segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doze Condições para Edificar um País Forte

Doze Condições para Edificar um País Forte

03 de novembro de 2008

Por Jorge Ernesto Macedo Geisel *

Um país forte acolhe a todos sem distinções de cor, raça, religião, gênero ou de antecedentes nacionais, submetendo-os aos ditames da Lei nascida do exercício político decisório e fiscalizatório da sociedade, participativa localmente e com fiéis representantes legislativos de suas autonomias regionais, contempladas, outrossim, com suas representações políticas eleitoralmente proporcionalizadas no parlamento nacional.

Um país forte não é conseqüência de um domínio territorial extenso ou de suas riquezas naturais, mas da repercussão direta da democratização do conhecimento, do amor ao trabalho, da sua poupança financeira, da criatividade liberalizada na Economia e na Educação, pelo livre investimento e vontade de seu povo.

Um país é forte não em simples decorrência do nível de escolaridade de sua população, mas da sua capacidade em transformar conhecimento em tecnologia, trabalho e na iniciativa para a produção de riquezas e de bem-estar social correspondentes, sem ingerências governamentais.
Um país é forte não por um destino manifestado, mas pela opção preferencial pela riqueza, através da cooperação individual em sociedade de confiança, nas responsabilidades em face dos desafios públicos e privados.

Um país é forte, e indestrutível em sua integridade, quando a cidadania agrega valor à individualidade do homem e da mulher, estimulados à civilidade e ao civismo, pelas influências morais e espirituais, geradas com naturalidade, movidas pelas necessidades de uma sociedade de confiança.

Um país é forte, quando seu Estado não é considerado um fim em si mesmo. Mostra ser judiciosamente potente, se o seu servidor público não detém privilégios legais além daqueles concedidos ao próprio Contribuinte, que sustenta o Estado.

Um país é forte, se tem sua soberania respeitada como resultado da dissuasão, promovida pela firme consciência nacional do seu estável padrão moral coletivo, assim reconhecido internacionalmente.

Um país é forte, quando utiliza seus valores culturais autênticos como base de sustentação da educação contínua de sua população, da infância à velhice.

Um país é forte, quando consegue edificar um Estado cujas leis políticas permitam a liberdade eleitoral e partidária plena, em quaisquer esferas políticas subnacionais. Torna-se cada vez mais forte e coeso, quando é governado apenas por autoridades eleitas pelo mérito reconhecido pelo público, com remunerações e prazos de mandato ratificados diretamente pelos eleitores.

Um país é forte, quando a descentralização política permite, ao poder central, tempo e recursos suficientes para exercer com eficiência suas competências estratégicas, aquelas de articulação interna, defesa, relações exteriores, moeda e justiça constitucional; as múltiplas e restantes competências devendo, naturalmente, ser atribuições dos níveis sempre mais próximos do cidadão e previstas as revisões periódicas das leis mediante referendos, consultas e plebiscitos universais.

Um país é forte, quando não tem preocupações em se tornar o mais rico e o mais poderoso do Mundo. A população de um país feliz e forte é dotada daquelas virtudes da educação contínua na democracia e na livre busca pessoal da felicidade, limitada pela moral pública e por um mínimo de leis justas, claras e precisas.

Um país torna-se cada vez mais forte, quando é imune às tentações de produzir mais caro aquilo que pode comprar dos outros com vantagens; mas ele será mais feliz se encontrar caminhos próprios e criativos de auto sustentação econômica, com um mínimo de tributação, pelo controle de endividamentos externos e internos, respeitando contratos e a propriedade privada, estimulando a conservação sempre aprimorada de seu Meio Ambiente, levando em consideração a história e a beleza das paisagens, sendo o Indivíduo e a Liberdade, os polos de suas melhores atenções.

(*) JORGE ERNESTO MACEDO GEISEL é advogado no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=68

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