domingo, 1 de maio de 2011

Kiowas

(Tépda = nome do Dakota), (Wetapahatoes = “O Povo das Colinas da Ilha”), (Quichuana, Dtamis, (Wita Patu = termo usados pelos Cheyennes), (Manrhoat =Inglês).
Família linguística dos “Uto-Atzechi”, enxotados pelos Shoshones do extremo noroeste para as planícies do Norte, e pelos Sioux e dos Cheyennes, enxotados aos poucos para o Sul, até que chegassem em 1830 nas Staked Plains, Texas setentrional, Oklahoma sul ocidental e New Mexico norte oriental. Desde o primeiro contacto com 200 soldados Americanos comandados pelo coronel Dodge, o cacique “Teh-toa-sah”(Inglês = Dohasan), firmou com os EUA um pacto de paz “Eterna”. George Catlin, o pintor de índios, descreveu os Kiowas, assim: “Eles possuem um aspecto mais nobre que os Comanches ou os Pawnee. São grandes, longilíneos, erectos e usam cabelos longos, às vezes até os pés. Possuem um perfil clássico-romano”. Os Kiowas eram um povo de cavaleiros, que viviam da caça de bisontes e comércio de cavalos selvagens. Em 1837 foi estipulado o primeiro tratado de paz com os EUA em Fort Gibson, que valia aos Americanos de atravessarem os seus territórios de caça e permitia também a paz com o México e o Texas. Em 1840 eles concluíram a paz com os Cheyennes, Araphoes e os Comanches, uma paz que não foi jamais violada e que constituiu uma barreira válida contra as tribos das pradarias que avançavam para o ocidente e os Sioux que os arrastavam para o sul, mas também contra a invasão dos brancos e de seus Exércitos. Enquanto os Kiowas gozavam de fama junto aos Americanos de gente “Pacífica e Leal”, os Texanos os pintavam como “Falsos e Invejosos”. Certo é que o Texas tinha uma política brutal contra qualquer espécie de Índio, voltada especialmente para a sua aniquilação total, o que conduziu ambas as partes num recíproco e profundo ódio. Somente os cowboys constituíam uma excepção e isso permitia a eles de viverem pacificamente com os Kiowas e Comanches. De 1740 até 1840 os Kiowas viveram o seu chamado “Século de Ouro”. Mas depois iniciaram-se as grandes mudanças das populações brancas através da pista de Santa Fé (1836/1850), para a corrida do ouro da Califórnia (1849), as minas de prata do Colorado (1859) e as grandes pradarias do sul onde se praticavam enormes e exterminadoras caças aos bisontes (1864) transformando o local e a maneira de viver a vida dos Índios. Inumeráveis e sangrentas agressões aconteceram. Em 1859, após uma expedição punitiva dos EUA, foram confinados numa Reserva ao norte de Oklahoma. No início da Guerra Civil, voltaram aos seus territórios de caça. Em 1863 a tribo a cavalo dos Kiowas, dos Apaches-Kiowas, dos Comanches, dos Cheyennes e dos Araphoes, tinham reconquistado a sua hegemonia nas pradarias. Em Outubro de 1864 eles atacaram o Fort Murphy, Texas e a região em volta de Elm Creek, nesse acontecimento, muitos brancos foram mortos. O coronel dos EUA, Chivinton, vindicou-se com o massacre de Sand Creek com a ajuda de Kit Carson, perto de Adobe Walls, assim que em 1866 eles foram mandados para a Reserva de Oklahoma. “Naquele mesmo ano morreu o cacique “Dohasan”, a tribo dividiu-se em pequenos grupos de guerreiros, comandados por “Satanta”, “Lone Wolf” e “Kicking Bird”, e cada qual conduzia sua guerra própria. Debaixo da ameaça dos canhões eles retornaram à Reserva em 1867. Mas não durou nem um ano e os grupos com seus caciques, escaparam novamente e atacaram caravanas e centros habitados. O general Custer e o Sétimo Regimento de Cavalaria, aniquilaram os Cheyennes em Washita e mais tarde capturam os caciques “Satanta” e “Lone Wolf”. Esses caciques foram ameaçados de enforcamento se os Kiowas não se rendessem. Mas após a “Dança do Sol” em Maio de 1869, eles abandonaram novamente a Reserva e uniram-se aos “Comanches-Quahadi”, que combatiam contra o Exército, os caçadores de bisontes e os colonos. As agressões concentravam-se no Texas norte ocidental, o eterno inimigo. Em 1870 voltaram novamente à Reserva, onde encontravam-se 896 Kiowas, 300 Apaches-Kiowas, 2.742 Comanches e 1.000 Comanches-Quahadi. Mas, pequenos bandos guiados por “Lone Wolf”, “Satanta” e “White Horse”, continuavam combatendo para abandonarem a Reserva, atacando centros de colonos no Texas e reentravam em seguida. Em 1871, após que uma caravana foi atacada no Texas norte ocidental e alguns Texanos foram mortos, “Satanta”, “Big Tree” e “Satank” foram presos e mantidos prisioneiros na Reserva e depois acorrentados, conduzidos ao Texas. Durante a viagem o cacique “Satank” foi morto enquanto tentava escapar, “Satanta” e “Big Tree” foram para diante da Corte de Jacksboro, Texas e condenados à morte. Na prisão Estatal de Huntsville, Texas, a condenação deles foi modificada para prisão perpétua, pelo governador, mas em 1873 eles foram libertados, para que voltassem às suas tribos. Mas mesmo assim foi impossível impedir aos Kiowas de unirem-se em pequenos grupos, aos Comanches que continuavam penetrando no Texas e de participarem de novas agressões, como aquela conduzida pelos Comanches em Adobe Walls, com o comando de “Quannah Parker”. Então o general Nelson A. Miles foi ao acampamento dos caçadores de bisontes e notou que eles haviam decapitado os Índios e empalado suas cabeças em cercas. Somente em 1875 os Kiowas ficaram diante ao general Miles. Em 1879 os Kiowas, Comanches, Wichitas e os Caddos e outras tribos foram reunidas na Reserva de Anadarko, onde foi instituída a Polícia dos Índios Kiowas, comandada pelo capitão Sankedoty. Ele dispunha de dois tenentes e quatro sargentos. Em 1892 os Kiowas entraram a fazer parte de uma tropa da Cavalaria Indígena (Troop “L”) do Fort Sill e comandada pelo tenente Scott. Em 1951 existiam ainda em Oklahoma 2.800 Kiowas e 400 Apaches-Kiowas.

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