terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sinais

Para comunicar em grandes distâncias, os Índios usavam o mesmo sinal. Eles podiam ser feitos com cavalos, cobertores, espelhos recebidos dos brancos aos caciques, fogueiras, flechas incendiárias e outras variações. Para fazer sinal com o seu “Poney”, o Índio descria arcos, ou então avançava ou retrocedia, percorrendo certa distância, subindo uma colina ou descendo para a planície. Dessa maneira ele conseguia se comunicar com outro grupo. Se depois desaparecia e surgia repentinamente, com o seu animal, queria dizer que existia algum perigo rondando por ali. Os sinais feitos com cobertores podiam ser vistos de muito longe. O Índio que os fazia, pegava o cobertor por um dos cantos com a sua mão direita ou com a esquerda e agitava-o para a frente e para trás, formando uma curva vertical. Quando o cobertor chegava a tocar o chão, também a mão pousava ao solo, tanto a direita, quanto a esquerda. Com o cobertor podia-se fazer todos os sinais; agitá-lo duas ou três vezes para frente, significava que se esperava uma pergunta e dessa maneira se começava um diálogo, com sinais. Se o cobertor aproximava-se do chão e depois era colocada nele, queria dizer que aguardava um armistício ou era a suspensão de uma hostilidade. Com os espelhos, os Índios possuíam um código muito completo. O espelho reflectindo os raios solares chamava a atenção do outro, ou seja, servia de advertimento, depois, com um número mais ou menos prolongado de reflexos, confirmava-se de ter descoberto o seu interlocutor e se repetia a operação, para dizer que tinha entendido. Geralmente os jovens serviam-se do espelho para cortejar uma moça, para chamá-la ou para sinalizar a própria presença de cima de uma colina em proximidade da tribo; desse modo ela era convidada a vir. Os sinais de fumaça assemelhavam-se muito a aqueles dos espelhos e usava-se o mesmo código. Uma fogueira era acesa em cima de uma pequena altura bem visível aos olhares, ou sobre um pico rochoso. Para começar era usada lenha muito seca, depois, quando o fogo estava bem aceso, colocavam-se ramos de mato ainda verde ou grama. Estendia-se então um cobertor sobre o fogo e o retirava em intervalos regulares, deixando subir ao céu a fumaça. Tais sinais tinham certa analogia com o nosso Alfabeto Morse, formava a mensagem. Quando as distâncias eram imensas, usava-se então um mensageiro. À noite os Índios usavam as suas flechas incendiárias. Os Índios também desenhavam as suas mensagens; um cachimbo significava que o grupo passou por ali, queria a paz e se ao contrário representava um “Tomahawk”, significava então uma provocação de guerra. E finalmente existiam também os Sinais Pintados, com os quais os Índios conservavam o testemunho de certos acontecimentos, desenhando ou pintando sinais simbólicos em peles de cervo ou bisonte e também em cortiças. Essa espécie de “Escritura” era para o homem, um modo de manifestar o próprio pensamento.

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