quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mercadores De Escravos

O seqüestro de três meninos mexicanos. Uma cidade amordaçada pelo medo. Um empresário desumano que despreza qualquer forma de vida. Uma gigantesca mina de ouro explorada por escravos. Esses são os atos de uma tragédia humana na qual apenas Tex e Carson podem colocar um final feliz.

Sommer esteve longos anos sem trabalhar em Banda Desenhada e isso é bem patente nesta aventura do ranger. É certo que o autor confessou ter sentido novamente o prazer de desenhar e prepara mesmo uma nova aventura de Tex com argumento de Boselli. Quem desenha um dia, desenha todos os dias, é certo, mas existem pormenores, um estilo ou uma técnica que se perde facilmente com a falta de prática e que só esta pode voltar a dar.

O autor espanhol tem um estilo que, pessoalmente, cativa, mas toda a aventura está caracterizada por um desenho falho de um certo rigor: alguma falta de proporção nas personagens e um Tex que nunca se assume. A figura do ranger lembra vagamente um cow-boy dos primeiros filmes de Hollywood (existem semelhanças em algumas fases com o actor Randolph Scott), por vezes alude ao tex de De La Fuente, ou chega a assemelhar-se com Paul Foran (um herói do espanhol Montero).

O Tex de Sommer nunca se assume verdadeiramente sommeriano, nunca está à vontade e repare-se, por exemplo, que em uma só página o Tex do primeiro quadrado é completamente diferente do Tex do quarto quadrado.

Em Mercadores de Escravos, Sommer está bem mais à vontade no desenho das cenas de acção ou nos grandes espaços e fazemos votos para que na próxima oportunidade o autor consiga dar ao herói o seu cunho pessoal, mantendo-o ao longo de toda a aventura.

Texto editado do original de Mário Marques, publicado em: http://texwillerblog.com/wordpress/?p=13832

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Versos Prá Ti

Versos Prá Ti

Grupo Rodeio

Composição: Régis Marques

Lume em teu olhar
Brilho das noites de luar
Áurea luz do sol
Primavera flor, meu sonhar

E do mar, céu azul
Vem beijar, perfumar
Rosas pelo chão
Prá ti passar...passar

Traz em cor, meu cantar
Te encontrar, te tocar
Bate um coração
Por ti amar...amar

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Selo Dos Estados Confederados Da América

O Selo Dos Estados Confederados Da América era o selo oficial do governo intitulado Estados Confederados da América, usado pelos onze estados que declararam a sua separação dos Estados Unidos, levando o país à Guerra De Secessão em 1861.

No selo aparece George Washington montado a cavalo, na mesma posição de uma estátua dele em Richmond (Virgínia). Rodeando Washington está uma grinalda, feita de alguns dos principais produtos agrícolas dos Estados Confederados, como o trigo, o milho, o tabaco e o algodão. Na margem do selo, a legenda; "Estados Confederados da América: 22 de Fevereiro de 1862" e o lema; Deo Vindice ("Deus Vindica"). A data no selo representa a eleição de Jefferson Davis após as primeiras e únicas eleições gerais. É também a data de aniversário de George Washington.
O selo foi concebido pouco antes do fim da Confederação, nunca chegando a ser usado em nenhuma ocasião oficial.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Chico Diabo

José Francisco Lacerda, vulgo Chico Diabo, (Camaquã, 1848 — Cerro Largo, 1893) foi um militar (cabo) que lutou na Guerra do Paraguai e ficou famoso por ter matado o ditador paraguaio Francisco Solano López, na batalha de Cerro Corá (1º de março de 1870).

Chico nasceu numa família de poucos recursos e, ainda menino, empregou-se na carniçaria de propriedade de um italiano, em São Lourenço do Sul, município vizinho à Camaquã, sua terra natal. Nesta carniçaria fabricava produtos como charque, linguiça e salame.

Em 1863, quando contava apenas 15 anos, Chico descuidou-se da vigilância e um cão entrou no recinto onde estava guardada a carne, devorando alguns pedaços. Ao tomar conhecimento do ocorrido pelo próprio Chico, o italiano passou a agredi-lo. O menino tomou de uma faca usada no seu trabalho e matou seu patrão. De imediato, fugiu a pé para a casa de seus pais, onde chegou na manhã do dia seguinte, portanto caminhando um dia e uma noite sem parar para descanso.

Ao ver um vulto, ao longe, a mãe de Chico exclamou: “Garanto que é aquele diabinho que vem vindo”. Por causa desta frase, ganhou o apelido de Chico Diabo que o acompanharia pelo resto da vida.

Os pais, com medo de que o filho sofresse represálias, providenciaram sua mudança para a propriedade de seu tio Vicente Lacerda, em Bagé.

Em 1865, passou pelo local um destacamento dos Voluntários da Pátria, comandado pelo então Coronel Joca Tavares, que ia se juntar às forças brasileiras que combatiam no Paraguai. Convidado a integrar ao contingente, Chico aceitou.

Na Guerra do Paraguai, Chico, já então promovido a cabo, celebrizou-se por haver matado, na Batalha de Cerro Corá, o ditador Francisco Solano López, com um certeiro golpe de lança na virilha. O golpe foi aparentemente fatal, embora, na seqüência, o soldado gaúcho João Soares, tenha alvejado López com um tiro de revólver.

Ao matar o ditador, Chico teria descumprido ordens superiores, que determinavam que ele fosse capturado vivo. Mas não há consenso entre os historiadores quanto a este fato. Alguns autores inclusive afirmam que havia uma recompensa de cem libras de ouro para quem o matasse. Segundo fontes da época o Imperador Dom Pedro não autorizou que Lacerda recebesse a medalha por bravura em combate, porque temia que na Europa pensassem que Solano Lopez teria sido morto após ser preso. Outras fontes revelam que Joca Tavares fazia parte da Maçonaria, da qual Solano era membro e no combate este se recusou a enfrentá-lo.

No entanto, Chico recebeu como recompensa cem vaquilhonas (vacas que ainda não deram cria). Tomou ainda para si a faca de prata e ouro que López levava quando foi morto e na qual constavam, gravadas em ouro, as iniciais FL, coincidentemente as mesmas do nome de Chico. A lança usada pelo militar brasileiro no episódio encontra-se no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

O nome de Chico ficou consagrado popularmente em uma quadrinha muito em voga na época: "O Cabo Chico Diabo, do diabo Chico deu cabo".

Ao retornar do Paraguai, em 1871, Chico casou-se com uma prima, Isabel Vaz Lacerda, com quem teve quatro filhos, e trabalhou como capataz em várias estâncias.

Faleceu repentinamente, em 1893, quando se encontrava no Uruguai a serviço de Joca Tavares. Para receber os restos mortais do marido, anos depois, a viúva Isabel teve que contratar um uruguaio para roubá-los. Seu corpo foi sepultado novamente no Cemitério da Guarda, em Bagé. Em 2002, foi colocada uma lápide sobre o túmulo, por iniciativa do núcleo de pesquisas históricas daquela cidade gaúcha.

domingo, 26 de setembro de 2010

A Cidade Do Inferno

Um bando de assassinos psicopatas, liderados pelo pistoleiro maníaco e cego Jack Thunder, dirige-se à cidadezinha de Heaven para roubar o ouro do Bando dos Inocentes que, equivocadamente, Thunder acredita ainda estar em poder de uma velha amiga de Kit Carson, Lena Parker. Seguindo o rastro de destruição deixado pelo bando, Tex e seus parceiros voltam a Heaven após escaparem de um incêndio provocado pelo índio Firewolf. Porém, o esforço dos quatro parceiros para chegar antes dos celerados é vão. Os bandidos já estão em ação na cidade, transformando-a num verdadeiro inferno de mortes brutais.

sábado, 25 de setembro de 2010

Lança Dos Guedes

Lança Dos Guedes

Autoria: Vargas Netto

Lança dos farrapos sem medo e sem trégua,
que nas três pontas dos galhos do teu ferro
eras uma aemaça de morte sem remédio
no punho bronzeado dos centauros,
que viveram e morreram pelos Guedes...!

Pertenceste ao regimento dos heróis sem nome,
daqueles heróis doidos, indomáveis,
que te giravam no ar como um flagelo,
instantânea e violenta como um raio!

Daqueles heróis que passavam como o vento,
deixando o eco do tropel e um resto de poeira
ainda espantada no ar...
Nunca estiveste em mãos de prisioneiros,
porque estes noivos da morte, os farroupilhas,
ainda tinham um desafio como estribilho
no desfecho final...

Ao grito de: carrega!
eras o prolongamento de um braço sem temores
e a cunha de um centauro sem rédea,
para o qual o adversário nunca teve número,
e a quem ele agredia duplamente,
com a sua lança e com o seu orgulho,
bradando: "Eu sou do Guedes!
Morro seco e não me entrego!..."

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

John Buchanan Floyd

John Buchanan Floyd (1 de junho de 1806 — 26 de agosto de 1863) foi um político estadunidense, governador do estado da Virgínia, secretário da guerra e general do Exército Confederado que perdeu a importante Batalha De Forte Donelson durante a Guerra De Secessão.

Foi governador da Virgínia de 1849 a 1852.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Parado No Tempo

Parado No Tempo

Teixeirinha

Saí um dia prá onde eu não sei
Nunca cheguei prá onde eu saí
Estou aqui parado no tempo
Passou o tempo e eu não percebi
Deixei prá atrás o amor que foi meu
A minha gente eu nunca mais eu vi
Quero acordar porque sei que ainda há tempo
Prá reaver o tempo que eu perdi

Vou acordar prá namorar a lua
Queimar meu rosto no sol amarelo
Banhar meu corpo nas àguas no mar
Olhar as coisas desse mundo belo
Buscar amor numa linda mulher
Quero com ela os filhos construir
Parei no tempo mas vi que ainda há tempo
Para viver amar e sorrir.

Nunca é tarde para ser feliz
Sempre é tempo prá acordar na vida
Estou agora andando no tempo
E vou voltar prá terrinha querida
Quero encontrar por lá minha gente
Ver mamãezinha quase envelhecida
Andar nos campos que me viu nascer
Respirar o aroma da mata florida

Quero abraçar novamente meu pinho
Cantar prá alguém nova serenata
Matar a sede na vertente dágua
No pé de angico na beira da mata
Quero dançar nos bailes da vilinha
Andar na estrada com a estrela dalva
Mostrar prá todos que acordei no tempo
Quando eu pensei que jamais acordava

Prá minha terra agora estou voltando
Quero chegar com a lua cheia
Prá ver se o vento não varreu na estrada
Meu rastro antigo que eu fundei na areia
Olhar a terra molhada de orvalho
A àgua benta que a noite semeia
Amanhecer ouvindo a seriema
Cantar nos campos lá da minha aldeia

Já estou ouvindo o rumor da cachoeira
Tem luz acesa lá dentro de casa
Ninguém me espera estão contando caso
Do galo preto de só uma asa
Só mais um pouco vou bater na porta
Taran, tam, tam pronto já bati
Abriu a porta e eu entrei sorrindo
Papai mamãe seu filho está aqui.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A. P. Hill

Ambrose Powell Hill (9 de novembro de 1825 - 2 de abril de 1865) foi um general dos Estados Confederados Da América durante a Guerra De Secessão. Ganhou fama como comandante da "Divisão Ligeira de Hill" ("Hill's Light Division"), sendo um dos subordinados mais habilidosos de Stonewall Jackson. Ele comandou ainda um dos corpos do Exército Da Virgínia Do Norte, substituíndo Jackson, morto em função dos ferimentos da Batalha De Chansellorsville. Hill foi morto enquanto inspecionava as linhas de defesa durante o Cerco de Petersburg, numa das campanhas finais da guerra.

A.P. Hill nasceu em Culpeper (Virgínia) e se graduou na Academia Militar dos Estados Unidos da América em 1847 na 15º posição, de um total de 38 alunos que eram de sua mesma turma. Alistou-se no Primeiro Regimento De Artilharia Dos Estados Unidos como segundo tenente. Serviu na guerra entre México e Estados Unidos e nas Guerras Semínoles, sendo elevado à patente de primeiro-tenente em primeiro de setembro de 1851. Entre 1855 a 1860, Hill participou do serviço costeiro dos Estados Unidos. Em 1859, casou-se com Kitty Morgan McClung, uma joven viúva, convertendo-se assim a cunhado dos generais da cavalaria confederada John Hunt Morgan e Basil W. Duke.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hino Rio-Grandense

  I.
Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade

Refrão

Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

II.

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Refrão

Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

Trecho suprimido

Em 1966, durante a Ditadura Militar a segunda estrofe foi retirada oficialmente.

Que entre nós, reviva Atenas
para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Richmond

Richmond é uma cidade independente localizada no estado norte-americano de Virgínia.

A sua área é de 162 km2 (dos quais 6,4 km2 estão cobertos por água), sua população é de 197 790 habitantes, e sua densidade populacional é de 1 271,3 hab/km2 (segundo o censo de 2000).

A cidade foi fundada em 1607, e incorporada em maio de 1782.

Esta cidade tornou-se famosa por ser a capital dos Estados Confederados da América durante a Guerra De Secessão, entre 1861 e 1865.

domingo, 19 de setembro de 2010

Deus Gaúcho

Deus Gaúcho

Grupo Rodeio

No revoar de seu pala amanheceu no rincão
Bombachita remangada cruz de malta, pés no chão
Abancou-se com a peonada para matear no galpão
Contou causos missioneiros de nossa revolução
A voz sonava em sua boca e o Rio Grande em seu coração
Contra a fumaça no braseiro foi mostrando
A nossa estampa farrapa em guerras peleando
Na fé de um povo aguerrido, bravo e sem luxo
Conquistamos liberdade porque Deus nasceu gaúcho
O mate aquecia a prosa passando de mão em mão
Proseava sobre ideais da mais pura tradição
Deixou de presente um mango, um facão, um par de esporas
Pra defender meu Rio Grande qualquer dia, qualquer hora
Beijou a mão da peonada disse adeus e foi embora

sábado, 18 de setembro de 2010

Henry Jackson Hunt

Henry Jackson Hunt (Detroit, 14 de Setembro, 1819 – 11 de Fevereiro, 1889) foi general da União durante a Guerra De Secessão, chefe de artilharia do Exército De Potomac e uma das mais respeitadas autoridades no emprego de artilharia da sua época. A sua atuação foi crucial para o resultado de algumas das mais importantes batalhas daquele conflito, entre elas a de Malvern Hill e, em menor grau, a de Gettysburg.

Filho e neto de militares, Hunt nasceu em Detroit em 1819 e tornou-se órfão aos 10 anos de idade. Completou a sua educação com ajuda dos amigos da família. Graduou-se em West Point em 1839. Combateu na Guerra México-EUA como tenente de artilharia, sendo brevetado capitão pelo seu desempenho em Contreras e Churubusco, e major pela Batalha De Chapultepec.

No período de paz que se sucedeu, a sua mais importante contribuição foi a elaboração do manual de táticas de artilharia leve, em conjunto com W. F. Barry e W. H. French. O documento tornou-se a base para treinamento de artilheiros de ambos os lados da Guerra da Secessão.

No início da Guerra De Secessão, Hunt teve um papel destacado na campanha da Primeira Batalha De Manassas. Tornou-se comandante da artilharia das defesas de Washington, D.C.. No inverno 1861-1862 treinou a reserva de artilharia do Exército do Potomac, e em seguida participou da Campanha da Península. Em Malvern Hill, seus 100 canhões despedaçaram brutalmente as tropas de Robert Lee em assalto, deixando pouco trabalho para infantaria da União. Lutou com distinção da Batalha De Antietam. Em Setembro de 1862, foi promovido a General de Brigada. Comando a artilharia da União durante a gloriosa Batalha De Fredericksburg.

No dia 3 de Julho de 1863, último dia da Batalha De Gettysburg, um novo ataque excessivamente confiante de Lee teve o mesmo destino que em Malvern Hill: as 77 peças de artilharia de Hunt, dispostas numa frente estreita sobre Cemetery Ridge, estraçalharam covardemente os atacantes (famoso “Picket’s Charge”), praticamente decidindo a maior batalha da guerra. Em 1864, Henry Hunt conduziu operações que faziam parte do Cerco a Petersburg. Pela sua ação em Gettysburg foi brevetado Maj. General, primeiro dos voluntários, e depois do Exército Regular.

Com o fim da guerra, voltou a sua patente permanente de Ten. Coronel do 3º. Regimento De Artilharia. Em 1869, tornou-se Coronel do 5º. Regimento De Artilharia. Durante a maior parte da tensa época da recontrução, ficou estacionado nos estados do sul, onde ganhou a reputação pela justiça e moderação nas suas ações. Reformou-se em 1883, assumindo o posto de governador do Soldier’s Home em Washington, D.C.. Até a sua morte em 1889 foi considerado a principal autoridade do país na ciência da artilharia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Luiz Carlos Barbosa Lessa

Luiz Carlos Barbosa Lessa

Nasceu em 13 de dezembro de 1929, numa chácara nas imediações da histórica vila de Piratini (capital farroupilha), RS. Devido à dificuldade para cursar uma escola regular, teve de aprender as primeiras letras e quatro operações com sua própria mãe, a qual, ao se improvisar de professora, também lhe ensinou teoria musical, um pouco de piano e, inclusive, uma novidade na época chamada datilografia.

Indo cursar o ginásio na cidade de Pelotas (Ginásio Gonzaga), aos doze anos fundou um jornal escolar ("O Gonzagueano"), em que publicou seus primeiros contos regionais ou de fundo histórico. E também fundou o conjunto musical significativamente denominado "Os Minuanos" (uma das tribos indígenas no velho Rio Grande), que pretendia se especializar em música regional gaúcha mas que, por inexistência de repertório àquela época, teve de se conformar com o gênero sertanejo e um tanto de música urbana nacional.

Para cursar o segundo grau colegial, transferiu-se para Porto Alegre, ingressando no Colégio Júlio de Castilhos. Aos dezesseis anos de idade já colaborava para uma das principais revistas de cultura da época ("Província de São Pedro") e obteve seu primeiro emprego como revisor e repórter da "Revista do Globo".

No ano seguinte participou da primeira Ronda Crioula/Semana Farroupilha e, munido de um caderno de aula para coletar assinaturas de eventuais jovens que se interessassem pelo assunto, tomou a iniciativa para a fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG), o "35".
Nesta agremiação ele retomou seu interesse pela música regional e, na falta de repertório, foi criando suas primeiras canções, tais como a toada "Negrinho do Pastoreio" - hoje um clássico da música regional gaúcha.

Bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre (UFRGS), 1952.

Formando com seu amigo Paixão Côrtes uma abnegada dupla de pesquisadores, de 1950 a 1952, realizou o levantamento de resquícios de danças regionais e produziu a recriação de danças tradicionalistas. Resultado dessa pesquisa da dupla foi o livro didático "Manual de Danças Gaúchas" e o disco long-play (o terceiro LP produzido no país) "Danças Gaúchas", na voz da cantora paulista Inezita Barroso.

Incentivou a realização do Primeiro Congresso Tradicionalista do Rio Grande, levado a efeito na cidade de Santa Maria, em 1954, quando apresentou e viu aprovada sua tese de base socióloga "O Sentido e o Valor do Tradicionalismo", definidora dos objetivos desse movimentos.

Em 1956 montou um grupo teatral para apresentação de sua comédia musical "Não te assusta, Zacaria!", e saiu divulgando as danças e os costumes gauchescos por todas as regiões do Rio Grande, colhendo aplausos também nas cidades de Curitiba e São Paulo.

Residiu na capital paulista até 1954, envolvido com produção de rádio, televisão, teatro e cinema, detendo-se finalmente na área de propaganda e relações públicas. Chefe de grupo-de-criação da Jr. Walter Thompson Publicidade e chefe de relações-públicas do Banco Crefisul de Investimentos.

Voltou a Porto Alegre em 1974, já como especialista em Comunicação Social, tendo trabalhado na Mercur Publicidade e Companhia Riograndense de Saneamento, CORSAN. Aposentou-se como jornalista em 1987.

Entrementes, na administração de Amaral de Souza, foi Secretário Estadual da Cultura, tendo então idealizado para Porto Alegre um centro oficial de cultura acadêmica, que veio a pré-inaugurar em março de 1983: a Casa de Cultura Mário Quintana.

Mantinha pequena reserva ecológica no município de Camaquã, onde residia com sua esposa Nilza, dedicada à produção artesanal de erva-mate e plantas medicinais. Filhos: Guilherme, analista de sistemas, residente em Porto Alegre e Valéria, casada com norte-americano e residente no estado de New Jersey, USA.

Teve destacado nome na música popular e na literatura. Dentre suas músicas, sempre de cunho gauchesco, destacam-se "Negrinho do Pastoreio", "Quero-Quero", "Balseiros do Rio Uruguai", Levanta, Gaúcho!", "Despedida", bem como as danças tradicionalistas em parceria com Paixão Côrtes.

E numa bibliografia de cerca de cinqüenta títulos, destacam-se os romances "República das Carretas" e "Os Guaxos" (prêmio 1959 da Academia Brasileira de Letras), os contos e crônicas de "Rodeio dos Ventos", o ensaio indigenista "Era de Aré", a tese pioneira "O sentido e o Valor do Tradicionalismo", o ensaio "Nativismo, um fenômeno social gaúcho", "Mão Gaúcha, introdução ao artesanato sul-rio-grandense", o álbum em quadrinhos "O Continente do Rio Grande" (com desenhos de Flávio Colin) e os didáticos "Problemas brasileiros, uma perspectiva histórica"", "Rio Grande do Sul, prazer em conhecê-lo", e "Primeiras Noções de Teatro". Também os dois volumes do Almanaque do Gaúcho.

Foi Conselheiro Honorário do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Faleceu em onze de março de 2002.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

John C. Breckinridge

John Cabell Breckinridge, (Lexington, Kentucky, 16 de Janeiro de 1821 - Lexington, Kentucky, 17 de Maio de 1875) foi um político dos Estados Unidos. Foi o 14º vice-presidente na gestão do presidente James Buchanan. Foi Senador em 1861.

Estudou na Pisgah Academy em Woodford (Kentucky) graduou-se no Centre College, em Danville em 1839. Continuou estudos no College of New Jersey (hoje Universidade de Princeton), e estudou Direito no Transylvania Institute de Lexington, Kentucky. Em 1840 foi admitido na Barra de Advogados (o que lhe dava licença legal para exercer advocacia).

Entre 1847 e 1848 serviu com a patente de major no Third Kentucky Volunteers (Terceiro Corpo de Voluntários do Kentucky), uma unidade de voluntários do seu Estado natal integrada no Exército dos Estados Unidos para combater na intervenção no México.

Em 1849 Breckinridge ganhou as eleições legislativas estatais para o cargo de Representante (deputado) na Câmara de Representantes da Assembleia Geral do Kentucky (Assembleia Legislativa estatal ou regional do Estado de Kentucky). Breckinridge era candidato pelo Partido Democrata.

Nas eleições de Novembro de 1850 foi eleito Representante (deputado) na Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América, pelo 8º Distrito do Estado de Kentucky. Tomou posse em 4 de Março de 1851 e manteve-se como membro democrata do Congresso até 4 de Março de 1855, já que nas eleições de Novembro de 1852 tinha sido reeleito para um segundo mandato.

Foi candidato a presidente nas eleições presidenciais de 1860, no meio de uma grande divisão do Partido Democrata, que o preteriu em favor de outro candidato.

Entrou para o exército confederado durante a Guerra De Secessão, como brigadeiro-general e foi promovido a major-general. Foi Secretário da Guerra no Gabinete dos Estados Confederados entre Janeiro e Abril de 1865.

Residiu na Europa depois de 1868; regressou a Lexington, Kentucky, e retomou a actividade da advocacia, sendo também vice-presidente da "Elizabethtown, Lexington Big Sandy Railroad Co.", uma empresa de caminhos-de-ferro.

Morreu em Lexington, Kentucky. Está sepultado no cemitério de Lexington.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Milonga Sentimental

Milonga Sentimental

Carlos Gardel

Milonga pa' recordarte.
Milonga sentimental.
Otros se quejan llorando
yo canto pa' no llorar.
Tu amor se seco de golpe
nunca dijiste por que.
Yo me consuelo pensando
que fue traición de mujer.

Varon, pa' quererte mucho,
varon, pa' desearte el bien,
varon, pa' olvidar agravios
porque ya te perdone.
Tal vez no lo sepas nunca,
tal vez no lo puedas creer,
tal vez te provoque risa
!verme tirao a tus pies!

Es facil pegar un tajo
pa' cobrar una traición
o jugar en una daga
la suerte de una pasión.
Pero no es facil cortarse
los tientos de un metejon
cuando estan bien amarrados
al palo del corazón.

Varon, pa' quererte mucho, etc.
Milonga que hizo tu ausencia.
Milonga de evocación.
Milonga para que nunca
la canten en tu balcon.
Pa' que vuelvas con la noche
y te vayas con el sol.
Pa' decirte que si, a veces,
o pa' gritarte que no.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Thomas Lafayette Rosser

Thomas Lafayette (Tex) Rosser (15 de outubro de 1836, Condado de Campbell, Virginia - 29 de Março de 1910, Charlottesville, Virginia) foi um general Confederado durante a Guerra De Secessão, tendo atuado posteriormente na Guerra Hispano-Americana. Foi também um engenheiro ferroviário da Northern Pacific Railway.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Joaquim José Mendanha

Joaquim José Mendanha, ou Joaquim José de Mendanha (Ouro Preto, 1801 — Porto Alegre, 2 de setembro de 1885) foi um músico e professor brasileiro.

Atuou na antiga Capela da corte carioca, mas foi demitido na redução dos quadros de músicos depois da volta de D. João VI a Portugal. Na época da Revolução Farroupilha estava já no Rio Grande do Sul, atuando como regente da banda do II Batalhão de Fuzileiros, comandado pelo coronel Guilherme Lisboa, que foi capturada pelos farroupilhas numa batalha em Rio Pardo em 30 de abril de 1839, permanecendo refém até o ano seguinte. Neste intervalo ele teria sido o autor do Hino Farroupilha, hoje o Hino Rio-Grandense, composto sob encomenda de Bento Gonçalves.
Chegando em Porto Alegre depois deste episódio, estabeleceu-se como músico profissional e tomando alunos, vindo a ser muito respeitado. Ênio de Freitas e Castro o considera a figura central da música da capital gaúcha em meados do século XIX.

Suas atividades envolviam reger bandas e orquestras, compor obras sacras para as igrejas e profanas para cerimônias cívicas, e dar aulas. Também regia os grupos musicais que animavam as festas da sociedade. Dirigia os coros da igreja das Dores e da Catedral, e regeu nas festas solenes que homenagearam o Conde de Caxias (quando ofereceu um Te Deum de sua autoria) e na inauguração do Theatro São Pedro. Fundou quatro sociedades musicais: Sociedade Musical Pôrto-alegrense, União Musical Brasileira, Musical Rio-grandense e Musical 7 de Setembro.

domingo, 12 de setembro de 2010

A Volta Do Soldado

Perseguidos pelos Apaches, Tex e Carson encontram refúgio na Mesa Serra. Em um labirinto de canyons e de ásperas rochas, encontram-se, por acaso, com um oficial sulista, o qual desconhece o fato de a Guerra De Secessão ter sido concluída há já muito tempo. Cabe aos dois rangers ajudar o homem a voltar à civilização e recuperar suas terras cultivadas, que foram alvo de expropriação.

Depois de acompanhar John Rickfield ao Fort Bayard, Tex e Carson descobrem que, no passado do oficial sulista, houve um fato terrível: sua família foi exterminada, em Atlanta, enquanto ele estava no serviço militar. E mais: alguém urdiu um complô maligno para apropriar-se das terras do oficial. Alguém que fará de tudo para que John não retorne a casa são e salvo.

sábado, 11 de setembro de 2010

Piratini

O início do povoamento data de 1789, com 48 casais de açorianos. Os primeiros povoadores, ao chegarem, estabeleceram-se no local denominado Capão Grande do Piratini e fundaram uma capela em honra a Nossa Senhora da Conceição. Desde então ela é a padroeira do município.
José de Mattos de Guimarães, um português nascido em Guimarães, construiu o primeiro moinho em Piratini e sua primeira igreja em 1812, a que ali existiu durante a Revolução Farroupilha e no local da atual.

O município de Piratini foi criado em 1830, por decreto imperial de 15 de dezembro, e integrado pelos distritos de Canguçu, Cerrito e Bagé, até o Pirai.

Em 1835, nela instalou-se a capital da nova República Farroupilha.

Em 1846 perdeu o município de Bagé então criado e, em 1857, o de Canguçu, então criado, e que absorveu o distrito de Cerrito, que fez parte de Canguçu por um século. Piratini em 1878 perdeu o seu distrito de Cacimbinhas, tornado município, e hoje Pinheiro Machado.

No cenário político do país, Piratini tornou-se célebre durante a Revolução Farroupilha, por ser a capital da República Rio Grandense. Nas centenárias "ruas" ressoaram as esporas ao tropel dos corcéis farrapos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Póster Tex Nuova Ristampa 142

Neste novo desenho da autoria de Claudio Villa, vemos Tex Willer e Kit Carson tentando amenizar o sofrimento mortal do desafortunado Jim Renart, um capanga de Sam Spring, que tinha sido ferido mortalmente por um índio apache comandado por El Tuerto.
Desenho usado como capa de Tex Edição Histórica #76 e inspirado na história, “Taglia: Duemila dollari” de G. L. Bonelli e Erio Nicolò (Tex italiano #226 e #227).

Fonte: http://texwillerblog.com/wordpress/

Rio Uruguai

Rio Uruguai

Mano Lima

Quando Deus fez este mundo fez do rio a veia artéria
A água é sangue da terra lhe digo de cara seria
Sou taura na geografia, tirei cinco na matéria
E a lo largo se me engano, bobagem pouca é miséria.

Meu velho rio Uruguai regra de sangue e de vida
A região missioneira que por ele é repartida
É manso quando nas caixa, é uma fera na subida
Fazendo roncar enchente mesmo que tigra parida.

O Uruguai é meu padrinho, pois nele fui batizado
E é por isso que eu levo jeito de potro aporreado
E aqui recordo cantando aquele velho ditado
Quem dos seus não puxa a raça não passa de um desgraçado.

Minha mãe uma xirua, destas do pêlo trançado
Meu pai um velho chibeiro que ganha a vida embarcado
Nasci num catre de balsa e se não estou enganado
Minha primeira chupeta foi a cola de um dourado.

Viro o mundo pelo avesso e sempre no vem-e-vai
Venho lavar as feridas nas barrancas do Uruguai
Meu velho rio colorado de dentro de mim não sai
E a quem sempre peço a benção como se fosse meu pai.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rumo Ao Forte Apache

Rumo Ao Forte Apache

O Arizona encontra-se a ferro e fogo, uma vez que um grupo de Apaches rebeldes chefiados por Chunz luta contra o exército americano instalado em Forte Apache.

Cansado dos métodos repressivos do tenente Parkman, Cardona, o chefe índios coioteiros, vai abandonar a sua reserva em Forte Apache e juntar-se a Chunz, apesar de não partilhar nem aprovar o ódio radical que este nutre pelos brancos.

Entretanto, uma patrulha de soldados conduz Liz Starret que chegou ao Arizona para se encontrar com Parkman, o seu noivo, mas cai numa cilada, sendo salva por Tex e Tigre que estão na região para resgatar alguns jovens navajos que se juntaram a Chunz. Ingredientes quanto baste para um ambiente tenso e violento, onde Tex vai jogar muita da sua perícia e diplomacia como Águia da Noite.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Proclamação De Piratini

Proclamação De Piratini

* Aprovada por lideranças de Organizações que objetivam a autodeterminação da Região Sul do Brasil, em 20 de setembro de 2001, na cidade de Piratini/Rio Grande do Sul

PREÂMBULO

Considerando que o dia 20 de setembro é a data magna do Estado Rio Grande do Sul, previsto no artigo 6º, paragrafo único, da Constituição Estadual;

Considerando que os símbolos do Estado são a Bandeira Rio-Grandense e o Hino Farroupilha, por esse mesmo artigo.

Considerando que na Bandeira Rio-Grandense está escrito REPÚBLICA RIO-GRANDENSE, cujo significado pressupõe um Estado Soberano, um País Independente, mas que na verdade isso não acontece, uma vez que o Estado é subjugado a uma República Federativa contra a vontade desse Povo;

Considerando a sábia sentença contida no Hino Farroupilha segundo a qual "Povo sem virtude acaba por ser escravo", e a subjugação de uma Povo contra a própria vontade não é menos que escravidão, portanto ausência de virtude, e que nem sempre a consciência dessa verdade marca presença;

Considerando que o SISTEMA que domina nosso Povo amalgamou essas verdades de modo a extirpar seus mais profundos significados, transformando-os em meros saudosismos, festejos, comilanças, desfiles, palanques e exibicionismos vários, tudo funcionando como uma válvula-de-escape para surrupiar a verdade e gastar as energias da verdadeira pressão contida, que se confunde com o sentimento independentista do Povo Sulista;

Considerando que na esteira desse Sistema que busca confundir nossos valores esconde-se a maioria das autoridades públicas, inclusive regionais, que chegam a ousadia de vestir a tradicional pilcha gaúcha nos palanques das comemorações farroupilhas, quando melhor combinaria o saiote escocês ;

Considerando que impõe-se uma revisão do significado histórico de modo a consagrar o dia 11 de setembro (Independência da República Rio-Grandense, em 1836), como o mais importante;

Considerando que inúmeras pesquisas idôneas apontam que a grande maioria do Povo Sulista deseja desligar-se da Federação Brasileira, constituindo-se em País próprio, e que laços comuns modernamente unem as populações do Rio Grande do Sul, Santa Catarina (República Catarinense, de 29 de Julho de 1839) e Paraná, nesse desiderato, para que unidos - e com Soberania – ingressem rapidamente no Primeiro Mundo;

Considerando que a união dos três Estados do Sul não só encontra agasalho em razões históricas, sociais e econômicas, mas que também é das recíprocas conveniências, e que essa mobilização tiraria da sepultura o verdadeiro e mais legítimo espírito "farrapo", numa versão mais amadurecida e ampla;

Considerando que a presunção desse forte ânimo sulista deve prevalecer não só porque o Povo do Sul não possui meios de acionar a Justiça Eleitoral para um Plebiscito, mas porque nesse caso o ônus da prova se inverte,ou seja a República Federativa do Brasil, "ré" nessa hipótese, e que possui todos os meios, é que deverá provar o contrário, mediante acionamento de alguma das formas de democracia direta, previstas na Constituição;

Considerando que a eventual alegação de impeditivos legais para um Plebiscito seria absolutamente inconsistente frente às disposições das Nações Unidas, especialmente da RESOLUÇÃO Nº 1514 (XV), de 1960, que assegura aos Povos o direito à autodeterminação, e também da própria Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, nos artigos IV, XV, 1 e 2, XVIII, XIX e XXVIII;

Considerando que o desrespeito às diretrizes da ONU, sob pretexto da legislação interna, bate de frente com normas de Direito Internacional, além de ser uma postura absolutamente covarde e antidemocrática;

Considerando a verdade inderrubável que o Povo do Sul é um Povo Próprio e forma uma Nação, o que consolidou-se historicamente;

Considerando a premissa central das organizações autodeterministas segundo a qual "o Brasil não deu certo", e que melhor que ninguém os Povos de cada Região saberão conduzir com sabedoria seus destinos soberanos;

Considerando que além de amparado pelas disposições das Nações Unidas, o Povo do Sul tem a seu lado TODAS as teorias que presidem o nascimento de novos países;

Considerando que não haveria melhor data, nem melhor localidade, para esta PROCLAMAÇÃO, que não fosse o 20 de setembro, na cidade de Piratini, primeiro capital da República Rio-Grandense;

Considerando que todas as razões que levaram os farroupilhas ao rompimento com o Império não só persistem como se multiplicaram;

Considerando a potencialidade humana e das riquezas naturais não exploradas na Região Sul, que imediatamente podem leva-la à auto-suficiência em quase tudo;

Considerando a firme convicção que o subsolo da Nação Sulista é inclusive rico em petróleo, quando até hoje não jorrou uma só gota, e que todas as publicações (inclusive "O Petróleo em Pelotas", de Ildefonso Simões Lopes, ex Ministro da Agricultura e Parlamentar, publicado em 1936) a respeito "misteriosamente " sumiram (por razões óbvias), inclusive das bibliotecas oficiais;

Considerando que essa PROCLAMAÇÃO é uma justa homenagem ao bravo povo de Piratini, cujos antepassados enfrentaram com inigualável coragem as forças imperiais;

Considerando, finalmente, os fundamentos e diretrizes do MANIFESTO LIBERTÁRIO, editado pelo Grupo de Estudos Sul Livre (GESUL);

Em face desses considerandos, e sobretudo orgulhosos de um passado ao qual o presente nem sempre reflete, mas cujo sentido deve ser resgatado e servir de guia a todas as gerações de Sul-Brasileiros;

PROCLAMAM

O DIREITO A AUTODETERMINAÇÃO DO POVO SUL-BRASILEIRO, como ideal comum a ser perseguido por esse POVO, nos foros internos e internacionais, e como mera colaboração aos Povos de outras Regiões em situação semelhante, com a meta de que cada pessoa, natural ou jurídica, tendo presente esta PROCLAMAÇÃO, se empenhe, através do pensamento e amplas discussões, em reclamar o sagrado direito à autodeterminação de um POVO hoje subjugado pala República Federativa do Brasil contra a própria vontade, e também pela adoção de medidas concretas tendentes à obtenção do reconhecimento da sua SOBERANIA, rejeitando, ao mesmo tempo, a nacionalidade brasileira, que é uma farsa, porquanto o Brasil não é nem nunca foi um Estado Nacional, e sim um Estado Plurinacional;

Artigo I: Todos os Povos e Nações do Brasil e do Mundo têm pleno direito à autodeterminação, e seus direitos são iguais, devendo agir com espírito de fraternidade e solidariedade no recíproco reconhecimento dessa condição;

Artigo II: Particularmente o POVO SUL-BRASILEIRO reclama e reivindica seu direito à autodeterminação, invocando as normas de direito internacional que lhe dão guarida, no firme propósito de desligar-se da Federação Brasileira, jurídica e politicamente;

Artigo III: Os cidadãos e cidadãs sul-brasileiros têm pleno direito de invocar a nacionalidade própria;

Artigo IV: Provisoriamente, enquanto não ultimada a sua independência, a Nação Sul-Brasileira proclama o dia 11 de setembro como a sua data maior;

Artigo V: O Povo Sul Brasileiro manifesta a sua mais irrestrita solidariedade aos Povos e Nações do Brasil e do Mundo que inobstante preencherem todas as condições requeridas à autodeterminação, têm esse direito negado, tanto internamente, quanto nos foros internacionais competentes;

Artigo VI: A Nação Sul-Brasileira convocará outros Povos e Nações, cujos direito à autodeterminação tem sido negado, a fim de juntos fundarem a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DOS POVOS E NAÇÕES INDEPENDENTISTAS (OMPNI), visando obter reconhecimento dos seus direitos frente às disposições das Nações Unidas;

Artigo VII: Os métodos empregados para consagrar o direito à independência da Nação Sul-Brasileira serão pacíficos;

Artigo VIII: Qualquer medida arbitrária cometida injustamente contra militantes da causa libertária do Sul, em razão dessa militância, será considerada agressão à Nação Sul-Brasileira e assim tratada;

Artigo IX: Salvo no que conflitar com as disposições dessa PROCLAMAÇÃO, e enquanto não alcançar sua SOBERANIA, com edição da legislação própria, o Povo sul-Brasileiro se submeterá ao império das leis brasileiras.

Em Piratini, 20 de setembro de 2001

ASSINAM:
- Celso Deucher - Presidente do Movimento O Sul é o Meu País do Estado do Santa Catarina e Secretário Geral do Grupo de Estudos Sul Livre (Gesul)
- Péricles Meneghetti Jr. - Presidente do Movimento O Sul é o Meu País do Estado do Rio Grande do Sul
- Oscar Pacheco dos Santos - Presidente do Movimento O Sul é o Meu País do Estado do Paraná
- Sérgio Alves de Oliveira - Presidente do Partido da República Farroupilha do Rio Grande do Sul
- Darci Brondani - Presidente do Movimento Pátria Rio Grande do Estado do Rio Grande do Sul
- Alexsandro Witkoski - Presidente do Movimento República Rio Grandense do Estado do Rio Grande do Sul
- Oscar Alves da Silva - Presidente da Frente pela Independência do Sul do Estado do Rio Grande do Sul
ASSINAM SOLIDÁRIOS:
- Marcos Ubeda - Presidente da Força de Libertação Paulista do Estado de São Paulo
- Tiago Bolivar - Coordenador Geral da Liga de Defesa Paulista do Estado de São Paulo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tex Série Normal (Itália): Oltre il fiume

Tex 596 – “Oltre il fiume“, de Junho de 2010 e Tex 597 – “Il ponte di roccia“, de Julho de 2010. Argumento de Claudio Nizzi, desenhos de José Ortiz e capas de Claudio Villa. História inédita em Língua Portuguesa.

Ukasi, antigo aprendiz junto de Nuvem Vermelha dos Navajos, consegue convencer Cão Amarelo a tomar o poder junto dos Utes e regressar aos trilhos da guerra. Outrora chefe desta tribo, fora vencido e humilhado por Tex depois de um combate onde tentou usar meios desleais, levando à sua expulsão da tribo para a solidão das montanhas, onde foi revivendo amargurado os feitos do seu passado. Prometendo a Ukasi o ouro dos Navajos, Cão Amarelo vai conquistar o poder juntos dos Utes, atacando desde logo algumas aldeias navajo e levando consigo mulheres e crianças como reféns, com o objectivo de atrair Tex para o combate da vingança, desde há muito, ansiada.

Ortiz já sofre, muito naturalmente, do peso dos anos, deixando aqui um trabalho que não faz justiça ao enorme autor que o espanhol sempre foi. A aventura reflecte uma perda de qualidade que já vinha fazendo sentir-se de modo gradual nos seus últimos trabalhos, acentuada agora com cenários e ambientes pouco expressivos, salvando-se eventualmente alguns enquadramentos nas cenas de maior acção. Também as personagens estão envelhecidas, com especial realce para Carson, os índios assemelham-se muito entre si, enquanto que Tex, para além de se distinguir pouco do filho Kit em várias sequências, deambula sempre entre a composição ticciana, alguma caracterização ortiziana e outras onde o herói surge mesmo mal caracterizado.

Editado de uma postagem de: http://texwillerblog.com/wordpress/

domingo, 5 de setembro de 2010

Sabe Moço

Sabe Moço

Leopoldo Rassier

Composição: Francisco Alves

Sabe, moço
Que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço
Que foi bandeira pra mim
Que andei mil peleias
Em lutas brutas e feias
Desde o começo até o fim

Sabe, moço
Depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões
Pra caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis
Assinatura em papéis
Honrarias para heróis

É duro, moço
Olhar agora pra história
E ver páginas de glórias
E retratos de imortais
Sabe, moço
Fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim

E o que restou?
Ah, sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
Ah, sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou prá mim

sábado, 4 de setembro de 2010

Armadilha Diabólica

Armadilha Diabólica

Ao receber o que pensa ser um pedido de ajuda de seu amigo Montales, Tex vai até o México para encontrar-se com ele. Porém, tudo não passa de uma farsa para prender o ranger numa armadilha diabólica e encerrar a sua existência. Tex é acusado falsamente da morte de dois rurales e é condenado à morte, chegando a ficar frente a frente com o pelotão de fuzilamento. Enquanto isso, seus amigos tentam de todas as formas livrá-lo da execução, mas parece que todas as portas se fecham...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Abram Cancha Pro Rio Grande

Abram Cancha Pro Rio Grande

Grupo Rodeio

Composição: Regis Marques

Riscando assoalho bombeando pra cumeira
Reponto rimas num bailado a recordar
Fogões chaleiras e um candieiro a meia-vida
Que as duas braças não dava pra se enxergar
Neste balanço passa o Rio Grande em meus olhos
De sul a norte sinto o calor dos galpões
Braseiro aceso luz divina do campeiro
Rodas de mate que irmanam nossos peões
Neste compasso galponeiro balanço
Reminiscências versos chucros no ar
Galpão meu tento a sarandeios te tranço
E abram cancha pro Rio Grande passar
E abram cancha pro Rio Grande passar
Entreverado retalhando a polvoadeira
Num trote largo a gaita me faz trotear
No figurado remanchando uma vaneira
Nossa cultura que se expressa ao dançar

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Navajos Em Pé De Guerra

Navajos Em Pé De Guerra

Cinco jovens navajos são covardemente assassinados ao se aproximarem de um trem da ferrovia Middle-West. As pessoas que iniciam o ataque ao grupo de navajos são dois influentes negociantes, o que faz com que as autoridades tentem colocar panos quentes no caso. Só que as autoridades não contavam com o senso de justiça e honra de Tex e seus Pards, e com a ajuda poderosa da imprensa na figura do jornalista Floyd. Um clássico do faroeste, recheado com uma aula de tática militar por parte de Tex e seus navajos.

Na inauguração de uma nova ferrovia perto do território navajo, 6 jovens índios apostam corrida com o primeiro trem que passa. Mas dois passageiros, Sam Hope, criador de gado e Bart Barlow, dono de vários saloons da cidade de Gallup, começam a atirar nos jovens por diversão. Eles acreditam ter matado todos, mas um jovem sobrevive e corre em sua aldeia para comunicar o chefe Alce Grande do ocorrido.

Tex também é chamado e fica sabendo de toda a história. Ele se dirige então para o forte Defiance prometendo justiça à morte dos jovens, mas o que encontra é um caso já arquivado, revelando que os navajos iniciaram o ataque.

Mas Tex encontroa o coronel Elbert, tipo já conhecido de militar que mostra indiferença ao caso, assim como o governador Blister, o que faz o sangue de TEX ferver. O ranger seqüestra o coronel e começa uma verdadeira guerra silenciosa contra o exército americano. Destrói o forte Defiance, deixando cinzas no lugar e seqüestra centenas de militares.

Paralelo a isso, vai a cidade de Gallup tomar o pulso dos dois verdadeiros culpados e já topa com o asqueroso Barlow, distribuindo sopapos nele. Quando o Vale da Lua começa a ficar cheio de militares prisioneiros, Tex queima o rancho de Sam Hope e rouba uma grande manada levando para o Vale para servir de víveres para toda a guarnição.

Com todo esse barulho, sem atirar uma flecha sequer, a situação chega aos ouvidos do comando dos rangers e Kit Carson, mal acreditando na loucura que Tex cometeu, é incumbido de ir à aldeia navajo para evitar que Tex continue com sua guerra. Chegando lá toma ciência do que aconteceu e principalmente dos verdadeiros motivos que levaram Tex a enfrentar todo o exército.

Enquanto isso, Tex continua obrigando as novas patrulhas militares a gastarem suas munições atirando em fantasmas, rouba seus cavalos e rifles e queima todo o capim por onde os militarem passariam. Tex acredita que com a guerra, o inquérito para apurar os verdadeiros culpados seja reaberto e Sam Hope e Bart Barlow paguem finalmente pelo que fizeram.

A história se passa perto da nova ferrovia que liga o norte do Novo México ao Arizona. O trem chega na cidade de Sanders, que depois não é mais citada. O resto da história acontece em ambientes como a aldeia de Alce Grande, a cidade de Gallup e em todo o território que liga Forte Defiance e Forte Wingate à aldeia navajo.

O leitor poderá dar boas risadas no momento em que Carson entra na cabana de Tex e o encontra sentado tranqüilamente jogando pôquer com os três capitães prisioneiros como se nada de muito importante estivesse acontecendo. Não esqueçam que o comandante de Carson o havia prevenido de que Tex estava louco e que poderia cortar sua garganta!

Outro diálogo interessante é entre Tex, Martin Floyd (o jornalista) e o Capitão Roswell, já prisioneiro, em que Tex explana sobre os meios para se promover uma campanha militar contra uma rebelião indígena. Quando Tex sai, Roswell comenta: "É um homem que sabe o que faz, pena estar contra a lei!", e Floyd responde: "Te enganas, capitão, Tex Willer não está contra a lei, usa métodos incomuns a serviço de um objetivo nobre: o reconhecimento da justiça!".

TEX-034 - Navajos em pé de Guerra, 1ª edição, publicada pela Editora Vecchi, com 212 páginas incluindo as capas com preço de Cr$ 3,50, formato 13,5 cm de largura por 20,5 cm de altura. Roteiro de G.L. Bonelli. Desenhos e capa de Galleppini.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Armas De Um Campeiro

Armas De Um Campeiro

Mano Lima

Composição: Mano Lima

Vem vindo uma tropa linda, pouco pra lá da estação
E o capataz é o Ari, que já me pediu uma mão
E eu me ''alembrei'' de ti, que conhece os marca viola
Porque ao cruzar na estação, me agrada que a tropa estoura

Quando se chama um amigo, não precisa chamar o outro
Já saio junto contigo, é só me esperar um pouco
Meu cavalo tá na estaca, e eu já tô com o pé no estribo
Quando se chama um amigo, não precisa chamar o outro

Dom Emílio foi que trouxe, das tribo de M'bororé
Umas tropilha de mouro, pra mim não andar de a pé
A baieta é colorada, mas o meu poncho é azul
Nas patas da minha eguada, vem a América do Sul.