quarta-feira, 31 de março de 2010

Colt





Colt


A Colt's Manufacturing Company, ou CMC, é uma empresa norte-americana especializada na fabricação de armas de fogo. Fundada em 1847, é muito conhecida pela engenharia, produção e marketing de dezenas de armas de fogo diferentes ao longo da segunda metade do século XIX e de todo o século XX. Muitos modelos civis e militares utilizados nos Estados Unidos e em muitos outros países são fabricados pela Colt.




Dentre os modelos mais famosos produzidos pela empresa estão o Walker Colt, utilizado pelos Texas Rangers e o revólver "Colt .45". Outros revólveres não menos famosos são o Colt Python e o Colt Anaconda.



John Browning também trabalhou pela Colt por um tempo, projetando um moderno design para pistolas, que foi usado pela primeira vez na pistola Colt M1900 e implementado em inúmeras outras pistolas incluindo a famosa pistola Colt M1911.



Embora não a tenha desenvolvido, a Colt foi responsável pela produção da M16 por um longo tempo, bem como muitas armas variantes desta, como as famosas e bem sucedidas Carabinas M16, incluindo a família Colt Commando e a carabina M4.



A Colt também desenvolveu armas pouco conhecidas, porém importantes, que estavam muito a frente de seu tempo. Entre as mais recentes citam-se a família CAR-15, uma arma de sistema inovador da década de 1960, assim como várias metralhadoras 5,56 mm como por exemplo a Colt CMG-1 e CMG-2 nas décadas de 60 e 70. Eles também inventaram a Colt SCAMP PDW, uma arma de fogo pouco conhecida, no final dos anos 1970, que era uma das primeiras do seu tipo. A Colt produziu também as primeiras 15.000 sub-metralhadoras Thompson modelo 1921. Outro importante desenho foi a pouco conhecida metralhadora M1895 Colt-Browing (Potato Digger), uma das primeiras metralhadoras acionadas por gás.



Voltando ainda mais no tempo, revelam-se outros produtos importantes da Colt no século XIX. O revólver Colt Rifle, um dos primeiros rifles de repetição, foi usado durante a Guerra Civil Americana. Além desta, foram desenvolvidos um grande número de revólveres famoros, como o 1874 Colt Walker, o pequeno Dragoon modelo 1848 de mesmo calibre .44, a Navy modelo 1851 calibre .36, a Pocket modelo 1849 calibre .31 dentre outros vários revólveres do 'Oeste Selvagem'. Seus desenhos desempenharam um grande papel na popularização do revólver e no abandono de antigas pistolas e armas do tipo pepperbox . Embora a Colt não tenha inventado o conceito de revólver, seus desenhos resultaram em um dos mais bem sucedidos, com patentes sobre muitas das características que conferiram a elas grande popularidade.



Em 2002, a Colt Defense separou-se da Companhia Colt. A Colt Manufacturing Company atualmente atende apenas o mercado civil, enquanto a Colt Defense serve mundialmente o mercado militar, policial e de segurança privada.



Antes da cisão da Colt ela tambpem foi conhecida pela sua fabricação (agora assumida pela Colt Defense) da Pistola automática Colt M1911, Carabina M4, Rifle de assalto M16 e do Lança-granadas M203, embora nenhum destes modelos tenham sido desenhados pela Colt, com exceção do modelo M1911.



A Diemaco do Canadá foi comprada pela Colt e a partir daí denominada Colt Canadá, mas a maior parte dos seus produtos permaneceram sem mudanças. Diemaco e Colt trabalharam anteriormente juntas sobre desenhos de muitas armas e compartilharam vários produtos similares.

História


1847-1911

A CMC foi fundada em Hartford, Connecticut em 1847 por Samuel Colt com objetivo de fabricar revólveres, dos quais a Colt deteve patentes, durante a Guerra Mexicano-Americana. Antes da empresa Colt, a Patent Arms Manufacturing Company havia declarado falência em 1842 e não mais produzia armas de fogo, mas a eficiência e desenho do revólver Colt Paterson chamou a atenção dos Texas Rangers, que encomendaram 1.000 revólveres que vieram a ser conhecidos como Walker Colt, garantindo a Colt a entrada no fabrico de revólveres. Posteriormente o Exército dos Estados Unidos também procurou o jovem empresário para produzir ainda mais revólveres.



O início da história da Colt gira principalmente em torno da produção de revólveres. A Colt é possivelmente muito conhecida por causa da famosa "Colt .45", um nome que atualmente se refere a duas distintas e historicamente significantes armas de fogo. A primeira delas é a supracitada Single Action Army 1873 , da qual Colt foi a fabricante original e que foi uma das mais destacadas armas de fogo no Velho Oeste Americano, durante o fim do século XIX.



Modelos de armas de fogo


Seleção de famosas e inovadoras armas de fogo da Colt




Pistolas
Colt Diamondback .22.
Colt Python Silhouette .357 Magnum.
Colt Anaconda .44 Magnum.Colt 2000 semi-automática 9mm
Revólver Colt 1860
Revólver 1851 Navy
Revólver Colt 1861 Navy
Revólver Colt Anaconda (AA Frame)
Colt Cadet 22
Colt Detective Special / Cobra / Agent / Revólver nariz-arrebitado (D frame)
Revólver Colt Diamondback
Pistola Colt Double Eagle
Revólver Colt Modelo 1848 "Dragoon"
Revólver Colt Grizzly
Colt Junior
Revólver Colt King Cobra
Colt M1873 Single Action Army "Peacemaker" (Modelo P)
Colt M1894 Army DA Revólver
Pistola semi-automática Colt M1900
Pistola semi-automática Colt M1911; também conhecida como Government Model (Modelo O)
Revólver Colt M1917 / New Service/M1909
Pistola semi-automática Colt Modelo 1903 Pocket Hammerless (Modelo M)
Colt Modelo 1908 Vest Pocket (Modelo N)
Colt Official Police revolver / Modelos Policiais (Match, Target & Special) / New Army & Navy (E/I frame)
Revólver Colt Paterson
Revólver Colt Police Positive
Revólver Colt Police Positive Special/ Viper (D Frame)
Colt SCAMP
Colt SF VI, DS II, Magnum Carry (.357 Magnum)
Revólver Colt Python (I frame)
Revólver Colt Trooper (I/J frame)
Revólver de 1847 Walker Colt
Woodsman/Woodsman Match Target/Huntsman/Targetsman (Modelo S)


Armas longas

Colt-Browning M1895 metralhadora
Rifles tipo AR-15, bem como o rifle M16, carabina M4 e Colt Commando
Colt ACR
Colt Lightning

A Colt também fabricou várias armas militares longas sob contrato incluindo a M1918 BAR e Thompson SMG.

terça-feira, 30 de março de 2010

Gildo De Freitas (parte 3)

Em 1941 o Gildo casa com dona Carminha e passa a ter morada fixa em Canoas, mas continuam os contratempos com a policia. Gildo e Dona Carminha tiveram 5 filhos: Jorge Tadeu,Neuza de Freitas, Paulo Hermenegildo, José Cláudio e Leovegildo José.




Mas a década de 40 reservava muito sucesso ao Gildo, as trovas aqui no Rio Grande do Sul virou moda a partir de 1930 e dominavam festas, bailes, bares e programas regionalistas de rádio, desde os precursores, lançados pelo poeta Lauro Rodrigues, até os grandes hits da Gaúcha e Farroupilha como o Grande Rodeio Coringa. Havias artistas metidos a repentistas por todos os lados e um público cada vez maior e mais dispostos a avaliá-los entretanto Gildo já se destacava entre eles.Passou a freqüentar os espaços mais nobres dedicados a trovas e ganhar a vida com isso. Apesar de estabelecido em Canoas com Carminha, Gildo não costumava passar longas temporadas em casa. Ganhar a vida com trovas significava viajar por todo estado, apresentando-se para o publico do interior grande consumidor dos desafios de repente Gaúderio.



Era freqüente Gildo encontrar novos parceiros nas rodas de trova no mercado Publico da Capital- que situava-se próximo aos estúdios da Radio Farroupilha e servia de ponto de encontro dos músicos regionalistas- e com eles partir em viagens Rio Grande adentro.



As aventuras incluam shows, desafios, brigas e muitas outras fanfarronices- e também o leite das crianças, que nesse tempo ficavam em casa com a mulher.




Por volta de 1948/1949 desaparece de casa e chega a ser dados como morto na capital gaúcha mas reaparece na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, mal consegue caminhar, com problema de paralisia nas pernas. Em uma comemoração de eleição em Alegrete é carregado em uma cadeira para se apresentar já que não consegue caminhar. Mas não impediu contato com pessoas ilustres do Rio Grande do Sul e fronteira Oeste, como Salgado Filho, Rui Ramos, Dr. Salvador Pinheiro Machado. Salgado Filho gostou tanto do Gildo e de seus versos que lhe prometeu passagens áreas para qualquer lugar do Brasil. E por causa desse desaparecimento compõe carta pra mamãe e Casinha do Pé de Umbú.



Em São Borja em 1950 conhece Getulio Vargas e entra em sua campanha política e por essa aproximação a policia para de perseguir, depois de ser detido umas quarenta vezes ao longo da sua vida até então mas orgulhoso por jamais ter entrado em pé em uma cadeia.



E em 1953/1954 Gildo conhece Teixeirinha(1927-1985). Com quem estabeleceu entre 1955/1959 o que o artista mais popular do estado chamaria bem ao seu jeito de “uma parceria completa, dessas em que se mergulha de pé, barriga e cabeça”.



Sobre essa parceria, Nico Fagundes (apresentador do Galpão Crioulo) em depoimento recente ao jornal Zero Hora, escreveu que um duelo de versos entre Gildo de Freitas e Teixeirinha podia durar horas e muitas vezes ficava sem vencedor. Um depoimento que mostra que Teixeirinha também era um exímio repentista. Mas Teixeirinha focou famoso como cantor e compositor e Gildo ganhou fama como trovador.



. Lamentavelmente não existe nenhuma gravação com estes duelos, imagine o valor histórico que uma gravação dessa teria hoje. Mas existe uma foto do Gildo e Teixeirinha em uma apresentação no inicio da carreira dos dois.



Por volta de 1955 muda-se para o bairro Passo do Feijó e abre seu primeiro bolicho.



Ainda sobre a duração das trovas com o Teixeirinha: uma vez eles vinham trovando já haviam horas, o quê gerou um enorme desgaste vocal e físico para ambos. Para encerrar a cantoria, o nosso querido trovador porto-alegrense fez uns versos sobre um casalzinho assanhado que se encontrava no recinto. Foi uma peleia das graúdas. De repente um bigodudo alto e com aparência de sheriff do Velho Oeste deu uns tiros para cima, o quê paralisou a briga. Os dois trovadores já tinham começado a guardar os instrumentos, mas o homem disse: Eu sou o delegado, e vim botar ordem aqui, portanto, os moços podem continuar a cantoria até o amanhecer.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Buffalo Bill


Buffalo Bill

Buffalo Bill, nascido William Frederick Cody (26 de fevereiro de 1846 - 10 de janeiro de 1917), foi aventureiro americano nascido em Scott County, Iowa, EUA. Matou milhares de búfalos num curto espaço de tempo, ficando por isso com a alcunha de "Buffalo Bill". Além de caçar búfalos, Cody teve inúmeros empregos: batedor da cavalaria americana (1868-1872), mensageiro do Pony Express (1860), gerente de hotel, ferroviário e condutor de diligências.




Uma lenda em seu país, Buffalo Bill se tornou também mundialmente famoso graças ao show sobre o Oeste Selvagem (Buffalo Bill's Wild West show) que passou a estrelar a partir de 1883. O show incluía uma parada de cavaleiros, participação de índios americanos, e grandes atiradores. O show contava ainda com Turcos, Árabes, Gaúchos, Mongóis e Cossacos, com cavalos e roupas típicas, e com participações de Calamity Jane e Touro Sentado.



Foi um ícone notável no Velho Oeste, e ficou famoso principalmente por ser um dos criadores dos espetáculos sobre o gênero.




Ele nasceu em 1846, nos Estados Unidos, no estado de Iowa. Seu verdadeiro nome é William Frederick Cody. Quando ainda era jovem, uma estrada de ferro começou a ser construída através das planícies do estado.



Então, o jovem, ainda conhecido como Willian Cody, começou a trabalhar como fornecedor de carne para os operários da estrada de ferro. Daí veio sua alcunha, a carne que ele supria era de Búfalos. Era um exímio caçador e em um ano chegou a matar cerca de cinco mil búfalos. Ganhou fama e a alcunha. Com o extermínio dos Búfalos nos anos que se seguiram, ficava cada vez mais difícil achar manadas do animal.



Búfalo Bill, já com grande fama, resolve então investir numa carreira de artista. Em 1883 contratou alguns índios e mais alguns vaqueiros para fazer uma espécie de circo móvel, cuja temática era o Oeste selvagem. Assim, ele passava de cidade em cidade, nas quais as pessoas pagavam para ver o espetáculo, junto com suas demonstrações de habilidades de cavaleiro. Ganhou fama e dinheiro, as quais foram começaram a ser retratadas sessenta anos depois, com a moda dos filmes de Faroeste.



Curiosidades:
 
Em 1873 Cody entrou para o negócio do entretenimento, criando uma companhia chamada de the Buffalo Bill Combination. Associou-se a Texas Jack Omohundro e em 1873, Wild Bill Hickok. Durante 10 anos a companhia se apresentou.


Em 1876 houve uma batalha numa localidade chamada Warbonnet Creek: Buffalo Bill, que estava com o exército como batedor, teria escalpelado o guerreiro Cheyenne Mão Amarela, como vingança pela morte do General Custer. Ele reencenou esse fato em seu show (que também aparece com destaque no filme de 1944 sobre a vida do aventureiro, com Anthony Quinn interpretando o guerreiro indígena).

Os quadrinhos com as aventuras do jovem Buffalo Bill (que nada tinham a ver com o lendário aventureiro), feitas pelo artista Harry O'Neil nos anos 30, e que depois teve seu título mudado para Broncho Bill, causou confusão entre os personagens. No Brasil a série foi publicada toda com o nome de Bufalo Bill (informe na republicação da revista Bufalo Bill nº 1 de 1954, feita pela RGE). Para aumentar a confusão, mais tarde a tira de western satírico Catfish de Rog Bollen (criador de tiras com animais, conhecidas no Brasil por "Os Bichos") e Gary Peterman (substituídos depois por Tom Cone e Fred Wagner), de 1973 a 1994, publicada no Brasil a partir de 1976, foram lançadas com o nome de Bronco Bill.

Antes de William Cody, havia outro com o apelido de ("Buffalo Bill"): Bill Comstock. Cody ganhou o apelido dos trabalhadores da estrada de ferro Kansas Pacific Railroad em 1868, depois de matar muitos búfalos ou bisões. Seu serviço tinha como objetivo "limpar" os trilhos das manadas de búfalo, que atrapalhavam os trens. Também servia para trazer fome aos indígenas que dependiam quase que exclusivamente da caça ao búfalo, animal que lhes dava carne e peles, além de fornecer material para armas e outros usos domésticos. Com a quase extinção dos búfalos, a reputação de caçadores como Buffalo Bill deixou de ser heróica e passou a ser vista como nefasta.

Ele recebeu a Medalha de Honra em 1872 pelos seus serviços ao Exército. A efeméride foi revogada em 1917, 24 dias antes da sua morte, porque ele era um civil. Mas lhe foi devolvida em 1989.

Há Jogos de Bebidas, sobre Buffalo Bill; e diz-se também que a origem do "mão direita é pénalti" (beber um copo de um golo só, quando apoiado pela mao direita)está relacionada com Buffalo Bill. Conta-se que um dia estava Buffalo Bill num saloon, quando entra um pistoleiro, Buffalo teria entao o copo na mão direita, a mesma que usava para disparar, então bebe o copo de um golo só e dispara depois.

domingo, 28 de março de 2010

Volver

Volver

Carlos Gardel

Composição: Carlos Gardel, Alfredo Le Pera
 
Yo adivino el parpadeo
De las luces que a lo lejos
Van marcando mi retorno...
Son las mismas que alumbraron
Con sus palidos reflejos
Hondas horas de dolor..

Y aunque no quise el regreso,
Siempre se vuelve al primer amor..
La vieja calle donde el eco dijo
Tuya es su vida, tuyo es su querer,
Bajo el burlon mirar de las estrellas
Que con indiferencia hoy me ven volver...
 
Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...
 
Tengo miedo del encuentro
Con el pasado que vuelve
A enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de las noches
Que pobladas de recuerdos
Encadenan mi soñar...
 
Pero el viajero que huye
Tarde o temprano detiene su andar...
Y aunque el olvido, que todo destruye,
Haya matado mi vieja ilusion,
Guardo escondida una esperanza humilde
Que es toda la fortuna de mi corazón.
 
Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...

sábado, 27 de março de 2010

William Tecumseh Sherman

William Tecumseh Sherman

William Tecumseh Sherman (8 de fevereiro de 1820 - 14 de fevereiro de 1891) foi soldado, homem de negócios e escritor estadunidense. Serviu como general no exército dos Estados Unidos durante a Guerra Civil dos EUA (1861-1865). Recebeu reconhecimento como notável estrategista militar e críticas para a dureza da sua política da terra arrasada contra os Estados Confederados.

Nas palavras do historiador militar Basil Liddell Hart, Sherman foi "o primeiro general moderno" e "o gênio mais original da Guerra Civil Americana". Recebeu essa qualificação por ter sido um dos primeiros líderes militares a utilizar conscientemente a destruição da base econômica e da moral da população civil do oponente como meio principal de vencer o conflito, dentro dos princípios da guerra total.

Tecumseh Sherman nasceu em Lancaster, Ohio, como sexto filho de Charles Sherman e Mary Hoyt Sherman. Seu nome, pouco usual para uma criança branca, foi dado em homenagem ao famoso cacique Shawnee Tecumseh, que combateu na Guerra de 1812 ao lado dos britânicos. O pai foi um juiz bem sucedido, que chegou a Suprema Corte do Estado de Ohio. Em paralelo, Charles Sherman assumiu o dever de agente da receita federal ("Internal Revenue"). Mais tarde o futuro general foi batizado na Igraja Católica com o nome de William Tecumseh Sherman.


Aos 16 anos entrou para a Academia Militar de West Point. Depois de passar pela Guerra Mexicano-Americano, foi designado para uma unidade de artilharia em Saint Louis (Missouri).Em 1852, recebeu a missão de limpar a corrupção no comissariado de New Orleans, Louisiana. Recebeu reconhecimento como excelente administrador. Diziam que "se fosse incapaz de achar a causa de uma diferença de 3 centavos nas contas, pediria baixa e cometeria suicídio". Nesta época ele já era capitão.



Inicialmente, Sherman condicionou seu retorno ao exército a possibilidade de obter o comando de um regimento do exército regular, pois considerava o treinamento dos voluntários, que constituíam a vasta maioria das forças de ambos lados, temerário. Então, foi nomeado inspetor geral do exército pelo Comandante-em-chefe Winfield Scott, herói do México e velho conhecido. Poucos dias depois, aceitou assumir o comando de uma Brigada no exército de McDowell, composta por voluntários.




Em 21 de Julho de 1861, sobre pressão da opinião pública que queria um desfecho rápido, McDowell avançou precipitadamente sobre tropas de P.G.T. Beauregard, estacionadas em Manassas Junction. Ocorreu o primeiro grande confronto da guerra - a primeira batalha de Bull Run (Primeira batalha de Manassas). Os temores de Sherman confirmaram-se. Os indisciplinados voluntários entraram em pânico e as linhas federais desintegraram-se. Num dia de derrota catastrófica, Sherman foi um dos poucos oficiais que se destacaram positivamente, retendo federais os fugitivos e reorganizando a resistência aos confederados em avanço. No meio de Agosto, recebeu a promoção a General-brigadeiro dos Voluntários

Em Kentucky e Missouri:

Em Novembro, a convite do comandante do Departamento de Cumberland, Robert Anderson, assumiu a responsabilidade sobre as ações militares no estado de Kentucky. Kentucky era um estado limítrofe, onde a população tinha lealdade dividida entre o sul e o norte. Sherman, iludido pelas manobras confederadas acreditava estar diante de um número de oponentes muito maior do que de fato existia. Ao receber do Secretário da Guerra Simon Cameron a sugestão de avançar seus 18.000 soldados contra o Passo de Cumberland e invadir o leste de Tennessee, respondeu que precisaria de 60.000 homens apenas para manter a posição, é os impossíveis 200.000 para empreender ações ofensivas. O conteúdo da conversa vazou para imprensa, que colocou a sanidade mental do general Sherman em dúvida. Um observador enviado pelo exército constatou que Sherman estava em severa crise de nervos, o que ocasionou a sua substituição pelo Don Carlos Buell.


Sherman foi retornado para Halleck, comandante do teatro de guerra do oeste, que, a despeito dos rumores, deu crédito ao velho amigo colocando-no a frente de três divisões de infantaria, estacionadas em Missouri. Mas as coisas não melhoraram, e Halleck viu se obrigado a recomendar ao Comandante-em-chefe George McClellan que Sherman fosse afastado das funções de comando até que se recuperasse. Manchetes no país todo voltaram a estampar especulações sobre a sua insanidade.



Sob Grant:
 
Em Fevereiro de 1862, depois de passar algum tempo dirigindo um campo de treinamento, Sherman recebeu uma nova comissão de Halleck: comandaria o distrito militar de Cairo, subordinado ao Ulysses Grant, comandante do Departamento do Oeste de Tennessee. Em março, Grant conquista os fortes Henry e Donelson, tornando se uma celebridade nacional em época de poucas boas notícias para a União. Sherman fica muito impressionado com o modo simples e objetivo com que Grant conduz os assuntos militares. Os dois iniciam uma cooperação próxima e uma amizade, que se estenderia para além do termino da guerra. Transferido para o Exército de Tennessee de Grant, Sherman o comando da Quinta Divisão de Voluntários.



Shiloh


A primeira missão recebida pelo Sherman no seu novo posto foi interromper a linha ferroviária da Charlton & Memphis Railroads no trecho entre Corinth e Iuka. No percurso, identificou na margem oeste do Rio Tennessee uma excelente posição para estacionar as tropas, chamada de Pittsburg Landing. Grant transferiu para lá seus 35.000 soldados, aguardando o reforço pelo Exército de Ohio, sob Don Carlos Buell. O quartel general foi estabelecido próximo de uma igreja conhecida como Shiloh. Sem saber, Sherman escolheu o campo para uma das batalhas mais sangrentas da guerra - a Batalha de Shiloh.




Na madrugada do dia 6 de Abril de 1862, o ataque de 40.000 confederados sob Albert Sidney Johnston tomou as tropas estacionadas de surpresa. Grant estava ausente, e só conseguira retornar no meio do dia. Sherman coordenou a resistência da melhor forma possível dentro das circunstâncias. Ao longo da batalha, teve três cavalos abatidos sobre si. Foi ferido duas vezes, na mão e no ombro, ambas sem gravidade.





Atlanta:


No verão de 1864, com a promoção de Grant para comandante-em-chefe, Sherman foi apontado comandante da Divisão Militar de Mississippi, cargo que lhe dava comando de todas as forças da União no teatro de guerra ocidental. Com isso, tornou se o segundo homem mais importante na hierarquia militar dos EUA.



Grant e Sherman acordaram uma estratégia conjunta. No lugar de colocar foco na conquista de localidades geográficas específicas, ambos buscariam destruir os exércitos inimigos, onde quer que esses tivessem. Grant perseguiria o Lee na Virgínia, e Sherman o Johnston na Georgia. A pressão sobre o inimigo não deveria ser aliviada em nenhum momento.



O primeiro grande desafio era logístico. Seu exército necessitava de 1.300 toneladas de suprimentos todos os dias. Sherman respondeu confiscando vagões e vedando o uso da ferrovia para o civis.





Vida Post-belum:


Durante o mandato de Grant como Presidente dos EUA (1869-83), Sherman assumiu o comando do Exército . Como tal, ele foi o responsável pela condução da Guerra Indígena no oeste Estados Unidos. Recusou prontamente os repetidos convites para abraçar a carreira política. Em 1875 publicou suas Memórias, um dos mais conhecidos relatos em primeira mão da Guerra Civil.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Castilhismo

Júlio Prates
                                               De Castilhos
Castilhismo


Castilhismo é o nome dado à corrente política do oligarca gaúcho Júlio Prates de Castilhos, do início da República Velha.

O Castilhismo era uma corrente política de forte cunho conservador, ao mesmo tempo em que apostava na modernização econômica, por ter na burguesia industrial e urbana suas bases de apoio. Também sofreu forte influência do positivismo de Auguste Comte.

O castilhismo tinha três princípios básicos:

1. Escolha dos governantes baseado na sua pureza moral e não na sua representatividade popular.

2. Na política devem ser eliminadas as disputas político partidárias e valorizar só a virtude.

3. O governante deve regenerar a sociedade, e o Estado comandar a transformação e modernização da sociedade.

Embora tenha origens ideológicas no pensamento de Venâncio Aires, o castilhismo como alinhamento político surgiu junto com a ascensão pessoal de Castilhos e do Partido Republicano Riograndense. Ele foi eleito pela primeira vez para o governo estadual em 1891.

Em 1893, ocorreu a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, uma verdadeira guerra civil gaúcha em que os liberais pegaram em armas contra o governo conservador de Castilhos e foram derrotados.

O líder da oposição, o monarquista Silveira Martins, tinha sido o pivô da proclamação da República em 1889 e era desafeto tanto de Deodoro (que fora governador do Rio Grande no Império e renunciara à presidência em 1891) quanto dos republicanos históricos. A vitória dos pica-paus de Castilhos sobre os maragatos de Silveira Martins na Revolução Federalista de 1893 deu forte impulso ao castilhismo.

O castilhismo permaneceu como força hegemônica no Rio Grande do Sul ininterruptamente entre 1893 e 1937. A partir de então, passou a dividir-se entre a nova corrente "getulista" ou "varguista" (alinhada ao trabalhismo de centro-esquerda), e a corrente conservadora de Flores da Cunha, Lindolfo Collor, Walter Só Jobim e Ildo Meneghetti.

Inicialmente com alcance apenas local, os castilhistas expandiram sua influência a nível nacional, projetando nomes como Pinheiro Machado, Borges de Medeiros, Flores da Cunha, Lindolfo Collor, Osvaldo Aranha e Getúlio Vargas. O auge do castilhismo se deu em 1930, quando a Revolução alçou Vargas à presidência do Brasil, contando com o apoio inicial de tenentistas e modernistas. Logo, porém, divergências internas evidenciaram as dissidências de Collor e Flores, entre outros, e o próprio Getúlio ajudou a sufocar o castilhismo.

Alguns historiadores têm visto no transcurso do regime militar implantado no país em 1964, influências destas ideias. Todos os cinco presidentes militares (dois marechais e três generais) cursaram a Escola de Guerra de Porto Alegre, onde o positivismo e o castilhismo eram visões políticas disseminadas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Guerras indígenas nos Estados Unidos da América

Guerras indígenas nos Estados Unidos da América

As guerras indígenas nos Estados Unidos da América são o conjunto de guerras opondo os colonos europeus, e depois os estado-unidenses, aos povos ameríndios da América do Norte de 1778 a 1890. Apesar de nenhuma guerra ter sido oficialmente declarada pelo congresso, o exército esteve constantemente em guerra contra esses povos a partir de 1778. Elas se prolongaram durante o século XIX através de violências e massacres de ambos os lados.


Linha de tempo das guerras do Oeste

Guerras Comanche (1836-1875) nas planícies do sul, principalmente na república e estado do Texas
Batalha do Pease River - 1860

Guerras Cayuse (1848–1855) — Território do Oregon-Território de Washington

Guerras do rio Rogue (1855-1856) — Território do Oregon

Guerra Yakima (1855–1858) — Território de Washington

Guerra Spokane-Coeur d'Alene-Paloos (1858) — Território de Washington

Guerra do Canyon Fraser (1858) – Colúmbia Britânica (invasores dos EUA em território britânico)

Guerras indígenas da Califórnia (1860-65) Guerra contra os Hupa, Wiyot, Yurok, Tolowa, Nomlaki, Chimariko, Tsnungwe, Whilkut, Karuk, Wintun e outros.

Guerra Lamalcha (1863) — Colúmbia Britânica

Guerra Chilcotin (1864) — Colúmbia Britânica

Guerras Navajo (1861–1864) — terminou com a Longa Marcha dos Navajos — Territórios do Arizona e do Novo México.

Guerra Hualapai ou Guerra Walapais (1864–1869) — Território do Arizona

Campanhas Apache ou Guerras Apache (1864–1886) Careleton pôs Mescelero em reserva com os Navajos em Sumner e continuou até 1886, quando Geronimo se rendeu.

Guerra Dakota de 1862 — conflitos no quadrante sudoeste do Minnesota resultam em centenas de mortos. Na maior execução em massa da história dos Estados Unidos, 38 Dakotas foram enforcados. Cerca de 1600 outros foram enviados a uma reserva no que é hoje em dia o Dakota do Sul.

Guerra de Nuvem Vermelha (Red Cloud's War) (1866–1868) — O chefe Lakota Nuvem Vermelha (Red Cloud) lidera os ataques de maior sucesso contra o exército estado-unidense durante as Guerras Indígenas. Pelo Tratado de Fort Laramie (1868), os EUA asseguram uma grande reserva aos Lakota, sem presença militar ou supervisão, nenhum direito de assentamento ou construção de estradas. A reserva incluía a totalidade das Black Hills.

Guerra do Colorado (1864–1865) — conflitos em torno das Planícies Orientais do Colorado entre o exército dos EUA e uma aliança composta na sua grande maioria por Cheyennes e Arapahos.

Massacre de Sand Creek (1864) — John Chivington matou mais de 450 índios Cheyennes e Arapahos que haviam se rendido.

Campanha Comanche (1867–1875) — Maj. Gen. Philip Sheridan, no comando do Departamento do Missouri, instituíu uma campanha de inverno em 1868–69 como meio de explusão das tribos indígenas espalhadas através das regiões fronteiriças do Colorado, Kansas, Novo México e Texas.[1]

Veja Quinto distrito militar (Fifth Military District, Texas) para relatórios sobre a Cavalaria dos EUA versus Ameríndios de agosto de 1867 a setembro de 1869. (As unidades de cavalaria no Texas eram o Quarto Regimento de Cavalaria (EUA); Sexto Regimento de Cavalaria (EUA) e o Nono Regimento de Cavalaria (EUA)).

Batalha de Beecher Island (1868) — Cheyennes do Norte em guerra sob o comando de Nariz Romano (Roman Nose) lutaram contra guias do Nono Regimento de Cavalaria em uma batalha de nove dias.

Batalha do Rio Washita (1868) — A Sétima Cavalaria de Custer atacou o assentamento indígena Cheyenne de Black Kettle no rio Washita (perto da atual Cheyenne (Oklahoma)); 250 homens, mulheres e crianças foram mortos.

Batalha de Summit Springs (1869) — Guerreiros Cheyenne liderados por Tall Bull derrotados por elementos do exército dos EUA sob o comando do Coronel Eugene A. Carr. Tall Bull morreu, supostamente morto por Buffalo Bill.

Batalha do Canyon de Palo Duro (1874) — Guerreiros Cheyenne, Comanche e Kiowa lutaram contra soldados do Quarto Regimento de Cavalaria liderados pelo Coronel Ranald S. Mackenzie.

Guerra Modoc, ou Campanha Modoc (1872–1873) — 53 guerreiros Modoc sob o comando de Capitão Jack enfrentam e retêm 1000 soldados do exército dos EUA durante sete meses. O Major General Edward Canby foi morto durante uma conferência de paz — o único general a ser morto durante as Guerras Indígenas.


Guerra de Red River (1874–1875) — entre forças Comanches e estado-unidenses sob o comando de William Sherman e do tenente-general Philip Sheridan.

Guerra de Black Hills, ou Campanha de Little Big Horn (1876–1877) — Lakotas sob ordens de Touro Sentado e Cavalo Louco lutaram contra tropas do exército após repetidas violações do Tratado de Fort Laramie (1868).

Batalha de Rosebud (1876) — Lakota sob o comando de Tasunka witko lutam contra uma coluna do exército estado-unidense que se deslocava para reforçar a Sétima cavalaria de Custer.

Batalha de Little Bighorn (1876) — Sioux e Cheyennes sob a liderança de Touro Sentado e Cavalo Louco derrotam a Sétima Cavalaria, liderada por George Armstrong Custer.

Batalha do Warbonnet Creek (1876) - onde Buffalo Bill teria matado o chefe Cheyenne Mão Amarela.

Campanha Nez Percé ou Guerra Nez Percé (1877) — Nez Percés sob o comando do Chefe Joseph retiram-se diante do Primeiro Regimento de Cavalaria através do Idaho, Parque Yellowstone e Montana depois que um grupo de Nez Percés atacou e matou um grupo de pioneiros ingleses no início de 1877.

Campanha Bannock ou Guerra Bannock (1878 — elementos da Vigésima-primeira Infantaria dos EUA, Quarta Artilharia dos EUA e Primeira Cavalaria dos EUA lutam contra nativos do sul do Idaho, incluindo os Bannock e Paiute, quando as tribos ameaçavam com uma rebelião em 1878, insatisfeitas com os seus loteamentos de terras.


Campanha Cheyenne ou Guerra Cheyenne (1878–1879) — um conflito entre as forças armadas dos EUA e um pequeno grupo de famílias Cheyenne.

Campanha Sheepeater ou Guerra Sheepeater (maio – agosto de 1879) — em 1 de maio de 1879, três destacamentos de soldados perseguem os Shoshone de Idaho através do Idaho durante a última campanha do noroeste pacífico.

Campanha Ute ou Guerra Ute (setembro de 1879 – novembro de 1880) — em 29 de setembro de 1879, cerca de 200 homens, elementos da Quarta Infantaria e da Quinta Cavalaria dos EUA, sob o comando do Major T. T. Thornburgh, foram atacados e derrotados em Red Canyon por 300 ou 400 guerreiros Ute. O grupo de Thornburgh foi socorrido por forças da Quinta Cavalaria e pelo Nono Regimento de Cavalaria no início de outubro, mas não antes que significativas perdas tivessem ocorrido. Os Utes foram finalmente pacificados em novembro de 1880.

Campanha de Pine Ridge (novembro de 1890 – janeiro de 1891) — diversos descontentamentos não resolvidos levaram ao último grande conflito com os Sioux. Uma campanha que envolveu quase metade da infantaria e cavalaria do exército regular fez com que os guerreiros sobreviventes rendessem suas armas e se retirassem para suas reservas em janeiro de 1891.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lobisomem Do Arvoredo

Lobisomem Do Arvoredo

O Lobisomem do Arvoredo
Todo mundo tinha medo
Foi meu pai que me contou
Que uma vez ele posou e se encontrou com a bicharedo
Sexta-feira lua cheia,
E ele posou lá sózinho
De repente viu uma sombra,
Pois era a Lobisoma com seis lobisominhos.
A Lobisoma bem tetuda
Tava dando de mamá
Ele saiu de mansinho e pegou o Lobisominho
E trouxe pra criar
Ele pegou o Lobisomem
E trouxe pra criar guacho
Hoje o bicho tá famoso, tá vivendo pelo povo
E toca Gaita de 8 baixo
O Lobisomem do Arvoredo
Todo mundo tinha medo
Foi meu pai que me contou
Que uma vez ele posou e se tocou pro "bixaredo"
Hoje o bicho tá famoso
Na profissão até já tem nome
Ele é uma baita de uma rima ele se chama Mano Lima,
é o rei do Lobisomem

Mano Lima

terça-feira, 23 de março de 2010

San Francisco

San Francisco



Tex e seus companheiros estão de passagem em San Franscisco e vão visitar o um velho amigo, o Chefe de Polícia Mike Tracy. Entretanto Fleming, um policial corrupto, ouve escondido a conversa entre eles e sabendo que Tex causou a ruína do irmão de Diamond Jim trata de ir ao Hotel Eldorado para relatar a chegada de Tex e seus companheiros.

Diamond Jim, sedento de vingança, arquiteta um plano diabólico e pede a Andy, seu braço direito, que o execute. Jim logo coloca seu plano em ação: vai até as docas e procura o capitão Barba Negra.

Os dois negociam e Barba Negra aceita levar Kit como prisioneiro e abandona-lo em uma ilha deserta, enquanto alguns homens de Andy observam Kit e Tigre que vão ao porto passear. Esperando a oportunidade certa, um dos homens apunhala Tigre pelas costas e quando Kit vai ajudá-lo, leva uma pancada na cabeça, sendo levado desmaiado a bordo do "Black Shark", que parte do mesmo instante.

Tex e Carson ficam preocupados com a demora de Kit e Tigre. Para acalmá-los, Mike vai procurá-los e retorna com a notícia de que Tigre está hospitalizado e Kit desaparecido.

A única pista então obtida é a de que Kit fora levado a bordo de um navio e Fleming fora visto entrando no Eldorado. Juntando as peças do quebra-cabeça, chegam finalmente a Diamond Jim, mas como este é um homem influente, Tex resolve agir a seu modo.

Nosso ranger pede a ajuda de Potrero e Bingo e, depois de muita confusão - e de destruírem o Eldorado com a ajuda do "Comitê das Damas de Bem da Santa Liga", conseguem pegar Diamond Jim que, apavorado, confessa seu plano.

Sem perda de tempo, os pards vão até as docas buscar informações sobre Barba Negra e encontram um rival de Barba Negra, o Capitão Bart, que sabendo da situação de Tex concorda em partir imediatamente para tentarem alcançar o "Black Shark" e resgatar Kit, então mantido prisioneiro no porão do referido navio.

Em alto mar, o Capitão Drake pede a seu primeiro - o Sr. Scott - que traga Kit para conversar com ele. Quando os homens vão buscar o jovem, Kit arruma uma confusão tremenda e acaba brigando ferozmente com Scott.

O Capitão Drake precisa interferir e termina a briga entre os dois, advertindo Kit seriamente de que, se ele não parar de arrumar confusão, não permitirá que ele fique solto no convés, já que não há como fugir pois estão rodeados de águas infestadas de tubarões e a milhas e milhas da terra.

Depois de duas semanas, finalmente o "Sea Tiger" alcança o navio do Capitão Drake atracado no porto de Molokai. Tex se veste de marinheiro e coloca seu plano em ação: vão até o bar do porto onde os homens de Barba Negra estão e, junto com os homens do "Sea Tiger", arruma uma grande confusão no bar. Não tarda e a polícia do local chega, prendendo todos, menos Tex e seus companheiros, que habilmente subornam a dona do bar.

Scott vai até o navio e conta ao Capitão Drake que seus homens estão presos e machucados e este, furioso, corre para libertar seus homens da prisão, indo até o bar para tirar satisfações com a dona do estabelecimento.

O Capitão Drake ameaça a mulher e Tex, ainda disfarçado, a ajuda a sair da enrascada, conseguindo ainda, depois de muita conversa, que o Capitão o leve para trabalhar no seu navio. Uma vez a bordo do "Black Shark" , Tex revê o filho, mas tem de conversar com ele às escondidas, além de precisar despistar o Sr. Scott, que estava desconfiando dele.

Depois de algum tempo Tex resolve tentar libertar Kit, mas, durante a fuga, os dois são descobertos e além de fugir dos homens do Capitão Drake precisam ainda se desvencilhar de uma tempestade em alto mar para chegar ao "Sea Tiger".

segunda-feira, 22 de março de 2010

Velho Tango


Velho Tango

“Velho tango, brasa viva de outras eras!
Bandoneons, violinos e o seu cantor!
Outros ritmos te transformaram em cinzas!
Velho tango, tango triste sem calor!
Velho tango, os tempos idos jamais voltam.
Choro contigo, na mesma desesperança,
O amor mais lindo, que marcou na minha vida,
Tango eu te canto e falo nela por lembrança!”

Victor Matheus Teixeira

domingo, 21 de março de 2010

Expressões Idiomáticas

Expressões Idiomáticas


Tex:

Peste!
Danação!
Chamas do inferno!
Maldição!
Por Deus!
Raios me partam!
Pro diabo!
Por todos os diabos!
Potências do céu!
Chifres do diabo!
Chifres de cem bisontes!
Chifres de mil bisontes!
Sangue de búfalo!
Camelo velho - para Carson
Coruja velha - para Carson
Velho assanhado - para Carson
Velho degenerado - para Carson
Velho esfomeado! - para Carson
Mefistófeles - para Carson
Profeta de infelicidades - para Carson
Velho tarado - para Carson
Velho devasso - para Carson
Velho pascácio - para Mefisto
Velho louco - para Mefisto
Palhaço - para Mefisto

Carson:
Por São Josafá!
Chifres de bisonte!
Por Matusalém!
Pelas barbas de Matusalém bailarino!
Grande Matusalém!
Raios e trovões!
Tição do inferno - para Tex
Satanás - para Tex
Debilóide - para Mefisto
Ser infernal - sobre Mefisto
Velho maluco - sobre Mefisto
Bruxo maldito - sobre Mefisto

sábado, 20 de março de 2010

Aqui estou, Sr. Inverno


Aqui estou, Sr. Inverno



Autoria: Aureliano de Figueiredo Pinto


Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.

Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!

Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
Como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.

Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.

Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.

Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.

Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.

Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.

Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.

Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.

Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.

Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...

sexta-feira, 19 de março de 2010

The Great Train Robbery

The Great Train Robbery

The Great Train Robbery (O grande roubo do trem; O grande assalto ao comboio) é um filme de 1903 dirigido por Edwin S. Porter, antigo operador de câmera de Thomas Edison.

Com apenas doze minutos de duração, é um dos grandes marcos da história do cinema e um dos responsáveis, pelo grande sucesso que teve na época, por mostrar a viabilidade da indústria cinematográfica. É considerado também o primeiro western. O elenco inclui A.C. Abadie, Broncho Billy Anderson e Justus D. Barnes, embora nenhum ator tenha sido creditado.


Além de ser um dos primeiros exemplos de narrativa realista no cinema, o filme foi inovador em outros aspectos: é o primeiro a ter filmagem em ambientes externos, primeiro a ser filmado em vários locais, primeiro a utilizar bonecos como "duplos" dos atores e pioneiro na utilização de movimentos de câmera e no uso, ainda muito incipiente, da montagem paralela.

Cortes para mostrar ações em locais paralelos e o uso do zoom, técnica avançada para a época, na famosa cena do tiro em direção à platéia foram também utilizados.

Como primeiro western, estabeleceu alguns paradigmas do gênero, como os tiros que forçam uma pessoa a dançar, as perseguições a cavalo e o tiroteio final.

Link do filme no Google Vídeo: http://video.google.com/videoplay?docid=-7949193416885414135#

  Cartaz de lançamento


Cena final

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gildo De Freitas (parte 2)

Gildo de Freitas ao longo de sua vida nunca agüentou injustiças sem intervir –daquele seu jeito xucro dele. Um cafetão explorando prostituta, um marmanjo impondo sua força contra uma mulher ou um menor de idade; um sujeito humilhando um bêbado, nada disso era suportável aos olhos do Justiceiro Gildo de Freitas. Politizado, assim que se tornou conhecido no meio regionalista ele se integrou aos comícios de campanha de Getulio Vargas, Leonel Brizola, João Goulart, Alberto Pasqualini entre outros ilustres trabalhistas.


Passou a usar sua música e seu talento nos desafios de trova em prol no que ele acreditava. A trova era a arma para defender seu ponto de vista e do ponto de vista dos fracos e oprimidos. Em seus últimos anos de vida uma das atividades que ela mais praticava era a distribuição de comida aos pobres.

Essa faceta social é bem visível nas músicas que compôs e nos improvisos do repente gaudério tal qual nas músicas “vida brava” e até mesmo no clássico “Eu reconheço que sou um grosso” e “Infância Pobre” entre outras.

Gildo era hábil tanto ao falar sobre o que conhecia, como filosofia campeira, boêmia e casos de amor, quanto ao abordar assuntos aparentemente estranhos a ele , como misticismo, fantasmas, o mundo dos sonhos e até o movimento hippie.

Exemplo disso é a música “Prova de Repentista” do Lp ‘De estância e estância.’

A música começa com um locutor anunciando Gildo de Freitas e pedindo que a platéia desse o tema para os versos do Gildo e saltou logo um gaiato pedindo versos para a vovozinha debochando da capacidade do Gildo em fazer versos pra a vovozinha, o locutor partiu na defesa do Gildo mas como não seria diferente o Gildo de Freitas disse que faria os versos e cantou para a Vovozinha em improviso e deu uma lição no rapaz. Assim era Gildo de Freitas fazia versos sobre qualquer assunto, pessoa, tema, situação. Prova maior que era o maior repentista não do Brasil, mas do Mundo.

Era o improviso a marca de Gildo de Freitas e a partir dessa lógica ele falava e fazia versos sobre o que lhe desse na telha.

terça-feira, 16 de março de 2010

Na Trilha Das Recordações

Na Trilha Das Recordações

Sinopse: Uma história contada em flashback que se passa logo depois da aventura Pacto de Sangue. Nela vemos Tex e Lilyth vivendo felizes na reserva navajo, mas nem tudo pode ser felicidade, quem é justiceiro não pode fugir às suas responsabilidades...


Para muitos as ruínas da missão de São Joaquim não são mais que um amontoado de pedras erodidas pelo vento. Mas para Tex é um lugar que evoca recordações distantes que levam sua mente ao período mais feliz da sua vida, aquele em que cavalgava ao lado da doce Lilyth. Exatamente entre os muros daquela missão, os dois viveram de fato uma terrível aventura, que ameaçou romper prematuramente os laços entre os dois. Foi lá que o orgulhoso e impiedoso apache Cuervo Malo cercou-os com seu bando de apaches renegados, obrigando-os a uma desesperada resistência!... Sentado em volta da fogueira, em companhia de seus amigos, Tex narra um fragmento de seu passado que até hoje não havia revelado!

Esta será uma história completamente em cores, uma edição comemorativa alusiva aos 60 anos de Tex, com texto de Claudio Nizzi e arte de Fabio Civitelli. A história revelará trechos da juventude de Tex, que, ao acampar com Carson, Kit e Jack Tigre ao lado de uma velha missão em ruínas, contará um período da sua vida passado ao lado de Lilyth, antes do nascimento de Kit Willer.

É mais uma daquelas histórias para ler à beira de uma fogueira, tendo como teto um firmamento de estrelas. Segundo os autores, esta história será narrada em flashback e ambientada logo depois da conclusão da aventura “O Pacto de Sangue”. Lilyth é co-protagonista na aventura.


Esta edição traz um caderno especial também em cores com 16 páginas relatando detalhes importantes da epopéia editorial de Tex.



Ficha Técnica:

Tex Especial 60 Anos - Na Trilha das Recordações, 114 páginas em cores, publicado em outubro de 2008 pela Mythos Editora. Texto de Claudio Nizzi, desenhos de Fabio Civitelli, capa de Claudio Villa e cores de GFB Comics. A referência italiana é Tex-575.

Autores:



Cláudio Villa:

Cláudio Villa nasceu em Lomazzo (Como, Itália) em 31 de outubro de 1959. Diploma-me aos 17 anos no liceu artístico.

Cronologia das Histórias:

1986 - TEX-217 e TEX-218 - O Rancho dos Homens Perdidos (Tex Italiano 311/312)

1988 - TEX-236, TEX-237 e TEX-238 - O Navio do Deserto (Tex italiano 328, 329 e 330)

1990 - TEX-264, TEX-265, TEX-266 e TEX-267 - A Conspiração (Tex italiano 354, 355, 356 e 357)

1992 - TEX-291, TEX-292, TEX-293 e TEX-294 - Os Fanáticos do Tigre Negro (Tex italiano 381, 382, 383 e 384)

1996 - TEX-335, TEX-336 e TEX-337 - O Homem Sem Passado (Tex italiano 423, 424 e 425)

2002 - O Retorno de Mefisto, Abril/2004, primeira minissérie brasileira. Saiu no Tex italiano 501, 502, 503 e 504.

Não demorou muito e logo Claudio Villa foi chamado (em 1994) a auxiliar diretamente ao mestre Galep, então já com idade avançada, e este esmerou-se em fazer de Villa seu digno sucessor, uma vez que após sua morte Villa passa a ser o capista oficial de Tex (a partir da edição 401 da publicação italiana).

Fabio Civitelli:

Fábio Civitelli, nascido em 9 de abril de 1955 em Lucignano, Itália. Entra efetivamente para o staff de Tex em 1985. Algumas aventuras desenhadas por Fabio Civitelli podem ser vistas em TEX-277, TEX-278 e TEX-279; TEX-304, TEX-305 e TEX-306.



Cláudio Nizzi:

Claudio Nizzi, nascido a 9 de setembro de 1938 em Turim, na Itália. Em 1988 Nizzi criou Nick Raider, logo transformado em um grande sucesso de vendagem como Tex. Em 1995 Nizzi ganhou o prêmio Yellow Kid como o melhor autor de quadrinhos italianos, isto por ter mantido a tradição do western com Tex, por ter criado vários personagens de sucesso (entre eles Nick Raider) e por ter escrito inúmeros clássicos de literatura para a Fumetti.

No quesito Tex, Nizzi preocupou-se em escrever os roteiros para Tex seguindo à risca as características de G.L. Bonelli, tanto para os ambientes de ação das aventuras, quanto para os personagens em geral, não mudando em nada a personalidade de Tex e de seus pards. Isso faz os roteiros de Tex escrito por Nizzi serem tão bons quanto os escritos por Bonelli, fato que mantém Tex como um sucesso absoluto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

MISSA CRIOULA

MISSA CRIOULA


1 Meu querido irmão de crença, Crioulos simples sem luxo,

Uma breve explicação Por um padre que gaúcho

É com vibrante emoção Com vestes tradicionais.

Que rezo a missa crioula,

Missa que se desenrola 6 Esta missa que é bem nossa,

Nos ritos da tradição. Rezamos com devoção,

Naquela mesma expressão

2 O próprio Corpo de Cristo Da alma do nosso pago

Sobre um altar bem campeiro Que reza a Deus com afago,

O sangue desse Cordeiro No estilo da tradição.

Neste Cálice de guampa.

É a fé crioula do pampa 7 Estamos bem a vontade,

No Cristo Eterno Tropeiro. Fora de artificialismo,

Com fé, ardor e civismo,

3 É a Missa de dois mil anos Nosso coração se expande

Rezada no nosso jeito. No linguajar do Rio Grande

É o gaúcho abrindo o peito Com os rituais do cristianismo.

De mãos erguidas aos céus,

Ofertando ao patrão Deus 8 A Bandeira do Rio Grande

Um sacrifício perfeito. E o estandarte da Cruz

O padre peão de Jesus

4 É a ceia pascal do Cristo E a alma guapa e sulina

Revivida na querência. A bombacha e a batina

É toda a grande imponência No mesmo rastro de luz.

Do Calvário, nesta cruz.

É o mesmo Cristo Jesus 9 Por isso a Missa Crioula,

Pedindo ao Pai Deus, Clemência! Rezo com sinceridade,

Respeito, autenticidade

5 É a missa que o Papa e os Bispos Revivendo a tradição

Celebram nas Catedrais, Suplicando ao meu rincão

Rezada em nossos rituais As bênçãos da eternidade

Canto Inicial

Amaração dos Lenços

Vamos unir A cruz de Cristo nos trouxe

Nesta cruz tosca do mato A paz, o amor e o perdão

Dois lenços que eram rivais A missa crioula ensina,

O Chimango e o Maragato. Fraternidade e união

Sabemos quanto pelearam Agora aqui nesta cruz,

De lança, garrucha e mango, Termina esta crueldade,

O colorado Maragato, Os dois lenços amarrados

Contra este branco Chimango. Vão se unir pela amizade.

Com. Lenços unidos na Cruz, O Padre paramentado.

Vamos celebrar a Missa Crioula do nosso pago.

ACOLHIDA

Padre: Bem vinda de Deus gauchada / pela fé aqui repontada / pra adorar o grande Patrão / dizer-Lhe muito

obrigado / pedir-Lhe também perdão / alcançar toda sua graça / e sua santa proteção. Agora a mão direita /

levantamos pra fazer / com fé viva e devoção / o sinal de todo o bem. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito

Santo.

Povo: Amém.

Padre: A graça e a paz / do celeste Patrão / e de Cristo capataz / que é nosso irmão / vos deseja amigos / o meu

coração.

Povo: Obrigado igualmente, Quem nos reuniu foi Jesus, Nosso divino Tropeiro, Aqui ao redor desta cruz.

2

ATO PENITENCIAL

Padre: Amigos!... Antes de cruzar a porteira / do Patrão desta querência /. Das faltas verdadeiras / vamos pedir

clemência. De tudo o que não foi bom / vamos pedir perdão.

Povo: Patrão! Sou gaúcho leal / confesso que fiz o mal, / declaro neste momento / que pequei por pensamento /

com palavras e atos faltei / o que devia fazer, deixei / mas, por Cristo Redentor / e por sua Mãe, Senhor / Pelos

Santos, meus irmão, / perdoai-me bom Patrão.

Padre: Vossa compaixão supera / Senhor, o céu e a terra / Cremos, pois, firmemente / que sendo um Pai

clemente / Nos darei vosso perdão / e a eterna salvação / Piedade, então de nós / e até a querência do além.

Amem.

CANTO DO ATO PENITENCIAL

Com. Ao Patrão da querência eterna / que céu e terra governa / elevemos nosso canto ardoroso / e que o nosso

louvor se expanda. Canto do Glória

Padre: Oh Patrão eterno / autor de todo bem. / Olhai esta gauchada / que nesta missa vem. Dai-lhes a alegria /

de sempre vos servir / até poder chegar / ao rancho do porvir, / pois é lá, com Cristo / que nós queremos ir. /

Pelo Divino Espírito / dai-nos este bem. E que dure toda a vida / agora e sempre.

Povo: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

Com. A leitura do chasque nos lembra / que para poder agradar a Deus, / como Jesus devemos viver /

perdoando e praticando o bem.

Leitor: Com licença seu Padre!

Padre: Pois não índio velho! O que trazes prá nós?

Leitor: Trago uma mensagem do Patrão da Querência eterna.

Padre: Pois então leia prá nós, tchê!

Leitor: Leitura do Chasque enviado por São Pedro, capataz de Cristo e sinuelo Espiritual do Rio Grande

Companheiros, o Divino Tropeiro morreu por todos e nos deixou o exemplo para que seguíssemos o rastro

santo. Ele nunca ofendeu o Patrão do céu e de sua boca, nunca saiu mentira. Quando o maltratavam. Injuriavam,

não pagou mal por mal. Pelo contrário, continuava tratando a todos com o mesmo amor. Morreu na cruz em

nosso lugar, para pagar por nossos pecados, matando crucificados os nossos vícios, para que vivêssemos, agora

uma vida honrada e honesta. Como cordeiro inocente, morreu pelo rebanho, pois éramos como ovelhas perdidas

no corredor da existência, e pelo seu sacrifício reconduziu-nos de volta ao rodeio cristão. PALAVRA DO

SENHOR

Povo: Graças a Deus que ouvimos, Essa palavra divina, Transmitida por São Pedro e quanta verdade ensina.

EVANGELHO

Com.Neste Evangelho santo / quer Jesus ensinar / que só há um bom Pastor / para o céu todos levar./ E

este bom Pastor / é o mesmo Cristo Jesus / que da terra para o céu / o rebanho seu conduz!...

CANTO DE ACLAMAÇÃO

Padre: Aqui entre nós está o Patrão Onipotente.

Povo: E conosco permanecerá eternamente.

Padre: Pelo Sinal da Cruz leio a Palavra de Deus.

Povo: Glorificamos Jesus e o Grande Patrão do Céu.

Padre: Evangelho de Jesus Cristo conforme São João (Jo 10,1-16)

Povo: Leia Padre, escutaremos com todo o coração.

Escutai companheiros, o que dizia o Divino Tropeiro Jesus aos Fariseus: “Sou o Bom Tropeiro. O que

dá a vida por seu rebanho. O peão desinteressado, como não é o dono do rebanho, não se importa com a tropa,

não a defende, e não traz de volta a ovelha que saltou a cerca. Sou o Bom Tropeiro das almas. Conheço minhas

ovelhas uma por uma delas e elas conhecem a minha voz. Assim como o Pai Celeste me confiou o rebanho das

almas, quero conduzi-lo a invernada celeste. Para salvá-las, dou a minha vida. Tenho ainda muitas ovelhas

esparramadas. Preciso juntá-las na mesma invernada, e farei um só rebanho para seguirem o mesmo Tropeiro.

PALAVRA DA SALVAÇÃO.

Povo: Louvemos por tudo isto, o Tropeiro Eterno, Cristo.

CREIO

3

Com. Um gaúcho sem fé perde o rumo da querência. Queremos manifestar nossa fé com o canto.

PRECES COMUNITÁRIAS

Padre: Gauchada buena. Vamos bater a porta da querência e ao Pai Santo gritar com toda confiança. Após cada

reza vamos dizer juntos: Suplicamos ao Patrão Universal.

Povo: Suplicamos ao Patrão Universal.

Com. Pela querência brasileira, nossa terra, por este chão, que é imortal, Pelas estâncias, pelos peões, prendas

e patrões, E os que participam desta celebração.

Povo: Suplicamos ao Patrão Universal.

Com. Pelas famílias, pelos filhos, pelos pais, Pelos centros que cultuam as tradições, que se avivem neste

santo ideal.

Povo: Suplicamos ao Patrão Universal.

Com. Pelos pobres, aos que sofrem, aos pecadores e para os que buscam todo dia com afam, um trabalho,

terra e pão.

Povo: Suplicamos ao Patrão Universal.

Com. Pela eterna salvação de nossas almas, pelas nações e pela paz universal, para que não faltem sacerdotes

peões de Cristo.

Povo: Suplicamos ao Patrão Universal.

Padre: Escutai estes pedidos, Patrão Santo, que vos fazemos com amor, é sincera e fraternal. Abençoai Senhor,

esta nossa tradição, para que promova e busca o que é justo, reto e bom. As intenções do vosso povo aqui

presente, depositamos no vosso coração.

OFERTÓRIO

Com. É chegado o momento de levarmos para este altar, aquilo que representa a nossa vida: nossos trastes da

vida campeira, nossas tradições, que queremos ao Pai Santo ofertar.

Neste momento do povo, te ofertamos Bom Patrão,

A água nesta chaleira prá abençoar o coração,

A erva mate na cuia, verde erva, chimarrão,

Unidade entre os povos, seja de qualquer nação.

Mas um xirú não se esquece, da costela de churrasco,

Ao bom Pai que apetece, e fortalece a tradição,

Com a carne gorda no espeto,

Tu nos dás a refeição.

E assim termino o meu dia, estirado em qualquer canto,

Puxo um pelego prá terra, e olho naquele chão,

E ali nesta lã eu rezo, de pé, de joelhos, deitado,

E agradeço o pão dos céus, que prá nós aqui é doado,

Também lembro de uma cruz, do sangue ali derramado,

Que está dentro desta guampa, em vinho representado.

Durante o Santo ofertório Ao nosso Deus Criador,

Vamos cantar de alma aberta Para que Nosso Senhor,

Compreenda que a nossa oferta é feita com muito amor.

CANTO OFERTÓRIO

Padre: Bendito sejais, Senhor, Patrão do universo inteiro, Pelo pão hospitaleiro, Que vem da vossa bondade,

Que o labor da humanidade e a terra fértil produz, Agora aos pés desta cruz, Vô-lo damos, Mão erguida, Prá

se tornar pão e vida, Corpo vivo de Jesus.

Povo: Bendito seja o Senhor. Nosso Patrão Criador.

Padre: Na mistura da água e vinho, Queremos simbolizar Nossa união com Jesus Cristo, Que resolveu se

encarnar. Sendo Deus, Tornou-se Homem Para nos Divinizar.

Padre: Bendito sejais, Senhor, Patrão do universo inteiro, Pelo vinho hospitaleiro que vem da Vossa Bondade,

Que o labor da humanidade E a vida fértil produz. Agora, aos pés desta Cruz, Vô-lo damos sobre a mão. E o

vinho da salvação, Será o sangue de Jesus.

Povo: Bendito seja o Senhor, Nosso Patrão criador.

Padre: Curvados sobre este altar, De coração comovido, Sejamos, Deus acolhidos, Por Vossa eterna

bondade. Pedimos, Por este ofício, Que este Santo Sacrifício. Patrão do céu, vos agrade.

Padre: Por Vossa misericórdia, Lavai, Supremo Patrão, Nossas culpas e pecados, Todo o nosso coração.

ORAÇÃO

4

Padre: A missa não é só minha. É vossa, irmãos, igualmente. Vos peço fraternalmente, Rezai comigo,

portanto, prá que o nosso Patrão Santo, A receba alegremente.

Povo: Que o nosso divino Patrão / receba de tua mão / este sacrifício, então, em honra da Divindade, mande

bênçãos à vontade, para o rodeio Cristão.

Padre: Divino Patrão Santo, recebei esta nossa oferta e mandai em troca vossa benção divina para nos manter

na luta contra todo mal. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que conosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.

Povo: Amém

PREFÁCIO

Padre: Oh meu bom Patrão / da querência do Além / a todo vós conceda / saúde, paz e bem.

Povo: Assim como a nós / igual a ti também.

Padre: Levantai para o alto os corações.

Povo: Eles já estão junto ao Patrão dos Patrões.

Padre: Agradecemos ao Patrão da eternidade.

Povo: Ele merece com justiça e dignidade.

Padre: Ele merece de fato realmente, nosso dever é isto certamente. E por isso vos pedimos, Patrão Santo, Que

o Divino Tropeiro, Jesus Cristo, Cuide o rebanho universal que Ele ama tanto. Com os anjos, arcanjos,

querubins, Juntamente com o exército celestial, Agora vamos cantar vossos louvores, Ó eterno Santo Patrão,

universal.

CANTO DO SANTO

ORAÇÃO EUCARÍSTICA DA MISSA CRIOULA

Padre: Santo vós sois / Patrão de verdade / raiz e fonte / de toda a bondade / que brota sempre fecunda /

Jorrando a graça que inunda / as almas da humanidade. Estas ofertas, / Senhor aceitai / e sobre elas / O Espírito

derramai. O que é pão / Corpo se torne / o que é vinho / sangue se forme / do vosso Filho, / Cristo Jesus, / por

nós um dia / imolado na cruz. Na véspera de ser traído / tendo ele o pão partido / deu graças e foi dizendo:

TOMAI, COMEI, TODOS VÓS, ESTE É O MEU CORPO SAGRADO QUE POR VOSSO AMOR NA

CRUZ HÁ DE SER CRUCIFICADO.

Do mesmo modo, ao final da ceia sacrossanta, Jesus pôs vinho no cálice e o levanta. Dando graças novamente,

Olhando aos céus e bendizendo fez seus discípulos beberem, Estas palavras dizendo:

TOMAI E DELE BEBEI. ESTE CÁLICE CONTÉM MEU SANGUE DA NOVA ALIANÇA QUE, SÓ

PARA O VOSSO BEM, NO SACRIFÍCIO DA CRUZ, TODO SERÁ DERRAMADO PELA SALVAÇÃO

DO MUNDO E EM REMISSÃO DO PECADO. CADA VEZ QUE CELEBRARDES ESTE MISTÉRIO

SEM FIM, FAZEI-O EU VOS ORDENO, SEMPRE EM MEMÓRIA DE MIM.

Padre: Eis o mistério da fé aqui na Consagração.

Povo: Senhor, estamos em pé / Anunciando vossa morte na cruz / ressuscitado e glorioso / vos esperamos de

novo, / Jesus.

Padre: Celebrando o memorial da morte e ressurreição a vós, divino Patrão, Ofertamos imolado Vosso Filho

consagrado neste vinho e neste pão. Patrão Santo, agradecemos vossa divina bondade em nos dar dignidade de

estarmos firmes na crença em vossa augusta Presença vos servindo na humildade. Dai-nos o Espírito

Santo, querido Pai Celestial, para todos, em geral; Vosso Filho ao comungarmos, na fé e no amor formamos

um só corpo espiritual. Lembrai-vos também, Pai Santo, da vossa Igreja divina, que no mundo peregrina, no

rumo da eternidade, conduzindo a humanidade, na luz que Cristo ilumina. Aumentai o amor na Igreja, no Papa,

no Episcopado, no Bispo, nosso prelado, no Clero, nos Religiosos, e nos Cristãos fervorosos, vosso povo

consagrado.

Padre: Recebei na estância Eterna, vossos fiéis falecidos,... os nossos entes queridos, que partiram na esperança

de chegarem sem tardança à glória dos ressurgidos. De todos aqui presentes, tende piedade, Patrão, dai-nos

participação, na graça, na fé e no amor e unidos no Salvador, cheguemos à salvação. Com vossos santos e

apóstolos e com a Virgem Maria, possamos chegar um dia aos eternos resplendores, prá cantar vossos louvores

e vos amar com alegria. Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a Vós, Pai Onipotente, Toda a honra conveniente e

toda a glória, portanto, junto ao Espírito Santo vos damos eternamente.

Pai Nosso: Somos todos filhos do Pai Eterno e fieis a ordem de Cristo agora vamos cantar a oração do Pai

Nosso que Ele nos ensinou a rezar

Padre: Patrão do céu, afastai-nos todo o mal, do passado, do futuro, do presente; Protegidos de todos os perigos

conservai-nos do pecado sempre ausente.

Povo: Por Maria, Mãe do Cristo e nossa Mãe mandai paz à humanidade urgentemente auxiliados por vossa

misericórdia, aumentai a nossa fé pura e ardente.

5

Padre: No Santo amor, Jesus Cristo, vosso filho; convosco reina feliz, gloriosamente e com o Espírito Santo,

Deus também, por todo tempo, sem fim e eternamente, enquanto na terra vivendo a esperança, aguardamos

Jesus Cristo novamente.

Povo: Vosso é o reino, a glória e o poder. E para sempre, Deus eterno, o há de ser.

Padre: Aos Apóstolos, Jesus, Vós dissestes com lealdade. Eu deixo a minha paz.

Povo: Vos pedimos com bondade não olheis nossos pecados. Olhai a fidelidade de vossa Igreja e nos daí a paz,

o amor e a unidade vós que sois Deus, com o Pai e com o Espírito da verdade.

Padre: Conosco a paz do Patrão Onipotente.

Povo: O amor de Cristo nos reuniu fraternalmente.

CANTO CORDEIRO

Padre: Felizes os convidados que vem comer o cordeiro, Hei-lo aqui como alimento prá saciar o mundo inteiro.

Padre: Meu Divino Cordeiro, não mereço tomar-VOS, agora, vivo neste pão, por isso Jesus Cristo é que eu vos

peço antes de tudo, limpai-me o coração.

Com: Neste momento sublime da sagrada comunhão, vamos receber o Cristo, no rancho do coração. Vamos

cantar de alegria com solene vibração.

Com: Um Gaúcho (Prenda) meio caborteiro assim se aproxima do altar e faz sua reza ao Patrão Universal.

Prece Crioula

Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. E com licença Patrão Celestial. Vou chegando enquanto cevo o

amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por

outra invernada e repontar do céu a força e a coragem para o entrevero do dia que passa. Perdoa-me Senhor,

porque troteando pelas caminhadas da fraqueza humana de quando em quando, quase sem querer, eu me solto

porteira afora. Eta potrilho xucro, renegado e caborteiro... Mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e

direito. Ajuda-me Virgem Maria, primeira prenda do Céu. Socorre-me São Pedro, capataz da estância Gaúcha.

Pra fim de conversa, vou te dizer, meu Deus, mas somente pra Ti, que tua vontade leve a minha de cabresto para

todo o sempre, até a querência do Céu. Amém.

Padre: Dai-nos a graça, Patrão Santo, de seguirmos daqui por diante; uma vida nova, sem pecado, inteiramente

a Vosso serviço; já que o Divino Tropeiro nos salvou. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

Povo: Assim seja.

RITO FINAL

Com: Antes de nos bandear pelas coxilhas da querência, vamos pedir ao Patrão Celeste sua bênção e que nos

acompanhe nas andanças.

Padre: Aqui entre nós está o Patrão Onipotente.

Povo: E conosco permaneça eternamente.

Padre: A bênção do Patrão Santo, desça agora do além e nos conserve no bem, com a fé sempre no trilho, em

nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo.

Povo: Amém.

Com: No encerramento desta Missa tradicional, vamos erguer nossas vozes, cantando o canto final.

domingo, 14 de março de 2010

Versos Aos Gatilhos Mais Rápidos Do Oeste

Versos Aos Gatilhos Mais Rápidos Do Oeste

Tex, da justiça és defensor
Dos fracos protetor
Pelos bandidos muito odiado
E por teus fãs mui amado

Tu enfrentaste Mefisto
E tantos outros bandidos
Mas todos foram vencidos
Por ti, grande destemido

E tu, velho Carson
Também mereces homenagem
Afinal, combateste em tiroteios
Sempre com muita coragem
Tu nos faz rir
Sendo um resmungão
Por vezes és pessimistas
E em outras vezes só animação

E eu não esqueço do Kit Willer
Conhecido como Pequeno Falcão
Tu és famoso
Por tua coragem e determinação

Tu perdeste tua mãe muito cedo
Ficaste desprotegido, mas nunca com medo
Eu sou teu grande fã
E nenhuma história tua eu perdo

Jack Tigre, índio peleiador
No arco e flecha tu és campeão
Na machadinha és bom manejador
Para caçar manadas de bisão

Muito cedo tu perdeste a tua amada
Ficaste triste e atordoado
A alma do assassino foi amaldiçoada
E o crime vingado

Tomara que vossa carreira não acabe
Isto seria uma maldade
Eu quero continuar lendo vossas histórias
Até Trocentos anos de idade
Tu passaste por várias editoras
Vecchi, RGE, Globo
Atualmente estás na Mythos
Cujos preços são uns roubos
Teus criadores já se foram
Galleppini em 1994 e Bonelli em 2001
Nas tuas histórias foram os melhores
E como eles não há nenhum

sábado, 13 de março de 2010

Prosa dos Lenços

Prosa dos Lenços


Luiz Carlos Lanfredi e Chico Brasil



O nosso lenço campeiro, velho parceiro de luta

Simboliza as tradições, dos tempos da vida bruta

É uma herança partidária, que campeou seu ideal

Testemunho da história, desse Rio Grande bagual
O meu lenço foi tingido, com sangue dos farroupilhas

Peleou dez anos a fio, nas mais sangrentas guerrilhas

Hostentando a valentia da nossa raça caudilha

Implantou a liberdade no lombo dessas coxilhas

Meu lenço republicano, nasceu branco castilhista

Foi um bravo nas peleias, foi soberbo na conquista

Governou a ferro e fogo com norma positivista

Não cedendo aos maragatos o poder federalista

O meu lenço maragato, liberal federalsita

Em 93 foi guerreiro, foi tribuna ativista

Peleou contra o lenço branco dos pica-paus legalistas

E se fez libertador combatendo os castilhistas
O nosso lenço campeiro, traz cheiro de campo e céu

Aquerenciou no gaúcho, entre a bombacha e o chapéu

Um gaúcho bem pilchado, estampa a simplicidade

Mais sem lenço no pescoço, perde sua identidade

Trêmulando aos quatro ventos, o lenço se fez canção

Se expandiu Brasil afora, é gaúcho em qualquer chão
O nosso lenço campeiro, velho parceiro de luta

Simboliza as tradições, dos tempos da vida bruta

É uma herança partidária, que campeou seu ideal

Testemunho da história, desse Rio Grande bagual
Meu lenço branco borgista, governou mais uma vez

Me batizaram chimango nas urnas de 23

Com temor de Assis Brasil o maragato caudilho

Meu lenço se fez história, passando de pai pra filho
Meu lenço cinza xadrez, o carijó companheiro

Nunca foi politiqueiro e nem provocava alvoroço

Mais conforme o vento vai, não fica comprometido

Não faz parte de partido e nem escolhe pescoço
Lenço vermelho é maragato lenço branco é chimango

O preto é luto respeito, este não vai a fandango

É gaúcho igual aos outros, de bombacha espora e mango

Procedência castelhana lá da província do tango
O nosso lenço campeiro, traz cheiro de campo e céu

Aquerenciou no gaúcho, entre a bombacha e o chapéu

Um gaúcho bem pilchado, estampa a simplicidade

Mais sem lenço no pescoço, perde sua identidade

Trêmulando aos quatro ventos, o lenço se fez canção

Se expandiu Brasil afora, é gaúcho em qualquer chão
Os lenços se entrelaçaram

Fazendo a pátria tremer

Á cavalo eles levaram

Getúlio Vargas ao poder

sexta-feira, 12 de março de 2010

Billy the Kid

Billy the Kid ("Billy, a criança"), ou William Henry Bonney, pseudônimos de Henry McCarty (23 de novembro de 1859 – 14 de julho de 1881) foi um bandido e assassino que participou da "Guerra do Condado de Lincoln", no Novo México, EUA.




Billy the Kid é uma lenda no Oeste Americano. Embora tivesse vivido apenas 21 anos foi um dos mais ativos e respeitados fora-da-lei da região compreendida entre o sudoeste americano e norte mexicano. A história relata seu envolvimento em dezenas de tiroteios, mais de 20 homicídios, fugas espetaculares e até na liderança de um bando de assassinos em uma guerra particular no Novo México. O certo é que este prematuro fora-da-lei teve também sua carreira encerrada muito cedo ao ser emboscado e morto no Fort Summer pelo xerife do Novo México, Pat Garret, é rápido no gatilho.


Nascido na cidade de New York em 24 de novembro de 1859 com o nome de Henry McCarty, perde o pai logo em seguida. A mãe Catherine muda-se com ele e o irmão para Indiana onde casa-se novamente com Bill Antrim.




Mudam-se novamente, primeiro Wichita (Kansas), depois Santa Fé e finalmente Silver City (Novo México) onde também sua mãe adoece e morre. Henry, ou Billy tinha então 14 anos. Em Silver City é preso e acusado de roubo, mas foge da prisão e vagueia pelo deserto americano e mexicano praticando furtos de cavalos.



Aos 17 anos, no Arizona, pratica contra um ferreiro seu primeiro homicídio. Foge para o Novo México e dedica ali sua atenção aos furtos de cavalos e mimo ás mulheres mexicanas, com quem adquire boa popularidade. No Condado de Lincoln arruma emprego na fazenda dos Tunstall onde cria forte amizade com o proprietário.



Em 1878 numa disputa por posses de terras entre os Tunstall e outro fazendeiro da região, Jonh Tunstall é assassinado. Tomado por forte sentimento de lealdade e desejo de vingança Billy une-se a um grupo de pistoleiros intitulados "Os Vigilantes" e juram caça aos culpados pela morte de seu estimado patrão.




Os Vigilantes espalham pânico e terror na região executando sumariamente todos os suspeitos de participação naquela disputa de terras. Billy, então, embosca o xerife Brady e seu auxiliar e juntamente com Os Vigilantes vingam-se da morte de Tunstall.



Agora a guerra continua com a participação de forças militares contra Os Vigilantes culminando num longo e sangrento episódio conhecido com a Batalha de Lincoln. Billy escapa ileso, forma novo bando e volta a roubar gados na região

Pat Garrett, um obstinado xerife do Novo México que também era um grande amigo de Billy the Kid, vendeu a vida do fora-da-lei por dinheiro (Billy era defendido pelos amigos que sempre falaram que ele não era mau e nunca trairia um amigo). Após fracassar num primeiro confronto com Billy The Kid, finalmente surpreende-o num rancho do Fort Summer e o mata a "queima-roupa".




Era 14 de julho de 1881. Terminava assim a carreira daquele jovem pistoleiro que enveredara pelo mundo do crime e viraria um misto de herói e bandido, embora tivesse vivido tão pouco - apenas 21 anos de uma atribulada vida no oeste americano.



Billy the Kid ficou conhecido por inúmeros nomes: William Boney, Kid Antrim, William Antrim, Jr. e, naturalmente Henry McCarty seu nome de batismo.




Mas há os que defendem uma outra identidade para Billy: Brushy Bill Roberts. Segundo estes, Billy teria escapado às balas de Garret e fugido para o México. Depois vagueado pelo oeste e finalmente se estabelecido na cidade de Hico, Texas, onde ficara até morrer, em 1950, como Bill Brushy.



Em meio a fotos, testemunhos e túmulos esta versão tem gerado ainda mais polêmica à incrível e relâmpago vida deste ícone do velho oeste americano: o lendário Billy the Kid, o fora-da-lei.



quinta-feira, 11 de março de 2010

Lenço Branco

Lenço Branco


Autoria: Antonio Augusto Fagundes

Nascido de alma caudilha
- nem por isso menos franca -
Deus te deu essa cor branca
que até de noite rebrilha.

Lua do herói na coxilha,
por de eu for, onde eu ande
e sem que ninguém me mande
eu te canto, troféu mudo
que é puro neste Rio Grande!
Do pica-pau ao chimango
vai um pedaço de glória
e engarupo na memória
com um guascaço de mango
recuerdos de algum chatango
que no passado ficou.

Se eu sou assim como sou,
entonado e orgulhoso,
devo a ti, lenço glorioso,
que eu herdei do meu avô.
Das lágrimas de uma china
quando seu índio partia,
de uma lua que alumia
debruçada na campina,
de uma sanga cristalina
que murmurava merencórea,
do clarão de uma vitória
deste povo leal e franco
nasceste, meu lenço branco,
para bandeira de glória!
Teu gosto é andar voejando
entre guerreiros e lanças
e acalentar esperanças
entropilhadas em bando.
O futuro está chamando,
já cumpriste o teu ideal
porque o Rio Grande imortal
fez de ti o seu retrato:
oposto do maragato,
puro, atrevido e bagual!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Aurelio Galleppini

Aurelio Galleppini foi o desenhista que deu forma a Tex.


Nascido em Casale di Pare, em 20 de agosto de 1917, província de Grosseto, desde criança Galleppini gostava de desenhar e pintar e seus temas favoritos eram cavalos e filmes mudos do velho oeste.

Galleppini vive até os 19 anos na Sardenha e tempos depois abandona seus estudos para dedicar-se à pintura e aos quadrinhos. Um de seus primeiros trabalhos profissionais foi a realização de desenhos animados para o mercado alemão. Logo após, passa a fazer ilustrações para diversas revistas.

Fez também ilustrações para contos e capas de uma publicação infantil para o jornal Marc'Aurelio e colaborou com Modelina, um suplemento feminino do Mattino Ilustratto. Em 1938 foi requisitado pela Editora Mondadori e fez sua estréia em quadrinhos desenhando as histórias de Pino, il Mozzo e Le Perle del Mar d'Oman. Nesse período cria também quadrinizações de romances.

Em 1940 Galleppini passa a trabalhar com o editor Nerbini, em Florença, para a revista L'Avventuroso. Galep também passou a produzir roteiros que, em tempos de guerra, eram submetidos à censura de Roma. Foi nessa época que ele encurtou o nome artístico para Galep e trabalhou até ser recrutado para um forte, em Cagliari.

Depois que a 2ª guerra mundial terminara, Galep dedica-se à pintura e passa a ministrar aulas em dois colégios de Cagliari, até Nerbini chamá-lo para adaptar Pinóquio e alguns episódios de Mandrake. Em junho de 1948 Galep muda-se para Milão, onde dedica-se inteiramente num novo projeto com G.L. Bonelli, então na Editora Audace.

Ambos criaram Occhio Cupo e algum tempo depois Galleppini desenhou o primeiro roteiro de Tex. Inicialmente, as 32 tiras semanais que compunham cada edição de Tex eram produzidas inteiramente por Galleppini, mas este, aos poucos, vai sendo obrigado a recorrer à ajuda de amigos como Virgílio Muzzi e Francesco Gamba, que se revezam com ele, ora fazendo os esboços, ora finalizando seu lápis.

Além desses dois, Galleppini passa a contar também com a colaboração de Mario Uggeri, Guido Zamperoni e Lino Jeva. E, graças a esses bravos assistentes, consegue levar a cabo, por quase 20 anos, a tarefa de produzir um episódio de 32 tiras por semana.

Entretanto, depois de 1967, quando a produção aumenta radicalmente - agora são 110 páginas por mês, cada uma com três tiras, já não é possível contar apenas com amigos que colaboram nos momentos de sobrecarga, mas sim ter outros desenhistas que se revezem com ele realizando episódios inteiros.

Começa, assim, uma nova e áurea fase de Tex, com Galleppini ilustrando todas as capas e as principais aventuras da série. Nesta nova etapa ele realiza outras histórias, entre elas "O Homem do Texas", da série Um Homem, Uma Aventura e a quadrinização de Pinóquio e ainda As Viagens de Gulliver. Tendo sempre como personagem principal o próprio Tex, Galleppini seguiu produzindo até 1994, quando faleceu no dia 10 de março, 16 anos atrás.

terça-feira, 9 de março de 2010

Gildo De Freitas (parte 1)

Nasceu em 19/6/1919 ás margens de estrada de chão batido, que em 1919 era principal ligação entre Porto Alegre e o Litoral Norte, no Bairro Passo D’Areia então zona rural de Porto Alegre. Entretanto muitos confundem o local de nascimento achando que foi em Alegrete quando na verdade ele possui o titulo de cidadão Alegretense mas não nasceu em Alegrete.




Seu Pai Vergílio José de Freitas era castelhano e um sujeito mui difícil. O nome e sua mãe era Georgina Santos de Freitas.



Gildo começou trabalhar muito cedo, aos 8 anos já puxava uma carreta carregada com frutas pela vizinhança. Se nada vendia levava uma surra do velho Vergílio. Gildo tinha quatro irmãos (Juvenal, Alfredo, João José e Manoel José) e quatro irmãs (Maria Ledorina, Maria Geraldina, Maria José e Maria Esmeraldina) e de longe era o mais esperto. Esteve na escola (o nome da sua professora era Paulina) apenas por seis meses a escola era onde é hoje o estádio do São José de Porto Alegre. Desde os 12 anos volta e meia fugia de casa. Certa vez descobriu uma cancha de carreiramento em Canoas e se ofereceu para cuidar dos Cavalos e depois para cantar e tocar gaita, instrumento que aprendeu a manusear em casa de maneira autodidata com a gaita do seu irmão Alfredo. Gildo comprou sua gaita 8 baixos apenas quando tinha vinte anos.



Por volta dos 16 anos já era praticamente imbatível nos versos, aprendeu com outros trovadores da época tais como Inácio Cardoso, Genésio Barreto, Zezinho Fagundes, Bena Brabo. Mas seus companheiros de trovas eram Felindro Pinto de Oliveira e Otávio Martim.



Aos 18 anos Gildo de Freitas animava bailes em diversos locais da Região Metropolitana e um desses bailes foi interrompido no meio da noite pela policia. Otavio, 17 anos, amigo de Gildo responsável pela música juntamente com o Gildo era um guri esquentado. Reagiu a ordem dos Milicos dizendo que não iriam parar com o som coisa nenhuma. Os PMs não admitiram ter sua ordem não obedecida. O clima esquentou, garrafas e cadeiras voaram para todos os lados e Otavio acabou baleado. Ao ver a queda do amigo, Gildo se resolveu entregar. Terminadas as brigas imaginou que o parceiro receberia atendimento logo. Acabou por ser pior, dominado apanhou ainda mais. E ao ser informado da morte do companheiro, revoltou-se tanto que jamais conseguiria encarar um homem fardado sem reagir de forma violenta.


Por essas e por outras se diz que Gildo de Freitas, gaiteiro, trovador, poeta popular e um grande brigão jamais entrou em pé em uma delegacia. Em todas às vezes (foram varias) que foi preso precisou ser arrastado para a cadeia e por muitos policias.