terça-feira, 9 de março de 2010

Gildo De Freitas (parte 1)

Nasceu em 19/6/1919 ás margens de estrada de chão batido, que em 1919 era principal ligação entre Porto Alegre e o Litoral Norte, no Bairro Passo D’Areia então zona rural de Porto Alegre. Entretanto muitos confundem o local de nascimento achando que foi em Alegrete quando na verdade ele possui o titulo de cidadão Alegretense mas não nasceu em Alegrete.




Seu Pai Vergílio José de Freitas era castelhano e um sujeito mui difícil. O nome e sua mãe era Georgina Santos de Freitas.



Gildo começou trabalhar muito cedo, aos 8 anos já puxava uma carreta carregada com frutas pela vizinhança. Se nada vendia levava uma surra do velho Vergílio. Gildo tinha quatro irmãos (Juvenal, Alfredo, João José e Manoel José) e quatro irmãs (Maria Ledorina, Maria Geraldina, Maria José e Maria Esmeraldina) e de longe era o mais esperto. Esteve na escola (o nome da sua professora era Paulina) apenas por seis meses a escola era onde é hoje o estádio do São José de Porto Alegre. Desde os 12 anos volta e meia fugia de casa. Certa vez descobriu uma cancha de carreiramento em Canoas e se ofereceu para cuidar dos Cavalos e depois para cantar e tocar gaita, instrumento que aprendeu a manusear em casa de maneira autodidata com a gaita do seu irmão Alfredo. Gildo comprou sua gaita 8 baixos apenas quando tinha vinte anos.



Por volta dos 16 anos já era praticamente imbatível nos versos, aprendeu com outros trovadores da época tais como Inácio Cardoso, Genésio Barreto, Zezinho Fagundes, Bena Brabo. Mas seus companheiros de trovas eram Felindro Pinto de Oliveira e Otávio Martim.



Aos 18 anos Gildo de Freitas animava bailes em diversos locais da Região Metropolitana e um desses bailes foi interrompido no meio da noite pela policia. Otavio, 17 anos, amigo de Gildo responsável pela música juntamente com o Gildo era um guri esquentado. Reagiu a ordem dos Milicos dizendo que não iriam parar com o som coisa nenhuma. Os PMs não admitiram ter sua ordem não obedecida. O clima esquentou, garrafas e cadeiras voaram para todos os lados e Otavio acabou baleado. Ao ver a queda do amigo, Gildo se resolveu entregar. Terminadas as brigas imaginou que o parceiro receberia atendimento logo. Acabou por ser pior, dominado apanhou ainda mais. E ao ser informado da morte do companheiro, revoltou-se tanto que jamais conseguiria encarar um homem fardado sem reagir de forma violenta.


Por essas e por outras se diz que Gildo de Freitas, gaiteiro, trovador, poeta popular e um grande brigão jamais entrou em pé em uma delegacia. Em todas às vezes (foram varias) que foi preso precisou ser arrastado para a cadeia e por muitos policias.

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