quarta-feira, 30 de junho de 2010

Horda Selvagem

Horda Selvagem

Esta é sem dúvida uma das mais interessantes e diferentes aventuras de Tex. Após ficar sabendo que um dos integrantes do bando de Butch Cassidy matou um xerife seu amigo, Tex e Carson começam a perseguir os membros do numeroso bando. Nossos heróis vão eliminando vários integrantes da quadrilha, mas nunca chegam aos dois principais: Butch Cassidy e Sundance Kid. Mas estes, percebendo que o chão começa a queimar sob seus pés, resolvem fugir para a América do Sul, para onde também partem Tex e Carson para um confronto final na Bolívia.

Com este lema: "se quer alguma coisa é só ter o revólver em punho" Butch Cassidy chefiava um das maiores quadrilhas do oeste, onde se podia contar com 5 a 200 homens prontos a seguir o líder em qualquer lugar. Por onde passavam, rastros de sangue ficavam e bancos e trens eram alvos fáceis.

Numa destas incursões, aconteceu um dos maiores golpes que iria sacudir o oeste: um trem da Union Pacífico foi tomado em assalto pela quadrilha do qual saíram com um butim de 60.000 dólares.

Tex é chamado para intervir no caso a pedido da Agência Pinkerton. Se o lema da quadrilha era "se quer alguma coisa é só ter o revólver em punho", o lema de Tex rivaliza com este: caçar um bandido até pôr um ponto final na história.

Tex e seu fiel e pessimista companheiro Kit Carson, saem a procura de Butch Cassidy e seu bando, que tinha Kid Curry como um dos homens de confiança de Cassidy.

As investigações prosseguem e 30 dias depois Tex e Carson chegam em Trinidad, um pequeno povoado. Eles estão colhendo informações com o xerife. O primeiro alvo da dupla é Sam Ketchum, que neste momento está reunido com Helen Dyke e Jim. Ambos são encurralados em um saloon, onde tiros comem soltos, o que resulta na morte de Jim.

Sam consegue evadir-se do local a cavalo e sai a galope da cidade. Para não deixar pistas, logo à frente embarca em uma canoa e desce rio abaixo por um bom trecho. Três horas se passaram e Tex e Carson chegam em um pequeno sítio, mas nada de informações sobre Sam, somente encontram o cavalo que fora deixado ao adentrar no rio.

Prosseguindo nas investigações, dois dias depois, perto de Folson, Sam se encontra com o comparsa Kid Curry e mais alguns bandidos. Eles estão em um vagão de trem que vai a Trinidad e tramam um assalto. Detalhes acertados, a locomotiva é parada e o vagão onde se encontra o dinheiro é explodido, mas, para a surpresa do bando, ao abrir o cofre forte, verificam que ele está vazio.

Tex e Carson, que descansavam por perto, ouvem a detonação da dinamite e partem a galope, conseguindo ainda trocar tiros com os bandidos, que conseguem fugir. Vendo que está tudo bem com o pessoal do trem, Tex e Carson se despedem e partem atrás dos facínoras.

No dia seguinte, tendo reunido alguns homens, Tex e Carson novamente estão seguindo pistas dos bandidos e um encontro é inesperado em um desfiladeiro. Ali ocorre nova troca de tiros, com o eco dos disparos ecoando noite a dentro.

Sam Ketchum é atingido e ajudado pelo companheiro Elza Lay, mas, mesmo ferido, Sam percebe que está muito mal pede que o deixem ali e que sigam em frente. Ao chegar no local, Tex interroga o bandido, mas nada consegue extrair do mesmo, que vem a falecer dez dias depois.

Kid Curry, Elza Lay, Deal Charley, que escaparam do último confronto com Tex e Carson, fazem manobras por precipícios e trilhas rochosas para despistarem e logo alcançam a fronteira onde se juntam com Cassidy e seu bando.

Nesse ínterim, Tex e Carson estão em um hotel perto da fronteira, quando ambos são surpreendidos por um punhal que atravessa a janela. Neste punham, um bilhete precioso, dando dica de onde os rangers encontrariam Kid Curry.

Mas tudo era uma armação, um plano para apanhar os dois mastins. Após fazer uma visita ao xerife e passar algumas instruções, segue caminho até o local indicado, mas ao chegar lá, só encontram Elza Lay, que, ferido não oferece resistência.

Após entregar o mesmo ao xerife que o seguiu, o grupo decide voltar à cidade, mas no caminho do retorno, uma surpresa os esperam, pois Kid Curry e mais três comparsas armaram uma bruta cilada, fazendo com que a ponte explodisse no exato momento em que o grupo passasse.

Pensando que Tex e o restante do grupo estão mortos, os bandidos seguem para o covil de Cassidy, mas uma semana depois, ao lerem o jornal da cidade, ficam furiosos pois todos escaparam com vida e o companheiro Elza Lay pegou prisão perpétua.

Sem desistir da perseguição aos bandidos, passa-se mais ou menos 6 meses e Tex e Carson estão agora seguindo a pista de um dos homens do bando, Lonny Logan, que é encontrado em uma cabana. Ao ver os rangers, Lonny tenta fugir, mas é inútil.

Depois de uma longa troca de tiros, tomba sem vida. Os rangers entram na cabana e, revirando papéis, encontram a pista de mais um bandido: Bob Lee.

Tomando um trem, os dois caçadores de homens partem para o Colorado e lá chegam em um cassino de Cripple Creek. Após trocas de insultos com um engraçadinho de plantão, Tex mostra que não gosta de brincadeiras e dá por encerrado o incident, indo ao balcão para tomar uma cerveja.

Mas o dono do cassino, sabendo quem são os dois recém chegados, resolve entregar Bob Lee, que encontrava-se no local. Os pards não perdem tempo e imediatamente conduzem o infeliz ladrão à prisão.

Uma semana depois, enquanto os bandidos estão no covil de Cassidy tramando um novo golpe, Kid Curry sai para se encontrar com George Nariz-Chato, mas ao chegar na cabana do amigo, fica surpreso, pois o xerife Thompson e um grupo de homens estão trocando tiros com George que após muita resistência, tomba ao chão.

Ao ver que aconteceu, Kid Curry foge e ao tentar assaltar um trem na semana seguinte, é posto para sempre fora de ação. Dos facínoras mais perigosos da Horda Selvagem ainda restam Butch Cassidy, Sundance Kid e Harry Tracy e os pards não estão dispostos a desistir da caçada.

O primeiro da lista é Harry Tracy, que se encontra escondido em um pequeno rancho perto de Creston. Após trocar informações com o xerife local, Tex e Carson partem atrás do bandido, que, depois de uma sucessão de tiros deflagrados, é pego ao lado de uma cocheira, onde é crivado de balas.

Preocupado com o fim do bando e tentando escapar dos rangers, Cassidy toma uma decisão inesperada: juntamente com Sundance Kid parte para a Argentina, onde logo monta um novo bando e outra vez espalha o terror.

Bancos e trens são alvos fáceis para os dois. Após vários incidentes pelos países da América do Sul, entre eles Argentina, Chile, Peru e Bolívia, a polícia local pede ajuda aos E.U.A, onde novamente Tex e Carson são postos a par do últimos acontecimentos.

Dispostos a escrever a palavra fim no episódio, Tex e Carson partem para a Bolívia, onde Cassidy e Sundance Kid foram vistos pela ultima vez, dispostos a trazerem os dois facínoras para pagarem seus crimes no sistema penitenciário dos E.U.A., mas as peripécias dos dois últimos membros da quadrilha mais famosa que assolou o oeste encerrou-se por causa de algumas mulas...

terça-feira, 29 de junho de 2010

As Coisas Do Meu Rincão

As Coisas Do Meu Rincão

José Mendes

Abandonei a querência, contrariei meu coração
Por andar muito cansado da vida que leva um peão
Trabalhava noite e dia, me pagavam quase nada
Arriscava a minha vida laçando boi na invernada
Cá na cidade vivo de recordação
Quase morro de saudade das coisas do meu rincão.

Peguei meu cavalo zaino, companheiro de jornada
Presenteei para uma prenda que era minha namorada
Fiz a gaúcha chorar, quando eu lhe disse assim
Cuide bem do meu cavalo e nunca te esqueças de mim
Tem certas coisas que machucam o coração
Lembro o meu cavalo zaino e das coisas do meu rincão.

Diz que até os passarinhos não se escutam mais cantar
Depois que eu vim me embora, voaram pra outro lugar
Lembro das brigas de touros, do brazino e do zebu
Das noites de lua cheia e das caçadas de tatu
O meu cachorro latindo lá no capão
Lembro a minha prenda linda e das coisas do meu rincão.

Coitado de um pobre peão, estranha barbaridade
Saindo lá da campanha pra morar cá na cidade
É uma vida diferente, não tem nem comparação
Quando lembro as suas coisas machuca seu coração
Ando sofrendo, pois tenho muita razão
Estava muito acostumado com as coisas do meu rincão.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Samuel Colt

Samuel Colt

Samuel Colt (Hartford, 19 de julho de 1814 - 10 de janeiro de 1862) foi um inventor e industrial dos Estados Unidos da América. Ele revolucionou os processos de fabricação, em 1836, ao estabelecer uma fábrica de pistolas (com design próprio) a partir de peças intercambiáveis.

Inventor e fabricante de armas de fogo americano nascido em Hartford, Connecticut, que desenvolveu o primeiro revólver de seis tiros com cilindro removível, o Colt 45, patenteado na Inglaterra (1835). Construiu sua primeira fábrica de armas, a Patent Arms Company, em Paterson, NJ (1836), uma das mais antigas do ramo no país, onde iniciou a produção de revólveres e rifles por ele mesmo desenhados. Após a falência da Patent Arms Company (1842), fundou a empresa para Patent Arms Manufacturing Co. (1842), que firmou-se fabricando armas para serem usadas na guerra do México (1847) e passou a abastecer de armas os U.S. Dragoon e Texas Rangers. Ampliando seus negócios, instalou a primeira fábrica na Inglaterra (1851) solidificando sua reputação internacional.

Associou-se com o inventor Samuel F. B. Morse, o do telégrafo, e passou a investir em armas de guerra e cabos de telégrafo submarino. A pistola de culatra rotativa dele ficou tão popular que a palavra "Cavalinho" às vezes era usada como um termo genérico para o revólver. E a partir daí a empresa foi incorporando e comprando outras concorrentes. tornando seu fundador em um dos mais poderosos homens de negócios dos Estados Unidos, do século XIX. Sabiamente usava uma tática política para conseguir mercados internacionais: Presenteava chefes de estado com produções fora de série, entre eles os Czares Nicolau I e Alexandre II da Rússia, o rei Frederick VII da Dinamarca e Charles XV da Suécia.

Com a saúde declinante (1860), começou a fornecer armas para as forças da União durante a guerra civil americana e morreu dois anos depois, quando tinha sob sua indústria mais de 100 empregados e produzido mais de 400.000 armas de fogo. Morreu em sua cidade natal e seus restos mortais repousam no Cedar Hill Cemetery, Hartford, Connecticut, USA. Após sua morte a companhia permaneceu com sua família até ser vendida (1901) para um grupo de investidores.

O revólver de Colt foi revolucionário para sua época, pelo fato de ser de fácil recarregamento e manuseio, se comparado com as armas excessivamente pesadas, imprecisas e grosseiramente rústicas de sua contemporaneidade, além de ser mais barato que as armas concorrentes.

domingo, 27 de junho de 2010

Canto Alegretense

Canto Alegretense

Antônio Augusto Fagundes E Bagre Fagundes

Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão

Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã

Ouve o canto gauchesco e fandangueiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí

E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol Alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer

E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão

Ouve o canto gauchesco e fandangueiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí

sábado, 26 de junho de 2010

Batalha De Cedar Mountain

Batalha De Cedar Mountain

A Batalha de Cedar Mountain ocorreu em 9 de Agosto de 1862, no condado Culpeper, Virginia, sendo uma das batalhas da Guerra Civil Americana. As forças da União sob o comando do Major General Nathaniel P. Banks atacaram as forças confederadas sob o comando do Major General Thomas J. "Stonewall" Jackson perto de Cedar Mountain quando as tropas confederadas estavam em marcha de Culpeper Court House para impedir um avanço da União pela Virginia central. Após quase ser expulso do campo na primeira parte da batalha, um contra-ataque confederado quebrou as linhas da união resultando em uma vitória da confederação. Esta batalha foi a primeira batalha da Campanha da Virgínia do Norte.

Por volta de junho de 1862 o Major General George B. MacClellan, cujo exército do Potomac contava aproximadamente 105000 soldados estava posicionado em vista a Richmond, capital confederada. Situando-se entre o exército do Potomac e a sua capital haviam aproximadamente 65000 soldados confederados organizados no Exército da Virgínia do Norte sob o comando de Robert E. Lee. Destacado de Lee, Jackson seguia com uma tropa de cerca de 15000 soldados.

Em 26 de junho, o Major General John Pope toma o comando da recém-constituído Exército da Virgínia pela União. Pope posicionou o exército na forma de um arco em toda Virgínia do Norte. O seu flanco direito, sob o comando do Major General Franz Sigel, foi posicionado em Sperryville sobre as Montanhas Blue Ridge, o seu centro, sob o comando do Major General Nathaniel P. Banks, foi posicionado em Little Washington e seu flanco esquerdo sob o comando do Major Gen. Irvin McDowell posicionou-se em Falmouth sobre o rio Rappahannock. Parte do corpo de Banks, a brigada do General de Brigada Samuel W. Crawford e a brigada de cavalaria do General de Brigada John P. Hatch, estavam estacionados cerca de 20 milhas (32 km) para além da linha da União, em Culpeper Court House.

Robert E. Lee detestava as proclamações bombásticas de Pope contra civis da confederação, e, em resposta aos movimentos de Pope enviou o Major-General Thomas J. "Stonewall" Jackson com 12.000 homens para Gordonsville em 13 de julho. O corpo de Jackson foi posteriormente reforçado, ficando com 24.000 homens, com a divisão do Major Gen. A. P. Hill em 27 de julho. Em 6 de agosto, Pope marchou com suas forças para o sul de Culpeper County, com o objetivo de capturar o entroncamento ferroviário em Gordonsville, em uma tentativa de chamar a atenção da confederação para longe do Major Gen. George B. McClellan que estava em retirada a partir da península da Virgínia.

Em resposta a esta ameaça, Jackson optou por passar à ofensiva, atacando a vanguarda de Pope sob Banks, antes de todo o Exército da Virgínia pudesse ser levado em auxílio da sua posição em Gordonsville. Após derrotar Banks, ele então esperou mover para Culpeper Court House, 26 milhas (42 km) a norte de Gordonsville, o ponto focal do arco formado pela União sobre Virgínia do Norte, para impedir a unificação do exército de Pope. Isso permitiria Jackson lutar e derrotar cada corpo da União separadamente, como tinha feito durante a Campanha do Vale. Assim, Jackson rumou em 7 de agosto para Culpeper. A cavalaria sob o General de Brigada Beverly Robertson foi enviada à frente da expedição para desbaratar a cavalaria federal que guardava as margens do rio e ocupava Rapidan Madison Court House, ameaçando o flanco esquerdo dos confederados a medida que marchavam para o norte. Esta tarefa foi facilmente alcançada por Robertson em 8 de agosto.

A marcha de Jackson sobre Culpeper Court House foi gravemente prejudicada pela forte onda de calor que atingiu a Virgínia, no início de agosto, bem como pela sua característica sigilosa sobre o seu plano, o que causou confusão entre os seus comandantes de divisão quanto ao exato percurso que havia de ser tomado. Com isso, o chefe de sua coluna tinha progredido apenas 8 milhas (13 km) até a noite de 8 de agosto. A cavalaria federal, embora facilmente deslocada por Robertson, rapidamente retornou a Pope alertando-o com antecedência da presença da confederação. Em resposta, Pope ordenou a Sigel Culpeper Court House para reforçar Banks. Banks foi ordenado a manter uma linha defensiva em uma crista sobre Cedar Run, 7 milhas (11 km) ao sul de Culpeper Court House.

Na manhã de 9 de Agosto, o exército de Jackson atravessou o rio Rapidan em Culpeper County, liderado pela divisão do Major General Richard S. Ewell, seguido pela divisão do General de Brigada Charles S. Winder, com a divisão do Major General A. P. Hill na retaguarda. Pouco antes do meio-dia, a brigada do General de Brigada Jubal Early que era a vanguarda da divisão de Ewell, veio sobre a cavalaria e a artilharia federais ocupando a crista acima de Cedar Run, um pouco a noroeste de Cedar Mountain. Early trouxe suas peças de artilharia e logo um duelo entre as forças opostas começou á medida que Early postou a sua infantaria formada em linha no lado oriental do Culpeper-Orange Turnpike (hoje Rota 15, E.U.A.), na parte mais alta sobre o terreno oposto a ribeira do Cedar Run. Assim que o resto da divisão de Ewell chegou formou o lado direito de Ewell, ancorada contra a encosta norte da montanha e dispuseram seis ~peças de artilharia em seu cume. A divisão de Winder formava o flanco esquerdo, no lado ocidental da Turnpike, com o Gen. Brig. William Taliaferro próximo a Early, e o Coronel Thomas S. Garnett na extremidade esquerda confederação em um campo de trigo na beira de uma floresta. A artilharia de Winder preencheu uma lacuna na estrada entre as duas divisões, a brigada de Stonewall, chefiada pelo coronel Charles R. Ronald, foi trazida em apoio por trás dos canhões. A divisão de A. P. Hill, ainda em marcha até a Turnpike, foi instruída a ficar na reserva na esquerda da formação confederada.

Os Federais formavam uma linha sobre um cume acima de Cedar Run, com a brigada do Gen. Brig. Samuel W. Crawford formando o flanco direito da União em um campo em frente ao Garnett e a divisão do Gen. Brig. Christopher C. Auger formando o lado esquerdo da a União a leste da Turnpike. A brigada do Gen. Brig. John W. Geary 's brigada foi firmada em Turnpike oposto a Taliaferro, enquanto a brigada do Gen. Brig. Prince Henry ficou estabelecida na extremidade esquerda oposta a Ewell. A brigada do Gen. Brig. George S. Greene foi mantida em reserva na retaguarda.

Um pouco antes de 5:00 a medida que a barragem de artilharia começou a desvanecer, o Gen. de Brigada Winder caiu, mortalmente ferido por um fragmento de cápsula. A disposição de seu lado do campo ainda estava incompleta. A brigada de Garnett ficou isolada da linha confederada principal, e com o seu flanco perigosamente exposto à floresta. Era para que a brigada de Stonewall viesse para apoiá-los, mas se manteve uma meia milha de distância por detrás da artilharia. Antes que a liderança pudesse ser restaurada apropriadamente para aquela divisão o ataque da União começou. Geary e Prince foram enviados contra o flanco direito da Confederação. O avanço Federal foi rápido e ameaçou quebrar a linha da confederação, fazendo com que Early viesse a galope para a frente, vindo de Cedar Mountain, onde ele estava a posicionar as tropas. A presença estabilizante de Early e o poder de fogo das armas confederadas travou o avanço da União sobre o flanco direito da confederação. À esquerda Crawford atacou a divisão de Winder, enviando uma brigada directamente contra a linha da confederação e outra brigada pela floresta em um movimento de flanqueamento. O Federais vieram pela floresta diretamente contra o flanco do 1º Virgínia, que sob a pressão do ataque em duas frentes recuou para a retaguarda. Os Federais pressionaram, não esperando para reformar as suas linhas, atacando através do flanqueado 42º da Virgínia até que encontraram com Taliaferro e a artilharia da retaguarda. Jackson ordenou a retirada antes que as baterias fossem capturadas, mas Taliaferro e a esquerda de Early foram duramente atingidos pela União e ameaçaram quebrar.

Neste terrível momento, o Gen. Jackson cavalgou para esta parte do campo para reagrupar os soldados e veio de encontro a sua antiga brigada finalmente conseguindo os trazer para reforçar a linha. Pretendendo inspirar as tropas lá, ele tentou brandir sua espada, porém, devido à infreqüência com que ele a sacava da bainha, esta estava enferrujada e, conseqüentemente, ele foi incapaz de sacar ela. Destemido, ele agitou a espada, com bainha e tudo, sobre sua cabeça. Em seguida, ele agarrou uma bandeira confederada de batalha de um soldado em retirada e gritou com os seus homens para se reunirem em torno dele. A Brigada Stonewall, mobilizada pelo seu comandante, lançou-se contra o desorganizado avanço da União, que estava além do seu limite e sem suporte adequado, empurrando-o de volta. Em seu zelo, a brigada perseguiu os Federais a medida que eles recuavam, mas logo se encontraram elas mesmas a frente das posições confederadas e sem suporte. Os Federais se refizeram e atacaram, empurrando o 4º e o 27º da Virginia para trás mas as ações da brigada Stonewall deram a linha confederada tempo para se recompor e as tropas de A. P. Hill subiram e preencheram as lacunas deixadas pelos regimentos de Winder. Jackson ordenou a Hill e Ewell para avançar. A direita da União imediatamente entrou em colapso. Ewell, tendo dificuldade silenciando seus canhões, se atrasou, mas o flanco esquerdo da União começou a vacilar a vista do recuo de Crawford e finalmente foram quebrados por uma carga de cavalaria vinda morro abaixo de Cedar Mountain pela brigada do Gen. de Brigada Isaac R. Trimble.

Apesar de trazer a brigada de Greene da reserva, em apoio, por volta das 7:00 a União já estava em completa retirada. Em um último esforço para ajudar a cobrir a retirada de sua infantaria, Banks enviou dois esquadrões de cavalaria contra a linha confederada. Eles se encontraram com uma devastadora saraivada partindo da infantaria confederada postada atrás de uma cerca na estrada, fazendo com que somente 71 de 174 soldados conseguissem escapar. A infantaria da confederação e o sétimo de cavalaria da Virgínia do Brig. General William E. Jones fervorosamente perseguiram os Federais em recuo, quase capturando Banks e Pope, que estavam em seu quartel general uma milha atrás da linha Federal. Depois de uma milha e meia de perseguição, Jackson ficou cansado e a escuridão tomou conta do campo de batalha, além dele estar incerto sobre a localização do restante do exército de Pope. Por último, vários soldados da União capturados pelo 7º da Virgínia informaram os confederados que Pope estava trazendo Sigel para reforçar Banks. Assim, Jackson encerrou a perseguição e cerca de 10:00 os combates já haviam cessado.

Por dois dias Jackson manteve a posição ao sul de Cedar Run, na encosta ocidental da serra, à espera do ataque dos Federais o que não veio a ocorrer. Finalmente, recebendo notícias de que todos os exército de Pope tinham chegado a Culpeper Court House, em 12 de agosto de Jackson voltou para Gordonsville para uma posição mais defensiva por trás do Rio Rapidan.

Tempo e má comunicação com os seus comandantes de divisão roubaram de Jackson a iniciativa na luta. Ainda com a expectativa de enfrentar o mesmo adversário cauteloso a partir do vale, ele foi apanhado de surpresa e muito perto esteve de ser expulso do campo. Excelente comando pelo confederados, no momento crucial da batalha e a sincronização fortuita da chegada de Hill afastaram a derrota, eventualmente permitindo que a superioridade numérica ocasionasse a expulsão dos Federais do campo de batalha. Por sua parte, Banks, tendo sido derrotado por Jackson na sua Campanha do Vale, estava ansioso para compensar as perdas anteriores. Ao invés de lutar uma batalha defensiva a partir de uma posição forte, dando tempo para que o resto do exército de Pope chegasse, ele decidiu tomar a iniciativa e atacar Jackson antes que ele pudesse preencher plenamente a sua linha, apesar de estar em desvantagem de 2 para 1. A jogada ousada quase valeu a pena, mas no final ele foi novamente derrotado por seu velho inimigo.

Com Jackson à solta, ameaçando as forças da União, o general-em-chefe Henry W. Halleck ficou apreensivo e apelou para que Pope fizesse um avanço sobre Gordonsville, dando assim a Lee a iniciativa da campanha na Virgínia do Norte. A batalha deslocou lutar eficazmente na Virgínia da Virgínia do Norte da Península em Virgínia. A batalha deslocou eficazmente a luta na Virgínia da Península da Virgínia para a Virgínia do Norte.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gritos De Liberdade

Gritos De Liberdade

Grupo Rodeio

Minuano tironeando a venta dos tauras
Relincho de baguais faíscas ao vento
O brado terrunho do punho farrapo
Num bate cascos medonho ao relento

Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tiras
Marcando fronteira provou lealdade
Livrando os trastes da campa na ventania rusguenta
Pranchando adaga a gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão, marca de cascos no chão,
Fronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão

Em noites em que o minuano assusta os cavalos
Escuto o tropel dos centauros posteiros
Almas charruas cavalgam coxilhas
Guardando as fronteiras do sul brasileiro

Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tiras
Marcando fronteira provou lealdade
Livrando os trastes da campa na ventania rusguenta
Pranchando adaga a gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão, marca de cascos no chão
Fronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dances With Wolves

Dances With Wolves

Dances with Wolves (Danças com lobos ou Dança com lobos) é um filme estadunidense de 1990, dos gêneros drama e aventura, dirigido por Kevin Costner e baseado em romance de Michael Blake.

O filme é uma produção de Kevin Costner e Jim Wilson, a trilha sonora é de John Barry, a direção de fotografia de Dean Semler, o desenho de produção de Jeffrey Beecroft, a direção de arte de William Ladd Skinner, o figurino de Elsa Zamparelli e a montagem de William Hoy, Chip Masamitsu, Steve Potter e Neil Travis.

Conta a história de um oficial de cavalaria que se destaca como herói na Guerra Civil Americana e, por isto, é-lhe dada a chance de escolher o lugar onde quer servir. Ele escolhe um posto longínquo e solitário, na fronteira. Ali estabelece amizade com um grupo de índios Sioux - Lakota, sacrificando a sua carreira e os laços com o exército estadunidense em favor da sua ligação com este povo, que o adopta.

Kevin Costner .... John Dunbar
Mary McDonnell .... Stands With a Fist ("De Pé com Punho")
Graham Greene .... Kicking Bird ("Pássaro Esperneante")
Rodney A. Grant .... Wind in His Hair ("Vento no Cabelo")
Floyd Red Crow Westerman .... Ten Bears ("Dez Ursos")
Tantoo Cardinal .... Black Shawl
Robert Pastorelli.... Timmons
Charles Rocket .... tenente Elgin
Maury Chaykin .... major Fambrough
Jimmy Herman .... Stone Calf ("Bezerro de Pedra")
Nathan Lee Chasing Horse .... Smiles a Lot ("Grande sorriso")
Michael Spears .... Otter
Jason R. Lone Hill .... Worm
Tony Pierce .... Spivey
Tom Everett .... sargento Pepper

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Fogueira Da Saudade

  A Fogueira Da Saudade

Ai que saudades que eu tenho dentro do meu coração
Do tempo que eu fui criança hoje é só recordação
Dos campos cheios de flores do ribeirão
Da minha linda vilinha do padre da capelinha
Da noite de São João
São João, meu São João os balões estão subindo.
A fogueira está ardendo os rojões estão explodindo
São João estou sonhando estou ouvindo
É só imaginação da festa de São João
Que saudade estou sentindo

Viva São Pedro, Santo Antônio e São João.
A Fogueira da saudade está queimando no meu coração

Ah! Se pudesse voltar pros bons tempos de criança
Eu voltava pra vilinha que não me sai da lembrança
Ia pular as fogueiras na vizinhança
Com a Chiquinha da dondoca eu ia estourar pipoca e puxar a sua trança
Não posso ser mais criança tempinho bom teve fim
Só resta voltar por lá olhar tim-tim por tim-tim
Pra recordar meu passado farei assim
Acender uma fogueira e ficar a noite inteira
Me recordando de mim

Viva São Pedro, Santo Antônio e São João.
A Fogueira da saudade está queimando no meu coração

terça-feira, 22 de junho de 2010

James Longstreet

James Longstreet

James Longstreet (8 de Janeiro, 1821 – 2 de Janeiro, 1904), militar dos Estados Unidos da América, foi um dos principais oficiais das Forças Armadas confederadas durante a Guerra da Secessão e um dos colaboradores mais próximos de Robert E. Lee. Foi também um dos personagens controvertidos daquela guerra. Longstreet tem sido frequentemente citado como um tático brilhante, um dos primeiros generais a entender o impacto do advento das armas de alma raiada sobre o modo de conduzir a guerra. Por outro lado, não alcançou sucesso quando obteve comando independente e diversas fontes têm questionado a sua conduta em diversos episódios da guerra, particularmente na Batalha de Gettysburg.

Nasceu em Edgefield (Carolina do Sul). Graduou-se pela Academia Militar de West Point em 1842. Serviu em diversas campanhas contra índios e foi condecorado duas vezes pela coragem durante a Guerra Mexicano-Americana. Com o início da Guerra da Secessão em 1861, pediu baixa do Exército dos Estados Unidos da América, onde possuía a patente de Major. Em Junho daquele ano foi incorporado ao exército confederado com a patente de General de Brigada.

Um mês mais tarde lutou na Primeira Batalha De Manassas. Em Outubro de 1861 foi promovido a Major General. Destacou-se na Campanha da Península, na Segunda Batalha De Manassas e em Antietam. Em Outubro de 1862 veio a promoção a Tenente General. Em Dezembro do mesmo ano, na Batalha de Fredericksburg, o seu 2º. Corpo do Exército da Virgínia do Norte preparou uma posição inexpugnável atrás do muro de pedras de Marye’s Heights, repelindo o ataque e infringindo terríveis baixas aos federais sob Ambrose Burnside. Não participou da Batalha de Chancellorsville por estar numa missão independente ao sul do Rio James.

O ponto mais controvertido da carreira militar de James Longstreet ocorreu na Batalha de Gettysburg.

Após os relativos sucessos obtidos pelos confederados no primeiro dia da batalha, 1 de Julho de 1863, Longstreet relatou que surgiu uma importante discordância entre ele e Gal. Lee sobre a condução posterior da campanha. Longstreet, desejava contornar o flanco da União e posicionar-se entre as tropas federais e Washington, D.C., forçando Meade a atacá-los para defender a capital. Contrário do que acontecia nas Guerras Napoleônicas, desde que o uso de alma raiada estendeu radicalmente o alcance de armas de fogo, o soldado entrincheirado na defesa possuía uma enorme vantagem sobre o atacante, que tinha que percorrer uma longa distância exposto ao fogo preciso. O desequilíbrio era agravado pela doutrina tática da época, herdada dos tempos em que mosquete era inútil a menos de 120 metros. Os infantes progrediam agrupados em densas formações retangulares, representando um alvo grande e lento. Longstreet propunha que a campanha, que era estrategicamente ofensiva, fosse conduzida de forma taticamente defensiva, deixando o ônus do papel de atacante para o oponente.

Entretanto, Lee, deixando de lado a lição que tomou em Malvern Hill, e que ele mesmo deu aos federais em Fredericksburg, e ciente que os recursos da Confederação estavam se esgotando a cada dia, queria uma batalha conclusiva rapidamente. Resolveu atacar Meade onde este se encontrava, apesar da posição vantajosa do adversário.

No segundo dia da batalha, Longstreet recebeu a ordem de atacar o flanco esquerdo dos federais. Lee desejava que o ataque iniciasse ao amanhecer, mas Longstreet conseguiu organizar as tropas para iniciar o assalto apenas no início da tarde. Para posicionar-se para o ataque, Longstreet tomou um caminho que permitiu boa observação aos federais, arruinando qualquer possibilidade de surpresa tática. Mais tarde, os detratores de Longstreet apontariam o atraso e o itinerário mencionados como principais motivos para culpa-lo (e inocentar Lee) pela derrota na batalha. O ataque de Longstreet conseguiu algum avanço, mas sem penetração das defasas principais da União.

No dia seguinte, o último da batalha, Lee deu a Longstreet a missão de atacar o centro das defesas da União sobre Cemetery Ridge. Para isso, destacou 3 divisões, com um total de aproximadamente 15.000 homens. Os comandantes das divisões eram George Picket, Isaac Trimble e J. Johnston Pettigrew. A ação tornou se conhecido como Pickett’s Charge (Assalto de Pickett). Os atacantes teriam que marchar mais de 1200m, sob completa exposição à artilharia federal. Depois, teriam que tomar as posições da União estabelecidas em terreno alto e repelir os contra-ataques dos reforços federais que podiam ser facilmente trazidos dos pontos menos críticos da linha de defesa. O plano de Lee era ruim, e Longstreet aceitou a ordem sob veementes protestos.

O que se sucedeu foi um completo desastre. Os atacantes atingiram as linhas inimigas em um único ponto, mas a penetração foi rapidamente estancada. Os confederados foram repelidos e mais da metade das tropas que empreenderam o assalto não retornou as suas linhas.

Em Setembro de 1863 Longstreet e o seu corpo de exército foram transferido para o teatro de guerra oeste, incorporados ao Exército de Tenessee de Braxton Bragg. Logo ao chagar, teve uma atuação decisiva na Batalha de Chickamauga. Longstreet dispôs 8 brigadas numa forte coluna para atacar uma frente estreita das linhas federais. O resultado foi a ruptura das linhas e uma contundente vitória confederada, atenuada apenas pela tenaz resistência das tropas remanescentes da União sob George H. Thomas.

Longstreet tinha um péssimo relacionamento com Bragg, que logo solicitou ao presidente Jefferson Davis que o corpo de Longstreet fosse destacado para operar contra o Exército do Ohio de Ambrose Burnside, no leste de Tennessee. Assim Longstreet ganhou o seu primeiro comando independente. Mas dessa vez Burnside, o derrotado de Fredericksburg, em parte deu o troco. A campanha foi completamente estéril, servindo apenas para reduzir as forças de Bragg na crucial Batalha de Chickamauga. O corpo de Longsteet foi reincorporado ao Exército da Virgínia do Norte, retornando para o Leste.

Em 6 de Maio de 1864 a divisão de vanguarda do seu corpo chegou ao campo da Batalha de Wilderness no exato momento de empreender um brilhante contra-ataque, empurrando as forças de Winfield Hancock e equilibrando o resultado do confronto. Longstreet foi ferido pelo fogo amigo, e ficou fora dos combates até Outubro daquele ano, quando participou da defesa durante o Cerco de Petersburg. Acompanhou Lee nos derradeiros combates da guerra no leste durante a Campanha de Appomattox até a rendição em 9 de Abril de 1865, comandando além do seu 1º corpo também o 3º corpo do Exército da Virgínia do Norte.

No pós-guerra aderiu ao Partido Republicano (Estados Unidos da América) e ao plano de Reconstrução estadunidense, provocando a ira de alguns dos antigos companheiros das armas. Foi tornando se um dos “bodes expiatórios” da derrota. Retomou a amizade com o Presidente Grant, que datava dos tempos da academia militar.

Inicialmente, estabeleceu–se em Nova Orleans. Até a morte, exerceu diferentes cargos públicos, incluindo a embaixada para a Turquia.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Lanceiros Negros

Lanceiros Negros é o nome dados à dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros .

Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas. Ajudou, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina. Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.

Foram seus oficiais, entre outros:

• Coronel Joaquim Pedro
• Coronel Joaquim Teixeira Nunes
• Tenente Manuel Alves da Silva Caldeira
• Capitão Vicente Ferrer de Almeida
• Capitão Marcos de Azambuja Cidade
• Primeiro-tenente Antônio José Coritiba
• Segundo-tenente Caetano Gonçalves da Silva (filho de Bento Gonçalves)
• Segundo-tenente Ezequiel Antônio da Silva
• Segundo-tenente Antônio José Pereira

1.º Corpo de Lanceiros Negros, ao comando do tenente-coronel Joaquim Pedro Soares e subcomandado pelo então major Teixeira Nunes, teve atuação importante na Batalha do Seival, em 11 de setembro de 1836, em reforço à Brigada Liberal de Antônio de Sousa Netto que surgiu por transformação do Corpo da Guarda Nacional de Piratini integrado por 2 esquadrões com 4 companhias, recrutados em Piratini e em seus distritos Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai .

" As tropas para o combate de Seival foram dispostas por Joaquim Pedro, na qualidade de imediato e assessor militar de Antônio Netto. Deixou um esquadrão em reserva que foi empregado em momento oportuno, decidindo a sorte da luta."

Segundo Docca, coube a este bravo e a Manuel Lucas de Oliveira convencerem Antônio Neto da proclamação da República Rio-Grandense, bem como "a grande satisfação de ler, às 11, no campo do Menezes, à frente da garbosa tropa por ele instruída, a Proclamação da República Rio-Grandense".

O Corpo de Lanceiros Negros era integrado por negros livres ou libertados pela Revolução e, após, pela República, com a condição de lutarem como soldados pela causa..

O 1.º Corpo foi recrutado, principalmente, entre os negros campeiros, domadores e tropeiros das charqueadas de Pelotas e do então município de Piratini (atuais Canguçu, Piratini, Pedro Osório, Pinheiro Machado, Herval, Bagé, até o Pirai e parte de Arroio Grande).

Excelentes combatentes de Cavalaria, entregavam-se ao combate com grande denodo, por saberem, como verdadeiros filhos da liberdade, que esta, para si, seus irmãos de cor e libertadores, estaria em jogo em cada combate. Manejam como grande habilidade suas armas prediletas - as lanças. Estas, por eles usadas mais longas do que o comum. Combinada esta característica, com instrução para o combate e disposição para a luta, foram usados como tropas de choque, uso hoje reservado às formações de blindados. Por tudo isto infundiram grande terror aos adversários. Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.

Como lanceiros não utilizavam escudos de proteção, mas sim seus grosseiros ponchos de lã - bicharás, que serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva. Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho (bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada. No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.

Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.

Eram rústicos e disciplinados. Faziam a guerra à base de recursos locais, Comiam se houvesse alimento e dormiam em qualquer local, tendo como teto o firmamento do Rio Grande e de Santa Catarina. A maioria montava a cavalo quase que em pêlo, a moda charrua.

Seu vestuário era constituído de sandálias de couro cru, chiripá de pano grosseiro, um colete recobrindo o tronco e na cabeça uma vincha (braçadeira) vermelha símbolo de República.

Como esporas improvisavam uma forquilha de madeira presa ao pé com tiras de couro cru. Esta espora farroupilha acomodava-se ao calcanhar e possuía a ponta bem afiada. Alguns poucos usavam calças, cartola e chilenas(esporas), como o imortalizado em pintura no Museu de Bolonha, Itália.

Parte do 1.º Corpo de Lanceiros Negros participou da expedição a Laguna, ao comando de David Canabarro, que teve como comandante de vanguarda o tenente-coronel Joaquim Teixeira Nunes com seus Lanceiros Negros.

A retirada dos farroupilhas de Laguna para o Rio Grande, através de Lajes e Vacaria, contou com a presença de Teixeira Nunes, Giuseppe Garibaldi, Luigi Rossetti e Anita Garibaldi e foi assegurada por muitos valorosos Lanceiros Negros.

A Surpresa dos Porongos, ocorreu na localidade de Porongos, hoje parte do município de Pinheiro Machado. Em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros de Teixeira Nunes salvaram o desfecho da Revolução Farroupilha de um desastre total. Pelo modo como combateram, salvaram Canabarro e grande parte das tropas e tornaram possível a negociação de uma paz honrosa como e foi a de paz de Ponche Verde, e a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense. Ao final do combate o campo de batalha dos Porongos ficou juncado com 100 mortos farroupilhas.

Segundo descrição do historiador Canabarro Reichardt: Dentre eles 80 eram bravos Lanceiros negros de Teixeira Nunes. Com a surpresa em Porongos, os farroupilhas, passados os primeiros momentos de estupor, recobram ânimo e se dispõem a morrer lutando. Teixeira, o Bravo dos bravos, cujo denodo assombrou um dia o próprio Garibaldi, reuniu os seus lanceiros negros. O 4º Regimento de Linha farroupilha e alguns esquadrões desanimam quando os imperiais se multiplicam, e surgem de todos os pontos. Uma segunda carga imperial e mais impetuosa é também repelida. E este foi o sinal da debandada farrapa geral. Em vão os chefes chamam os soldados ao dever, dando-lhes o exemplo. Nada os contêm e o Exército Farroupilha como por encanto, se dissolve, arrastando consigo ainda os que querem lutar. Apenas alguns grupos mantêm-se resistindo e neles o combate se trava à arma branca. Tombam os lanceiros negros de Teixeira, brigando um contra vinte, num esforço incomparável de heroísmo.

Em 28 de novembro de 1844, Teixeira Nunes e remanescentes de seu legendário Corpo de Lanceiros Negros travaram o último combate da Revolução em terras do Rio Grande, consta que em terras do atual município de Arroio Grande, berço do Visconde de Mauá.

A morte de Teixeira Nunes foi assim comunicada pelo então barão de Caxias, em ofício: Posso assegurar a V. Exa. que o Coronel Teixeira Nunes foi batido no campo de combate, deixando o campo, por espaço de duas léguas, juncando de cadáveres. Eram seguramente cadáveres de Lanceiros negros.

Teixeira Nunes foi um dos maiores lanceiros de seu tempo, e como uma ironia do destino teria caido mortalmente ferido por uma lança manejada pelo braço vigoroso do Alferes Manduca Rodrigues.

Dos Lanceiros Negros restaram mais de 120, que após a paz de Ponche Verde foram mandados incorporar pelo Barão de Caxias aos três Regimentos de Cavalaria de Linha do Exército na Província.

O Império manteve suas liberdades na cláusula IV da Paz de Ponche Verde. São livres e como tais reconhecidos todos os cativos que serviram à República.

Cláusula respeitada por conta e risco pelo Barão de Caxias contrariando determinação superior de os recolher como escravos estatais para a Fazenda de Santa Cruz no Rio de Janeiro .

Caxias usou o seguinte expediente para não os enviar para o Rio De Janeiro. Considerou que eles haviam se apresentado livremente. E a seguir os libertou e os incorporou as três unidades de Cavalaria Ligeira do Exército Imperial no Rio Grande. E em Ponche Verde em D. Pedrito foram acolhidos pelos coronéis Manuel Marques de Sousa e Manuel Luís Osório comandantes de duas unidades de Cavalaria.

Dentre em breve iriam lutar na Guerra contra Oribe e Rosas.

Foi também lembrando Teixeira Nunes e seus bravos lanceiros negros, que o acompanharam na expedição a Laguna, que Giuseppe Garibaldi escreveu: Eu vi batalhas disputadas mas nunca e em nenhuma parte homens mais valentes nem lanceiros mais brilhantes do que os da cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras comecei a desprezar o perigo e a combater pela causa sagrada dos povos.

No Museu de Bolonha, Itália, existe um quadro do Lanceiro Negro Farroupilha, representa um dos célebres lanceiros negros farroupilhas que acompanharam Giuseppe Garibaldi e Luigi Rossetti no retorno de Santa Catarina, após o malogro da República Juliana.

domingo, 20 de junho de 2010

O Fugitivo

O Fugitivo

O matador Frank Harris, capturado por Tex treze anos atrás, foge do cárcere, disposto a refazer sua vida. Mas o destino é traiçoeiro e o implacável ranger está novamente no seu rastro.

Caçado por seus velhos inimigos Tex Willer e Sam Donovan, os mesmos homens que o prenderam treze anos antes, o matador Frank Harris, apesar de suas boas intenções, está de novo fugindo da justiça. Desta vez é inocente, mas não há modo de demonstrá-lo, e sua única esperança de salvação é eliminar os dois rangers em uma emboscada nas montanhas. Além disso, sem que ele e Tex saibam, no seu encalço está também um bando de assassinos enviados pelo pérfido Owen.

sábado, 19 de junho de 2010

Velho Casarão

Velho Casarão

Teixeirinha

Composição: Teixeirinha

Velho casarão já quase tapera
Da grande figueira sombreando o telhado
Se ela falasse contava a história
De quem te plantou há um século passado
Mas como eu sou neto de quem lhe plantou
Eu conto a história casarão amado

Nas suas paredes tem furo de bala
Das revoluções que a história fala
Serviu de trincheira a varanda e a sala
Pra seu construtor meu avô afamado

Ali meu avô doze filhos criou
Sou filho de um empunhou a bandeira
Meu avô morreu e ficou o meu pai
Mandando na estância pela vida inteira
Meus tios foram embora pra outra querência
Ficou o casarão que foi sempre trincheira

Na frente o meu pai seu chimarrão tomava
Comigo no colo ele me embalava
Com a minha mãe os dois cantarolavam
Para mim dormir na sombra da figueira

Lá por trinta e dois houve outra revolta
As forças chegaram e foram invadindo
Meu pai minha mãe abraçados aos fuzis
Velho casarão outra vez resistindo
Lá do meu berço eu sai engatinhando
Pra ver e ouvir a bala zunindo

As forças recuaram acabou a desgraça
A figueira grande abafou a fumaça
Meu pai demonstrou ter ficado com a raça
Do meu velho avô que brigava sorrindo

Casarão querido da grande figueira
Ali fiquei moço faceiro e pachola
Meu pai me ensinou a ser bom cantador
E o primeiro acorde de uma viola

Depois veio a morte e levou os meus pais
Sai pelo mundo minha fama rola
Quando ficar velho, velho casarão
Volto pra contigo tombar no chão
Da grande figueira quero o meu caixão
E pra minha alma o céu por esmola

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Marcas do Passado

Marcas do Passado

Montales, um dos mais antigos amigos de Tex, volta à vida de fora-da-lei. Uniu-se ao exército de desperados do terrível Nacho Gutierrez, antigo parceiro de atividades criminosas. Decidido a compreender a razão de uma tão estranha escolha e, caso seja necessário, ajudar o amigo, Tex busca, com um nome falso, integrar-se ao bando. O ranger acabará por descobrir uma história de morte e de vingança, construída sob o signo da tragédia e das trevas. Trata-se de um caso sepultado nas antigas minas de San Rafael, onde ecoa o som lúgubre dos sinos fantasmagóricos.

Tex e Montales, tendo atravessado o rio nos subterrâneos do trágico vale, estão prestes a descobrir o mistério dos mineiros. A dupla será capaz de encontrar o ouro tão cobiçado pelo cruel Nacho Gutierrez? Conseguirão os heróis desvendar a identidade da mulher fantasma? E o que faz badalarem os sinos da igreja abandonada? Para reparar os erros de sua juventude, Montales precisará enfrentar um pequeno exército de foras-da-lei. Mas não o fará sozinho. Terá, ao lado, Tex e alguns novos e inesperados aliados...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Baile Na Serra

Baile Na Serra

Irmãos Bertussi

Composição: Honeyde Bertussi / Adelar Bertussi

Pego na gaita e canto essa melodia
Me lembrando de um baile que eu fui a poucos dias
Foi lá na serra em casa do Mané Romão
E eu tinha um companheiro que era o meu irmão

E o gaiteiro um gaúcho resolvido
Na gaita fez um tinido e já começou a tocar
Tocou um xote pra dançar afigurado
E dos seus versinho rimado já começou a cantar

E uma morena do corpo enfeitiçado
Deu uma olhada pro meu lado e já com ela eu fui dançar
E o meu irmão com uma moça de encarnado
Saiu dançando apertado, coisa de se invejar

Com a morena sai falando baixinho
Devagar e bonitinho e o namoro se arrumou
Mas meu irmão saiu muito apertado
Com a moça de encarnado e o pai dela não gostou

E a meia-noite deu uma briga lá num canto
Quebraram uns três, quatro bancos por causa do meu irmão
De madrugada se acharam novamente
Fedeu a pau e porrete, e a revólver e a facão

Eu sou um qüera que gosto de reboliço
Já me meti no enguiço só pra vê o que ia dar
Me apertaram, me cercaram em cinco ou seis
Dei uns tombo nuns dois, três e não puderam me cortar

O meu irmão índio mal de pensamento
Arranco das ferramenta e muita gente ele cortou
E assim foi até clariar o dia
Pois ninguém mais se entendia até que o baile se acabou

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Última Fronteira

A Última Fronteira

Tex e Carson vão ao Canadá e, com a ajuda de um guia chamado Gros-Jean, têm a missão de descobrir o paradeiro de um dos maiores traficantes de armas da região: Jesus Zane, um homem sangrento e rebelde que mata pelo ódio que possui dos homens brancos.

Através de indicação de um caçador de peles, o coronel Jim Brandon, com mais dois homens, está à procura de Jesus Zane, um dos maiores traficantes da região. Os três avistam uma canoa e, chegando mais perto, observam que existem rastros recentes de três homens. Resolvem seguir a pista e avistam uma cabana.

O coronel Brandon aproxima-se dela e deixa seus dois companheiros atrás, dando cobertura. Chegando mais perto, Brandon é atingido por um tiro que vem de dentro da cabana e seus companheiros são mortos por um índio que fazia a vigia do local.

Uma outra patrulha vinda do norte chega ao local e reconhece Jesus Zane. Começam a atirar, porém Zane e seus homens conseguem fugir. E é essa patrulha que trata do ferimento do coronel Jim Brandon, impedindo que ele morra.

Um mês e meio depois, o coronel, recuperando-se ainda do ferimento, chama os rangers Tex e Carson que, com a ajuda do guia Gros-Jean, têm a difícil tarefa de dar um fim à sangrenta carreira de Jesus Zane.

O coronel Brandon conta aos rangers uma parte da vida de Zane, explicando como ele se tornou um homem extremamente revoltado e sangrento. A fim de conseguir mais esclarecimentos, os rangers e seu guia resolvem ir até a Missão de São José, local onde Jesus passou parte de sua infância sendo criado pelos padres missionários.

Naquela noite, Jesus Zane decide também ir até a Missão de São José. Lá, Zane dirige-se ao prédio que se encontra mais perto da igreja. Jesus acorda um antigo professor seu, o Pe. Elias, e com um punhal na mão, força o missionário a dizer o paradeiro de dois antigos amigos: Nat e Sheewa. O padre revela o local onde os dois moram e, intuindo o pior, pede para que Zane não faça nada de mal a eles.

No final da tarde do dia seguinte, Tex, Carson e Gros-Jean finalmente chegam na Missão de São José, onde logo avistam Pe. Elias. Gros-Jean, que já conhecia o padre, apresenta-o a seus amigos rangers e explica ao padre o propósito da vinda dos dois ao Canadá.

Padre Elias conta que Jesus Zane esteve com ele na noite anterior e que queria saber onde Nat e Sheewa estavam. O padre conta também que durante a infância, Jesus, Nat e Sheewa eram amigos inseparáveis. Porém, com o passar dos anos, surgiu uma certa rivalidade entre Jesus e Nat pela amizade (que havia se transformado em amor em ambos) de Sheewa.

Como Jesus Zane impelido pelo ódio e cheio de rancores fugiu da Missão de São José, Sheewa acabou se casando com Nat. Os rangers decidem então ir imediatamente até à fazenda onde Nat e Sheewa moram.

Lá chegando, encontram Nat ferido na cabeça e ele explica que Jesus Zane esteve por ali e ainda seqüestrou sua mulher, Sheewa. Os rangers tratam do ferimento de Nat e pedem mais informações. Nat confirma que Jesus Zane faz contrabando de armas e uísque. Os rangers prometem fazer todo o possível para trazer Sheewa de volta sã e salva, mas Nat não quer saber de ficar de braços cruzados e decide procurar sua mulher sozinho.

Tex, Carson e Gros Jean voltam a Saskatoon para novamente falar com o coronel Brandon. Os rangers pedem uma lista com nomes e endereços dos comerciantes suspeitos de fazer contrabando na região. Com isso, os rangers entram em ação em busca dos suspeitos com a intenção de descobrir se algum deles faz negócios com Jesus Zane.

No mesmo momento, na missão de São José, Nat conversa com o Padre Elias a troco de saber que fim levaram antigos amigos seus. Nat resolve ir até a taverna de Nariz Curvo, antigo companheiro seu, em Saskatoon.

Na noite seguinte, em um saloon em Saskatoon, os rangers e seu guia Gros-Jean observam Bem Carter, o primeiro da lista de suspeitos de contrabando. Carter vai embora do saloon. Os rangers o seguem até sua casa. Observam que todas as luzes estão apagadas, e decidem entrar. À moda texiana, os rangers arrancam o nome Bernard Boudet, que Carter garante ser um dos homens para qual Jesus Zane trabalha.

Naquele mesmo momento, Nat conta para Nariz Curvo tudo o que havia acontecido com ele e com sua esposa, e demonstrava toda a sua vontade de pegar Jesus Zane. Nariz Curvo fala de um novo carregamento destinado a Jesus, onde um dos membros da tripulação é seu cunhado Louis.

Nat então convence o amigo a irem falar com Louis para propô-lo a deixar Nat ir em seu lugar. Por estar muito resfriado, o cunhado de Nariz Curvo consente em tal proposta. No dia seguinte, Nat embarca com o Capitão Janser mais dois homens e os quatro começam a subir lentamente a correnteza do rio Saskatchewan.

À noite, Tex, Carson e Gros-Jean acham Boudet acompanhado por um de seus capangas. Os rangers não se intimidam e facilmente botam os dois para dormir. Pegam Boudet e o colocam dentro de um bote. Com um balde de água, "delicadamente" acordam o homem, que, depois de muito espernear, acaba informando o local do esconderijo de Jesus Zane.

Os rangers deixam Bernard Boudet nas mãos do Coronel Brandon e começam sua jornada ao encontro de Jesus Zane, mas um imprevisto acontece no meio da viagem: os rangers e seu guia acham uma canoa à deriva no rio. Para surpresa dos três, uma mulher está dentro da canoa, e está morta! Verificam o nome gravado na aliança: é Sheewa. A caçada a Jesus Zane recomeça. Com certeza agora ele haverá de pagar um preço muito mais alto por suas atitudes...

TXE-006 - A Última Fronteira, com texto de Nizzi e desenhos de Goran Parlov, editada em dezembro de 2000, 242 páginas, R$ 7,90 em banca, publicada pela Editora Mythos, medindo 19,2 cm de largura por 27,4 cm de altura. Características desta edição: capa em papel mais encorpado; página de apresentação com editorial dedicado a Hugo Pratt, por Sergio Bonelli; entrevista com Goran Parlov, por Filippo Toccafondi; Matéria: Águia da Noite nas Trilhas do Norte, por Graziano Frediani e ficha técnica de apresentação dos criadores G.L. Bonelli, A. Galleppini, Claudio Nizzi e Goran Parlov. Impressão em preto e branco.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Sonho Do Carreteiro

O Sonho Do Carreteiro

Luiz Menezes

Carreteou anos a fio.
Conhecia palmo a palmo
as estradas da querência;
Sabia onde dava passo
- no tempo das enxurradas -
aquele arroio sotreta
cemitério de carreta
disfarçado em água mansa
Vira nascer muitos ranchos
nesse corredor sem fim.
Sabia que na picada
logo depois do lagoão,
o umbu do enforcado
dera lenda prás estórias
dos bolichos, das ramadas.
Sabia bem todo o causo
da tapera do repecho:
A maula traíra o guasca
e este sem dó nem piedade,
cortara junta por junta
o belo corpo moreno
daquela indiazinha louca
que se engraçara num piá ...
Mas além, no Passo-feio
vira morrer um tal Juca.
Eram três contra o rapaz.
E como morrerra lindo
aquele guasca sem medo ...
A estória ficou em segredo
pois diz que o tal de mandante
era mui relacionado,
e até contraparente
de um graudaço do povo.
Conhecia palmo a palmo
as estradas da querência,
sempre fora carreteiro.
Envelhecera na lida
sem conhecer outra vida
sem ter outra ocupação.
Tinha por seu ganha-pão
a velha carreta amiga
companheira de cantiga
daquele piazinho vivo
que era, alegria e motivo
de seu final de existência.
Pois ficaram bem solitos
mais amigos do que antes
des’que a finada se fora ...
Por isso sempre de noite
a meia luz do candieiro
ficava horas inteiras
mostrando prá seu piazinho
as letras do ABC.
E o piá com muita memória
decorava uma por uma
as letras que galopeava,
ou por outra, engarupava
nas palavras do jornal.
Como era esperto o guri:
Foi duas, três paletadas
já sabia mais que o pai ...
E foi numa dessas noites
que o velho e bom carreteiro
teve um sonho de repente.
E quase num gesto louco
gritou prás quatro paredes
enfumaçadas do rancho:
Meu filho há de ser doutor!
Não há de ser carreteiro,
pois estas mãos calejadas
do peso-bruto, da enxada,
hão de sangrar no trabalho
prá que este piazinho feio
viva melhor do que eu ...
Pura e santa ingenuidade!
O arroio-sociedade
prá o pobre nunca dá vau!
No outro dia cedinho
enveredou para o povo ...
Voltava a velha carreta
A resmungar nas estradas
na viajada da esperança
carregadinha de sonhos.
E o pobre e bom carreteiro
ia falando de tudo
com seu piazinho faceiro
dentro da bombacha nova.
Não esquecia de nada
nos seus conselhos de pai:
Se lá no povo à tardinha
o piá sentisse saudade,
bombeasse prá o horizonte,
que alguém solito decerto
meio tristonho é verdade,
mateando assim com saudade
estaria a lhe esperar ...
Que importa se demorasse,
pois nunca ouvira dizer
que a tal saudade matasse.
Mas nesse dia por certo
Quando voltasse doutor
tudo havia de mudar.
Até o céu com certeza
morada das almas puras
ouviria com ternura
uma indiazinha chorar.
E as estradas da querência
que conhecia demais,
lhe viram passar feliz
com novo brilho no olhar.
Mas lá no povo - cuê-puxa! -
Bateu em todas as portas
clamou por todos os santos
recorreu todos os amigos
- muitos dos quais ajudara -
andou quase mendigando,
Prá dar escola pra o filho
mas ninguém quis lhe escutar ...
E a esperança foi mermando
foi mermando ... e se apagou.
Botou a carreta na estrada
o Piazinho dentro dela
tocou de volta outra vez.
A noite então já chegara.
Naquela enrugada cara
de gigante das estradas
uma lágrima teimosa
veio molhar-lhe o nariz ...
Olhou o filho com carinho,
mas com muito mais carinho
Com mais amor do que antes
e uma queixa derramou:
Quem nasce lutando busca
a morte por liberdade!
Mentira! A tal de igualdade
não existe por aqui ...
Que adianta se amar aos outros
se os outros não dão amor?
Pega a picana, piazinho
e acorda esse boi manheiro,
pois filho de carreteiro
nunca pode ser doutor!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

George Crook

George Crook (8 de setembro de 1828 – 21 de março de 1890) foi um oficial do Exército dos Estados Unidos da América, que se destacou durante a Guerra Civil Americana e nas Guerras Indígenas.

George Crook era filho de Thomas e Elizabeth Matthews Crook e nasceu em uma fazenda em Taylorsville, próxima a Dayton, Ohio.

Foi indicado à Academia Militar pelo congressista Robert Schenck e se formou em 1852. Foi designado ao Quarto Regimento de Infantaria com o posto de segundo-tenente e serviu na Califórnia, em 1852–61. No Oregon e nordeste da Califórnia, ele lutou contra muitas tribos de ameríndios.

Crook foi o comandante da expedição ao Rio Pitt em 1857 e foi ferido por flechas. Ele fundou o Forte Ter-Wer, atualmente conhecido como Klamath, Califórnia. Foi promovido para primeiro-tenente em 1856 e chegou à capitão em 1860. Em 1861 ele se tornou coronel comandando o trigésimo sexto regimento de infantaria dos voluntários de Ohio.

Ele se casou com Mary Tapscott Dailey.

Quando a Guerra Civil começou, Crook assumiu o posto de coronel dos voluntários de Ohio, combatendo na Virginia Ocidental. Foi promovido a brigadeiro em 7 de setembro de 1862. Comandou a brigada de Ohio formada pelos regimentos da Divisão Kanawha que participou da Campanha de Maryland. Crook entrou em ação nas batalhas de South Mountain e de Antietam. Nessa época ele manteve uma duradoura amizade com seu oficial, coronel Rutherford B. Hayes do vigésimo terceiro de infantaria de Ohio.

General Crook comandou uma divisão da cavalaria do Exército de Cumberland na Batalha de Chickamauga e então voltou para a frente oriental como chefe da Divisão Kanawha.

Na campanha da primavera de 1864, o tenente-general Ulysses S. Grant ordenou uma ofensiva da União em todas as frentes. Grant chamou o brigadeiro-general Crook, que estava em Charleston (Virgínia Ocidental) e o mandou atacar a Ferrovia Virginia-Tennessee, importante transporte dos confederados que ligava a capital confederada Richmond (Virgínia) a Knoxville (Tennessee).

Aos 35 anos de idade, Crook se apresentou ao quartel-general do exército da União em City Point, Virginia, onde a missão foi explicada pessoalmente por Grant. Crook foi instruído a marchar com seus homens da Divisão Kanawha contra a estação de Dublin, Virginia, 140 milhas ao sul de Charleston.

Em 29 de abril de 1864, a Divisão Kanawha partiu de Charleston. Crook enviou uma força sob o comando do brigadeiro-general William W. Averell contra Saltville, enquanto rumava para Dublin com nove regimentos de infantaria, sete regimentos da cavalaria e 15 peças de artilharia, uma força organizada de 6.500 homens em três brigadas. Os engenheiros de Crook tiveram que construir várias pontes que permitiram o avanço das tropas.

A coluna chegou em Fayette a 2 de maio e então atravessou Raleigh Court House e Princeton. Na noite de 8 de maio, a divisão acampou em Shannon's Bridge, Virginia, 10 milhas ao norte de Dublin.

O comandante dos confederados, coronel John McCausland percebeu o avanço inimigo e preparava-se para evacuar 1.100 homens. Antes que os transportes chegassem, porém, foi avisado pelo brigadeiro-general Albert G. Jenkins sobre a chegada dos reforços enviados pelo General John C. Breckenridge para deter o avanço de Crook. As forças combinadas de Jenkins e McCausland reuniram 2.400 homens. Jenkins assumiu o comando da operação que tentaria deter Crook.

Na manhã de 9 de maio, Crook enviou seus homens para o sul, nas montanhas Cloyd. Crook mandou a terceira brigada do coronel Carr B. White para tentar abrir um flanco de ataque aos rebeldes. No dia 11, ele enviou a primeira brigada de Hayes e a segunda brigada do coronel Horatio G. Sickel para um ataque frontal aos confederados. Os oficiais desmontaram e desceram a pé. Crook ficou com a brigada de Hayes para liderar o ataque. Depois de uma longa espera, Hayes ouviu o barulho dos canhões à esquerda e ordenou o avanço de seus homens.

Os soldados da União fizeram vários prisioneiros e o General Jenkins foi ferido. Enquanto a batalha da Montanha Cloyd ainda se desenrolava, um trem chegou à estação de Dublin e trouxe 500 soldados descansados do general da cavalaria confederada John Hunt Morgan, que tinham lutado contra Averell em Saltville. O coronel Hayes, que assumira temporariamente o comando de Crook que ficou em dificuldades, imediatamente recrudeceu o ataque aos inimigos. O General Crook chegou pouco tempo depois com o resto da divisão e os inimigos foram dobrados e fugiram. A batalha da montanha Cloyd custou à União 688 baixas, enquanto os confederados sofreram 538, entre mortos, feridos e capturados.

Crook instalou seu comando em Dublin, onde ele tomou posse da ferrovia e dos armazéns militares. Na manhã seguinte, os principais efetivos do seu exército rumaram para a ponte do Novo Rio.

Os confederados, agora liderados pelo coronel McCausland, esperaram do lado este do Novo Rio para defender a ponte. Crook ordenou que a ponte fosse destruida e ambos os lados assistiram a magnifica estrutura desabar nas águas do rio. McCausland então foi com seus comandados para o leste.

O general Crook enviou tropas para se juntar a Sigel no Vale de Shenandoah. Tendo completado a maior parte da missão com a destruição da ferrovia Virginia-Tennessee, Crook voltou para a base da União em Meadow Bluff, no oeste da Virginia.

Em agosto, Crook assumiu o comando do exército da Virginia Ocidental. Crook liderou seus soldados na campanha de 1864 e nas batalhas de Opequon, Fisher's Hill e Cedar Creek. Em 21 de outubro de 1864, Crook foi promovido à major-general dos voluntários.

Em fevereiro de 1865, o general Crook foi capturado por cavaleiros confederados em Cumberland, Maryland e foi libertado um mês depois. Ele então assumiu o comando da divisão da cavalaria do Exército de Potomac durante a campanha de Appomattox que terminaria com o fim da Guerra Civil.

Encerrada a Guerra Civil, George Crook foi convidado ao posto de major-general no exército regular da União, mas preferiu servir como tenente-coronel no vigésimo-terceiro regimento da infantaria na fronteira noroeste da costa do Pacífico. Ali ele moveu campanhas militares contra os índios Paiute. O presidente Grant então ofereceu a Crook o comando do território do Arizona. Crook, usando batedores apaches conseguiu uma trégua com Cochise e seus guerreiros. Em 1872 o Arizona estava pacificado e Crook foi indicado para general-de-brigada do exército regular. A missão seguinte foi enfrentar os Sioux durante a "Grande Guerra Sioux de 1876-77". Ele lutou contra os Lakota na batalha de Rosebud.

Crook comandou o Departamento Indígena de Platte, de 1875 a 1882, sendo o quartel-general localizado em Forte Omaha no norte de Omaha, Nebraska.

Em 1882, Crook voltou ao Arizona. Os apaches estavam novamente em guerra contra os americanos, liderados por Geronimo. Crook forçou os guerreiros a se renderem, mas Geronimo escapou. Em sinal de respeito, os índios chamavam Crook de Nantan Lupan, que significava "Raposa Cinzenta". Nelson A. Miles substituiu Crook no comando do território e terminou a guerra Apache, enviando Geronimo, a tribo Chiricahua e os batedores apaches do exército ao exílio na Flórida. Conta-se que Crook ficou furioso com o destino dos batedores índios, enviando vários telegramas de protesto para Washington. O presidente Grover Cleveland o substituiu no comando da divisão do Missouri em 1888.

Crook passou seus últimos anos discursando contra o tratamento injusto dado a seus antigos adversários índios. Ele morreu repentinamente em Chicago. Crook foi enterrado em Oakland, Maryland, mas depois seus restos passaram para o cemitério militar de Arlington, em 11 de novembro de 1898.

Nuvem Vermelha, lider dos Sioux, disse de Crook quando ele morreu, "Até onde eu sei, ele nunca mentiu para nós. Suas palavras nos davam esperança."

Quem É Você Agora

Quem É Você Agora

Teixeirinha

Eu não esperava que você chegasse ao ponto que chegou
Desemcabeçada pelo vagabundo que lhe carregou
Também apoiada pelos cafajestes que não lhe criou
Depois de ser gente a mulher decente, as origens voltou
Eu em sua vida te juro que fui um bilhete premiado
Por que há muitos anos eu lhe retirei de um rancho esfarrapado
Lhe trouxe comigo enfeitei teu corpo que era amarrotado
Lhe matei a fome e te dei um nome divino e honrado

Formamos um par querido de todos pelo mundo afora
Sem papel casamos em nome de Deus e nossa senhora
Lhe tornei esposa desse homem honesto que lhe canta agora
Lhe dei o perfil de uma miss brasil bonita por fora
És feia por dentro porque acumulas mentira e maldade
Herdasde ao nascer na cama humilde da natalidade
Tentei corrigir todos seus defeitos, toda falsidade
Fiz tudo porque; prá chamar você; mulher de verdade

Em troca de tudo que fiz pro você recebi o mal
Fugiste de mim quando eu me encontrava naquele hospital
Robou os meus filhos que eu amava e amo mulher desleal
Você me judiou, mas não derrubou a minha moral
Mulher eu não nego você foi alguém que mais amei na vida
A prova está aí no meu coração abriste uma ferida
Resta a cicatriz porque não esqueço a filhinha querida
E o filho adorado tem um pai honrado e uma mãe perdida.

sábado, 12 de junho de 2010

O Caçador De Homens

O Caçador De Homens

O sargento Will Torrence, desertor do exército americano junto a um grupo de soldados, fundou uma comunidade livre nos Montes Coronados, em que brancos e peles-vermelhas vivem em harmonia, enquanto o rígido e cruel major David Craig, temendo pela sua carreira e animado por insanos propósitos de vingança, manda atrás dos desertores um bando de caçadores de recompensa liderados pelos cruéis Hoss O'Brien e o mestiço Mickey Finn, uma verdadeira dupla de cascavéis que não hesita em matar e torturar. Tex se coloca ao lado dos fugitivos e os ajuda a fugir para o México, numa aventura em que o Oeste mostrado pelo roteirista Mauro Boselli, amargo, violento, carregado de ódio e preconceitos, fica impresso na mente do leitor, sobretudo pelos belos traços do desenhista Carlo Raffaele Marcello.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sistema Antigo

Sistema Antigo

Os Monarcas

Um pouco de saudade lá do meu rincão
Um gesto de carinho da gaúcha amada
Um toque de cordeona e um bom chimarrão
Um quera pacholento pra contar pueradas

Eira eira boi tempo feliz que muito longe vai
Eira eira boi no velho rancho do meu velho pai
Antigamente se carneava um boi
Se convidava toda a vizinhança
Era uma festa de violão e gaita
Lá pelas tantas começava a dança
E gauchada pela noite afora
Faziam farra ate romper a aurora

Eira eira boi tempo feliz que muito longe foi
Eira eira boi tempo feliz que muito longe foi
Quem se criou pelo sistema antigo
Cá na cidade vive inconformado
E quando encontra algum gaúcho amigo
Fala de tudo que lembra o passado
Canta saudade do gorjeio triste
Lembra do tempo que já não existe

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pocahontas

Pocahontas

Pocahontas (1595 - 23 de março de 1617) foi uma índia que casou com o inglês John Rolfe, tornando-se uma celebridade no fim de sua vida. Era filha de Wahunsunacock (conhecido também como Powhatan), que governava uma área que abrangia quase todas as tribos vizinhas na região de Tidewater, no estado de Virgínia (chamada naquele tempo de Tenakomakah). Seus verdadeiros nomes eram Matoaka e Amonute; Pocahontas era um apelido de infância. A vida de Pocahontas deu margem a muitas lendas. Tudo que se sabe sobre ela foi transmitido oralmente de uma geração para outra, de modo que seus pensamentos, seus sentimentos e sua origem histórica permanecem muito desconhecidos. Sua história se transformou num mito romântico nos séculos seguintes à sua morte, incluindo um filme da Disney (Pocahontas) e também no filme O Novo Mundo (The New World) (2005), dirigido por Terrence Malick e estrelado por Colin Farrell e Christian Bale.

Pouco se sabe sobre a infância de Pocahontas. Ela era filha do chefe Powhatan com uma de suas várias esposas; foi afastada de sua mãe após seu nascimento, como era tradicional com as esposas de Powhatan.

Pocahontas teria tido um romance com o capitão da marinha inglesa John Smith. No entanto, não existem relatos que confirmem a veracidade deste facto.

Durante sua estada em Henricus, Pocahontas encontrou-se com John Rolfe, que caiu de amores por ela. Rolfe, cuja esposa e filha tinham falecido, tinha cultivado com sucesso uma nova espécie de tabaco em Virgínia e tinha gasto muito de seu tempo lá para a colheita. Ele era um homem muito religioso que se angustiava com as potenciais repercussões de casar com uma selvagem. Em uma longa carta dirigida ao governador, pediu permissão para casar-se com ela, relatando seu amor por ela e sua crença de que ela poderia ter sua alma salva. Ele alegou que não estava somente movido "pelo desejo carnal, mas pelo bem desta plantação, pela honra de nosso país, pela Glória de Deus, pela minha própria salvação... ela se chama Pocahontas, a quem dirijo meus melhores pensamentos, e eu tenho estado por tanto tempo tão confuso, e encantado por esse intricado labirinto...". Os sentimentos de Pocahontas sobre Rolfe e a união são desconhecidos. Casaram-se em 5 de abril de 1614. Viveram juntos nos anos seguintes na plantação de Rolfe, Varina Farms, que estava localizada ao lado do James River, na nova comunidade de Henricus. Tiveram um filho, Thomas Rolfe, nascido em 30 de janeiro de 1615. Sua união não obteve sucesso no sentido de trazer o cativos de volta, mas estabeleceu um clima de paz entre os colonos de Jamestown e a tribo de Powhatan por muitos anos; em 1615, James Habor escreveu que desde o casamento "nós tivemos um amigável comércio não só com os Powhatans como também com todas aqueles que estavam em nossa volta".

Os responsáveis pela colônia de Virgínia encontravam dificuldade em atrair novos colonos para Jamestown. Com o objetivo de encontrar investidores para assumir os riscos, usaram Pocahontas como um jogo de marketing, tentando convencer os europeus de que os nativos poderiam ser domesticados; buscavam desse modo salvar a colônia. Em 1616, os Rolfes viajaram para a Inglaterra, chegando no porto de Plymouth e dirigiram-se para Londres em Junho de 1616. Foram acompanhados por um grupo de 11 nativos. Pocahontas entreteve várias reuniões da sociedade. Ao chegar, O rei não queria recebê-la formalmente. Por isso, Smith, que estava em Londres, ao saber disso, escreveu uma carta ao rei contando como Pocahontas havia salvo-os em Jamestown, da fome, frio e da morte. O Rei, por causa disso aceita recebê-la. Pocahontas e Rolfe viveram no subúrbio de Brentford por algum tempo. Em março de 1617, tomaram um navio e retornaram à Virgínia. No entanto, o navio havia somente chegado à Gravesend, no Rio Tamisa, quando Pocahontas ficou doente. A natureza da doença é desconhecida, mas pneumonia, varíola ou tuberculose são os diagnósticos mais prováveis. Ao desembarcar, ela morreu. Seu funeral ocorreu em 23 de Março de 1617, na paróquia de Saint George, Gravesend. Em sua memória, foi erguida em Gravesend um estátua de bronze em tamanho real.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Alma Apaixonada

Alma Apaixonada

Os Monarcas

Composição: João Argenir dos Santos / Varguinhas

Quando às vezes sinto uma saudade impertinente
que faz a gente sofrer calado e nem chorar porque ultrapassou
todos os limites que essa minha alma apaixonada
numa loucura desenfreada chorei demais e meu pranto secou.

O vento que vai, o vento que vem
sempre traz lembranças de quem amei
O perfume dela, a saudade dela
tudo o que vivemos não esquecerei

Coração que bate,
lábios que murmuram na tarde que cai
Quase posso ver ela junto a mim essa dor não sai. [2x]

Resta cantar esse chamamé para esquecer o cheiro da flor
que era minha vida e onde está agora o meu grande amor? [2x]

Quando a noite chega, a lua cheia, o céu estrelado
penso em nós dois, e olho a meu lado:
há um vazio, o meu bem não está.

Sou barco à deriva, em noite escura um mar agitado
um cão sem dono, um violão quebrado,
está faltando alguém para me consolar.

O vento que vai, o vento que vem
sempre traz lembranças de quem amei
O perfume dela, a saudade dela
tudo o que vivemos não esquecerei

Coração que bate,
lábios que murmuram na tarde que cai
Quase posso ver ela junto a mim essa dor não sai. [2x]

Resta cantar esse chamamé para esquecer o cheiro da flor
que era minha vida e onde está agora o meu grande amor? [2x]

terça-feira, 8 de junho de 2010

La mano del morto

La mano del morto

Tex 593 – “La mano del morto“, de Março de 2010, Tex 594 – “Quel treno a mezzogiorno“, de Maio de 2010 e Tex 595 – “Deadwood“, de Junho de 2010. Argumento de Mauro Boselli, desenhos de Alfonso Font e capas de Claudio Villa. História inédita em língua portuguesa.


James Butler Hickok, mais conhecido por Wild Bill Hickok foi uma das lendas do velho oeste americano. Lutou no exército da União durante a Guerra Civil e, depois desta, ganhou fama como jogador profissional e fora da lei. Envolveu-se em vários duelos épicos, rapidamente explorados pela imprensa sensacionalista da época, acabando por morrer durante um jogo de póquer num saloon em Deadwood, no Dakota.

Reza a lenda que, não encontrando vago o seu lugar habitual, Hickok acabou por sentar-se de costas para a porta, sendo baleado por Jack McCall. Na altura, dispunha de um par de ases, um par de oitos e uma dama, conjunto de cartas este que ficou para sempre conhecido como a “Mão do Morto”. E é desta forma que Boselli inicia esta aventura, certamente uma das melhores de sempre da série.

Não se trata de retratar a vida preenchida desta personagem símbolo da história do oeste, nem tão pouco colocar Tex novamente ao lado de figuras históricas. Boselli vai mais além, aproveitando a História para subir ao patamar da intriga política.

Tudo começa em Deadwood, em Agosto de 1876. Um homem entra num saloon e é convidado para se juntar a um jogo de póquer. Os factos seguintes fazem parte da História, mas o argumento de Boselli é suficientemente rico e de tal modo bem elaborado que em breve nos vemos em presença de um magistral complot político.

Uma história de delitos aparentemente sem ligação entre si, mas que Tex, Carson e Kit vão conseguir interligar chegando até ao episódio do assassinato de Will Bill Hickok. Uma história rica em acontecimentos, em acção, em elementos históricos, verdadeiramente fascinante, com personagens que fazem parte do imaginário do velho oeste, enriquecedoras de uma aventura épica onde Boselli consegue conjugar na perfeição a história do velho oeste com toda a atmosfera texiana, mantendo sempre latente a tensão e o mistério, apesar da extensão da aventura.

Nota-se que estamos em presença de um projecto ambicioso do autor, com uma grande concentração de factos e personagens, algo que Boselli consegue gerir espantosamente, provando, uma vez mais, ser um autor de enormes recursos narrativos, caracterizando densamente personagens e manipulando factos históricos com uma simplicidade notável.

Mais um excelente trabalho para Alfonso Font. Já o dissemos, o espanhol parece estar talhado a desenhar os melhores argumentos de Boselli. Aqui, uma vez mais, um trabalho de elevada qualidade em qualquer cenário e na composição das personagens. Will Bill está excelente, mister Black inesquecível. Óptimas sequências, como toda a que decorre no teatro, a cena do assassinato de Will Bill Hickok, no hotel, o duelo final no saloon de Deadwood.

Font está no auge das suas possibilidades, domina recursos, domina personagens e ambientes. Um traço sintético aqui, mais elaborado acolá. Menos porco que o de Ortiz, mas um traço que parece ser particular nos autores espanhóis.

Esta aventura vem afirmar Boselli como um autor que agarra em pleno ao personagem de G.L. Bonelli, modelando-o ao sabor do tempo, deste tempo, sem deixar cair o mito. Mas demonstra também um autor que, ao mesmo tempo, actua em redor do protagonista, sublinhando sempre o seu lado mais épico e justiceiro, em detrimento do ranger duro e viril bonelliano.

No final, a verdade dos factos não é desvendada, porque para Tex o mais importante é que os assassinos paguem pelo que cometeram. Já que a História deixa tantas pontas soltas, permitindo assim inúmeras interpretações subjectivas, é bom que, de quando em vez, surja um autor tão dotado como Boselli disposto a dar-nos a sua interpretação para deleite de nós leitores. E realmente o autor tem se mostrado digno de estar ao lado de Nizzi no staff de roteiristas texianos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Cavalo Crioulo e o Soneto

O Cavalo Crioulo e o Soneto

Vasco Mello Leiria

Pseud.: Capitão Caraguatá

Lombo liso, o pescoço bem plantado
O peito largo, a garupa forte e rica,
Bons aprumos e bem proporcionado
O meu pingo crioulo pontifica,

Desde a lenda, com arte, emoldurado...
O soneto é seu par, e notifica,
Entre os quatorze versos, enquadrado,
O fundo, a forma, com que justifica,

A sua "unidade e harmonia"...
Pingos buenos, que, em rima, vão troteando,
Com impulsão da raça, e... de estesia,

E, baralhando o freio, tempo a fora,
Soberbos como china... se amansando,
Com muito jeito, com estro e com espora.