sábado, 14 de agosto de 2010

Separar é preciso!

Os pressupostos que propiciaram o surgimento dos movimentos separatistas na região Sul do país é os mesmos que no passado originaram grandes revoluções de cunho separatista como foi a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul (1835-45), que proclamou duas Repúblicas Autônomas, Piratini (RS) em 1836 e a República Juliana (SC) em 1839, lutando durante dez anos contra o Governo Imperial brasileiro. O centralismo e a corrupção.

Hoje, novamente, é o Sul que se levanta contra a corrupção e a deformação na representação parlamentar no Congresso Nacional que atinge a estrutura federativa e a essência da democracia, colocando em risco a integridade do território nacional.

Os movimentos separatistas são amostragens do descontentamento e o empobrecimento de grande parte da população brasileira que não suporta mais o gigantismo da estrutura federativa que vem solapando as aspirações de um desenvolvimento auto-sustentado e meritório.

O custo social das elites e os gastos governamentais estão levando a grande maioria dos trabalhadores brasileiros ao mercado informal e a marginalidade social, cujos salários recebidos não atendem as necessidades básicas do custo de vida.

A incompetência do governo federal na administração pública vem sucatando as instituições que servem como escamentos da ordem jurídico-constitucional deixando o cidadão desprotegido da lei e da ordem cuja essência perdeu-se no tempo.

A corrupção institucionalizou-se entre os poderes constituídos. A sociedade busca nos movimentos separatistas o elo perdido entre o Direito e a Justiça. A busca incessante de um novo ordenamento jurídico-constitucional haverá de encontrar na sua forma mais pura, a relação entre o Cidadão, o Estado e o Direito, harmonizando conflitos e interesses sociais.

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