sábado, 25 de junho de 2011

Por que sou separatista

A idéia de união, ou melhor, de identidade unificadora de um povo, não pode prescindir de elementos básicos como, por exemplo, a autodeterminação.

Ao propor esta abordagem sobre o assunto, me atenho ao elemento cultural como base da sedimentação do sentimento de unidade. Nesse aspecto, o sul da América Latina: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina e Chile, têm entre si, mais elementos de identificação que os demais estados que compõem este questionável modelo federativo adotado no Brasil.

O modelo de federação que o Brasil adotou é baseado no padrão norte-americano, onde as colônias adquiriram o status de estados livres, amparados na autonomia e na independência de suas decisões políticas, soberanas por natureza. E, esta é uma alternativa viável àquela realidade, o que não sucede em nossa pátria.

Parafraseando perspectiva roussoniana, na medida em que os membros de um grupo cedem parte de sua liberdade uns aos outros, nasce o Contrato Social que permite a convivência pacífica e produtiva entre pares. Isto nos leva à compreensão de que só se pode dar aquilo que se possui de fato. Deste raciocínio, surge a idéia de que uma união forçada não é sinônimo de autonomia, por via de conseqüência, no Brasil, não temos uma federação de livres, mas uma federação de amordaçados.

Algumas situações nos colocam em uma posição crítica: a) o site do Movimento mostra que a “união” retorna em média 4,0% do que arrecada pela injusta tributação da região Sul; b) o voto de um acreano tem o mesmo valor que o voto de dezesseis paulistas, sendo que o estado de São Paulo responde por 48% do PIB brasileiro.

Pergunta-se: que tipo de unidade é esta? Quais os resultados que se espera obter?

Devemos lembrar que os problemas da Nação ainda são fonte de enriquecimento para políticos profissionais, cuja fidelidade é consigo e com seus apaniguados, nunca ao coletivo nacional. Alguém ainda recordará a estranha “coincidência” que ocorreu em 1998, quando perfuradores de poços na região nordeste só encontraram água nas fazendas do médico Inocêncio (inocente?) Oliveira, figura tarimbadíssima do cenário político brasileiro.

Estas breves considerações nos levam a um único entendimento: a separação é uma alternativa não apenas viável, mas sim, altamente necessária e desejável para o crescimento das regiões que compõem esta mascarada federação.

Admitindo que houvesse uma verdadeira autonomia dos estados membros, forçoso seria a criação de alternativas viáveis de crescimento para todas as regiões. Estas, ao invés de depender de favores políticos, que não buscam solucionar as questões, mas sim, manter os problemas enquanto uma desonesta classe política se locupleta com a “desgraça alheia”.

Portanto, resta-nos lutar não por separação inconseqüente e insana, como os meios oficiais podem querer fazer parecer, mas sim uma separação madura e coerente, cuja finalidade é criar a verdadeira união: A UNIÃO DE POVOS LIVRES.

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