segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Milonga De Clarear O Dia

Milonga De Clarear O Dia

Os Monarcas

Essa milonga reacende a brasa quase apagada do meu coração
Companheirona pela madrugada nessa geada de rachar o garrão
Clareia o dia no cantar do galo sai a cavalo por entre os banhados
Mas no assobio de algum peão campeiro pára o rodeio e dá sal pro gado

Essa milonga que na noite se prolonga
É saudade que ressonga dentro do meu coração
Me faz lembrar de uma gaúcha que era bela
Que eu roubei numas carreiras pra morar no meu rincão

No cerne puro que não tem mais fim é o camboim brotado na raiz
Faz o feitiço com seus jujos bruxos pra um gaúcho amanhecer feliz
Essa milonga traz pro meu galpão o cheiro bom de maçanilha e poejo
É ressongona e tem a fúria brava da mamangaba voejando o cerro



Sem comentários:

Enviar um comentário