quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Veterinária Campeira

Veterinária Campeira

Mano Lima

Pra se curar a basteira a experiência determina
Azeite de mocotó mesclado com creolina
Se o guaxo não quer mamar hay que trocar a chupeta
Cavalo com dor de urina dê-lhe três cerveja preta

Cachorro com mal do sangue em dez dia tá curado
Se usar uma coleira de sabugo sapecado
todo castrador de potro já tem como devoção
Atirá os bago pra frente pra não ficar tropicão

Se o guaipeca anda sarnento, se coçando que dá pena
Esfregue lã de pelego moiada com querosena
Nos beliscão das esquila,pra prevenir a bicheira
É passar óleo queimado com carvão de corticeira

Pra galinha largá o choco só banhando com água fria
A égua que tem cornio duvido que pegue cria
Só castra na lua nova quem gosta de ver sangüera
Abra o olho com o miomio quem leva boi pra fronteira

O carbúrculo não tem cura nem debaixo de promessa
Não perca o tempo tratando um touro que quebra a peça
Cachorro que come ovo e petiço que se empaca
São males que a gente cura com chá de casca de vaca

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ópio, Amor E Traição


Tex e Carson estão na pista do assassino de um ranger que estava investigando o contrabando de ópio. Este ranger foi morto por Rick Duvall, que junto com sua cúmplice Eva Morgan são os distribuidores da droga e trabalham como atores numa companhia teatral.

Um dos componentes da trupe, Ruby, descobre que os dois são os "mensageiros do ópio" e onde guardam a droga. Tex e Carson suspeitam da rápida saída da companhia teatral da cidade de Gunnison, sem ter terminado as apresentações, mas são espionados por um dos componentes do bando, que avisa o chefão do tráfico. Ao conversar com um bêbado, eles obtêm a confirmação de que o assassino é mesmo Rick.

John Morgan, chefe do grupo de tratro descobre que Eva e Rick são amantes e resolve dissolver a companhia após as apresentações em Montrose, porém Ruby substitui as balas do revolver usado na apresentação e, sem saber disso, Morgan mata Rick.

Tex e Carson interrogam Morgan e ficam convencidos de sua inocência. Os dois rangers, junto com o xerifem partem para o próximo movimento e revistam as carroças da companhia em busca do ópio, mas não acham nada, pois Ruby havia retirado os pacotes do fundo falso de uma das carroças e escondido em outro local.

Big Joe ouve um resto de conversa entre Eva e Ruby e encaixa as coisas, entendendo que o que os rangers procuravam na batida que deram nas carroças era ópio. Decidido a esclarecer o caso, vai até a cidade e conta aos rangers que Ruby tudo o que sabe, pondo Tex e Carson na pista certa.

Na manhã do dia seguinte Ruby e Eva passam na estação ferroviária para recuperar a droga e saem da cidade, mas Tex e Carson já estão de olho neles. Assim que tomam uma distância razoável da cidade, Eva mata o cúmplice a tiros e os dois rangers apertam a perseguição, mas nem sequer imaginam que a morte chegaria antes deles.

Textos de Nizzi e desenhos de Venturi.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Gaita Do Falecido

A Gaita Do Falecido

Gildo De Freitas

Quando morrer não quero grito e nem choro
Pois eu não quero que a tristeza vá comigo
Peguem minha gaita que pra mim vale um tesouro
E vão tocando até meu derradeiro abrigo

Quando chegar na porta do cemitério
Sei que o porteiro não vai deixar entrar tocando
Até ali já fizeram como eu quero
Larguem da gaita e podem continuar rezando

A minha gaita vou deixar como lembrança
Pra algum dos filhos que tiver a vocação
Eu só não quero ela em mão de criança
Andar rolando pelos banco ou pelo chão

Pra minha esposa eu vou deixar um pedido
Que por ventura de mim se recordar
Se por acaso arranjar outro marido
Na minha gaita não é pra deixar tocar

Não é ciúme não é nada não é intriga
Pouco me importa depois que eu tenha morrido
Eu só não quero que o malvado nunca diga
Fiquei com a gaita e a muié do falecido.

domingo, 27 de novembro de 2011

Davide Bonelli, novo director geral da SBE após o falecimento do seu pai, apresenta-se e agradece publicamente aos leitores nas edições de Novembro

Davide Bonelli, novo director geral da SBE após o falecimento do seu pai, apresenta-se e agradece publicamente aos seus leitores nas edições de Novembro a publicar na Itália.

Obrigado!

Essa é a primeira palavra que quero lhes dizer, depois das infinitas e comoventes demonstrações de carinho que recebemos de milhares e milhares de fiéis leitores, chocados – como eu e como todos da Redacção – com a notícia da repentina morte de meu pai Sergio Bonelli, ocorrida no dia 26 de Setembro de 2011. Obrigado a todos que nos enviaram cartas e telegramas, a todos que deixaram uma mensagem de condolências no nosso site na internet, a todos que nos telefonaram, a todos que se aproximaram de nós durante encontros públicos ou em mostras de BD para apertar a nossa mão, para nos dar um abraço e, sobretudo, para nos fazer saber que Sergio Bonelli havia sido um amigo importante para eles, um ponto de referência, uma daquelas pessoas que pode-se jamais encontrar na vida, mas a sente próxima, quase como se fossem insubstituíveis companheiros de viagem. Sentimentos que conheço e partilho, como podem imaginar.

Hoje sou eu, Davide Bonelli, a mandar a todos vocês uma mensagem de carinho e de reconhecimento: ainda não nos conhecemos, isso é verdade, mas espero poder contar com a vossa confiança e a vossa cumplicidade também no futuro. A partir de agora serei eu a guiar a Editora, a continuar uma tradição familiar, antes ainda que empresarial, iniciada há mais de setenta anos.

E não se preocupem: os nossos redactores e os nossos autores continuarão a trabalhar com um empenho ainda maior, em nome da Aventura com a marca Bonelli. Antes de nos despedirmos e, a renovar o meu mais sincero obrigado, quero mostrar uma imagem (vista ao lado) que nasceu há muito, muito tempo, em 1954, para sermos exactos, quando o meu pai Sergio estreou, com pouco mais de vinte anos, como autor de textos, e foi nas páginas de um livreto colorido ilustrado por Roy D’Ami e dedicado às traquinagens de um pequeno índio chamado Topetinho Vermelho. Ele fez com alegria, mas também com timidez, a esconder-se atrás de um pseudónimo imprevisível, muito diferente daquele Guido Nolitta com que assinaria as suas obras-primas Zagor e Mister No: o nome artístico adoptado foi Annalisa Macchi! A pedido dos pais e acompanhado pelo cachorrinho Migalha, o simpático pele-vermelha deve levar um cesto com comida para a vovó, que mora longe do povoado, no perigoso Bosque de Pinheiros. Mas Chapeuzinho… ops, Topetinho Vermelho não se assusta e parte, pronto para enfrentar perigos de todo tipo, das corredeiras de um rio às emboscadas de um urso faminto. Nem preciso dizer que, no fim, ele consegue ganhar o cocar de penas, “reservado aos mais valorosos guerreiros da tribo“. Eu gosto de pensar que esta imagem será para mim e para todos vocês um divertido amuleto!


Davide Bonelli

sábado, 26 de novembro de 2011

Por Teus Encantos Querida

Por Teus Encantos Querida

Mano Lima

Por teus encantos querida
Tudo na vida eu assumo
Largo do trago e do fumo
E vou pegar ouriço a dente

Boto perna na serpente
Transformo bugiu em gente
E até o capeta se entrega
E cai de joelho na minha frente

Pra mulambo afrescalhado
Não dou prosa, nem arrego
Mulher que anda comigo
Na vida não tem sossego
Adormece suspirando
E me chamando de nego
E até dormindo se lembra do calor dos meus pelego

Por teus encantos querida
Tudo na vida eu assumo
Largo do trago e do fumo
E vou pegar ouriço a dente

Boto perna na serpente
Transformo bugiu em gente
E até o capeta se entrega
E cai de joelho na minha frente

Um frango metido a galo
Eu quebro a pua no treixo
Se o macho se avorota eu logo boto nos exo
E um cuiudo deu relinxo
Eu pego e quebro dos queixo
E guaxo criado a souro côme sal só quando eu deixo

Por teus encantos querida
Tudo na vida eu assumo
Largo do trago e do fumo
E vou pegar ouriço a dente

Boto perna na serpente
Transformo bugiu em gente
E até o capeta se entrega
E cai de joelho na minha frente

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rabo Da Comadre

Rabo Da Comadre

Xirú Missioneiro

Um dia deste eu tava em casa sem mesmo ter o que fazer
Fui visitar meus compadres que a tempo passo sem ver.
É um casal que eu considero e estimo com prazer -
E eu chegar na casa deles ouví a comadre dizer
Compadre espere um bocado
Que eu vou preparar meu rabo pro meu compadre comer.

Só eu sei como a minha comadre faz um jantar ao reponto
E o compadre dava risada daquelas piadas que eu conto -
Com o cheiro do tempero eu chegava ficar tonto
Comadre boa de cozinha seu rabo ficou no ponto.
Vamos acabar com a fofoca
Compadre atrafuia a mandioca que o meu rabo já está pronto.

Como meu gosto de rabada e pra fazer sou preguiçoso
E a tempo que eu prometia pra comadre véia o pouso.
Sempre me trataram bem dispostos e atenciosos
E a comadre me oferece aquele rabo delicioso
Pra ela eu já fui dizendo
Quero amanhecer comendo este rabaço gostoso.

E o meu compadre me disse que andava muito enfastiado
Não come o rabo da comadre porque é muito engordurado.
Que cada vez que ele come, fica tonto loco ansiado
Mais se o compadre gosta coma bem do teu agrado.
Meta bem fundo a cucharra
E espicha bem a beiçarra, pra trás, pra diante, pra os lado.

O rabo era de uma vaca bem gordo, mas bem fresquinho
Comadre me dê a receita pra ver seu eu cozinho
Eu vou levar vocês dois pra comer no meu ranchinho
Meto mandioca emrabada a cozinhar bem cedinho.
Na caçarola de cabo
Quero comer o mesmo rabo com todo jeito e carinho.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Tragédia Do Trem 809


A história tem como ponto de partida a estação de Lovelock, no estado de Nevada, de onde o trem 809 acabara de partir galgando os trilhos da Central Pacífic. Tex Willer está no trem, seguindo para Golconda, onde Carson o espera, mas o trem 809 transporta o pagamento da guarnição de Forte Canby e isso desperta a atenção de um grupo de bandidos, liderados por Lennox, os quais resolvem abocanhar a grana.

Para obrigar o trem a parar, os facínoras desviam o mesmo para um trecho abandonado e sem saída, mas os planos deram errado. Como nevava muito, os maquinistas só perceberam que não estavam nos trilhos certos tarde demais e mesmo freando com potência máxima, não conseguiram evitar o descarrilamento do trem, pois havia muito gelo na linha. Depois da catástrofe fenomenal de ferros e madeiras quebrados e retorcidos, seguiu-se a enorme explosão da caldeira da locomotiva, a qual ocasionou ainda uma avalanche de proporções desastrosas, soterrando quase todos os vagões.

A tragédia levou quase todos os passageiros à morte e Tex, que mudara-se há pouco para o vagão curral (onde viajavam os animais) e um dos últimos do comboio, livrou-se apenas com o braço direito quebrado. Para piorar as coisas, os passageiros que haviam sobrevivido estavam sendo mortos a sangue frio pelos bandidos. Com a ajuda de Shad, o segurança do engenheiro Castleman, que também viajava no mesmo trem, Tex começa a lutar pela vida visando evitar uma catástrofe ainda maior, porém não demora muito e Shad é abatido pelos malfeitores.

A nevasca vai ficando mais forte e Tex sente cada vez mais o braço direito, já improvisado numa tipóia. Ajudado pelo próprio engenheiro Castleman, o ranger quase é atingido numa troca de tiros com os bandidos, de tal forma que, buscando proteção na neve, ambos não conseguem voltar para o que restara dos vagões do trem, ficando à mercê da floresta e do frio implacável. E para ajudar, vem a noite e a nevasca na região é uma das mais fortes dos últimos tempos.

Textos de Boselli e desenhos de Marcelo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Paixão Ingrata

Paixão Ingrata

Composição: Gaúcho Da Fronteira E Velho Milongueiro

Eu sempre ouvia falar em paixão
Até pensei que ela não existia
Imaginava na minha opinião
Que fosse apenas mais uma tolice.
Pensei que fosse uma brincadeira
Falei até que pagava pra ver;
Me convenci que a paixão existia
Naquele dia que encontrei você!

Agora eu sei, que a paixão existe na realidade
Porque em verdade hoje sou um homem muito apaixonado;
Paixão Ingrata que eu choro e reclamo
Pois quem tanto amo não vive a meu lado!

Fiquei sentindo algo diferente
Naquele dia que encontrei você
Coisas que brotam na alma da gente
E escrevendo, dizer não consigo.
É o sentimento mais puro e sublime
Que está na pele no gesto e no olhar;
Se é verdade que amar não é crime
Nós somos livres para nos amar!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pista De Morte


Tex investiga a quadrilha de Johnny Lingo, responsável por uma extensa atividade criminosa, que vai de roubo de gado a assalto a bancos. Seu plano para implodir a organização que chegou a construir uma cidade - Robber City -, é infiltrar-se no bando, passando por assaltante de banco. Até a chegada de Tex, Robber City era uma fortaleza desconhecida da lei. Embora tenha descoberto o esconderijo e passado sua localização para as autoridades, Tex sente-se na obrigação de ajudar a destruir a cidade sem lei. Para tanto inicia um plano que tem como objetivo abrir caminho aos agentes da lei.

Textos de G.L.Bonelli, desenhos de E.Nicolò e capa de Claudio Villa.

domingo, 20 de novembro de 2011

Abram Cancha Pro Rio Grande

Abram Cancha Pro Rio Grande

Grupo Rodeio

Reminiscências versos xucros no ar
Galpão meu tento a sarandeios te tranço
E abram cancha pro Rio Grande passar
E abram cancha pro Rio Grande passar

Riscando assoalho bombeando pra cumeira
Reponto rimas num bailado a recordar
Fogões chaleiras e um candieiro a meia-vida
Que as duas braças não dava pra se enxergar

De sul a norte sinto o calor dos galpões
Braseiro aceso luz divina do campeiro
Rodas de mate que irmanam nossos peões
Neste compasso galponeiro balanço

Reminiscências versos xucros no ar
Galpão meu tento a sarandeios te tranço
E abram cancha pro Rio Grande passar
E abram cancha pro Rio Grande passar

Entreverado retalhando a polvoadeira
Num trote largo a gaita me faz trotear
No figurado remanchando uma vaneira
Nossa cultura que se expressa ao dançar

sábado, 19 de novembro de 2011

Terror Na Selva


Tex e Carson são chamados no comando da guarda-rural em Phoenix para investigar a morte de um tenente (Moore) do forte Myers, na costa ocidente da Flórida. O mesmo morrera sobre circunstâncias misteriosas e trouxera consigo um amuleto de ferro com estranhas inscrições e um "M" grafado no mesmo, alem de que no ultimo fôlego de vida, o Ten. Moore se limitou a repetir constantemente a palavra "Vodu".

Por conta do "M" inscrito no amuleto, o nome do arqui-rival Mefisto é logo lembrado , o que é imediatamente refutado por Tex, lembrando para Carson que o velho bruxo se encontrava preso num hospício em Flagstaff, se é que estava vivo! Como Carson só se convence com fatos palpáveis, é passado um telegrama para os Rangers daquela cidade e ai uma surpreendente noticia vem à tona: Mefisto fugira há dois anos daquele hospital.

Pela gravidade do caso e ainda mais envolvendo pessoa de alta periculosidade como era Mefisto, os dois pards partem para Flagstaff. Lá obtêm muitas informações. Primeiro com o Dr.Toland, proprietário e médico do hospício, local que levava seu nome e depois com o coronel Farrol dos rangers.

Ambos colocam os pards a par dos fatos: a fuga de Mefisto fora planejada e executada por 3 amigos negros (Dambo, Loa e Otami) do companheiro de cela de Mefisto, um certo Jean de Lafayette, rico e fanático fazendeiro do Haiti, ligado a uma seita religiosa mui perigosa, o vodu!

Realmente, Mefisto e Jean - que se intitulava "Barão de Samedi" ou Senhor dos Funerais do vudu - juntos com vários negros da Flórida, liderados pelo gigante Dambo, estavam armando uma revolta para dominar o local. Para tal, várias estratégias foram empregadas, como residir num local de difícil acesso e daí usarem um castelo medieval literalmente no meio das savanas da Flórida e cercado por inúmeros perigos e animais agressivos como víboras venenosas e ferozes crocodilos, além de tentar alianças com os indígenas locais, os Seminoles.

Esta aliança com os índios seminoles, no entanto, não é recebida com simpatia por seu chefe,Yampas, pois este se mostra incrédulo das inúmeras promessas de Dambo, como a de domínio local total e derrota de todos oponentes, inclusive do exército, o que gera atritos entre os dois e insatisfação de Mefisto e do Barão de
Samedi.

Por conta disto, o terrível bruxo decide usar de seus poderes transcendentais de magia para influenciar os indecisos e incrédulos índios, mas o resultado é o oposto do esperado, pois agora com mais temor ainda, a resposta negativa a união de forças entre a raça negra vudu e os índios seminoles é irreversível. Em represália a afronta indígena, Dambo fere gravemente a Yampas que só é salvo graças à intervenção milagrosa de seu feiticeiro, Ho-yan.

Ainda alheio a tudo isto Tex e Carson, após mandarem telegrama para Kit e Tigre, partem para New Orleans onde os 4 pards se encontram, a fim de traçar suas ações e precauções em face do complicado caso. Lá todos os 4 decidem tomar uma barca chamada Miame com destino a Tampa, para depois seguirem para o forte Myers. No entanto as dificuldades previstas por Tex e seus amigos iniciam antes do esperado pois já na barca Tex e Carson são atacados por negros seguidores do vodu.

Após a tentativa homicida dentro da barca Miame, Tex consegue resgatar do mar um dos negros vodus, que caíra nas águas durante luta corporal entre ambos; como gratidão ao Ranger este negro chamado Thomas decide contar o que sabe e cita um local : Black Baron. No entanto, ao se dirigir ao seu camarote para uma conversa mais detalhada com Thomas, Tex o encontra com um punhal nas costas, e o infeliz só tem tempo de dizer: "É a vingança vodu!".

É feita busca dentro da barca mas o assassino encontrado prefere o suicídio no mar bravio e infestado de tubarões famintos a um interrogatório feito pelo ranger. Tex e seus amigos ficam espantados com o fanatismo destes negros, e também muito frustrados, pois ficam de mãos vazias.

Diante da situação, os 4 pards aguardam a chegada em Tampa para dar inicio às investigações. Lá chegando e após se alojarem no hotel Sarasota, planejaram jantar no restaurante Barracuda, no entanto, eles não têm tempo nem para uma boa digestão, pois um cesto cheio de venenosas cobras corais lhes é jogado como sobremesa, pela janela do restaurante, por um negro que passava pelo local.

Os fanáticos do vodu já sabiam da presença dos nossos amigos na cidade devido a um espião dentro da Miame e se mostram realmente muito atrevidos e agressivos. Não sabem eles é que Tex prefere malhar o ferro enquanto este se encontra quente, e assim, como era previsível, decide partir para o contra-ataque.

Já que não existe mais o elemento surpresa, e em plena fase da agressão, os 4 pards decidem ir ao local de Tampa menos recomendado para os turistas brancos irem conhecer: a taverna negra Black Baron. Contudo pelas poucas informações colhidas com o infeliz Thomas, nossos amigos sabem que a taverna é só uma fachada; ela na realidade é o principal covil dos fanáticos seguidores do vodu.

Para retribuir o "presente" do jantar Tex decide levar algumas "bananas" de dinamite e literalmente abalar a estrutura do covil do vodu. Realmente, depois de refeitos do susto, e já reconhecendo seu oponente, os negros lançam mão de punhais, cadeiras e tudo o mais para liquidar os 4 pards. A luta torna-se atroz e só é interrompida com a intervenção do xerife local.

Sem dar queixa ao xerife do pequeno "incidente" e ao mesmo tempo colocando o mesmo a par de toda situação, Tex e os seus partem para Forte Myers. Desta vez, porém, eles decidem usar uma tática diferente da empregada durante o último encontro com o bruxo e não se separam, seguindo todos juntos até o fim.

No caminho para o forte, eles coincidentemente cruzam com uma patrulha do mesmo e Tex descobre que os índios Seminoles foram atacados pelos negros, o que significaria que não existia ainda aliança entre os dois povos e também que Tex poderia tê-los como preciosos aliados.

É neste instante que o plano de Tex começa a dar os primeiros frutos e os de Mefisto e do Barão de Samedi iniciam uma viagem fadada ao fracasso. Por necessitar agir de imediato, Tex designa Tigre para ir à aldeia Seminole falar com o chefe Yampas, e é acompanhado pelo batedor do forte Myers, um índio seminole chamado Ocala. O próprio Tex, após relatar situação atual para o comandante do Forte, também segue para aldeia dos Seminoles e consegue o apoio deles em troca da paz com os casacas-azuis.

Por outro lado, já sabendo (devido aos conhecimentos de magia que possuía) que Tex e seus pards estavam no seu encalço e muito assustado por ter de rever e enfrentar seu inimigo adversário mais terrível, Mefisto tenta intimidar os rangers com mais alguns truques do seu vasto repertório, mas, desta vez, sem sucesso.

Neste ínterim, ocorre uma segunda e crucial derrota para o malvado mago: os líderes negros responsáveis por sua fuga e a do Barão do hospício de Flagstaff, ou seja, a bela Loa e seu pai Otami, além do gigante Dambo, pressentindo que a seita sofrera um abalo mui forte com a chegada destes inimigos inesperados e estava com seus dias contados, planejam dar o fora do negócio.

No entanto, como pretendem, passada esta fase, reerguer os fundamentos e a própria seita noutro local, roubam as jóias e o ouro que ficavam nos subterrâneos do castelo. Desta forma com problemas internos e externos, o império dos dois psicopatas fugitivos, começa a desmoronar.

Fatidicamente, é o próprio Mefisto que prevê isto, pois este tem um pesadelo em que sonha com a sua derrota e a destruição do castelo. Este pesadelo estava para se concretizar, pois para chegar ao local especifico aonde se localizava o castelo dos dois fugitivos, Tex, em conjunto com os Seminoles, coloca fogo em parte da floresta expondo a fortaleza de pedras e deixando os negros apavorados, sem terem para onde ir.

Para completar o quadro, o Exército, guiado pelo capitão Horty, chega através da enorme clareira feita por Tex, com dois canhões.

Textos de GianLuigi Bonelli, desenhos e capa de Aurelio Galeppini.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Gramadora

A Gramadora*

Autores: C. Martuzzi - A. Spallicci

Bëla burdèla fresca e campagnöla
da j' òcc e da i cavell coma e' carbon,
da la bocca piò rossa d' na zarsola,
te t' si la mi passion.

Batibat e screcc'm un òcc,
screcc'm un òcc e batibat.
A'l fasegna ste' barat?
T'a m' de un sciaf ch'a t' dagh un bes!

Grama, grama muretta un pô sgarbêda
ch' l' è bèl a fê l'amor in aligrì.
Sora al manê dla canva spintacêda
me a t' stagh sempar da drì.

Batibat e screcc'm un òcc,
screcc'm un òcc e batibat.
A'l fasegna ste' barat?
T'a m' de un sciaf ch'a t' dagh un bes!

Lìgul filé int' la ròcca dla nunéna,
gavétul d'azza bianch int e' bulì
e linzul fresch ad tela casalena.
Muretta, a ch' bèl durmì!

Batibat e screcc'm un òcc,
screcc'm un òcc e batibat.
A'l fasegna ste' barat?
T'a m' de un sciaf ch'a t' dagh un bes!

Batibat e screcc'm un òcc,
screcc'm un òcc e batibat.
A'l fasegna ste' barat?
T'a m' de un sciaf ch'a t' dagh un bes!

Mais conhecida como "Bela burdèla"*

http://italiasempre.com/verpor/agramadora2.htm

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pôster Tex Nuova Ristampa 169


Serena ilustração de Claudio Villa que retrata Tex Willer em pleno pôr-do-sol em Ashford Mill, mina situada em pleno Vale da Morte (uma árida depressão localizada ao norte do Deserto de Mojave, nos Estados Unidos, sendo famoso pelo seu clima extremamente quente, atingindo por vezes temperaturas superiores a 50°C), ponderando a situação em que se encontra Hewitt, um velho conhecido de aventuras do Ranger, e a sua empresa, a qual não pode competir com a “Nevada Borax Company“, que se utilizava do trabalho escravo índio, e tendo um empréstimo negado pelo banco.

Desenho inédito nos países lusófonos e inspirado na história “Il Deserto di Mojave” de Guido Nolitta e Fernando Fusco (Tex italiano #254 a #256).
(Para aproveitar a extensão completa do pôster, clique no mesmo)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

La Gigiota

La Gigiota

(Canta: Valdir Anzolin)
(Autores: V. Anzolin - G. Filipini)

Eu casei com uma italiana
que veio lá de Turim.
A coisa melhorou muito,
ficou tudo bom pra mim.

Quando nasceu o nosso filho,
a festa não tinha fim.
Aí juntou a italianada,
cantaram uma moda assim:

La Gigiota la ga um bambim,
que belim, má que belim!
Que boquim, que bel nazim,
e la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!


A minha italiana é linda
e trata muito bem de mim.
Almoço é macarronada,
polenta e codeguim.

De novo em nossa casa
a cegonha está pra vir
e nós vai cantar de novo
aquela modinha assim:

La Gigiota la ga um bambim,
que belim, má que belim!
Que boquim, que bel nazim,
e la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!


Minha italiana deseja
que seja sempre assim.
Eu tenho que gostar dela
pois ela gosta de mim.

Quando volto do trabalho
seus carinhos não tem fim.
Pego o menino no colo
e junto cantemo assim:

La Gigiota la ga um bambim,
que belim, má que belim!
Que boquim, que bel nazim,
e la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!


Olha que belo picinin go!

Daqui a uns vinte anos,
se as coisas seguirem assim,
eu e minha italiana,
já temos vinte bambins.

Mas até lá minha gente,
os anos que estão pra mim
e nós vai cantar de novo
aquela modinha assim:

La Gigiota la ga um bambim,
que belim, má que belim!
Que boquim, que bel nazim,
e la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!

E la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!
E la Gigiota la ga um bambim!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

El Gringo


Tex inicia uma investigação para descobrir os crimes que estão ocorrendo a mando de El Caimán, apelido de Steve Randall. Financiados pelo rico fazendeiro mexicano Don Romero, os bandidos atacam e desapropriam ranchos ao sul da fronteira do Arizona. Mas a quadrilha liderada por El Caimán é muito numerosa para somente os quatro pards! A Tex seria preciso um aliado que respondesse golpe por golpe, usando os mesmos métodos dos foras-da-lei... e quem seria melhor do que o bom e endiabrado El Cisco? O contra-ataque a El Caimán termina abruptamente, mas com um final trágico.

Texto de G. L. Bonelli, desenhos de Aurelio Galleppini e capa de Claudio Villa.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Vaneira Grossa

Vaneira Grossa

Composição: Neneco/joão A. Dos Santos

Os Monarcas

Essa vaneira é antiga
E vem da fronteira
O autor não se sabe
Mas é de primeira

Me toque a vaneira grossa
Me apincho na sala
Num trote de guapo
A gaitita me embala

E não existe mais grossa
Que essa vaneira
Na manha do ganso
Vou na polvadeira
Menina dance comigo
Que é do meu agrado
A vaneira grossa
Do jeitão largado

Recordo os tempos passados
Que morei na roça
Vovô já tocava
A vaneira grossa
Hoje os tempos mudaram
Ficou a saudade
Mas trouxe a vaneira
Morar na cidade

Vaneira que o povo canta
E aprende a dançar
Em qualquer bailanta
Chegou pra ficar
E no fandango monarca
Bailando a contento
Vaneira é uma marca
Que faz casamento

domingo, 13 de novembro de 2011

A Lei De Roy Bean


Tex e Carson se encontram com o juiz Roy Bean, histórico personagem real do Velho Oeste, quando Carson é acusado de roubar o cavalo de um vaqueiro. Infelizmente para o companheiro de Tex, o famoso juiz não pensa duas vezes em condenar qualquer um à forca, baseando-se na justiça rápida e rasteira, sem maiores embasamentos legais. E os dois parceiros ainda terão de combater traficantes de armas e rebeldes insurgentes no México.

Roteiro de G.L.Bonelli, desenhos de Galeppini e capa de Claudio Villa.

sábado, 12 de novembro de 2011

Carreira De Mano

Carreira De Mano

Os Monarcas

Boleia a perna, mano veio da um abraço
Hoje há espaço nesse intervalo da lida
Há tanto tempo a gente não mateava junto,
Nos sobra assunto pra passar a limpo a vida,

Foram tão lindos nossos sonhos do passado,
Realizados quase todos meu irmão.
Nossa vitória foi forjada com suor
E com amor fonte de luz e inspiração;

De mano a mano corremos nossa carreira
A cancha inteira ao eco da nossa voz,
Que junto a poeira foi ficando para traz
Canto de paz pra quem vier depois de nós.

São 30 anos, 30 quadras mundo a fora
Quantas auroras indormidas nos salão
Contraponteando primeiro cantar do galo
No mesmo embalo pra alegrar os corações
Em cada palco fica um pouco desse canto
Qual acalanto a fundir-se com o minuano
Sempre buscando entre os anseios do povo
Um canto novo pra cantar de mano a mano

De mano a mano corremos nossa carreira
A cancha inteira ao eco da nossa voz,
Que junto a poeira foi ficando para traz
Canto de paz pra quem vier depois de nós.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ATAQUE À DILIGÊNCIA


Uma enigmática mensagem do general Davis, leva Tex e Carson a Albuquerque. Mas o velho soldado e amigo dos rangers não comparece ao encontro: a diligência em que ele viajava, e que levava o pagamento dos soldados de forte Wingate, é violentamente atacada. No local da tragédia, eles encontram todos mortos e a diligência dentro do rio Grande, mas falta o corpo do general.

Tex e Carson estão investigando o desaparecimento de seu amigo general Davis, que deveria encontrar-se com eles em Albuquerque mas não apareceu por que a diligência em que viajava foi assaltada e jogada nas águas do Rio Grande. Todos os passageiros foram mortos, mas o corpo do general não é encontrado em lugar nenhum. Os dois justiceiros logo imaginam que se trata de um sequestro e saem atrás da única pista que têm… o sargento Dagan, que participou do roubo de uma caixa de ouro. Porém, nossos heróis logo irão descobrir que se trata de uma intriga internacional.

Texto: Nizzi * Desenhos: Rossi

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dona Da Sala

Dona Da Sala

Composição: João A. Dos Santos/Chico brasil

Vanera dona da sala
comanda um baile de gala
com a velha gaita manheira
retratando o passado
no presente o legado
da tradição mais campeira.

O pago que canta e dança
no embalo da festança
a gauchada incendeia
num temporal de alegria
vai até clarear o dia
com a sala sempre cheia.

Vem prá cá, vem prá cá, vem bailar
moreninha com brilho no olhar
a vanera veio convidar
prá nós dois ir prá sala dançar.

Baile de rancho ou ramada
vanera está na parada
para alegrar os viventes
nas noites apaixonadas
quem arruma namorada
vai pro rancho mais contente.

Eu também gosto de agrado
na sala eu sou destrinchado
dançando os bailes da vida
num embalo afogueirado
vou de frente, vou de lado
e a alegria que me siga.

Vem prá cá, vem prá cá, vem bailar
moreninha com brilho no olhar
a vanera veio convidar
prá nós dois ir prá sala dançar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quannah Parker


Cacique dos Comanches “Quahadi”, que em 1874, chefiou o ataque a Adobe Walls. Em 19 de Maio de 1836, os Comanches atacaram a casa fortificada da família de Benjamin Parker, no vale superior do Nevasota River, Texas, Após terem matado os homens que estavam ali e terem incendiado a casa, levaram embora, como prisioneiros, cinco mulheres e crianças, entre os quais a filha (9 anos) de Parker, Cynthia Anne Parker, que depois com a idade de 15 anos esposou o cacique dos Comanches “Peta Nacona”, tendo dois filhos, um dos quais foi “Quannah”, nascido em 1844. Em 1858, durante a batalha de Antelope Hills, entre os Comanches e Texanos, Cynthia Anne Parker foi avistada, mas não demonstrou nenhuma intenção de refugiar-se entre os Americanos e fugiu com os Comanches. Em 1860 o Capitão Lawrence Sullivan Ross, do “Texas Rangers”, atacou, com 40 Texas Rangers e 20 soldados da Cavalaria, um acampamento Comanche ao sul do Pease River. Durante o ataque foi morto o cacique Peta Nacona, seus dois filhos, dos quais um era “Quannah”, conseguiram escapar, mas Cynthia Anne foi feita prisioneira. Ela recusou-se a falar a língua Inglesa, e foi levada diante ao seu tio Isaac Parker, na pradaria Grapevine e que depois tentou várias vezes escapar. Em 1861 a autoridade do Texas, presenteou-a com terras e concedeu-lhe uma pensão. Veio a falecer em 1864, de melancolia e em 1909 o Congresso dos EUA destinou a soma de $ 1.000 dólares para um monumento em sua honra. Quannah Parker tornou-se cacique dos Comanches Quahadi pouco antes da segunda batalha perto a Adobe Walls, em 1874, demonstrando rapidamente ser um Cacique sábio e moderado de sua tribo e transformou-se numa espécie de Conselheiro Superior das Tribos Comanches Reunidas. Os cowboys Texanos daquele tempo elogiavam sua honradez. Após a batalha perto de Adobe Walls, no Verão de 1874, a Armada do coronel Ronald McKanzie perseguiu os Comanches e deteu-os em 27 de Setembro no Canyon Palo Alto. Durante o ataque os soldados mataram 1.048 dos 1.424 cavalos capturados. Os Comanches, a pé e sem ajuda, conseguiram escapar, mas, sem os seus animais, não tiveram mais a possibilidade de sobrevivência. Extremados pela fome e sede, renderam-se no Verão de 1875, em Fort Sill, Oklahoma. Foram conduzidos a uma Reserva, e lentamente extinguiram-se.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Moda Fandangueira

Moda Fandangueira

Os Monarcas

Olha aí rapaziada à moda fandangueira
Tranco de vaneira suor e paixão
Muita muierada cerveja gelada
Meta farra gauchada explode coração)

A gente se encontra por essas quebradas
Vira à madrugada atrás de uma paixão
E acaba nos braços dessa muierada
Tomando gelada e comendo batom

Vanera gaúcha teu ritmo quente
Arrastando a gente como um vendaval
É esse balanço que nos contagia
Até clarear o dia a alegria geral

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caçadores De Lobos

Na fronteira do território de Montana com o Canadá, uma aldeia de índios é massacrada por caçadores de lobos conhecidos como wolfers. Tex e seus parceiros recebem do governo americano a incumbência de liquidar a quadrilha dos wolfers que, chefiada por Jason Ducaux ergueu uma verdadeira fortaleza em solo canadense, o Forte Whoop-Up.

Texto de Nolitta, desenhos de Giolitti-Ticci. Capa de Claudio Villa.

domingo, 6 de novembro de 2011

Versos De Amor Sem Fim

Versos De Amor Sem Fim

Os Serranos

Plantei fundas esperanças no meu canto
Pois cantar é terra fértil pra quem ama
A saudades são sementes não crescidas
Na tua partida que em meu rosro se derrama

Estes meus versos andam tristes nos confins
E a saudade traz silêncios de tapera
Cevo meu mate nestas tardes de horas largas
Que são amargas feito as noites de espera

Escuta minha prenda esta canção
Que fiz só pra ti
No universo nosso amor anda disperso
Buscando rima spra estes versos que escrevi
Teus olhos meigos no infinito
Pra onde foste?
Rasgam o céu na escuridão dizendo a mim
Que tu me esperas pras etrnes primaveras
De um novo mundo cheio de paz
E amor sem fim

Em que outro mundo aquerenciou-se afinal
Se o meu olhar encilha o flete que sai pra vê-la
Será nas águas mais profundas de algum mar?
Quem sabe o céu ganhou mais uma estrela

Ainda ergo aquele rancho que sonhamos
Nas voltas fundas, no fundo de algum rincão
Pra que a saudade tenha abrigo quando chegue
Aonde o sonho se casou com a solidão

sábado, 5 de novembro de 2011

Sergio Bonelli no posto de Presidente da República Italiana numa página da Manlio Truscia

Apresento hoje uma página escrita e desenhada por Manlio Truscia em Agosto de 2011 e exposta numa mostra em Milão, em Setembro, antes do falecimento de Sergio Bonelli.

Como se pode ver na primeira vinheta, Manlio Truscia colocou Sergio Bonelli no posto de Presidente da República Italiana, já que as salas de aula de escolas italianas costumam ter um retrato do Presidente da República que, nesta sala, foi então substituído pelo do grande editor milanês.

Entre os alunos vêem-se os pequenos Super-Homem, Martin Mystère, Dylan Dog, Diabolik, Eva Kant, Tex e Bob Rock (de Alan Ford). A historinha tem os textos não em balões mas em recordatórios rimados, como era costume nas histórias aos quadradinhos do início do Século 20, característica que Júlio Schneider, tradutor e legendador desta página na versão portuguesa, conseguiu manter graças a um trabalho verdadeiramente espectacular.

A discussão começou porque um dos alunos escreveu no quadro-negro os nomes dos fundadores de Roma de forma errada, por achar que seriam rimados: em vez das grafias italianas “Romolo e Remo” ele escreveu “Romolo e Remolo” (“Remolo” significa moinho de vento).

Depois desta introdução necessária, vamos então ver a magnífica página da autoria de Manlio Truscia (para aproveitar a extensão completa da página abaixo, clique na mesma):

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

QUATRO DE AGOSTO É O DIA DO SUL?

Celso Deucher*

Faz bom tempo que venho me questionando sobre uma data unificadora para nossa causa. Em especial, sempre procurei um dia em que pudéssemos os três estados em uníssono comemorar a data da nossa pátria. Este dia existe de direito em cada estado, mas ele não existe de fato para todo o Sul. Diante deste impasse, pretendo nos próximos parágrafos, fundamentar a data, 4 de agosto, que defendo como cidadão Sulista, seja o nosso dia, o “Dia do Sul”.

Mas antes, quero apresentar uma questão anterior que também me chama muita a atenção e que no princípio, pensei seriamente que seria o nosso dia do Sul. Alguns defendiam que a data deveria ser comemorado na data de nascimento do nosso grande herói, o primeiro deles, Sepé Tiarajú. Há quem pense que o nascimento de um país “casaria” muito bem com o nascimento de um herói. No caso de Sepé, esta data não existe, segundo as pesquisas que realizei com base na historiografia sobre este mártir da nossa autodeterminação. O que existe é a data da sua morte, ocorrida 7 de fevereiro de 1756.

Poderia ser esta uma boa data, pois foi na guerra em que Sepé foi morto pelo Brasil que foi gravada no umbral da história o primeiro grito de “Esta Terra Tem Dono”. Com esta frase e o exemplo de nosso herói, foi que deu inicio lá no longínquo século XVIII, a nossa epopéia libertadora mantida com muito idealismo, suor e sangue até os dias atuais. A história comprova que Sepé Tiarajú abraçou uma causa que de muito já vinha sendo abraçada por Guairacá no Paraná e em grande parte de Santa Catarina, onde já temos provas concretas que haviam missões jesuíticas, em especial no litoral, no norte e no oeste do estado. A grande “Marcha dos Catecúmenos” realizada Sul abaixo até os Sete Povos das Missões reunificaria este verdadeiro e primeiro “Povo Sulista” (isso mesmo, em maiúscula). Nascia nos Sete Povos, mesclados e cimentados no trabalho conjunto, no amor as artes e na valorização da terra, a célula mãe do Povo Sulista. A tentativa de matar esta primeira célula separatista Sulista deu-nos o martírio de Sepé Tiarajú e através do seu exemplo, ecoa até hoje entre nós o sentimento de que “esta terra tem dono”.

Mas a personalidade de Sepé, em que pese ser nosso pioneiro guerreiro pela liberdade, não é tão conhecida nos três estados. Este fato me foi alertado por alguns amigos historiadores que ao longo do tempo venho consultado, inclusive alguns riograndenses, estado onde Tiarajú é mais conhecido. Ao final das conversas, no entanto, retornava minha primeira pergunta: que personalidade e que data seria a mais apropriada para unificar nosso povo? Cheguei a pensar em criar uma data através de um fato ainda por vir... Mas desisti no meio do caminho. Não suporto nem imaginar colocar a vida de um semelhante em perigo.

No entanto, nestas consultas a historiadores e companheiros de luta nos três estados, invariavelmente um nome sempre surgia nestas conversas e aos poucos fui me convencendo que era preciso me debruçar sobre ele para aprofundar a compreensão e buscar os elementos certos que viessem a nos dar a tão clamada “unidade na nossa diversidade”.

Me convenci ao longo dos anos que este nome chama-se ANITA GARIBALDI. O simples declinar do seu nome, acende na alma Sulista o fogo ardente da liberdade. Anita tem o dom de fazer aflorar o orgulho da gente Sulista, pois todos conhecem seus feitos, sua luta, sua garra e sua personalidade guerrilheira. Afinal, nossa terra pariu uma heroína reconhecida não apenas aqui, mas nos “dois mundos”.

Ela é o cordão umbilical que liga os três Estados Meridionais, pois é filha de paranaense (Bento Ribeiro da Silva, natural de São José dos Pinhais, Paraná) e de mãe catarinense (Maria Antônia de Jesus Antunes, natural de Lages, Santa Catarina) e que além de nascer no Sul (Laguna, SC, cidade cujos filhos colonizaram do Rio Grande do Sul), lutou pela República Catarinense e pela República Farroupilha. No Rio Grande além de residir por bom tempo, teve seu primeiro filho, Menotti Garibaldi, nascido no atual município de Mostardas. Todas estas ligações a tornam, por excelência, o símbolo maior de unidade Sulista. Além disso tudo temos fortes indícios históricos levantados pelo historiador Carlos Zatti, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, que diversos guerrilheiros daquele estado também se envolveram ao lado dos Farrapos no decênio heróico na esperança, já na época, de livrar-se da tirania brasileira.

A participação ativa de Anita Garibaldi na principal conflagração separatista da nossa era a fez não apenas uma mulher Sulista, mas uma heroína que ganhou o mundo por seu forte exemplo de coragem, sacrifício, luta e perseverança. Anita é por excelência, a guerrilheira que existe dentro de cada um de nós homens e mulheres livres do Sul. Ela é a nossa inspiração e não é por acaso que o Movimento O Sul é o Meu País foi fundado em Laguna, terra que pariu e fez germinar Anita.

Ana Maria de Jesus Ribeiro, a nossa Anita Garibaldi, é descendente do bravo povo açoriano (e há indícios e até declarações por escrito que indicam que ela possuía também descendência africana), que povoou todo o litoral Sulista. Anita nasceu em Laguna no dia 30 de agosto de 1821, filha de um tropeiro e de uma empregada doméstica. Era chamada carinhosamente de Aninha e se tornou a gigante Anita após conhecer e se apaixonar pelo amor da sua vida, o italiano Giuseppe Garibaldi, conhecido no mundo todo como o guerrilheiro da liberdade, e em especial aqui para no Sul, grande comandante das forças navais da República Riograndense e da República Catarinense.

Anita teve seus atos de bravura elogiados inclusive pelos inimigos mais ferozes da América e da Europa, mas no Brasil nunca foi reconhecida, sendo na verdade por demais discriminada. A prova maior é que não poucas vezes foi chamada de “prostituta” da tribuna do plenário do Congresso Nacional brasileiro. Perseguida por todas as forças de terra e mar do Brasil, ao partir para a Europa, tentaram de tudo para acabar com sua honra, espalhando os mais vis boatos sobre sua separação do primeiro marido, um beberrão que nunca lhe devotou amor e ainda a abandonou a própria sorte para lutar no exército brasileiro (inimigo de Anita e de sua família).

Mas, seus feitos e seus exemplos de bravura em prol da liberdade conseguiram transpor a cortina de impropérios lançada pelo Brasil contra esta humilde cidadã do Sul. Não podendo vencê-la em vida, recentemente um presidente brasileiro resolveu vencê-la “post-mortem”, lhe dando o título de “heroína brasileira”. Com o perdão da expressão, mas certamente que Anita cuspiria na cara de quem teve tão estúpida idéia. Jamais Anita lutou pelo Brasil. Muito pelo contrário, era seu principal inimigo. Como então ser heroína do seu principal inimigo? Por causa da capenga teoria de historiadores de “pena alugada” que julgam ser a revolução Sulista os atos preparatórios para a chegada da República no Brasil? Nada mais estúpido e cretino vindo de gente desta laia que só escreve a “história oficial” a peso de ouro. Anita jamais lutou pelo Brasil. Sua luta foi por esta terra, o Sul, e ponto final. É hora de darmos um basta nesta gonorréia republicana que criaram para “construir” a chamada pré-história da república no Brasil.

Partindo da América Portuguesa Anita Garibaldi lutou ainda no Uruguai e mais tarde seguiu para a Europa, onde na Itália, ombro a ombro com seu marido Giuseppe, participou ativamente da revolução italiana, unificando os diversos reinos existentes naquele país. Morreu lutando pelo que acreditava e não temos a menor dúvida de que ela foi uma das precursoras na defesa do Direito de Autodeterminação dos Povos.

Após uma verdadeira epopéia guerrilheira na Itália, Anita veio a falecer em Mandriole “era, 19h45min de sábado, dia 4 de agosto de 1849”.

Deixava esta vida para que com todas as honras da heroína que foi, entrar para a história. Estava morta em terras distantes uma das maiores mulheres que a humanidade já teve. Uma paranaense, uma catarinense, uma riograndense, enfim, uma Sulista de corpo, alma e sentimento.

Mas quem pensa que a sua morte foi o fim está muito enganado. Anita depois de morta continuou estimulando muitas revoluções. Por continuar guerrilheira, já foi enterrada sete (7) vezes e no seu último enterro, uma multidão de mais de um milhão de pessoas seguiram o seu féretro. Em um livro que pretendo lançar ano que vem, intitulado “O oitavo enterro de Anita”, nos juntamos na luta do movimento pelo repatriamento dos restos mortais de Anita Garibaldi para o Sul. Advogo que a heroína seja sepultada em sua terra natal, Laguna SC, nosso “Altar da Liberdade”, por tudo que esta cidade e a heroína representam para a pátria Sulista. Será pois, o seu oitavo e definitivo enterro voltando a terra que lhe deu a luz.

Convido aos que ainda não conhecem a história desta nossa grande heroína, para que pesquisem mais sobre ela. Há mais de 10 mil livros escritos sobre Anita e na internet, temos muita coisa publicada. Recomendo, no entanto, pela fidelidade aos fatos, a leitura do livro “Anita: Guerreira das Repúblicas”, escrito pelo fundador do Movimento O Sul é o Meu País, Adílcio Cadorin, disponível gratuitamente no seguinte link http://www.paginadogaucho.com.br/bibli/anita.htm e o livro impresso, certamente ainda disponível em sebos da América Portuguesa. Esta obra retrata com riqueza de detalhes a vida de Anita Garibaldi, seus feitos e o seu pensamento, muitas vezes expressado através de cartas aos parentes no Sul.

Diante de tudo isso, me resta agora apresentar para a elevada consideração dos meus compatriotas de luta no Movimento O Sul é o Meu País a proposição de que a data da morte de nossa maior heroína, dia 4 de agosto, seja pois, o nosso DIA DO SUL. Não há, salvo melhor juízo, outra data mais apropriada e mais significativa para os três estados. Assim, além de revigorarmos nossa luta todos os anos nesta data, ainda poderemos prestar nossas homenagens a esta grande Sulista, que levou a nossa futura pátria para o mundo.

Todos os anos deveremos, se esta for a data escolhida, preparar um grande evento para expressar nosso sentimento pátrio. No DIA DO SUL, por toda a terra do Povo Sulista, vamos hastear nossa bandeira, orgulhosos do nosso passado, comprometidos com a luta no presente e esperançosos de que o mais breve possível possamos comemorar nosso futuro em uma pátria livre, independente, soberana e solidária com os demais povos do mundo. Anita é o cimento que faltava para nos unir.

VIVA O SUL LIVRE!!!

*O autor é jornalista, professor, secretário geral do Gesul e presidente do Movimento O Sul é o Meu País. Email: presidente@meusul.net

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pesadelo!

Tex e seus amigos estão reunidos com o feiticeiro Nuvem Vermelha na aldeia navajo, relembrando uma de suas últimas aventuras sobre a princesa Esmeralda, última da linhagem dos Montezuma, e o caso dos fungos sagrados, que inclusive Tex já tinha usado; o feiticeiro diz para Tex que o sábio Ta-hu-nah tambem já tinha usado o famoso cacto peyote e que fora uma péssima experiência pois o mesmo teve pavorosas visões e pesadelos.

Após tantas novidades e como já era noite avançada, Carson propõe um merecido repouso. No entanto aquela noite prometia muitas surpresas, pois mal nossos amigos adormecem fatos exóticos começam a aparecer: os cães da aldeia latem furiosamente sem motivo aparente e logo em seguida Kit acorda com um terrível pesadelo com o arquiinimigo de Tex, Mefisto!

Carson indaga logo a Tex se realmente Mefisto estava morto e enquanto este tentava responder, um novo fato surge: Jack Tigre, que tinha ido ver se havia algum puma próximo da aldeia, retorna em polvorosa afirmando ter achado o corpo de um homem estendido no deserto e que o rosto dele era de Mefisto!

Diante destes fatos, Nuvem Vermelha decide usar a dança sagrada para consultar os espíritos e a veracidade de tantos fatos isolados, mas extremamente interligados. No entanto, a cerimônia é brutalmente interrompida por forças malévolas e as piores previsões de Carson se confirmam: o sinistro bruxo não morrera e estava em busca de vingança.

Após esta triste constatação, Tex decide partir ao contra-ataque e não esperar por Mefisto. Por sugestão de Nuvem Vermelha, saem da aldeia cada um deles com um guerreiro navajo e indo por 4 direções diferentes a fim de dificultar o arquiinimigo. Realmente, o maquiavélico Mefisto fora salvo da morte no deserto por um monge tibetano chamado Padma.

Este vive recluso numa caverna próxima do local de onde o bruxo caiu, quando, no passado, Tigre atirou no mesmo (ver TEX-049, páginas 139 e 140). Padma vive em meditação, e dedica-se também a manutenção da seita do dragão numa cidade próxima, Golconda, porem sem ações funestas.

Estas ações ficaram, é claro, a cargo da mão esquerda ou sombra vermelha do dragão ou mão da morte, executada com maestria por Mefisto. Este tem vida dupla na cidade pois lá exerce a função de médico local sobre a alcunha falsa de doutor Fiesmot, um simpático e exótico conhecedor de doenças e apreciador de ervas medicinais e semeador de morte entre os habitantes locais que se atrevam a perturbar a seita do dragão, como um jogador chamado Ben Parker. Para manter o disfarce Mefisto usa um rancho próximo a cidade onde se transforma no Dr. Fiesmot e é onde o mesmo planeja levar Tex e seus pards quando forem capturados.

Enquanto os 4 pards procuram por Mefisto, este também parte para o ataque e dirige-se para o local onde Kit Willer e o navajo Ho-nook exploravam e consegue sua primeira vitória: captura o filho de Tex e o leva para seu rancho, deixando-o aos cuidados do hualpai Sakua.

Ao mesmo tempo, Carson e Na-honaah entram na divisa dos hualpai, antigos aliados do bruxo, e neste local Mefisto alcança a segunda vitória pois Carson, enganado pelo chefe local dos hualpai, o feiticeiro Huanaki, é também capturado.

Parece que a tática da divisão em 4 equipes não está funcionando pois após estas duas derrotas, Kit encontra-se num labirinto cercado por "dóceis" coiotes e sobre o interrogatório do seu maior juiz, Mefisto...

Já com dois pards capturados, o bruxo diabólico parte para o deserto a fim de completar seu plano que é mais ambicioso do que se pensava. E os fatos parecem apoiar Mefisto pois Jack Tigre chega a Golconda e, por indicação do xerife local, Clem Travis, decide ir falar com uma pessoa na cidade que tem poderes de adivinhação e talvez pudesse ajudar no caso.

Assim o xerife pede para ele ir ao rancho do Dr. Fiesmot! Ao chegar no rancho, Tigre descobre algo inimaginável para o xerife, que Mefisto e Fiesmot são a mesma pessoa; manda recado para o mesmo através do navajo Yhopi e decide ficar no local conversando com Makua para achar indícios mais concretos de suas suspeitas.

No entanto uma pergunta sobre os subterrâneos do rancho alarma o hualpai e os dois travam luta, tendo Tigre melhor sorte. Porem tudo parece ir contra, pois enquanto Tigre vasculha a casa atrás de pistas, o hualpai irmão de Makua, chamado de Sakyh, chega com Carson preso; os dois irmãos juntos dominam Tigre e ficam aguardando o retorno de Mefisto.

Mefisto naquele momento estava na caverna dos montes brancos, no deserto, tentando convencer Padma a unirem forças a fim de conquistarem o mundo depois de concluída a sua vingança pessoal contra Tex, fato já consumado na mente do bruxo, principalmente quando, por visão, vê em seu esconderijo alem de Kit, dois novos trunfos: Carson, amigo e irmão de sangue de Tex e Jack tigre, aquele que atirara nele quando estava no deserto e quase o matara.

Contudo Padma, que já vivera no passado o sentimento da vingança e sabendo que seu fruto é vazio, tenta dissuadir Mefisto a mudar de opinião, mas o louco bruxo toma uma inesperada atitude que fará mudar os rumos de sua vingança: sim, pois ele decide atacar e agredir o monge e o mesmo cai como morto.

Pensando que Padma morrera, Mefisto joga seu corpo no riacho subterrâneo da caverna e rouba o dinheiro que o lama tibetano usava para manter a seita do dragão, partindo para seu rancho a fim de humilhar e maltratar os três pards que estavam prisioneiros lá, mas não sem antes surgir em visão a Tex e mostrar suas conquistas.

No entanto, os atos cruéis de Mefisto recebem um duro golpe pois Padma na verdade estava vivo e agora disposto não mais a convencer o discípulo a trilhar melhores e redentores caminhos e sim disposto a parar a qualquer custo a mão esquerda do dragão em sua sede de destruição.

Mefisto que já estava no seu rancho percebe claramente a mensagem pois enquanto chicoteava nossos amigos na presença dos hualpai que ali estavam, é surpreendido com um misterioso apagar da luz e uma voz familiar: Padma!

Errando novamente, Mefisto não se intimida com o recado de Padma e, após mandar os seus cúmplices indígenas avisarem o feiticeiro Huanaki para capturar Tex vivo, parte para Golconda. Makua, porém, põe tudo a perder, pois resolve mandar sinais de fumaça para avisar o feiticeiro hualpai, e estes são vistos por Tex e o navajo Akua que estavam próximos ao local; assim Makua é capturado e Tex segue a pista para o rancho onde ele descobre toda a trama de Mefisto: suas roupas de disfarce, cartas para tal Fiesmot e o mais importante: os subterrâneos.

É nos subterrâneos que Tex resgata seu filho e seus preciosos amigos. Como não havia tempo a perder, partem imediatamente para Golconda a fim de capturarem de uma vez o diabólico bruxo; este por sinal já estava lá preste a eliminar o xerife Travis com uma sinistra zarabatana, mas surpreendentemente este escapa graças a uma ajuda de Padma, que também guardara muitas surpresas para o bruxo, e este ao tentar escapar da tentativa de assassinato, é pego.

Porém, não por nenhuma autoridade local e sim por espectros e fantasmas vindos do alem, ou melhor, da mão direita do dragão, aquele que fora covardemente agredido, o monge Padma. A lição fora tão dura que ao chegarem a cidade à procura de Mefisto, os 4 pards tem uma grata surpresa.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A INDEPENDÊNCIA DO SUL: NADA ACONTECE ATÉ QUE ALGO SE MOVA

02 de novembro de 2011
Por Celso Deucher*

Sou o tipo de cidadão apaixonado por livros. Estes que a gente pega na mão e saboreia a leitura e não o larga até que a última página, o ultimo parágrafo e a ultima linha seja lida e entendida. Pois bem, hoje passei pelo Shopping Gracher aqui de minha cidade (Brusque SC) e na frente de uma livraria havia uma porção de livros em liquidação, graças as comemorações referentes ao dia do livro (29 de outubro).

Como sou uma espécie de rato de sebo, catei uns quantos, por que o preço estava ótimo. Revirei umas três vezes os que estavam sobre a mesa e já ia fechando a compra quando me deparei com um livro interessante. Chama-se AÇÃO – Nada acontece até que algo se mova, do autor americano Robert Ringer (publicado na América Portuguesa pela Editora Best Seller). Dei de mão e o catei por R$ 9,90. Uma pechincha. Cheguei em casa e debrucei-me na leitura deste instigante escrito... Não há dúvida, recomendo a leitura a todos que desejam alcançar seus objetivos na vida.

A frase “nada acontece até que algo se mova” é de uma das mais brilhantes mentes do século XX, Albert Einstein, e me pareceu bastante sintomática. No entanto, mesmo já a tendo visto e revisto diversas vezes, nunca havia parado para pensar mais demoradamente sobre o seu significado.

Aliás, desde que comecei a ler este livro tenho em mente às metas do Movimento O Sul é o Meu País e o nosso principal problema na atualidade: levar as pessoas a sair do imobilismo e do simples “apoio a idéia”, e promover uma AÇÃO em prol dos nossos objetivos.

Como dirigente desta entidade tenho usado de todas as formas e formulas para incentivar meus compatriotas a saírem da simples condição de apoiadores do ideal de um Sul Livre. Vivo as voltas tentando incentivar esta minha gente tão explorada e tão vilipendiada pelo estado brasileiro a reagir contra suas monstruosidades.

Cansei de mandar emails ao pessoal mostrando quantos ministros já caíram no atual governo por roubalheira, desvio de dinheiro público, mau uso do dinheiro público, locupletação, etc e etc... Parece que estas coisas não causam mais nenhuma reação nas pessoas. Ver as comprovadas falcatruas realizadas pelo atual e por todos os outros que já passaram pela sede do Império Brasileiro (Brasília), não tem nos tirado do imobilismo, da falta de ação.

O que me conforta e me faz continuar na luta é saber que no meio de milhões de Sul-brasileiros, há um pequeno grupo que não deixa a célula mãe do ideal de libertação do Sul morrer. Ou seja, aqueles que têm uma AÇÃO; aqueles que promovem AÇÕES; Aqueles que não se entregam para o sistema e o demonstram promovendo AÇÕES de reação... Fazendo com que as coisas se MOVAM, pois como dizia nosso grande pensador, “nada acontece até que algo se mova”.

Mas, nós precisamos fazer muito mais que isso para MUDAR alguma coisa do lugar. Não basta este pequeno grupo... Ele tem que se duplicar, triplicar, quadruplicar, enfim, multiplicar-se as dezenas, as centenas e aos milhares para que haja uma AÇÃO conjunta e efetiva que MOVA do lugar este nosso território cujo povo sonha com sua liberdade desde o dia em que Sepé Tiarajú prostrou-se ao chão, morto pelo estado brasileiro.

Sepé, este nosso primeiro herói Sulista fez a diferença por que AGIU, promoveu a AÇÃO. Foi morto por um estado que é o mesmo até nossos dias, apesar de ter mudado suas táticas para calar os novos “guerreiros do Sul”. A AÇÃO empreendida por Sepé deixou-nos além do seu exemplo, uma das mais fortes declarações de amor a nossa pátria e que vem sendo repetida pelo Povo Sulista ao longo dos últimos mais de 250 anos: “Esta Terra tem dono”... Hoje nós completamos esta grande declaração gritando aos quatro ventos que “o Sul é o nosso País”.

Para finalizar, quero dizer que fiz esta volta toda para tentar convencer você que está lendo este artigo até aqui a AGIR. Se você possui dentro de si a mesma semente de indignação e que acredita, também como eu, que uma das saídas mais viáveis para que tenhamos um futuro mais justo, digno e mesmo solidário com os demais povos dos brasis, é a nossa total separação, nos ajude a construir esta separação AGINDO, fazendo alguma coisa por ela.

Se você ainda não conhece bem a entidade MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS, pode estar se perguntando qual a AÇÃO poderia fazer para ajudar... Pois é, nós temos muitas que precisam ser feitas e a primeira delas é fundar em cada município do Sul nossa organização e em todos eles ter um núcleo pequeno, mas forte de apoio. Por isso, se o seu município ainda não tem o Movimento O Sul é o Meu País, seja o primeiro a erguer a bandeira Sulista. E, se já tem, junte-se aos briosos compatriotas para planejar e promover as ações necessárias. Para quaisquer outras dúvidas e interrogações não deixe de visitar nosso site oficial (www.patria-sulista.org) ou até mesmo entrar em contato conosco pelos nossos e-mails, telefones e endereços.

Aceite nosso convite, venha AGIR conosco em prol desta nossa Pátria Sulista. Seja muito mais que um simples apoiador da idéia.

*O autor é presidente nacional do Movimento O Sul é o Meu País e Secretário Geral do Gesul (Grupo de Estudos Sul Livre). Email: presidente@meusul.net