sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bugio Da Serra

Bugio Da Serra

Os Mirins

Eu vou embora pra minha terra
Eu vou agora subir a serra
Fazer as coisas que sempre fiz
Voltar pra lá e ser feliz

Vou ajeitar a minha velha bombacha
Que está guardada desde que saí de lá
As minhas botas, o meu lenço e o chapéu de barbicacho
E bem faceiro me pilchar

Quero sair bem cedinho a cavalo
Voltear as vacas, tirar leite e fazer queijo
Encher a alma de sereno e de ar puro
E rever os campos que à muito tempo eu não vejo

Vou encerrar uns terneiros na mangueira
Devagarito treinar uns tiros de laço
Porque a vida na cidade me tirou este prazer
Preciso treinar o meu braço

Vou lá pro mato traçar fogo numas grimpas
Para comer uma sapecada de pinhão
E beber toda a saudade que eu sentia
E tomar um porre de alegria e emoção

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Na Trilha Da Vingança


Ray Talberg pernoita numa velha, abandonada e sinistra missão no norte do Arizona, após perder o cavalo, onde é surpreendido pelo caçador de recompensas Mounty, que o acusa de matar uma mulher no Posto Comercial de Tascosa, e não adianta alegar inocência. Durante a conversa, são surpreendidos por três índios Apaches. Mounty abate os três índios; Ray foge e afugenta os cavalos.

O Xerife de Catalina pede ajuda ao Comando dos Rangers, Tex e Carson são enviados para resolver o caso. São colocados a par dos acontecimentos, que desencadeou o ódio dos Apaches e podem atacar colonos e cidades, o que também já levou o Exército a patrulhar a região.

Hondo chega na missão e encontra um guerreiro sobrevivente, que lhe conta quem é o culpado pela sua morte. Parte na pista dos fugitivos. Os Rangers também chegam na missão e reconstituem os fatos, restando um monte de perguntas sem respostas. Seguem as pistas deixadas no chão. Ray encontra um rancho para descansar e recebe hospitalidade.

Os Apaches atacam Mounty quando mata a sede num poço, mas ele consegue se refugiar numa garganta. O cerco se fecha, mas chega uma patrulha de soldados. Os índios entram em combate, até perceberem mais caras-pálidas chegando, levantando uma alta nuvem de poeira, e fogem. Chegam Tex e Carson, arrastando cactos e causando a poeira. Mounty, velho conhecido do Ranger, conta sua história. Tex desconfia, pois os índios deixaram a pista de Ray para seguir a sua e solta o braço contra o caçador. Mounty confessa que matou os índios, diante dos surpresos soldados.

Tex e Carson vão na pista de Ray, acampam no caminho e são surpreendidos pelos apaches ao amanhecer. Hondo diz que Ray é inocente e Mounty o assassino de Nahomi, sua irmã (ocorre aí um flash-back). Hondo liberta os dois heróis, mas afirma que caçará o assassino e executará a vingança Apache.

Os Rangers chegam ao rancho onde Ray dormiu, mas já partiu. Ficam sabendo do provável esconderijo, pois um dos irmãos esteve na cidade e ouviu o xerife falar do caso. E também Mounty já passou lá e está caçando Ray. Então partem apressadamente para salvar o inocente.

Em Pima, Mounty recruta três bandidos e vão ao rancho de uma garota, Bessie, por quem Ray é apaixonado. Após se certificarem de que está lá, atacam de surpresa, mas o rapaz consegue escapar ao primeiro ataque. Tex e Carson chegam e entram na fiesta. Espetacularmente, mostrando coragem e perícia, Tex manda dois bandidos para o inferno, montando um cavalo sem sela e arreios, diante de um preocupado Carson, cuja ótima pontaria se comprova num tiro certeiro em plena noite, a boa distância.

A dona do rancho, viúva Desmond, é feita refém por Mounty, que parte e promete abandoná-la na estrada. Na manhã seguinte, Tex e Carson iniciam a perseguição. Encontram a viúva deitada, completamente chocada com os acontecimentos.

Carson fica com a mulher e Tex vai em frente. Ali se depara com a terrível realidade da vingança apache, uma cena que vale a pena ser vista e revista por todos os texianos. E ainda falta estabelecer a verdade diante das autoridades, o que leva o famoso justiceiro a distorcer os fatos, evitando males maiores para os apaches e para todos os habitantes da região.

Textos de Nizzi, desenhos de Monti e capa de Villa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Primeira Vez

A Primeira Vez

Os Serranos

A primeira vez que eu vi você meu grande amor,
Não quiz acreditar e mesmo assim aconteceu...
A primeira vez que eu vi você...
O vento pela rua assobiava um chamamé...
A primeira vez que eu vi você,
Senti no seu olhar a luz do entardecer,
Aprendi sonhar antes de adormecer,
E a vida foi chegando de uma vez...

E, o amor se fez, quem me dera ter você mais uma vez...
E, o amor se fez, essas coisas só acontecem uma vez...
Pois quando o amor se vai,
A gente não esquece mais

Nasci nos olhos, dei um suspiro
O bem-me-quer se desfolhou
Vai batendo coração porque encontrei meu grande amor
Marquei o dia marquei a hora
No calendário que o amor fez
A estação da paixão, a minha primeira vez

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

MENSAGEM DA DIREÇÃO NACIONAL MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS

25 de dezembro de 2011
BOAS FESTAS E NOSSO CONVITE PARA A LUTA EM 2012

Ao finalizar este ano de 2011 nos colocamos diante de nossos simpatizantes, militantes e lideranças para agradecer pelo empenho, a garra e a perseverança com que se lutaram no ano que finda. Não tenhamos dúvidas que passos importantes foram dados nestes doze meses e temos certeza que só não fomos além por que efetivamente nos impediram força maior.

Ao mesmo tempo que avaliamos como muito profícuo este ano, já nos preparamos para vindouro. Temos metas ambiciosas para 2012, e mais do que nunca precisamos de toda força e energia daqueles que sonham e vivem a causa do Povo Sul Brasileiro. Uma das nossas mais importantes metas é a “Consulta Popular” que vamos realizar em 4 de agosto de 2012, onde pretendemos ouvir mais de 11 MILHÕES de cidadãos Sulistas sobre o status nacional e internacional que reivindicam frente ao estado brasileiro.

Para que esta ação se concretize temos que começar 2012 a todo vapor, pois precisamos estar presentes e com força total nas 48 maiores cidades do Sul. Parece uma tarefa fácil, mas não o é, pois há ainda muito a fazer, visto que em algumas destas cidades com mais de 100 mil habitantes sequer temos uma Comissão Municipal formada e atuante.

No ano vindouro serão consultadas através de pesquisa as populações dos seguintes municípios do Sul:
Paraná:
Município ........................nº
Hab.
1–Curitiba....................1 746 896
2- Londrina ....................506 645
3-Maringá ......................357 117
4-Ponta Grossa ...............311 697
5-Cascavel ......................286 172
6-São J. dos Pinhais ........263 488
7-Foz do Iguaçu ...............256 081
8-Colombo .......................213 027
9-Guarapuava .................167 463
10-Paranaguá .................140 450
11-Apucarana .................120 884
12-Toledo ........................119 353
13-Araucária ...................119 207
14-Pinhais .......................117 166
15-Campo Largo .............112 486
16-Arapongas .................104 161
17-Almir. Tamandaré ......103 245
18-Umuarama .................100 716

Rio Grande do Sul:
1-Porto Alegre ...............1 409 939
2-Caxias do Sul .................435 482
3-Pelotas ..........................327 778
4-Canoas ...........................324 025
5-Santa Maria ...................261 027
6-Gravataí ..........................255 762
7-Viamão ...........................239 234
8-Novo Hamburgo ...............239 051
9-São Leopoldo ..................214 210
10-Rio Grande ...................197 253
11-Alvorada .......................195 718
12-Passo Fundo ................184 869
13-Sapucaia do Sul ...........130 988
14-Uruguaiana ..................125 507
15-Cachoeirinha ...............118 294
16-Santa Cruz do Sul ........118 287
17-Bagé ...........................116 792
18-Bento Gonçalves ...........107 341

Santa Catarina:
1-Joinville ...........................515 250
2-Florianópolis ..................421 203
3-Blumenau ......................309 214
4-São José .........................203 384
5-Criciúma .........................192 236
6-Chapecó .........................183 561
7-Itajaí ...............................183 388
8-Lages .............................156 737
9-Jaraguá do Sul ...............143 206
10-Palhoça ........................137 199
11–Balneário Camboriú ......108 107
12-Brusque .......................105 495

Para que este trabalho resulte num sucesso e tenhamos condições de realizá-lo em conjunto em todas estas cidades, temos que trabalhar muito na organização local. Nossa maior intenção com estas ações é de uma vez por todas deixar comprovado a vontade soberana de autodeterminação da região Sul. Além disso, trata-se de dar prosseguimento a uma grande mobilização iniciada em setembro de 2011 e que culminará com um Plebiscito Consultivo em 2015, gerenciado por nossa instituição e auditado por observadores internacionais idôneos, bem como pela imprensa do interior de nosso Sul.

Assim, ao agradecer o esforço de todos em 2011, já estamos fazendo um chamamento para a luta em 2012, em especial a nossos simpatizantes, militantes e lideranças das cidades acima citadas.

BOAS FESTAS!
VENTUROSO 2012!

VIVA O SUL LIVRE!!!

Celso Deucher
Presidente Nacional Movimento O Sul é o Meu País

sábado, 24 de dezembro de 2011

Mateando E Pitando

Mateando E Pitando

Composição: João Argenir Dos Santos E Mario Nenê

De vez enquanto bate na idéia da gente uma vontade de
reviver o passado o pé na estrada visitar outro
vivente matar saudade que muito tem me judiado
Sorver um mate num rancho de um velho amigo,botar em
dia os assuntos do rincão falar de festa,baile xucro e
cantoria
são essas coisas que me alegram o coração

Refrão
Mateando e pitando,na beira do fogo,roncando uma
gaita,ponteando um violão o vento que sopra na quincha
do rancho provoca arrepios trazendo inspiração

penso la norte pelos caminhos que passo sou abençoado
quando vou e quando venho ajójo apreço quando recebo
um abraço chegando ao rancho desses amigos que tenho
essa cultura que irmana esses campeiros eternizando a
convivência do gaúcho Ser recebido no estilo
galponeiro num velho rancho onde o chique é não ter
luxo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Sangue Frio


A aventura começa com o major Owen Wingate e seus ajudantes, Te-nente Peters e seu parceiro índio Nantay numa inspeção de rotina em volta do Forte Grant. De repente Nantay os alarma avisando que viu um acampamen-to perto deles e que poderia ser bandidos. Ao chegar perto do acampamento o major pede para que os homens se identifiquem, com outra pergunta os homens respondem, mas o major já os reconheceu são Tex e Carson que vie-ram ao encontro deles, pois era o dia da aposentadoria do major Owen e de Nantay.

Chegando ao forte, o major é recebido por “vivas” de toda a cavalaria do forte, que o vieram saudar pelo seu último dia no forte.

Aprontados para a viagem Tex, Carson, Owen e Nantay saem do forte. Owen diz a Tex e Carson que eles vão para a Califórnia, onde comprara um rancho lá, perto de uma cidade chamada Federation. Após algum tempo de viagem os amigos de despedem e tomam destinos diferentes.

Já em seu rancho Wingate pede para Natay ir ao armazém. Chegando lá Nantay recebe as “boas-vindas” dos clientes do armazém-sallon. Terminado a briga Leroy chama Nantay para jogar cartas. Com o passar do tempo Nan-tay perde todo o dinheiro no jogo e não aceita. Os clientes começam outra briga na qual desfecha com a morte de Nantay crivado de balas.

Owen então pede ajuda a Tex e Carson para fazer justiça pela morte de Nantay. Com a chegada de Tex e Carson na cidade os bandidos armam uma armadilha para matar os dois rangers. Com o fracasso da armadilha, Tex vai ao encontro do xerife, vendo a irresponsabilidade do dele, Tex se intitula o novo xerife da cidade e informa aos cidadãos que veio para fazer justiça da morte de Nantay.

Vendo que Tex pode mudar a cidade os cidadãos lhe dão os nomes de quem estava presente no sallon no dia da morte de Natay. Então Tex e Carson partem na busca de justiça pela morte de seu amigo Nantay.

Roteiro de Mauro Boselli e desenhos de G. Lettèri. Capa de Claudio Villa.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

João Tatu

João Tatu

Gaúcho Da Fronteira E Tio Nanato

Cheguei num baile de rancho, tava frio, meio garoando
Rapariguedo gritaram: - Olha ai quem vem chegando
Me atirei nos braços duma e já saímos cavocando.

Cavoca aqui, cavoca ali cavoca lá
E eu nasci pra ser tatu meu negócio é cavocar.

Saí que nem burro torto desconfiado me cuidando
E as velhas que nem coruja pelos cantos me bombeando
E eu fazia que não via e continuava cavocando.

Dono do rancho gritou: - Gaiteiro pode ir parando
Que eu vou contar a mulherada se não tem uma faltando
Porque lá fora eu vi um vulto esquisito cavocando.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Máscara Do Terror


Perto da aldeia de Urso Silencioso, os dois heróis são atacados por índios sob as ordens do Agente Indígena, que age como capanga de luxo do Caveira. Escapam e chegam a aldeia, onde são colocados a par dos acontecimentos. E conhecem o Agente Charlie Ford.

No dia seguinte, a caminho do Forte Clark, os dois são novamente vítimas de uma emboscada e só se salvam devido a aparição miraculosa da Cavalaria. No Forte, se deparam com um comandante linha dura e um sargento simpático que lhes dá algumas pistas sobre um tráfico de armas na região. Tex e Carson partem para averiguar essa nova pista.

O Caveira é um sujeito misterioso, que usa uma máscara macabra para impressionar os índios e espalhar o terror nos homens brancos. Habita um fortim edificado numa pequena ilhota no centro de um lago, ligado a terra por uma ponte de madeira, pág. 42 de TEX-409.

O Caveira tem como plano principal destruir o Forte Clark e para isso precisa armar bem os seus guerreiros junto a um comerciante de Big Folk. Depois de conseguir informações sobre os traficantes e seu local de ação, Tex decide pela destruição das armas. A seqüência onde destrói o barco com as armas é muito bem feita, com toda a magia que antevemos na capa. E os Rangers pegam o responsável, Gil Baron, pela partida, para obrigá-lo a guiá-los ao covil. Baron entrega o jogo, na tentativa de acalmar os adversários e depois tentar uma escapatória, mas morre atingido por companheiros.

Eles armam novo plano para cima de Charlie Ford, sempre objetivando chegarem ao Caveira, mas a astúcia de um sujeito chamado Rufus surgiu para por tudo a perder e colocar novamente a vida dos nossos heróis em perigo.

A nova emboscada do cruel Charlie Ford resulta em Tex dado como morto ao cair num rio de fortes corredeiras e cheio de pedras, de onde ninguém conseguiu escapar antes; e Carson é preso. Mas o Ranger está vivo e pronto pra morder. Ao libertar Carson, deixa Ford estendido na neve.

Na fuga, deparam-se com lobos e são ajudados por um velho caçador conhecido como Francês, que habita uma caverna camuflada. Este demonstra-se conhecedor da região e do covil do Caveira, aceitando guiá-los e conduzí-los a ilhota por uma passagem secreta.

Sem esperar um ataque e pensando que Tex está morto, o Caveira não se previne e é tomado de assalto em seu próprio covil. Capturado, é levado para fora. Uma pena que na fuga, o enigmático personagem é atingido pelos próprios comandados.

Quando tira a máscara, Tex e os amigos se deparam com um ser macabro, totalmente queimado e carbonizado, (lembrei de El Muerto). Antes que morra, ouvem da sua boca a terrível história que culminou com todos os acontecimentos e indica o culpado de toda sua desgraça e dos seus planos de vingança.

Roteiro de Claudio Nizzi e desenhos de José Ortiz. Capa de Claudio Villa.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pedaços De Mim

Pedaços De Mim

Teixeirinha

Adeus morena querida
Adeus olhar matador
Adeus perfume de rosa
A mais delicada flor
Quem dá adeus vai embora
É isto que estou fazendo
Não fui feliz mas te amo
É triste partir querendo

Parto nesta madrugada
Por este mundo sem fim
Comigo vai a saudade
Tirando pedaços de mim

Sonhei o sonho mais lindo
De ser feliz nos teus braços
Mas o destino não quis
Que tu seguisse os meus passos
Dizer adeus é o que resta
O nosso amor não deu certo
Para não ver-te com outro
Não posso ficar por perto

Parto nesta madrugada
Não sei qual a direção
Caindo dentro de mim
Pedaços do meu coração

Adeus morena bonita
Aqui eu não fico mais
O nosso amor foi desfeito
Me vou chorando os meus aís
Os teus olhos também choram
Adeus morena geniosa
O espinho da roseira
É o defeito de uma rosa

Parto nesta madrugada
Despedaçado de dor
Depois de tanto maltrato
Só resta adeus meu amor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Collezione Storica a Colori de Tex vendeu a astronômica cifra de 27 MILHÕES de exemplares

A “Collezione Storica a Colori” (Colecção Histórica a Cores) agregada ao quotidiano “La Repubblica” e ao semanário “L’espresso” na Itália, terminou a longa maratona com o ducentésimo trigésimo nono volume publicado a 25 de Agosto de 2010. Tratava-se de uma proposta semanal iniciada no longínquo mês de Fevereiro de 2007 e foi uma iniciativa que obteve um sucesso entusiasmante e que permitiu aos leitores italianos desfrutar, no espaço de apenas quatro anos e meio, de toda a carreira do Ranger mais famoso e mais duradouro do mundo da banda desenhada, pela primeira vez a cores.

Era suposto ser apenas um “experiência” limitada a 50 números e que, em vez disso, motivada por um sucesso tão extraordinário quanto imprevisível, tornou-se um “encontro semanal” mais ou menos obrigatório para dezenas de milhares de leitores.

A colecção que reeditou todas as histórias da série principal de Tex marcou a introdução triunfal da cor no universo do nosso Ranger, uma “entrada” que, em doses assim maciças, nunca se tinha visto antes. Não foi fácil, para muitos leitores conseguirem completar com sucesso a série inteira, fosse pelo compromisso financeiro que a empreitada requereu, fosse para a obrigação de encontrar na própria habitação, um espaço suficiente para acolher uma espécie de “montanha de papel”. Mas, a oportunidade era realmente imperdível – mesmo única – e, profissionalmente, a Sergio Bonelli Editore não podia deixá-la fugir tal como os números finais (e oficiais) o provam.

Sabe-se hoje que a “Collezione Storica a Colori” (Colecção Histórica a Cores) ao longo dos seus 239 volumes vendeu um total astronómico de 27 MILHÕES de exemplares, o que dá uma média incrível de pouco menos de 113 MIL cópias vendidas a cada semana (a um custo unitário de 6,90€) e um facturamento incrível de 186 MILHÕES e 300 MIL EUROS.

Com estes números IMPRESSIONANTES os autores (ou os seus herdeiros em caso de morte) que realizaram as histórias de Tex ao longo destes 63 anos de vida editorial também tiveram fabulosos benefícios financeiros, isto porque a Sergio Bonelli Editore nos contratos com os seus autores prevê compensações financeiras aos seus argumentistas e aos seus desenhadores por cada vez que qualquer história seja republicada não somente pela Sergio Bonelli Editore nas outras reedições de Tex (Tex Tre Stelle, Tutto Tex, Tex Nuova Ristampa ou Tex Stella d’Oro) mas também nas reedições ocorridas em países estrangeiros ou para novas edições publicadas na Itália por outras editoras, como por exemplo a Mondadori ou esta doo grupo editorial Espresso-Repubblica.

Para os coloristas tal não se aplica. O “problema” não é “não querer pagar”, mas antes porque Sergio Bonelli não reconhecia esse trabalho dos coloristas como um contributo artístico-criativo, pois para o editor milanês recentemente falecido o céu era azul, a erva verde e o colorista devia pintar o azul no céu, o verde na erva e o amarelo na camisa de Tex…

Perante estes números elevados compreende-se hoje porque logo após o fim da “Collezione Storica a Colori” a Sergio Bonelli Editore e o grupo editorial Espresso-Repubblica lançaram a reedição, em “technicolor”, dos Tex Gigantes, colecção que traz prestigiosas assinaturas da banda desenhada italiana e até mesmo mundial e que actualmente continua a sair também com uma cadência semanal e ao que sabemos, continuando a superar todas as melhores expectativas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Nas Madrugadas

Nas Madrugadas

Os Monarcas

Quanta saudade do rincão
Onde nasci e me criei
Aprendi a tomar chimarrão
E a ser um gaúcho de lei

Por lá deixei uma paixão
Morena qual me apaixonei
Ou quando eu peço a sua mão
Se ainda me quer ainda não sei

E nas madrugadas eu pulava do colchão
Num dia de lida no ofício de peão
Saia campo a fora solvejando uma canção
E alegria tinha no meu coração

Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

E hoje então longe de lá
Lembro nela pego a cantar
Se eu chorei quando partir
Vou sorrir quando voltar

Gostar de gaita e violão
Faz parte desse meu viver
Dançar fandango de galpão
Na terra que me viu nascer

A galopito no alazão
Eu chego la no entardecer
E quero o gosto do batom
Dos lábios do meu bem querer

sábado, 17 de dezembro de 2011

Rebelde

Depois que os Estados do Sul tinham perdido a Guerra Civil, esse apelido era dado ao Norte e pelos Nortistas que chegavam ao Sul, por negócios, a todos aqueles cowboys do Texas que cantavam canções sarcásticas, zombando os burgueses da cidade, por sua concessão hipócrita da moral. O rancher Wilson S. Marshal sustentava a esse propósito em 1868: “Esses não têm o direito de chamar de Rebelde, qualquer cidadão dos Estados do Sul, porque os Estados do Sul não se rebelaram à União, mas valeram-se do direito reconhecido a cada Estado, ao acto de sua entrada na União, de poder retroceder a qualquer momento dela. Foi exactamente isso que fizeram os Estados do Sul, mas os Estados do Norte ignoraram por completo tal direito há seu tempo reconhecido. Diante do mundo, ficaram entrincheirados atrás da questão moral da Escravidão e obrigaram-nos com a força e com as armas a tornarmos membros da União. A guerra era então ilegal e contra o direito. Se nós somos Rebeldes, o somos contra a violação de tratamento, interferidos entre os Estados, segundo o direito das pessoas. Isso os Nortistas não deveriam esquecer, jamais”.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amizade De Gaiteiro

Amizade De Gaiteiro

Os Serranos

Boleia a perna amigo velho e te aprochegue
Amarre o pingo que o churrasco tá na brasa
Passe pra diante, puxe o cepo e vá sentando
Pois no meu rancho não precisa oh de casa
Golpeie um trago e tire a poeira da garganta
Enquanto encilho o meu verde chimarrão
Tua presença neste rancho companheiro

Faz corcovear de alegria o coração
Nossa amizade é crioula dos galpões
E campereadas no potreiro desta vida
Tua presença neste rancho hoje é festa
E minha família te agradece comovida
E essa visita de gaúcho que me fazes
Leva pra longe uma tropa de saudade
Tem o calor do guarda fogo galponeiro

E no teclado desta gaita te saúdo
E canto a ti esse verso bem campeiro
E essa emoção que toma conta do meu peito
Já faz vibrar a minha alma de gaiteiro
E este chote que te canto alegremente
E que o faço em tua homenagem
E um presente que te passo, amigo velho
Pra registrar por aqui tua passagem

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Uma Tarde Quente

















Textos de Nolitta e desenhos de Ticci

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Última Lembrança

Última Lembrança

Os Fagundes

Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida
Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus
Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida
De que meus lábios possam ter os lábios teus

Quando eu morrer permita Deus que nesta hora
Ouças ao longe o cantar da cotovia
Será minh'alma que num canto triste chora
E nessa mágoa o teu nome pronuncia

Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que dos versos fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos

Eu viverei no violão que a noite tomba
Ante a janela da silente madrugada
Eu viverei como uma sombra em tua sombra
Como poesia em teu caminho derramada

Nem mesmo o tempo apagará nossos amores
Que floresceram de uma ilusão febril e mansa
Quando eu morrer eu viverei nas tuas cores
Mas te levando em minha última lembrança

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O STF GOLPISTA

13 de dezembro de 2011

Sérgio Alves de Oliveira*

PIOR QUE UM GOLPE ARMADO, é o perpetrado em nome da lei. E mais grave ainda é quando essa norma legal é a própria Constituição e o golpista, segundo ela, deveria ser o seu guardião.

O mundo jurídico do país assistiu estarrecido o julgamento do Supremo Tribunal Federal determinado que no plebiscito tendente a dividir o Estado do Pará tivessem direito de votar os eleitores da área eventualmente remanescente. E “coincidentemente” nessa área remanescente encontrava-se a grande maioria dos eleitores do Estado. Não deu outra. Realizado o plebiscito em 11 de dezembro saiu vencedora a alternativa que negava a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. Assim manteve-se intacto o Estado, apesar de amplamente aprovada a divisão nas áreas emancipandas.

Ocorre que a emancipação de Estados novos está prevista no artigo 18 da CF, o qual preceitua que na consulta respectiva deverão ser ouvidos exclusivamente os eleitores DIRETAMENTE INTERESSADOS. E não é preciso nenhuma inteligência privilegiada para interpretar o dispositivo e concluir que os “diretamente interessados” são os eleitores das regiões emancipandas. Os da área remanescente do Estado-mãe não são diretamente interessados. Quando muito serão INTERESSADOS INDIRETOS.

A interpretação nova dada pelo Supremo foi a mesma coisa que afirmar que o azul é vermelho, ou vice-versa.

Interessante é observar que os requisitos para emancipação de Estados e Municípios são muito semelhantes. E sob o império dessa norma constitucional foram criados milhares de Municípios. Nunca, nunca mesmo, exigiu-se ou permitiu-se que votassem os eleitores que não tinham os títulos vinculados às áreas emancipandas.

Essa grotesca agressão aos direitos políticos dos eleitores de Carajás e Tapajós, sem dúvida não pode ficar por isso mesmo. Mas como essa agressão foi cometida pelo órgão maior da Justiça Brasileira atuando como instância originária, a quem recorrer?

Ora, os organismos internacionais, apesar de nem sempre confiáveis, possuem estrutura para avaliar fatos dessa gravidade. E mesmo que não se consiga reverter a situação, valeria no mínimo como denúncia de uma afronta à Constituição e aos direitos dos povos prejudicados. Talvez não tão graves como os crimes de guerra que são submetidos aos tribunais internacionais, mas pelo menos em número de “vítimas” a situação brasileira seria mais grave. Feriu-se o DIREITO DAS GENTES, que é muito mais grave que uma infração penal.

Não sei até que ponto a sociedade não estaria pagando um preço alto pela política de seleção dos membros dos tribunais superiores que são nomeados pelo Presidente da República quase de forma idêntica à nomeação de ministros (até o nome é igual) de governo, ou qualquer assessor de confiança. Onde fica a harmonia e independência dos Poderes preconizada por Montesquieu e adotada pela Constituição?

Também merece comentário o erro grotesco de parte da mídia ao se referir ao episódio do Pará como sendo um projeto SEPARATISTA, vulgarizando um significado muito mais grandioso. Separatismo é o mesmo que independentismo e só pode ser empregado quando se trata do desligamento de uma região de um país, tornando-se esta independente, autodeterminada, soberana, ou seja, um Estado Independente, um País, em toda a sua plenitude. As outras “separações” de estados e municípios na maioria das vezes só servem para criar mais empregos públicos, impostos e aumentar o poder de Brasília .

Creio até que o Pará deveria primeiro pensar em “cair fora” do Brasil, talvez em conjunto com alguns vizinhos, para depois organizar-se conforme a própria cabeça. “Carajás” e “Tapajós” ficariam para mais tarde. E esse bravo povo pode ter certeza que contará com o apoio do Sul, que já está executando esse projeto e que tem resguardo nas recentes pesquisas realizadas, lamentavelmente “escondidas” pela mídia comprometida com o Sistema.

Mas voltando ao Supremo. Aqui e agora acuso esse tribunal de ter “inventado” essa fórmula relativa à divisão do Pará para servir como pretexto, ou precedente jurisprudencial, colocando mais um óbice, obstáculo, ou “segurança” para obstaculizar a INDEPENDÊNCIA DO SUL. É claro, como aconteceu no Pará, que se o Brasil inteiro votasse num eventual plebiscito a proposta já nasceria derrotada.

*O autor é Sociólogo, Advogado, Membro Fundador do Gesul - Grupo de Estudos Sul Livre.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Massacre De Kalabah


Durante uma inspeção de rotina nas terras da reserva navajo, Tex encontra diversos pastores mortos de forma brutal. As pistas indicam que os criminosos são batedores indígenas de Forte Whipple, vestidos de soldados. Ao aprofundarem as investigações, Águia da Noite e seus parceiros descobrem que o comandante do forte, Coronel Moresby, criou um corpo de soldados indígenas para ajudar o Exército a manter a ordem nas reservas. Porém, esses "soldados" estão deixando que antigas rixas tribais influenciem sua atuação e o chefe dos navajos terá muito trabalho para acalmar os ânimos nas planícies quentes do Arizona.

Textos de Claudio Nizzi, desenhos de Vicenzo Monti e capa de Aurelio Galeppini.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pôster Tex Nuova Ristampa 171


Em nova ilustração saída do gênio criativo de Claudio Villa, vemos o preciso momento em que Tex Willer assiste em pleno cemitério indígena dos sioux, nas Blue Hills, chamado pelos índios como “a sagrada colina da glória”, ao gesto triunfal da vitória ocorrida momentos antes pelo capitão Richard Larrimer (nas vestes do “espírito mau das colinas“) contra Mahonga, o orgulhoso chefe dos sioux, que antes de morrer também acabou por ferir mortalmente o próprio capitão Richard Larrimer.

Desenho INÉDITO nos países lusófonos e inspirado na história “La freccia spezzata” de Guido Nolitta e Erio Nicolò (Tex italiano #261 e #262).

(Para aproveitar a extensão completa do pôster, clique no mesmo)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Loira Casada

Loira Casada

Os Bertussi

Domingo levantei cedo
Fui festa em São Sebastião
Me encontrei com uma loirinha
Que doeu no coração
Fiquei todo entusiasmado
Desde a hora em que eu lhe vi
Linda loira flor da serra
Da beira do Rio Caí

Quando eu vi esta donzela
Toda de vestido branco
Cabelo loiro ondulado
Bela flor cheia de encanto
Eu falei pro meu irmão
Isto foi na mesma hora
Se ela não topar comigo
Eu pego a gaita e jogo fora

Quando eu olhava pra ela
Ela me olhava e sorria
Até que eu fiz um sinal
De que ela correspondia
Quando eu vi que dava jeito
Fui com ela conversar
Que loirinha tão bonita
Que gaúcha de abafar

Eu cheguei, disse pra ela:
Não me faço de rogado
Eu gostei do teu jeitinho
Porque estou apaixonado
Ela foi me respondeu:
Sei o quanto estou errada
É que sou comprometida
É que eu já sou casada

E ela ainda me falou
Moço não pense mal de mim
Eu fiquei apaixonada
Desde a hora em que eu lhe vi
Moço você vá-se embora
Nunca mais fale comigo
Mas se eu não fosse casada
Eu ia embora contigo

E eu fui disse pra ela:
Não te esqueça o que eu te digo
Se tu não fosses casada
Eu te levava comigo
Mas agora eu vou-me embora
De ti nunca esquecerei
Vou-me embora desta terra
Volto aqui
Quando não sei

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Do Outro Lado Da Lei


Por ordem do governo americano, Tex e seus parceiros recebem a missão de desbaratar uma quadrilha de caçadores de peles que ergueu, em solo canadense, o Forte Whoop-Up e criou um vasto comércio clandestino de uísque adulterado com os índios da região. Para isso Tex e Carson se arriscam a entrar na aldeia do chefe sioux Ska-Wom-Dee para pedir a ajuda dele.

Texto de Nolitta, desenhos de Giolitti e Ticci. Capa de Claudio Villa.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor Del Alma

Composição: Honeide Bertussi/alfredo Jimenez

Porque te cansas da vida
Porque não entendes me amor
Porque pensar em traição
Se somos um coração
Amor que brota da alma
Com este que em mim brotou
Terá que ter um carinho
Que só Deus abençoou
Tu sabes que mim'alma
Viveu entre teus braços
A história de amor
Que eu tanto sonhei
Tu sabes que a muito me faz em pedaços
E em pensares que nunca te amei
Se às vezes muito choraste
Esqueças a tua dor
Atrás deixe o passado
Que a frente tens meu amor
Porque amor que brota da alma
Como este que em mim brotou
Terá que ter um carinho
Que só Deus abençoou
Tu sabes que mim'alma
Viveu entre teus braços
A história de amor
Que eu tanto sonhei
Tu sabes que a muito me faz em pedaços
E em pensares que nunca te amei

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Flor Da Morte


Um meteoro se espatifa numa planície desértica do Arizona, dando origem a uma cratera. Algum tempo depois, na mesma região, as estranhas mortes de alguns pastores da tribo hope despertam preocupações em seus companheiros. Perto dos cadáveres estão sempre exóticas flores vermelhas. Então, Tex, Carson e El Morisco são chamados para investigar algo que se transformará em um amargo pesadelo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Radicci


Afinal quem é o Radicci? O que é o Radicci? Este personagem foi criado em 1983, e tem algumas características bem marcantes. É um descendende de italiano que conquistou o público com seu temperamento forte, sua paixão pelo ócio e pelo vinho. Com uma roupagem regional, é um personagem universal . Um colono que faz sucesso pelo mundo como Hagar, Asterix, W. Bush, por exemplo.

Radicci é uma espécie de alter-ego dos imigrantes italianos e sua família é composta pela sua mulher, Genoveva, obstáculo entre ele e um garrafão de vinho e também espécie de Mamma italiana, pós máquina de lavar roupa. Além dela, existe o Guilhermino, o filho, que um verdadeiro contra-ponto ao pai. Enquanto o pai é um caçador convicto, Guilhermino é ecologista de deixar o pessoal do Greenpeace no chinelo. Estilhaço de Woodstock, amante do Rock and roll, suas posições políticas vão do vermelho Che Guevara até o verde maconha. Portanto, todos os ingredientes explosivos concentrados para embates com um pai conservador que acha que o único político que prestou no mundo foi Mussolini. Para completar, ainda tem o Nôno. Patriarca de todos, elo de ligação entre o passado, meio caduco e completamente esperto. Veterano da Segunda Guerra Mundial, foi piloto de caça, só não lembra para que lado. Tem uma moto e uma namorada e diz que ainda pilota.
Publicado nos maiores jornais da região, agora tenta se globalizar, pois afinal não existe nenhum lugar no mundo onde não se conheça um imigrante italiano.

A família do Radicci
A Famiglia Radicci, depois da Famiglia Sclorari é um exemplo acabado e escrachado da típica família italiana pós-moderna. Com a estrutura patriarcal de fachada comandada pela mulher, Zenoveva, também conhecida como Pentágono. Na marginalidade, Guilhermino, uma espécie de estilhaço de Woodstock e Nôno, o véio caduco. Ninguém sabe se ele é o Nôno da Zenoveva ou do Radicci. Nem ele.

Genoveva, obstáculo entre Radicci e um garrafão de vinho, é o maior libelo contra o machismo estúpido do gringo italiano e também espécie de Mamma italiana, pós máquina de lavar roupa.

Guilhermino, o filho, ecologista de deixar o pessoal do Greenpeace no chinelo. Estilhaço de Woodstock, amante do Rock and roll, suas posições políticas vão do vermelho Che Guevara até o verde maconha.

Nôno, patriarca de todos, elo de ligação entre o passado, meio caduco e completamente esperto. Veterano da segunda guerra mundial, foi piloto de caça, só não lembra para que lado. Tem uma moto e uma namorada e diz que ainda pilota.

Colônia
A colônia é o habitat desta colonada. Típica granja depois que o governo importou colonos da Itália em 1875. Terra extremamente produtiva. Dá de tudo graças as mãos laborosas e ao toque de caixa da Zenoveva. Em se plantando, tudo dá. Até confusão.

Iotti encontrou a fórmula para traduzir, em traços, a imagem de milhares de imigrates italianos. A história do Radicci, contada com fino humor, é antes de tudo um retrato fiel de um pedaço da nossa história.

Radicci é um imigrante italiano que vem parar no Rio Grande ainda criança, junto com seus pais, Giuseppe e Francesca, e sua irmã, Giovana. Aos tenros seis anos de idade – época em que, dizem os psicólogos, a personalidade se forma – Radicci caiu num barril de vinho. Talvez esteja aí a explicação de seu maior vício, ou melhor, de sua paixão por um bom tinto.

Ele cresceu, casou-se com Genoveva e teve um filho, Guilhermino. Iotti retrata um Radicci muito apegado à Itália e com um filho não entusiasmado pelas tradições da “Bota”. Muito pelo contrário. Em Guilhermino reinam, na mais completa harmonia, tendências punks, hippies e naturalistas, aliadas ainda às idéias de um estudante de Jornalismo especialista em “anatomia” (ciência muito bem embasada nas revistas de mulheres nuas).

Fácil notar porque Iotti conquistou o Rio Grande com seus personagens: ele soube sintonizar seus traços com os mais (aparentemente) singelos problemas cotidianos de uma Colônia Italiana e projetá-los nação afora. Qualquer um de nós há de se identificar com essa história.

Origens do Radicci!
Taí pra gente não mentir… o avó do Iotti já era a cara do Radicci… e ainda por cima fazia vinho! Tá tudo explicado gurizada… a inspiração do gringo veio do Leon Iotti!

Fonte: http://www.radicci.com.br/site/radicci

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Winfield Scott

Winfield Scott (13 de junho, 1786 - 29 de maio de 1866) foi um general do Exército Estadunidense, e candidato derrotado à sucessão presidencial pelo Partido Whig em 1852.

Conhecido como "Old Fuss e Feathers" e do "Grand Old Man do Exército", ele serviu na ativa como general mais do que qualquer outro homem na história norte-americanae, segundo alguns historiadores, o mais hábil comandante americano do seu tempo. Ao longo de sua carreira de 53 anos, ele comandou forças na Guerra de 1812 contra a Inglaterra, na Guerra Mexicano-Americana, e nas guerras indígenas e, principalmente, na Guerra De Secessão. Pelo lado da união e concebeu a estratégia conhecida como Plano Anaconda que seria usado para derrotar a Confederação. Ele serviu como Comandante Geral da Exército dos Estados Unidos durante vinte anos, mais do que qualquer outro.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Carcando Um Vanerão

Carcando Um Vanerão

Os Monarcas

Tascaram um grito vai ter baile na fronteira
Já há vespeiras junto ao rio beirando o rancho
Num bate coxa sempre tá a frota acionada
E eu to na estrada nem que seja de garancho
Um bem pro dito corcoveando um alazão
Um coração que era só teia de aranha
Tava ao seu lado de bandear pro horizonte
Me fui pra fonte e a fim de apalpar a Picanha

Já de vereda fui carcando um vanerão
Só no garrão pra fazer e acontecer
Firmei o pique numa branca de alambique
E já fisguei quem tem garrafa pra vender

Dancei na lenta pra não espantar o mulherio
Conheço o rio que tem piranha e que da pé
Eu sou do tempo que pé de valsa manhoso
Por ser nervoso não dança de marcha ré
Pra que boi na chuva apertando o barbicacho
Dono do cacho nunca precisei de ajuda
Só no que eu tenho vou costurando o sereno
Pois meu veneno sempre age na madruga

sábado, 3 de dezembro de 2011

Batalha De Fredericksburg

A Batalha de Fredericksburg foi travada de 11 a 15 de dezembro de 1862, dentro e em torno de Fredericksburg, na Virgínia, entre o Exército confederado da Virgínia do Norte, do general Robert Edward Lee e o Exército da União do Potomac, comandado pelo major-general Ambrose Everett Burnside. Os inúteis ataques frontais do exército da União, em 13 de dezembro, contra os entrincheirados defensores confederados posicionados no terreno elevado atrás da cidade é lembrado como uma das batalhas mais unilaterais da Guerra de Secessão, com as baixas da União sendo mais de duas vezes maiores do que as sofridas pelos confederados.

O plano de Burnside era o de atravessar o rio Rappahannock, em Fredericksburg, em meados de novembro e seguir na direção de Richmond, a capital da Confederação, antes que o exército de Lee pudesse detê-lo. Felizmente, os atrasos burocráticos impediram Burnside de receber a tempo as pontes flutuantes necessárias, e Lee deslocou seu exército para impedir a travessia. Quando o exército da União finalmente foi capaz de construir suas pontes e cruzar o rio sob o fogo cruzado, ocorreu o combate urbano nos dias 11 e 12 de dezembro. As tropas da União prepararam-se para atacar as posições defensivas confederadas ao sul da cidade e em um cume fortemente fortificado a oeste da cidade conhecido por Marye's Heights. A teimosia de Burnside em ter as suas tropas reunidas para iniciar o ataque colaborou para que os confederados posicionassem-se melhor para a batalha.

Em 13 de dezembro, a "grande divisão" do major-general William B. Franklin foi capaz de furar a linha defensiva do tenente-general confederado Stonewall Jackson ao sul, mas foi por fim repelida. Burnside ordenou que as grandes divisões dos majores-generais Edwin Vose Sumner e Joseph Hooker fizessem múltiplos ataques frontais contra a posição do tenente-general James Longstreet em Marye's Heights, sendo que todos eles foram repelidos com grandes perdas para a União. Em 15 de dezembro, Burnside retirou seu exército, pondo fim a mais uma campanha fracassada da União no Teatro oriental.

Em novembro de 1862, o presidente Abraham Lincoln precisava demonstrar o sucesso dos esforços de guerra da União antes que o público nortista perdesse a confiança em sua administração. Os exércitos confederados estiveram em movimento no início do outono, invadindo o Kentucky e Maryland, e embora cada um deles tivesse retornado, aqueles exércitos permaneceram intactos e aptos para executarem ações posteriores. Lincoln pediu para o major-general Ulysses S. Grant avançar contra o reduto confederado de Vicksburg, Mississippi. Ele substituiu o major-general Don Carlos Buell pelo major-general William Rosecrans, esperando por uma postura mais agressiva contra os confederados no Tennessee. E em 5 de novembro, vendo que a substituição de Buell não tinha estimulado o major-general George B. McClellan a entrar em ação, deu ordens para substituir McClellan no comando do Exército do Potomac, na Virgínia. McClellan havia barrado o avanço de Robert E. Lee na Batalha de Antietam, em Maryland, mas não tinha sido capaz de destruir o exército de Lee, nem de perseguir Lee no seu retorno para a Virgínia de uma forma mais agressiva como pretendido por Lincoln.

O substituto de McClellan era o major-general Ambrose Burnside, comandante do IX Corpo de exército. Burnside tinha criado uma reputação de um comandante independente, com operações bem sucedidas no início daquele ano no litoral da Carolina do Norte e, ao contrário de McClellan, não tinha ambições políticas aparentes. Porém, ele se sentia desqualificado para o posto de comandante de exército e objetou quando lhe foi oferecida a posição. Aceitou apenas quando lhe ficou claro que McClellan seria substituído de qualquer maneira, e que a alternativa para o comando seria a do major-general Joseph Hooker, de quem Burnside não gostava e não confiava. Burnside assumiu o comando em 7 de novembro.

Em resposta à insistência de Lincoln e do general em chefe, major-general Henry Wagner Halleck, Burnside planejou uma ofensiva para o final do outono. Comunicou seu plano para Halleck em 9 de novembro. O plano contava com movimentos rápidos e de surpresa. Burnside iria concentrar seu exército de uma forma visível perto de Warrenton, fingindo um deslocamento para Culpeper Court House, Orange Court House, ou Gordonsville. Então iria mudar repentinamente seu exército para a direção sudeste e atravessar o rio Rappahannock em Fredericksburg, na esperança de que Robert E. Lee permanecesse imóvel, sem saber das verdadeiras intenções de Burnside, enquanto o exército da União fazia um rápido movimento contra Richmond, ao sul, ao longo da ferrovia Richmond, Fredericksburg e Potomac a partir de Fredericksburg. Burnside escolheu este plano, porque achava que, se fosse diretamente para o sul, a partir de Warrenton, estaria exposto a um ataque pelos flancos efetuado pelo tenente-general Thomas J. "Stonewall" Jackson, cujo corpo de exército estava naquele momento no vale do Shenandoah, ao sul de Winchester. Burnside acreditava também que a ferrovia Orange e Alexandria seria uma linha de apoio inadequada. (Burnside foi influenciado também pelo plano de McClellan que começou a desenvolver um pouco antes de ser substituído no comando do exército. Sabendo que Lee havia bloqueado a ferrovia, McClellan considerava viável a rota através de Fredericksburg e ordenou a um pequeno grupo de cavaleiros comandado pelo capitão Ulric Dahlgren que investigasse as condições da ferrovia Richmond, Fredericksburg e Potomac.) Enquanto Burnside começava a montar uma base de suprimentos em Falmouth, perto de Fredericksburg, a administração de Lincoln mantinha um longo debate sobre a sensatez de seu plano, já que ele diferia da preferência do presidente por um movimento em direção ao sul, ao longo da ferrovia Orange e Alexandria e de um confronto direto com o exército de Lee, em vez do movimento centrado na cidade de Richmond. Lincoln relutantemente aprovou o plano em 14 de novembro, mas alertou seu general para se deslocar com grande velocidade, certamente duvidando de que Lee cooperaria com o plano de Burnside.

Burnside organizou seu Exército do Potomac em três então chamadas grand divisions, organizações que incluíam os corpos de infantaria, cavalaria e artilharia, compreendendo 120.000 homens, dos quais 114 mil estariam envolvidos na próxima batalha:
A Grande Divisão da Direita, comandada pelo major-general Edwin V. "Bull" Sumner, consistia do II Corpo de exército do major-general Darius N. Couch (as divisões dos brigadeiros-generais Winfield Hancock, Oliver O. Howard e William H. French) e do IX Corpo de exército do brigadeiro-general Orlando B. Willcox (as divisões dos brigadeiros-generais William Wallace Burns, Samuel D. Sturgis, e George W. Getty). Uma divisão de cavalaria sob o comando do brigadeiro-general Alfred Pleasonton foi anexada.
A Grande Divisão do Centro, comandada pelo major-general Joseph Hooker, consistia do III Corpo de exército do brigadeiro-general George Stoneman (as divisões dos brigadeiros-generais David B. Birney, Daniel Sickles, e Amiel Weeks Whipple) e o V Corpo de exército do brigadeiro-general Daniel Butterfield (as divisões dos brigadeiros-generais Charles Griffin, George Sykes, e Andrew A. Humphreys). Uma brigada de cavalaria sob o comando do brigadeiro-general William W. Averell foi anexada.
A Grande Divisão da Esquerda, comandada pelo major-general William B. Franklin, consistia do I Corpo de exército do major-general John Reynolds (as divisões dos brigadeiros-generais Abner Doubleday e John Gibbon e do major-general George Gordon Meade) e do VI Corpo de exército do major-general William F. "Baldy" Smith (as divisões dos brigadeiros-generais William T. H. Brooks, Albion P. Howe, e John Newton). Uma brigada de cavalaria comandada pelo brigadeiro-general George Dashiell Bayard foi anexada.
A Reserva, comandada pelo major-general Franz Sigel do XI Corpo de exército, estava na área de Fairfax Court House. O XII Corpo de exército, sob o comando do major-general Henry Warner Slocum, foi chamado de Harpers Ferry para Dumfries, Virgínia, para se juntar à força reserva em 9 de dezembro, mas nenhum desses soldados participou da batalha.
O Exército da Virgínia do Norte de Robert E. Lee tinha cerca de 85.000 homens, com 72.500 contratados. Sua organização do exército em corpos de exército foi aprovado por um ato do Congresso Confederado em 6 de novembro de 1862.

O Primeiro Corpo de exército do tenente-general James Longstreet incluía as divisões dos majores-generais Lafayette McLaws, Richard H. Anderson, George Pickett, e John Bell Hood, e do brigadeiro-general Robert Ransom, Jr.
O Segundo Corpo de exército do tenente-general Thomas J. "Stonewall" Jackson incluía as divisões dos majores-generais Daniel Harvey Hill e A. P. Hill, e dos brigadeiros-generais Jubal Early e William B. Taliaferro.
A Artilharia de Reserve sob o comando do brigadeiro-general William N. Pendleton.
A Divisão de Cavalaria sob o comando do major-general J. E. B. Stuart.

Os dois exércitos em Fredericksburg representaram o maior número de homens armados que já se defrontaram em combate durante a Guerra de Secessão.

Exército da União começou sua marcha em 15 de novembro, e os primeiros elementos chegaram em Falmouth em 17 de novembro. O plano de Burnside já começou a dar errado. Ele havia solicitado pontes flutuantes para serem enviadas à frente de combate e montadas para a sua rápida travessia do rio Rappahannock, mas por causa da péssima atuação administrativa, as pontes não chegaram antes do exército. Assim que o major-general Edwin Vose Sumner chegou, exigiu veementemente a travessia imediata do rio para que pudesse dispersar a força simbólica da Confederação de 500 homens na cidade e ocupar as posições no terreno mais elevado a oeste. Burnside estava ansioso, preocupado com que as chuvas do outono aumentassem o nível do rio e tornassem inviáveis os pontos onde se pudesse passar a pé ou a cavalo e que Sumner pudesse ficar isolado e ser destruído. Foi então obrigado a abrir mão de sua iniciativa e ordenou que Sumner aguardasse em Falmouth.

Lee, à princípio, achou que Burnside conseguiria cruzar o rio Rappahannock e que para proteger Richmond, deveria assumir a próxima posição defensiva ao sul, no rio North Anna. Mas quando viu como Burnside se deslocava lentamente (e como o Presidente da Confederação Jefferson Davis expressava reservas no planejamento de uma batalha tão próxima de Richmond), dirigiu todo o seu exército para Fredericksburg. Em 23 de novembro, todo o corpo de exército de James Longstreet havia chegado e Lee posicionou-o na colina conhecida como Marye's Heights, a oeste da cidade, com a divisão de Anderson na extrema esquerda, McLaws diretamente atrás da cidade, e Pickett e Hood à direita. Lee chamou Stonewall Jackson em 26 de novembro, mas o comandante do Segundo Corpo de exército já havia se antecipado e iniciou uma marcha forçada com suas tropas partindo de Winchester em 22 de novembro, cobrindo até trinta quilômetros por dia. Jackson chegou ao quartel-general de Lee em 29 de novembro e suas divisões foram mobilizadas para evitar que Burnside atravessasse o rio abaixo de Fredericksburg: a divisão de Daniel Harvey Hill dirigiu-se para Port Royal, trinta quilômetros rio abaixo; a divisão de Jubal Early posicionou-se vinte quilômetros rio abaixo em Skinker's Neck; a divisão de A. P. Hill, na casa de Thomas Yerby, "Belvoir", cerca de dez quilômetros a sudeste da cidade; e a divisão de Taliaferro ao longo da ferrovia Richmond, Fredericksburg e Potomac, 6 quilômetros ao sul, na Guinea Station.

Os barcos e equipamentos para uma única ponte flutuante chegaram a Falmouth em 25 de novembro, demasiado tarde para permitir que o Exército do Potomac atravessasse o rio sem oposição. Burnside ainda teve uma oportunidade, no entanto, porque até então ele estava enfrentando apenas a metade do exército de Lee, ainda não entrincheirados, e se ele agisse rapidamente, poderia ter sido capaz de atacar Longstreet e derrotá-lo antes de Jackson chegar. Mais uma vez ele desperdiçou sua oportunidade. O número total de pontes chegou ao final do mês, mas nessa altura Jackson estava presente e Longstreet estava preparando fortes defesas.

Burnside originalmente planejou atravessar seu exército a leste de Fredericksburg em Skinker's Neck, mas as canhoneiras federais foram alvejadas lá e os observadores baloeiros haviam reportado que as divisões de Early e D.H. Hill estavam nessa área. Agora, supondo que Lee tivesse se antecipado a seu plano, Burnside achou que os confederados haviam enfraquecido a sua esquerda e centro para concentrarem-se contra ele em sua direita. Então decidiu atravessar diretamente em Fredericksburg. Em 9 de dezembro, escreveu a Halleck, "Acho que agora o inimigo ficará mais surpreso com uma travessia imediatamente em nossa frente do que em qualquer outra parte do rio. Estou convencido de que uma grande força do inimigo está agora concentrada em Port Royal, sua esquerda descansando em Fredericksburg, que esperamos surpreender". Além de sua vantagem numérica no efetivo das tropas, Burnside também tinha a vantagem de saber que seu exército não seria atacado de forma eficaz. Na outra margem do Rappahannock, 220 peças de artilharia foram posicionadas na colina conhecida como Stafford Heights para evitar que o exército de Lee executasse qualquer contra-ataque importante.

Os engenheiros da União começaram a montar seis pontes flutuantes antes do amanhecer de 11 de dezembro, duas ao norte do centro da cidade, uma terceira no extremo sul da cidade, e três mais ao sul, perto da confluência do Rappahannock com o Run Deep. Os engenheiros que construíam as pontes bem em frente à cidade ficaram sob o fogo dos franco-atiradores confederados, principalmente os da brigada do Mississippi, do brigadeiro-general William Barksdale, no comando das defesas da cidade. A artilharia da União tentou desalojar os atiradores, mas as suas posições nos porões das casas tornavam o fogo de 150 espingardas praticamente ineficaz. Finalmente, o comandante da artilharia de Burnside, o brigadeiro-general Henry Jackson Hunt, convenceu-o a enviar grupos de desembarque de infantaria a bordo de canhoneiras para garantir uma pequena cabeça de ponte e derrotar os atiradores. O coronel Norman J. Hall ofereceu sua brigada para esta tarefa. Burnside de repente ficou relutante, recriminando Hall, na frente de seus homens, dizendo que "o esforço significava a morte para a maioria dos que fossem realizar a viagem". Quando seus homens responderam ao pedido de Hall com três vivas, Burnside cedeu. Às três horas da tarde, a artilharia da União iniciou um bombardeio preparatório e 135 soldados de infantaria do 7º de Michigan e do 19º de Massachusetts lotaram os pequenos barcos. Eles atravessaram com sucesso o rio e se espalharam em uma linha de escaramuça para eliminar os franco-atiradores. Embora alguns dos confederados tenham se rendido, a luta prosseguiu rua após rua através da cidade até que os engenheiros completassem as pontes. A Grande Divisão da Direita, de Sumner, começou a atravessar o rio às 16:30 horas, mas o grosso de seus homens não cruzou até 12 de dezembro. A Grande Divisão do Centro, de Hooker, atravessou em 13 de dezembro, usando as pontes norte e sul.

O ataque aos edifícios da cidade por tropas da infantaria de Sumner e pelo fogo de artilharia a partir da travessia do rio deu início ao primeiro grande combate urbano da guerra. Os artilheiros da União lançaram mais de 5.000 projéteis contra a cidade e as colinas a oeste. Ao cair da noite, quatro brigadas de tropas da União ocupavam a cidade, que eles saquearam com uma fúria que não tinha sido vista na guerra até então. Este comportamento enfureceu Lee, que comparou suas depredações com as dos antigos vândalos. A destruição também irritou as tropas confederadas, muitas das quais eram virginianas nativas. Muitos do lado da União também ficaram chocados com a destruição infligida a Fredericksburg. As baixas civis foram extraordinariamente poucas em meio a tanta violência generalizada; George Rable estima não mais do que quatro mortes de civis.

As travessias do rio ao sul da cidade, pela Grande Divisão da Esquerda, de Franklin, foram muito menos cansativas. As duas pontes foram concluídas até as 11 horas do dia 11 de dezembro, enquanto as cinco baterias de artilharia da União protegiam os engenheiros do fogo dos franco-atiradores. Franklin recebeu ordem às quatro horas da tarde para atravessar o rio com todos os seus comandados, mas apenas uma única brigada foi enviada antes de escurecer. As travessias foram retomadas na madrugada e foram concluídas à 1:00 da tarde de 12 de dezembro. No início de 13 de dezembro, Jackson ordenou que as divisões sob os comandos de Jubal Early e D.H. Hill, posicionadas rio abaixo, se juntassem à sua principal linha defensiva ao sul da cidade.

As instruções verbais de Burnside em 12 de dezembro esboçaram um ataque principal realizado por Franklin, apoiado por Hooker, no flanco sul, enquanto Sumner fazia um ataque secundário no norte. Suas ordens reais em 13 de dezembro soaram vagas e confusas para seus subordinados. Às cinco horas da tarde de 12 de dezembro, ele fez uma inspeção rápida ao flanco sul, onde Franklin e seus subordinados o pressionaram a dar ordens para um ataque definitivo pela manhã executado pela grande divisão, assim eles teriam tempo suficiente para posicionar suas forças durante a noite. No entanto, Burnside se mostrou relutante e a ordem não chegou a Franklin até as 7:15 ou 7:45 da manhã seguinte. Quando ela finalmente chegou, não era o que Franklin tão esperava. Ao invés de ordenar um ataque com toda a grande divisão de quase 60.000 homens, era para Franklin manter seus homens em posição, mas deveria enviar "uma divisão, pelo menos", para apossar-se do terreno elevado (Prospect Hill) em torno de Hamilton's Crossing, era para Sumner enviar uma divisão através da cidade até Telegraph Road. Burnside aparentemente esperava que esses ataques fracos pudessem intimidar Lee, fazendo com que ele se retirasse. Infelizmente, Franklin, que originalmente defendia um ataque vigoroso, escolheu interpretar a ordem extremamente conservadora de Burnside. O brigadeiro-general James Allen Hardie, que entregou a ordem, não se assegurou de que as intenções de Burnside tivessem sido compreendidas por Franklin, e as imprecisões no mapa com relação à rede rodoviária tornaram essas intenções pouco claras. Além disso, a escolha de Burnside do verbo "apossar-se" era menos vigorosa na terminologia militar do século XIX do que uma ordem para "capturar" a colina.

Franklin ordenou ao seu comandante do I Corpo de exército, o major-general John Reynolds, que selecionasse uma divisão para o ataque. Reynolds escolheu sua menor divisão, cerca de 4.500 homens comandados pelo major-general George G. Meade, e atribuiu à divisão do brigadeiro-general John Gibbon apoiar o ataque de Meade. Sua divisão de reserva, sob o comando do major-general Abner Doubleday, deveria cobrir o lado sul e proteger o flanco esquerdo entre a estrada de Richmond e o rio. A divisão de Meade começou a se deslocar às 8:30 horas da manhã sob uma densa névoa, que não se dissiparia antes das dez horas, com a divisão de Gibbon seguindo a sua direita, na retaguarda. Inicialmente elas marcharam paralelamente ao rio, virando à direita para cobrir a estrada de Richmond, onde começaram a ser atingidas pelo fogo da Artilharia Montada da Virgínia sob o comando do major John Pelham. Pelham começou com dois canhões, um canhão obus de campanha de 12 cm "Napoleon" e um Blakely, mas continuou com apenas um após o último ter sido desativado por fogo de contrabateria. "Jeb" Stuart mandou dizer a Pelham que ele deveria se sentir livre para retirar-se de sua posição perigosa a qualquer momento, a que Pelham respondeu: "Diga ao general que eu posso manter minha posição". A Brigada de Ferro (anteriormente sob o comando de Gibbon, mas agora liderada pelo brigadeiro-general Salomão Meredith) foi enviada para enfrentar a artilharia a cavalo confederada. Esta ação foi principalmente conduzida pelo 24º Regimento de Infantaria de Voluntários do Michigan, um regimento formado por soldados recém-alistados que havia se juntado à brigada em outubro. Após cerca de uma hora, as munições de Pelham começaram a escassear e ele se retirou. O general Lee observou a ação e comentou sobre Pelham, um jovem de 24 anos, "É glorioso ver tamanha coragem em alguém tão jovem". A vítima mais proeminente do fogo de Pelham foi o brigadeiro-general George Dashiell Bayard, um general de cavalaria mortalmente ferido por um projétil quando estava de reserva perto do quartel-general de Franklin. As principais baterias de artilharia de Jackson tinham permanecido em silêncio no nevoeiro durante essa troca, mas as tropas da União logo começaram a receber o fogo direto de Prospect Hill, principalmente de cinco baterias dirigidas pelo tenente-coronel Reuben Lindsay Walker, e o ataque de Meade foi barrado cerca de 550 metros de seu objetivo inicial por quase duas horas por estes combinados ataques de artilharia.

O fogo de artilharia da União foi suspenso quando os homens de Meade avançaram, por volta de uma hora da tarde, em direção às forças de Jackson, de cerca de 35.000 homens escondidos na colina arborizada na frente de ataque de Meade. Sua formidável linha defensiva tinha uma falha imprevista. Na linha defensiva da divisão de A.P. Hill, uma porção triangular da floresta que se estendia além da ferrovia era pantanosa e coberta com vegetação rasteira espessa e os confederados tinham deixado uma lacuna de 550 metros lá entre as brigadas dos brigadeiros-generais James Henry Lane e James J. Archer. A brigada do brigadeiro-general Maxcy Gregg ficou posicionada cerca de um quarto de milha atrás dessa abertura. A 1ª Brigada de Meade (do coronel William Sinclair) ingressou na brecha, subiu o aterro ferroviário, e virou à direita pelos arbustos, atingindo a brigada de Lane no flanco. Seguindo imediatamente atrás, a sua 3ª Brigada (do brigadeiro-general Conrad Feger Jackson) virou à esquerda e atingiu o flanco de Archer. A 2ª Brigada (do coronel Albert L. Magilton) surgiu em apoio e misturou-se com as brigadas na liderança. Como a abertura na defesa confederada aumentou com a pressão nos flancos, milhares de homens de Meade atingiram o topo da colina e avançaram contra a brigada de Gregg. Muitos desses confederados estavam com suas armas empilhadas, enquanto estavam sob o fogo da artilharia da União e não esperavam serem atacados nesse momento, desse modo foram mortos ou capturados desarmados. Gregg à princípio confundiu os soldados da União com tropas confederadas em fuga e ordenou que seus homens não disparassem sobre eles. Enquanto ele andava a cavalo com destaque na frente de suas linhas, o Gregg parcialmente surdo não podia ouvir os federais que se aproximam ou as balas voando em torno dele. Foi baleado na medula espinhal, e morreu dois dias depois.

As divisões de reserva confederadas, as divisões dos brigadeiros-generais Jubal Early e William B. Taliaferro, deslocaram-se para onde estava ocorrendo a luta, por trás da posição original de Gregg. Inspirados por seu ataque, os regimentos de Lane e as brigadas de Archer se reuniram e formaram uma nova linha defensiva na brecha original defensiva. Agora, os homens de Meade recebiam fogo dos três lados e não conseguiram suportar a pressão. Feger Jackson tentou ainda atacar pelo flanco uma bateria confederada, mas depois que seu cavalo foi baleado e teve de prosseguir a pé, foi baleado na cabeça por uma rajada e sua brigada retirou-se, sem liderança (o coronel Joseph W. Fisher logo substituiu Jackson no comando).

À direita de Meade, a divisão de Gibbon estava preparada para avançar à uma hora da tarde, e o brigadeiro-general Nelson Taylor propôs a Gibbon que complementasse o ataque de Meade com uma carga de baionetas contra a posição de Lane. Porém, Gibbon declarou que isso violaria suas ordens, e assim, a brigada de Taylor não avançou até 1:30 da tarde. O ataque não teve o benefício de explorar uma brecha na defesa, nem os soldados da União tinham qualquer cobertura florestal para proteger seu avanço, sendo assim, o progresso foi lento sob o fogo pesado da brigada de Lane e da artilharia confederada. Seguindo imediatamente Taylor estava a brigada do coronel Peter Lyle, e o avanço das duas brigadas foi interrompido por uma parada antes de chegarem à ferrovia. Comprometendo a sua reserva às 1:45 da tarde, Gibbon avançou sua brigada, sob o comando do coronel Adrian R. Root, por entre os sobreviventes das duas primeiras brigadas, mas logo foram obrigados também a interromperem o avanço. Finalmente, alguns dos federais atingiram o topo da colina e tiveram algum sucesso durante o combate corpo-a-corpo. Os homens de ambos os lados haviam esgotado suas munições e recorreram às baionetas e coronhadas, e até mesmo fuzis sem munição com baionetas foram jogados como se fossem dardos. Porém, eles foram forçados a recuar através do aterro ferroviário juntamente com os homens de Meade à sua esquerda. O ataque de Gibbon, apesar das pesadas baixas, falhou em não possibilitar a Meade um avanço temporário.

Após a batalha Meade queixou-se que alguns dos oficiais de Gibbon não tinham exigido rapidez suficiente. Mas sua frustração fundamental foi com o brigadeiro-general David B. Birney, cuja divisão do III Corpo de exército havia sido designada para também apoiar o ataque. Birney alegou que seus homens haviam sido submetidos ao fogo intenso de artilharia assim que eles se reuniram, que ele não entendeu a importância do ataque Meade, e que Reynolds não tinha ordenado que sua divisão avançasse. Quando Meade galopou para a retaguarda para atacar Birney com uma sequência de palavrões ferozes que, nas palavras de um tenente da equipe, "quase causaram arrepios nas pedras", ele foi finalmente capaz de ordenar ao brigadeiro para avançar sob sua própria responsabilidade, mas guardou ressentimentos por semanas. Nesse momento, porém, já era tarde demais para realizar qualquer outra ação ofensiva.

A divisão de Early começou um contra-ataque, liderado inicialmente pela brigada da Geórgia, do coronel Edmund N. Atkinson, que inspirou os homens das brigadas do coronel Robert Hoke, do brigadeiro-general James J. Archer, e do coronel John M. Brockenbrough a avançar à frente para além das valas da ferrovia, forçando os homens de Meade da floresta a um recuo desordenado, seguidos de perto pelos homens de Gibbon. As ordens de Early para suas brigadas eram para perseguir o inimigo em fuga para o mais longe da ferrovia, mas em meio ao caos muitos mantiveram a pressão sobre os campos abertos até a estrada velha de Richmond, onde eram alvos mais fáceis para o fogo da artilharia da União. Os confederados também foram atingidos pelo avanço tardio da brigada de Birney, comandada pelo brigadeiro-general J. H. Hobart Ward. Birney seguiu com as brigadas dos brigadeiros-generais Hiram Gregory Berry e John C. Robinson, que interrompeu o avanço rebelde que ameaçava fazer com que a União recuasse até o rio. Qualquer avanço adicional confederado foi dissuadido com a chegada da divisão do III Corpo de exército do brigadeiro-general Daniel Sickles à direita. O general Burnside, que por esta altura estava focado em seus ataques contra Marye's Heights, estava consternado por seu ataque do flanco esquerdo não ter conseguido manter o sucesso obtido no início do dia. Ordenou então para Franklin "avançar à sua direita e em frente", mas apesar de repetidas súplicas, Franklin recusou, alegando que todas as suas forças estavam ocupadas. Isso não era verdade, uma vez que todo o VI Corpo de exército e a divisão do I Corpo de exército do brigadeiro-general Abner Doubleday haviam permanecido a maior parte do tempo inativas, sofrendo apenas algumas baixas do fogo de artilharia confederada, enquanto aguardavam na reserva.

Os confederados retiraram-se de volta para a segurança das colinas ao sul da cidade. Stonewall Jackson considerou a possibilidade de efetuar um contra-ataque a cavalo, mas a artilharia federal e a escuridão iminente o fizeram mudar de ideia. A descoberta fortuita da União havia sido desperdiçada, porque Franklin não deu respaldo à conquista de Meade com alguns dos vinte mil homens que estavam na reserva. Nem Franklin nem Reynolds tiveram qualquer envolvimento pessoal na batalha, e estiveram indisponíveis para seus subordinados no momento crítico. As baixas de Franklin foram cerca de 5.000 homens em comparação com os 3.400 de Stonewall Jackson, demonstrando a ferocidade dos combates. As escaramuças e os duelos de artilharia continuaram até o anoitecer, mas não aconteceram ataques adicionais importantes, enquanto o centro da batalha deslocou-se para o norte, para Marye's Heights.

No extremo norte do campo de batalha, a divisão do brigadeiro-general William H. French, do II Corpo de exército preparou-se para avançar, sujeita ao fogo de artilharia confederada que estava sem uma boa visão em decorrência do nevoeiro que cobria a cidade de Fredericksburg. As ordens do general Burnside para o major-general Edwin Vose Sumner, comandante da Grande Divisão da Direita, foi a de enviar "uma divisão ou mais" para tomar o terreno elevado, a oeste da cidade, assumindo que o seu ataque ao extremo sul da linha de defesa confederada seria a ação decisiva da batalha. A avenida da abordagem era difícil, principalmente pela existência de campos abertos, mas interrompidos por casas dispersas, cercas e jardins que iriam restringir a circulação das linhas de batalha. Um canal situado cerca de 180 metros a oeste da cidade, atravessado por três pontes estreitas, exigiria das tropas da União que se agrupassem em colunas antes de prosseguir. Cerca de 550 metros a oeste de Fredericksburg ficava uma colina baixa conhecida como Marye's Heights, elevada cerca de doze a quinze metros acima da planície. (Embora popularmente conhecida como Marye's Heights, era composta por várias colinas separadas por ravinas, de norte a sul: Taylor's Hill, Stansbury Hill, Marye's Hill, e Willis Hill.) Perto do topo da parte da montanha compreendendo Marye's Hill e Willis Hill, uma via estreita e sinuosa, a Telegraph Road, conhecida após a batalha como Sunken Road, estava protegida por um muro de pedras de cerca de um metro de altura, reforçado em alguns lugares com parapeitos e abatises, tornando-se uma posição perfeita para a infantaria defensiva. O major-general confederado Lafayette McLaws inicialmente tinha cerca de 2.000 homens na linha de frente da Marye's Heights e havia um adicional de 7.000 homens em reserva no topo da elevação e atrás da colina. Toda a artilharia tinha uma cobertura quase ininterrupta da planície abaixo. O general Longstreet tinha sido assegurado por seu comandante de artilharia, o tenente-coronel Edward Porter Alexander, "General, nós cobrimos esse terreno agora tão bem que vamos passa-lo a pente fino. Uma galinha não poderia viver nesse campo quando iniciarmos o ataque."

O nevoeiro dispersou em torno das dez horas da manhã e Sumner deu a ordem para avançar uma hora depois. A brigada de French, sob o comando do brigadeiro-general Nathan Kimball, começou a se deslocar ao meio-dia. Eles avançaram lentamente através do fogo de artilharia pesada, atravessaram o canal em colunas sobre as pontes estreitas, e posicionaram-se em linha, com as baionetas caladas, por detrás da proteção de um escarpado raso. Em uma linha perfeita de batalha, eles avançaram até a encosta barrenta, até serem detidos a cerca de 115 metros do muro de pedras por repetidas rajadas de rifles. Alguns soldados foram capazes de chegar à uma distância de 35 metros, mas tendo sofrido pesadas baixas ocasionadas pelo fogo de artilharia e de infantaria, os sobreviventes permaneciam deitados. Kimball foi gravemente ferido durante o ataque, e sua brigada sofreu vinte e cinco por cento de baixas. As brigadas de French, sob o comando dos coronéis John W. Andrews e Oliver H. Palmer seguiram, com baixas de quase cinquenta por cento.

A ordem original de Sumner era para que a divisão do brigadeiro-general Winfield Hancock desse apoio a French, e Hancock enviasse sua brigada, sob o comando do coronel Samuel K. Zook, na retaguarda da de Palmer. Eles encontraram um destino semelhante. Em seguida estava a sua brigada irlandesa, sob o comando do brigadeiro-general Thomas Francis Meagher. Por coincidência, eles atacaram a área defendida por colegas irlandeses do 24º de Infantaria da Geórgia, sob o comando do coronel Robert McMillan. Um confederado que viu as bandeiras regimentais verdes se aproximando gritou: "Oh Deus, que pena! Aí vêm os companheiros de Meagher". Porém, McMillan exortou seus soldados: "Deem-lhes agora, rapazes! Agora é a hora! Deem-lhes!" A última brigada de Hancock era liderada pelo brigadeiro-general John C. Caldwell. Comandando seus dois regimentos do lado esquerdo, o coronel Nelson A. Miles sugeriu para Caldwell que a prática de marchar em formação, atirando, e parando para recarregar as armas, fazia dos soldados da União alvos fáceis, e que uma carga de baionetas caladas seria eficaz na execução da missão. Caldwell negou a permissão. Miles foi atingido por uma bala na garganta quando liderava seus homens a menos de trinta e cinco metros do muro de pedras, onde estavam encurralados, como já havia ocorrido anteriormente com seus predecessores. O próprio Caldwell foi logo a seguir atingido por duas balas e colocado fora de ação.

O comandante do II Corpo de exército, major-general Darius N. Couch, estava perplexo com a carnificina sofrida por suas duas divisões na hora da luta e, assim como o coronel Miles, percebeu que a tática não estava funcionando. Inicialmente considerou executar uma carga maciça de baionetas para dominar os defensores, mas assim que analisou a linha de frente, logo percebeu que as divisões de French e de Hancock não estavam em condições de avançar novamente. Ele então planejou para sua última divisão, comandada pelo major-general Oliver O. Howard, uma movimentação para a direita, na tentativa de envolver a esquerda confederada, mas ao receber pedidos urgentes de ajuda vindos de French e Hancock, ele mandou que os homens de Howard se dirigissem para o mesmo lugar onde se encontravam os predecessores. A brigada do coronel Joshua Owen seguiu na frente, reforçada pela brigada do coronel Norman J. Hall, e, em seguida, dois regimentos da brigada do brigadeiro-general Alfred Sully. O outro corpo de exército na grande divisão de Sumner era o IX Corpo, e ele enviou uma de suas divisões, sob o comando do brigadeiro-general Samuel D. Sturgis. Após duas horas de luta desesperada, quatro divisões da União tinham fracassado na missão para a qual Burnside havia originalmente atribuído a apenas uma. As baixas foram pesadas: o II Corpo perdeu durante a tarde 4.114 homens, a divisão de Sturgis 1.011.

Enquanto o Exército da União dava uma trégua, Longstreet reforçou sua linha de modo que houvesse quatro fileiras de soldados de infantaria atrás do muro de pedra. O brigadeiro-general Thomas Reade Rootes Cobb da Geórgia, que havia comandado o setor-chave da linha de defesa, foi mortalmente ferido pela bala de um franco-atirador e substituído pelo brigadeiro-general Joseph B. Kershaw. O general Lee expressou preocupações a Longstreet sobre um avanço maciço de tropas para romper sua linha de defesa, mas Longstreet garantiu a seu comandante, "General, se você colocar todos os homens do outro lado do Potomac nesse campo para avançar contra mim, e me der muita munição, eu irei matar todos eles antes de chegarem até minha linha".

No meio da tarde, Burnside tinha fracassado em ambos os flancos para progredir contra os confederados. Em vez de repensar a sua abordagem em face das pesadas baixas, ele teimosamente decidiu continuar no mesmo padrão. Enviou ordens para Franklin renovar o ataque do lado esquerdo (que, como descrito anteriormente, o comandante da Grande Divisão da Esquerda ignorou) e ordenou que sua Grande Divisão do Centro, comandada pelo major-general Joseph Hooker, atravessasse o rio Rappahannock em Fredericksburg e continuasse o ataque a Marye's Heights. Hooker realizou um reconhecimento pessoal (algo que nem Burnside, nem Sumner haviam feito, os dois permanecendo a leste do rio durante os fracassados ataques) e retornou para o quartel-general de Burnside para aconselhar contra a realização do ataque.

O brigadeiro-general Daniel Butterfield, comandando o V Corpo de exército de Hooker, enquanto esperava Hooker retornar de sua audiência com Burnside, enviou sua divisão, sob o comando do brigadeiro-general Charles Griffin, para auxiliar os homens de Sturgis. Nesse momento, a divisão confederada do major-general George Pickett e uma das brigadas do major-general John Bell Hood haviam marchado na direção norte para reforçar Marye's Heights. Griffin lançou suas três brigadas contra a posição confederada, uma após outra. Também preocupado com Sturgis, Couch enviou os seis canhões da Bateria B, 1ª Artilharia Ligeira de Rhode Island, do capitão John G. Hazard, para dentro dos 140 metros da linha de defesa confederada. Eles foram duramente atingidos pelos atiradores e pelo fogo de artilharia confederados e não proporcionaram qualquer alívio efetivo para Sturgis.

Um soldado da divisão de Hancock relatou um movimento na linha confederada que levou alguns a crer que o inimigo pudesse estar em retirada. Apesar da inverossimilhança desta suposição, a divisão do V Corpo de exército, do brigadeiro-general Andrew A. Humphreys recebeu ordens para atacar e aproveitar a situação. Humphreys conduziu sua primeira brigada a cavalo, com seus homens se deslocando sobre e em torno de soldados caídos com baionetas caladas e fuzis descarregados. Alguns dos homens caídos agarravam as pernas de sua calça durante a passagem, exortando seus camaradas a não seguirem adiante, fazendo com que a brigada tornar-se seu deslocamento algo um tanto desorganizado. O avanço chegou a menos de 45 metros da defesa inimiga antes de ser barrado por tiros concentrados de fuzis. Foi ordenado que o brigadeiro-general George Sykes avançasse com sua divisão do V Corpo do exército regular para apoiar a retirada de Humphreys, mas seus homens foram pegos em um fogo cruzado e ficaram imobilizados.

Por volta das quatro horas da tarde, Hooker retornou de seu encontro com Burnside, não tendo conseguido convencer o comandante geral a abandonar os ataques. Enquanto Humphreys ainda estava atacando, Hooker relutantemente ordenou à divisão do IX Corpo de exército do brigadeiro-general George W. Getty para também atacar, mas desta vez o terreno mais à esquerda de Marye's Heights, em Willis Hill. A brigada do coronel Rush Hawkins, seguida da brigada do coronel Edward Harland, moveu-se ao longo de uma linha ferroviária inacabada bem ao norte de Hazel Run, aproximando-se da linha de defesa confederada sem ser percebida no entardecer, mas posteriormente foi detectada, recebida a tiros, e repelida.

Sete divisões da União foram enviadas, geralmente uma brigada de cada vez, num total de quatorze ataques individuais, todas elas fracassaram, causando-lhes de 6.000 a 8.000 baixas. As perdas confederadas em Marye's Heights totalizaram cerca de 1.200 homens. O cair da noite e os apelos dos subordinados de Burnside foram o suficiente para colocar um fim aos ataques. Longstreet escreveu mais tarde: "Os ataques foram desesperados e sangrentos, mas totalmente inúteis". Milhares de soldados da União passaram a noite fria de dezembro nos campos, incapazes de se moverem ou de ajudar os feridos por causa do fogo confederado. Naquela noite, Burnside tentou culpar seus subordinados pelos ataques desastrosos, mas eles argumentaram que era inteiramente culpa dele e de mais ninguém.

Durante uma reunião de jantar na noite de 13 de dezembro, Burnside dramaticamente anunciou que iria pessoalmente comandar seu antigo IX Corpo de exército em um ataque final sobre Marye's Heights, mas seus generais o convenceram a desistir da ideia na manhã seguinte. Os exércitos permaneceram em posição durante todo o dia 14 de dezembro. Naquela tarde, Burnside pediu a Lee uma trégua para socorrer seus feridos, o que foi elegantemente concedido. No dia seguinte, as forças federais recuaram para o outro lado do rio, e a campanha chegou ao fim.

Um testemunho da extensão da carnificina e do sofrimento durante a batalha foi a história de Richard Rowland Kirkland, um sargento do Exército confederado da Companhia G, 2º de Infantaria de Voluntários da Carolina do Sul. Posicionado atrás do muro de pedras à beira da Sunken Road, abaixo de Marye's Heights, Kirkland viu de perto o sofrimento e como tantos outros ficou estarrecido com os gritos de socorro dos soldados feridos da União durante toda a noite fria do inverno de 13 de dezembro de 1862. Depois de obter permissão do seu comandante, o brigadeiro-general Joseph B. Kershaw, Kirkland reuniu cantis e em plena luz do dia, sem o benefício de um cessar-fogo ou de uma bandeira branca (recusado por Kershaw), forneceu água a numerosos feridos da União deitados no campo de batalha. Os soldados da União não atiraram nele, pois era óbvia sua intenção. Kirkland foi apelidado de o "Anjo de Marye's Heights" por essas ações, e está imortalizado com uma estátua de Felix de Weldon no Parque Militar Nacional de Fredericksburg e Spotsylvania, onde levou a cabo suas ações.

O Exército da União sofreu 12.653 baixas (1.284 mortos, 9.600 feridos, 1.769 capturados/desaparecidos). Dois generais da União foram mortalmente feridos: os brigadeiros-generais George Dashiell Bayard e Conrad Feger Jackson. O Exército dos Estados Confederados perdeu 5.377 homens (608 mortos, 4.116 feridos, 653 capturados/desaparecidos), a maioria deles nos primeiros combates na linha de defesa de Jackson. Os brigadeiros-generais confederados Maxcy Gregg e Thomas Reade Rootes Cobb foram mortalmente feridos. As baixas sofridas por cada exército mostraram claramente como foram desastrosas as táticas do Exército da União. Embora a luta no flanco sul tenha produzido baixas aproximadamente iguais (cerca de 4.000 confederada, 5.000 da União), a do flanco norte foi completamente desequilibrada, com cerca de oito baixas da União para cada confederada. Os homens de Burnside sofreram consideravelmente mais no ataque originalmente concebido como uma diversão do que em seu esforço principal.

O Sul explodiu em júbilo com a sua grande vitória. O jornal Examiner, de Richmond, descreveu-a como uma "derrota atordoante para o invasor, uma vitória esplêndida para o defensor do solo sagrado". O general Lee, normalmente reservado, foi descrito pelo jornal Mercury, de Charleston, como "jubilante, quase fora de equilíbrio, e aparentemente desejoso em abraçar todo aquele que fosse visitá-lo". O jornal também dizia que, "O general Lee conhece seu trabalho e o exército ainda não sabe o que é a palavra fracasso."

As reações foram opostas no Norte, e tanto o Exército quanto o presidente Lincoln ficaram sob fortes ataques por parte dos políticos e da imprensa. O senador Zacarias Chandler, um republicano radical, escreveu que, "O presidente é um homem fraco, fraco demais para a ocasião, e aqueles generais tolos ou traidores estão desperdiçando tempo e ainda mais, o sangue precioso em batalhas indecisas e adiamentos." O governador da Pensilvânia Andrew Curtin visitou a Casa Branca depois de uma viagem ao campo de batalha. Ele disse ao presidente: "Não foi uma batalha, foi uma carnificina." Curtin informou que o presidente estava "de coração partido no recital, e logo atingiu um estado de excitação nervosa beirando à insanidade." Lincoln mesmo escreveu, "Se há um lugar pior que o inferno, eu estou nele." Burnside foi destituído do comando um mês depois, após uma tentativa frustrada de remover alguns de seus subordinados do Exército e o humilhante fracasso de sua "Marcha na lama" em janeiro.