um coronel das forças federalistas dos Estados Unidos da América que se celebrizou como comandante do 54.º Regimento de Infantaria de Massachusetts, uma unidade de soldados voluntários negros, durante a Guerra De Secessão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Minha Terra

Minha Terra

Mano Lima

Composição: Apparício Silva Rillo

Sou uma cria da fronteira
Criado a leite de vaca
Eu fui templado ao rigor
Nem mesmo a gripe me ataca
Moro no meio do campo
Lá no capão do xiró
Tenho um cavalo amilhado
E gosto de viver só

Minha mãe uma chinoca
Que usava flor no cabelo
Me pariu a campo fora
Pra ser gaúcho e campeiro
Saiu esse queixo roxo
Há de cumprir sua sina
Sou taura e não cabresteio
Nem com sinuelo de china

Cresci como cresce um touro
Levantando terra e escarvando
Desde do ventre da minha mãe
Já saltei atropelando
Berrando grosso e bem forte
Sobre na costa do uruguai
Pois sou filho do rio grande
Me orgulho de ti meu pai.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nomes Da Guerra De Secessão

Nomes Da Guerra De Secessão

A Guerra Civil Americana tem sido conhecida pelos seus diversos nomes que refletem os diferentes aspectos históricos, políticos e culturais de diferentes grupos e regiões. Ao contrário de outras guerras civis, a Guerra Civil Americana não ocorreu por causa da luta de diferentes facções para o controle do governo de um país, mas sim, foi lutada para derrotar um movimento de secessão. Os combatentes, os exércitos e as batalhas da guerra também tiveram nomes distintos usados em tempos diferentes.

A Guerra

Os seguintes nomes são os mais usados nos Estados Unidos da América, ou foram muito usados. Elas estão listados em ordem decrescente de uso.
• Guerra Civil Americana: É facilmente o termo mais usado atualmente para descrever o conflito, tendo sido usado por uma grande maioria da mídia e dos historiadores dos Estados Unidos desde o início do século XX. O National Park Service, uma organização governamental criada pelo Congresso americano com o objetivo de preservar os campos de batalha da guerra, usa este termo. Nos Estados Unidos e no Canadá, dificilmente o termo Guerra Civil Americana é empregado, sendo ao invés disto, usado apenas Guerra Civil.
• Guerra Entre os Estados: Este termo nunca foi usado durante a guerra, mas foi criada imediatamente após a guerra por Alexander Stephens, que fora o Vice-Presidente dos Estados Confederados da América. Nortistas não gostaram deste termo por que rejeitavam a idéia que Estados estiveram lutando contra Estados. Os confederados, à época, acreditavam que sua nova nação estava lutando contra outra nação, e a população confederada certamente nunca acreditou que a guerra fora uma guerra entre os estados enquanto a guerra perdurava. Nortistas acreditavam que a União - a nação como um todo - estava pondo fim à uma rebelião. Após 1890, este termo tornou-se muito usado, sendo que parecia à época o menos provocativo, e foi o termo mais usado entre 1900 a 1940. O USMC War Memorial e o Cemitério Nacional de Arlington usam este termo.
• Guerra da Rebelião: Termo utilizado oficialmente pelo governo americano até 1900. Um derivado é Guerra da Rebelião Sulista.
• Guerra da Independência Sulista: Foi imensamente popular durante a guerra, sendo que seu uso, após a guerra, caiu drasticamente por causa da falha do Sul em conquistar sua guerra. Porém, tornou-se popular novamente no fim do século XX entre grupos de herança confederada, tais como a Liga do Sul e os Filhos de Veteranos Confederados.
• Guerra da Agressão Nortista: Este termo dá ênfase às reivindicações de grupos políticos confederados que o Norte invadiu efetivamente o Sul.
• Guerra da Secessão: Utilizado primariamente no Sul, sendo rara no restante do país, e rara em publicações americanas, embora seja por vezes usada em países de língua portuguesa.

Outros termos muito menos usados são Guerra em Defesa da Virgínia, Guerra do Senhor Lincoln, termos usados no Sul; e Guerra da Insurreição, Guerra para Salvar a União, Guerra para a Abolição e Guerra da Prevenção da Independência Sulista, termos usados no Norte.

Batalhas e exércitos:

Existe uma curiosa disparidade entre ambos os lados na nomeclatura de algumas das batalhas da guerra. No Norte, batalhas eram frequentemente nomeadas atrás de rios ou riachos localizados próximos ao cenário de batalha; no Sul, a nome da cidade mais próxima era usada. Alguns das diferenças mais comuns:

Nome Nortista
Nome Sulista

Primeira Batalha de Bull Run
Primeira Batalha de Manassas

Segunda Batalha de Bull Run
Segunda Batalha de Manassas

Batalha de Logan's Cross Roads
Batalha de Mills Springs

Batalha de Antietam
Batalha de Sharpsburg

Batalha de Pittsburg Landing
Batalha de Shiloh

Batalha de Fair Oaks
Batalha de Seven Pines

Batalha de Chaplin Hills
Batalha de Perryville

Batalha de Stone's River
Batalha de Murfreesboro

Batalha de Opequon Creek
Batalha de Winchester

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doze Condições para Edificar um País Forte

Doze Condições para Edificar um País Forte

03 de novembro de 2008

Por Jorge Ernesto Macedo Geisel *

Um país forte acolhe a todos sem distinções de cor, raça, religião, gênero ou de antecedentes nacionais, submetendo-os aos ditames da Lei nascida do exercício político decisório e fiscalizatório da sociedade, participativa localmente e com fiéis representantes legislativos de suas autonomias regionais, contempladas, outrossim, com suas representações políticas eleitoralmente proporcionalizadas no parlamento nacional.

Um país forte não é conseqüência de um domínio territorial extenso ou de suas riquezas naturais, mas da repercussão direta da democratização do conhecimento, do amor ao trabalho, da sua poupança financeira, da criatividade liberalizada na Economia e na Educação, pelo livre investimento e vontade de seu povo.

Um país é forte não em simples decorrência do nível de escolaridade de sua população, mas da sua capacidade em transformar conhecimento em tecnologia, trabalho e na iniciativa para a produção de riquezas e de bem-estar social correspondentes, sem ingerências governamentais.
Um país é forte não por um destino manifestado, mas pela opção preferencial pela riqueza, através da cooperação individual em sociedade de confiança, nas responsabilidades em face dos desafios públicos e privados.

Um país é forte, e indestrutível em sua integridade, quando a cidadania agrega valor à individualidade do homem e da mulher, estimulados à civilidade e ao civismo, pelas influências morais e espirituais, geradas com naturalidade, movidas pelas necessidades de uma sociedade de confiança.

Um país é forte, quando seu Estado não é considerado um fim em si mesmo. Mostra ser judiciosamente potente, se o seu servidor público não detém privilégios legais além daqueles concedidos ao próprio Contribuinte, que sustenta o Estado.

Um país é forte, se tem sua soberania respeitada como resultado da dissuasão, promovida pela firme consciência nacional do seu estável padrão moral coletivo, assim reconhecido internacionalmente.

Um país é forte, quando utiliza seus valores culturais autênticos como base de sustentação da educação contínua de sua população, da infância à velhice.

Um país é forte, quando consegue edificar um Estado cujas leis políticas permitam a liberdade eleitoral e partidária plena, em quaisquer esferas políticas subnacionais. Torna-se cada vez mais forte e coeso, quando é governado apenas por autoridades eleitas pelo mérito reconhecido pelo público, com remunerações e prazos de mandato ratificados diretamente pelos eleitores.

Um país é forte, quando a descentralização política permite, ao poder central, tempo e recursos suficientes para exercer com eficiência suas competências estratégicas, aquelas de articulação interna, defesa, relações exteriores, moeda e justiça constitucional; as múltiplas e restantes competências devendo, naturalmente, ser atribuições dos níveis sempre mais próximos do cidadão e previstas as revisões periódicas das leis mediante referendos, consultas e plebiscitos universais.

Um país é forte, quando não tem preocupações em se tornar o mais rico e o mais poderoso do Mundo. A população de um país feliz e forte é dotada daquelas virtudes da educação contínua na democracia e na livre busca pessoal da felicidade, limitada pela moral pública e por um mínimo de leis justas, claras e precisas.

Um país torna-se cada vez mais forte, quando é imune às tentações de produzir mais caro aquilo que pode comprar dos outros com vantagens; mas ele será mais feliz se encontrar caminhos próprios e criativos de auto sustentação econômica, com um mínimo de tributação, pelo controle de endividamentos externos e internos, respeitando contratos e a propriedade privada, estimulando a conservação sempre aprimorada de seu Meio Ambiente, levando em consideração a história e a beleza das paisagens, sendo o Indivíduo e a Liberdade, os polos de suas melhores atenções.

(*) JORGE ERNESTO MACEDO GEISEL é advogado no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=68

domingo, 21 de novembro de 2010

Winfield Scott Hancock


Winfield Scott Hancock (14 de Fevereiro, 1824 – 9 de Fevereiro, 1886) foi militar profissional dos EUA e candidato Partido Democrata dos EUA a presidente da república. Foi um dos mais destacados generais da União durante a Guerra De Secessão.

Winfield e o seu irmão gêmeo idêntico Hilary Baker Hancock nasceram em Montgomery Square, Pensilvânia. Em 1840, Winfield ingressou em West Point. Formou-se em 1844. Brevetado Segundo Tenente, foi designado para servir nos territórios indígenas, onde permaneceu até o início da Guerra Mexicano-Americana. Inicialmente, trabalhou como oficial de recrutamento em Kentucky, mas em 1847 consegui ser transferido para a frente de combate. Participou das batalhas de Contreras, Churubusco e Molino del Rey, sendo ferido em Churubusco e brevetado 1o. tenente pela coragem em combate. Participou ainda da expedição contra a milícia mórmon em Utah.

Em Setembro de 1861, com a irrupção da Guerra De Secessão, foi promovido a General de Brigada dos Voluntários. Tomou parte nas campanhas da Península e de Maryland. Em Sharpsburg, sucedeu o mortalmente ferido Israel Richardson como comandante da 1a. divisão do II Corpo do Exército de Potomac. Em Novembro de 1862 foi promovido a Major General. Lutou em Fredericksburg com distinção. Em Chancelorsville com elementos de três regimentos cobriu a frente inteira da sua divisão, enquanto o Exército de Potomac retirava-se através do Rio Rapahannock. A defesa contra pesados ataques confederados, executada em ordem aberta, foi considerada um exemplo clássico de operação defensiva.

Hancock chegou ao que se tornaria o campo de batalha de Gettysburg em 1 de Julho de 1863. Gal. Meade, comandante do Exército de Potomac concedeu lhe amplos poderes para organizar a defesa, o que foi realizado com grande habilidade. Ainda naquele dia, as tropas federais resistiram ao ataque des tropas de Richard Ewell no seu flanco direito. No dia seguinte, suas tropas debelaram uma tentativa de flanqueamento pela ala esquerda (Defesa de Little Round Top). No terceiro e último dia da batalha, o centro do Exército de Potomac, sob comando de Hancock, repeliu o famoso assalto da infantaria confederada sob James Longstreet, chamado de Pickett’s Charge. Lá recebeu um ferimento do qual jamais se recuperou totalmente. Pelo seu desempenho nessa batalha foram lhe dados agradecimentos do congresso , uma honra exepcional.

Winfield Hancock tomou parte importante na Campanha de Wilderness, lutando nas batalhas de Wildreness, Spotsylvania e Cold Harbor, entre outras. Em Spotsylvania, destacou-se na tomada do ponto de inflexão nas defesas confederadas conhecido como "Bloody Angle" (Ângulo Sangrento). Recebeu a promoção a Gal. de Brigada do Exército Regular. Em Novembro, uma abertura do seu antigo ferimento de Gettysburg afastou-no dos campos de Batalha até o fim da Guerra.

Testemunho de Ulysses Grant sobre Winfield Scott Hancock:

"Hancock representava uma das mais conspícuas personalidades entre os generais que não exerciam um comando separado. Comandou um corpo de exército por mais tempo do que qualquer outro, mas o seu nome jamais foi mencionado em conexão com qualquer erro em batalha pelo qual fosse responsável. Foi um homem de conspícua apresentação...Sua disposição genial deu-lhe amigos e a sua coragem pessoal e presença nos mais densos combates assegurou-lhe a confiança das suas tropas. Não importava quão duro era o combate, o II Corpo sempre sentia que seu comandante olhava por eles."

Em 1866 foi promovido a Major General do Exército Regular. Exerceu diversas funções no exército, sendo a última Comandante do Departamento Militar do Leste. Em 1880 foi nomeado candidato Democrata a Presidência, perdendo para James Garfield por uma das mais estreitas margens no voto popular de toda a história republicana. Morreu em 1886, em Governors Island, Nova Iorque.

sábado, 20 de novembro de 2010

Netto Perde Sua Alma



Netto Perde Sua Alma é um filme de 2001. É o primeiro filme dirigido por Tabajara Ruas e Beto Souza.

O roteiro é baseado no romance de Tabajara Ruas e adaptado por Fernando Marés de Souza, Lígia Walper, Beto Souza e Rogério Brasil Ferrari; a direção de fotografia é de Roberto Henkin; a direção de arte de Adriana Nascimento Borba; e a trilha sonora é de Celau Moreira. As locações foram realizadas no Rio Grande e no Uruguai, principalmente nos Pampas.

Antônio De Sousa Netto é um general que é ferido no combate na Guerra do Paraguai. Sua recuperação é no Hospital Militar de Corrientes, na Argentina. Lá ele percebe acontecimentos estranhos, como o capitão de Los Santos acusar o cirurgião de ter amputado suas pernas sem necessidade e reencontrar um antigo camarada, o sargento Caldeira, ex-escravo com quem lutou na Guerra dos Farrapos, ocorrida algumas décadas antes. Juntamente com Caldeira, Netto rememora suas participações na guerra e ainda o encontro com Milonga, jovem escravo que se alistara no Corpo de Lanceiros Negros, além do período em que viveu no exílio no Uruguai.

• Werner Schünemann .... general Netto
• Sirmar Antunes .... sargento Caldeira
• Anderson Simões .... Milonga
• Lisa Becker .... enfermeira Catarina
• João França .... capitão de Los Santos
• Laura Schneider .... Maria Escayola
• Márcia do Canto .... enfermeira Zubiaurre
• Arines Ibias .... Phillip Blood
• Fábio Neto .... embaixador
• Oscar Simch .... Ramires
• Nélson Diniz .... capitão Teixeira Nunes
• Letícia Liesenfeld .... Maria Luíza
• Araci Esteves .... sra. Guimarães
• Miguel Ramos .... padre Bandoleiro

Prêmios e indicações:

Festival de Gramado
• Ganhou quatro Kikitos de Ouro, nas categorias de melhor filme - júri popular, melhor montagem, melhor trilha sonora e prêmio especial do júri.

Festival de Brasília
• Venceu na categoria de melhor ator (Werner Schünemann).

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Chumbo Ardente


Tex e Kit Carson vão a uma pequena cidade, onde conhecem o xerife, um velho amigo da dupla, para arranjar um cavalo para Kit, o filho do ranger. Quando chegam lá, o xerife está em apuros, tentando evitar que Morgan Slattery, o "dono" da cidade (ele é responsável pelos principais negócios do local), enforque um homem que, em legítima defesa, matou um de seus capangas. Claro que os pards compram a briga, o que deixa toda a população amedrontada, pois Slattery usa todos os métodos possíveis para fazer vale a sua vontade, nem que isso signifique deixar uma trilha de corpos pelo caminho.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nheco Vari Nheco Fum

Nheco Vari Nheco Fum

Gaúcho Da Fronteira

"...E esta história dum casamento que se deu lá pra Muçum, seu..."

Vou contar dum casamento que eu fui lá pra Muçum
Da comadre nheco nheco e o compadre varifum
Nasceu um guri bem lindo
O problema era só um
Dar um nome pra esse quera, sobrenome nheco fum

nheco, nheco vari, nheco nheco nheco fum
nheco, nheco vari vari vari vari fum

De uma cruza de aragano misturada com xirú
Nasceu um gaiteiro bueno pra tocar num sururu
Sapecava uma acordeona sem escutar o zum zum
Mas quando ele abria o peito
Só se ouvia nheco nheco nheco fum

nheco, nheco vari, nheco nheco nheco fum
nheco, nheco vari vari vari vari fum

Este gaiteiro que eu falo é dos pagos de Vacaria
Em muito fandango bueno dancei ate vir o dia
Tocando e cantando assim ele arrumava guria
De tanto ouvi-lo cantar eu peguei a mesma mania

nheco, nheco vari, nheco nheco nheco fum
nheco, nheco vari vari vari vari fum

nheco, nheco vari, nheco nheco nheco fum
nheco, nheco vari vari vari vari fum

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os Rebeldes De Cuba


O jovem Matt Picard, filho de um amigo de Montales que trabalha no Ministério da Guerra dos Estados Unidos, é sequestrado pelos seguidores de uma seita misteriosa que pratica o culto da Santeria. Montales pede a Tex para acompanhá-lo a Cuba numa missão delicada e difícil, oficialmente não-autorizada: deverão pedir ajuda à resistência cubana, que combate uma guerra desesperada contra o impiedoso exército espanhol, para chegar à região selvagem onde o ambicioso e louco Rayado, que acredita ser a encarnação do deus Xangô, mantém o menino prisioneiro. Mas Tex e Montales, confundidos com espiões, serão forçados a se envolver na guerra de libertação.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Epopéia Farroupilha


Epopéia Farroupilha

Elton Saldanha

Retumba um bater de cascos, por planícies e coxilhas
É o meu Rio Grande do Sul que amanheceu Farroupilha
Na frente Bento Gonçalves com sua aura de bravos
Vem libertar esse povo que não quer mais ser escravo.

É Canabarro e Souza Neto
O Rio Grande é um coração, defendido com afeto
Esta horta varonil, de farrapos a pobreza
Vem lá do sul do Brasil, pra lutar contra a nobreza

Vamo de a cavalo indiada, chapéu tapeado bandeira na mão
Já esta chegando à hora da gente defender esse rincão
Viva, viva, viva o meu Rio Grande, Viva a Revolução.

Toca, toca, toca esse clarim
Toca pra se ouvir pelas coxilhas
Toca, toca, toca esse clarim
Amanheceu a epopéia farroupilha

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os Rebeldes Do Canadá



Dois primos – Roger e Pierre Goudret, o primeiro pastor, e o segundo matador – fomentam rebeliões supostamente nacionalistas no sul do Canadá, na fronteira com os Estados Unidos. As populações de origem francesa que habitam aquelas regiões procuram, a bem da verdade, se libertar do sufocante domínio britânico. Nos rastros dos dois Goudret, Tex e Jim Brandon se unem a uma divisão de casacas-vermelhas, que cai numa emboscada armada pelos rebeldes em um desfiladeiro.

domingo, 14 de novembro de 2010

A Proclamação da República Rio-grandense

A Proclamação da República Riograndense

12 de setembro de 2008

Por Darci Brondani *

Para nós gaúchos separatistas, dia 11 de setembro é uma data importante, comemora-se a proclamação da republica Rio Grandense. Após um ano de ''revolução'', os Farroupilhas entusiasmados pela vitória da batalha do Seival contra os brasileiros do Império Carioca de Pedro II, resolvem proclamar a independência do Rio Grande, como a única solução cabível.

O Coronel Antônio Fonseca de Souza Neto, a frente dos seus comandados fez a seguinte proclamação: "Camaradas! Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos a independência desta Província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre independente, com o titulo de republica Rio Grandense, e cujo manifesto ás nações civilizadas e fará competentemente!

Camaradas! Gritemos pela primeira vez: VIVA A REPUBLICA RIO GRANDENSE! VIVA O EXÉRCITO REPUBLICANO RIO GRANDENSE!"

Campos dos Meneses, 11 de setembro de 1836, Coronel Antônio Fonseca de Souza Neto.

Esse é pequeno trecho da Proclamação da Republica Rio Grandense, ocorrida no memorável 11 de setembro de 1836. Descendente de basco o General Neto, como era conhecido tinha alta estatura e cavalgava muito bem. A palavra Neto, que ele assimilou junto a seu nome, foi um apelido dado pelo seu avô. Na época da proclamação Neto tinha 35 anos de idade. Para a nova capital foi escolhida a cidade Piratini, recebendo ela o titulo de: "mui leal e patriótica".

A bandeira Rio Grandense foi criada pelo decreto de 12 de novembro de 1836, era quadrada. Foi criado também por decreto o Tope Nacional, com as mesmas três cores.

No dia 6 de novembro de 1836, data da posse do primeiro presidente da Republica Rio Grandense, após solenidade, houve uma missa na igreja de Piratini. Já neste dia, portanto 6 dias antes de assinar o decreto, a gloriosa bandeira Republicana foi desfraldada pela primeira vez nos braços de Joaquim Teixeira Nunes, que mais tarde seria um dos comandantes dos Lanceiros Negros. Criou-se logo a seguir os ministérios, câmara, o exército regular, escolas públicas, etc. Santa Maria ganhou sua primeira escola publica. Parece que Santa Maria já estava predestinada a ser um grande centro educacional. Então, aquela afirmação feita seguidamente por socialistas canhotos e comunistas de que "a revolução farroupilha" era um movimento de fazendeiros e latifundiários descontentes que não queriam pagar impostos ao Império é falsa.

O brasão da Republica, foi desenhado pela Maçonaria, que naquela época apoiava o movimento separatista do Rio Grande. Segundo eles, tais símbolos e alegorias tinham um significado. Durante a revolução federalista com a propaganda da republicana da época, fizeram eles modificações no brasão e o colocaram na bandeira atual, também chamada de falsa bandeira, pelos separatistas. O Hino Nacional Rio Grandense foi feito mais tarde, após a batalha de Barro Vermelho, em Rio Pardo.

Após a proclamação, a luta passou a ser separatista, que durou quase 10 anos. O MTG (movimento tradicionalista gaúcho) adotou o dia 20 de setembro como festa máxima do Rio Grande. Para nós separatistas a data mais importante é dia 11 de setembro. Os tradicionalistas (que não são separatistas, na maioria) adotaram o dia 20, pois neste dia não aconteceu nada de importante, e isto os coloca "em cima do muro". É o dia do gaúcho e do folclore da terra.

(*) DARCI M. BRONDANI é representante do Movimento O Sul é o Meu País em Santa Maria-RS